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Introdução
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Professor dos Cursos de História da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Doutor em História pela
Universidade Federal de Goiás (UFG) e pós-doutor em Antropologia pela Universidade de Brasília
(UnB).
resultados de outras pesquisas (José da Silva, 2009; 2005a; 2005b; José da Silva e Sou-
za, 2003). Alguns se encontram há séculos naquela porção de terras, como é o caso dos
Guarani, Guató, Kadiwéu, Kinikinau, Ofayé e Terena. Outros chegaram a partir da se-
gunda metade do século XX (Atikum e Kamba) e há aqueles que vivem perambulando
na fronteira entre Brasil e Paraguai (Ayoreo e Chamacoco), sem se saber ao certo há
quanto tempo ocorrem tais presenças. Alguns grupos constituem um considerável con-
tingente populacional, com mais de 20.000 indivíduos (Guarani e Terena) e outros pos-
suem menos de 100 pessoas (Atikum e Ofayé). Suas trajetórias históricas são, ainda,
apenas parcialmente conhecidas e estudadas, quando não completamente ignoradas pela
maioria da população não indígena brasileira.
Mato Grosso do Sul possui, até o momento, o único programa de pós-graduação
em História (stricto sensu), no Brasil, que comporta uma linha de pesquisa em História
Indígena, localizado a partir de 2006 na UFGD (Universidade Federal da Grande Dou-
rados), antiga UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)/ Campus de Dou-
rados. O referido programa, que já possui um acervo de mais de cem dissertações de
mestrado defendidas, completou quinze anos em 2014 e a partir de 2011 passou a ofere-
cer também curso de doutorado. Além dessa produção, há um considerável número de
pesquisas elaboradas não apenas por historiadores, mas também por linguistas, antropó-
logos, arqueólogos, educadores e outros, a ser levado em conta em relação à ocupação
indígena, pretérita e presente, no antigo Sul de Mato Grosso, atual Mato Grosso do Sul.
Os cursos de nível superior em História mais antigos no Estado datam da segun-
da metade do século XX, surgidos a partir de um vigoroso processo de desenvolvimento
da pós-graduação brasileira ocorrido no mesmo período. De acordo com Paulo Roberto
Cimó Queiróz (2011, p. 168-169):
Em Mato Grosso do Sul, no período compreendido