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INTRODUÇÃO AO ESTUDO

DO TRANSPORTE DE
ENERGIA E LINHAS DE
TRANSMISSÃO
UNIDADE 1
OBJETIVOS
Ao final desta Unidade, espera-se que o aluno tenha
aprendido sobre: modelar matematicamente Linhas de
Transmissão para efetuar cálculos pertinentes.

AULA 1.1 – Conteúdo:


Visão geral do Sistema de Transmissão Brasileiro.
Transmissão de Energia
AULA 1.2 – Conteúdo:
Componentes de uma Linha de Transmissão; Parâmetros
Longitudinais de sequência positiva e zero.

AULA 1.3 – Conteúdo:


Parâmetros Transversais de sequência positiva e zero.
UNIDADE 1 – CÁLCULO ELÉTRICO
DE LINHAS DE TRANSMISSÃO I

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UNIDADE 1 – CÁLCULO ELÉTRICO
DE LINHAS DE TRANSMISSÃO I

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UNIDADE 1 – CÁLCULO ELÉTRICO
DE LINHAS DE TRANSMISSÃO I

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UNIDADE 1 – CÁLCULO ELÉTRICO
DE LINHAS DE TRANSMISSÃO I

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I.4.2 – Efeito Corona

Ionização do ar em torno dos condutores devido ao campo elétrico dos mesmos


• Os elétrons livres próximos à superfície do condutor ganham energia do campo elétrico, suficiente para sua
aceleração. Estes munidos de energia cinética, chocam-se com os átomos de oxigênio, nitrogênio e outros
gases presentes, dando-lhes essa energia que faz os átomos mudarem para um estado mais elevado
• Os átomos para voltarem à sua condição original, cedem energia em forma de calor, luz , energia acústica,
radiações eletromagnéticas
• Tal fato é denominado ionização por impacto
• A tensão crítica pela qual se inicia o efeito corona é chamada tensão crítica de corona ( Vc)

A tensão crítica de corona pode ser avaliada pela fórmula semi-


impírica:

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(cabos)

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I.4.3 – Cabos para raios

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I.4.3 – Cabos para-raios

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I.4.4 – Isoladores

Os tipos mais usados são:

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Nas linhas de transmissão, os isoladores usados
nas torres elétricas e suporte:

• isolam eletricamente as linhas dos apoios, da


terra
• sustentam mecanicamente os cabos aéreos de
transporte de energia fixados tanto nas
estruturas metálicas quanto nas de madeira.
Isoladores de disco
Para tensões de serviço superiores a 69kV, e por vezes mesmo para tensões inferiores, os
isoladores rígidos são difíceis de montar e demasiado frágeis devido às suas dimensões, logo
pouco seguros. Assim, foi necessário desenvolver novos tipos de isoladores tendo surgido os
isoladores suspensos compostos por vários elementos reunidos em forma de cadeia.

Estes isoladores podem ser de porcelana ou vidro.

Basicamente existem 3 tipos diferentes de elementos


que formam as cadeias de isoladores:

- isoladores de campânula simples;


- isoladores de campânula dupla;
- isoladores de tronco longo.

Uma cadeia de isoladores é formada por uma série de isoladores de campânula de porcelana ou
vidro.
O número de isoladores que forma uma cadeia depende da tensão. Para a tensão de 120 kV usa-
se de 6 a 8 isoladores enquanto para linhas de 500 kV são usados de 26 a 32 isoladores. A tensão
média por isolador é de 10 kV.
Cadeias de suspensão - Cadeias verticais ou em V são usadas em postes onde apenas há
suspensão de linhas (postes de alinhamento) ou pequeno ângulo.
Cadeias de amarração - Cadeias horizontais são usadas em postes de amarração, de ângulo ou
fim de linha.

As cadeias podem ser simples ou duplas.


I.4.5 – Ferragens

I.4.6 – Estruturas

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I.4.6 – Estruturas...

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I.4.6 – Estruturas...

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I.4.7 – Acessórios
Suportes
Especiais para
“Ninhos”

O “Ninho”
E o Zé
 Primeira Aproximação

1. Baseado no comprimento Não leva em


consideração a potência
2. Baseado na potência Não leva em
consideração o comprimento. Deve ser
usada para tensões acima de 150 kV

3. Fórmula de Still Linhas maiores que 30 km

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4. Dimensionamento com base nas perdas
• As perdas por efeito joule e corona representam um ônus na transmissão,
reduz-se este problema com o aumento da bitola do condutor, que por sua
vez, aumenta o custo da instalação inicial (custo de capital). Deve-se procurar
o custo total mínimo
• Ordem de grandeza do custo para uma linha de 230 kV
 Condutores (30%), Suportes (50%), Isoladores (10%), Outros (10%)
• Outra referência para a escolha do nível de tensão
 Custo mínimo x MW transportado

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MW a ser transmitido considerando
tensão constante

Custo de transmissão por kW transmitido


considerando comprimento da linha fixo
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Efeito da distância sobre o custo de transmissão por kW

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Em suma, para se calcular o nível de tensão de projeto pelo serviço, deve-se
analisar o custo do transporte de energia em função:

• da potência na recepção
• do nível de tensão e
• do comprimento da linha.

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Percebe-se, então, que o ótimo econômico para a escolha da tensão: cresce com o
comprimento da linha e com a potência a transmitir.

CUSTOS FIXOS: postes, isoladores, condutores, equipamento terminal, direitos de


passagem (para os casos de linhas que passam por terras que não são da União).

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CUSTOS DAS PERDAS: estes custos podem ser avaliados segundo testes
em laboratórios e histórico da Concessionária de Energia.

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I.6 – O Sistema Interligado Nacional (SIN)

O SIN é um sistema que possui características bem específicas devido às suas


interligações. O SEP (Sistema Elétrico de Potência) brasileiro possui uma rede em malha
praticamente em toda sua totalidade, com alguns sistemas isolados (REGIÃO NORTE).

http://www.ons.com.br/home/
http://www.epe.gov.br/
http://www.eletrobras.com.br
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Devido às características mencionadas, a operação do SIN se torna bastante
complexa. Um dos pontos que se deve dar mais atenção é na recomposição após
contingências, ou mesmo na manutenção de linhas de transmissão, pois existem vários
fatores que complicam ou mesmo impossibilitam interligações aleatórias sem que haja um
estudo exaustivo das condições de operação.

O ONS (Operador Nacional do Sistema) é responsável pela integração da rede elétrica, bem
como da sua operação. No entanto, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) é a empresa responsável
pelos estudos de planejamento do SIN desde 2004. "A Empresa de Pesquisa Energética - EPE tem por
finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor
energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes
energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras." (Art. 2º da Lei 10.847 de 15 de março de
2004). Antes de 2004, os estudos* eram desenvolvidos pela Eletrobrás.

Tanto a operação quanto o planejamento devem ser feitos de forma a integrar o


sistema de maneira que este tenha um alto nível de confiabilidade.

O CEPEL (Centro de Pesquisas em Energia Elétrica), empresa do grupo Eletrobrás,


desenvolve aplicativos computacionais que são usados como ferramentas tanto nos estudos
de planejamento quanto na operação do sistema. Alguns exemplos são:

- Na operação: ANAREDE e NH2;


- No planejamento: ANAREDE, NH2 e FLUPOT.
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http://www.cepel.br/
O planejamento da transmissão adota critérios diferentes da operação (EPE x ONS), tanto
nas práticas dos estudos propriamente ditos quanto nos dados trabalhados. Por exemplo:

Dentre os estudos desenvolvidos pela EPE, e que se referem ao planejamento da


expansão do SEP, aqueles que merecem destaques são:

Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE


Plano Nacional de Energia – PNE 2030
Balanço Energético Nacional – BEM
Programa de Expansão da Transmissão – PET 44

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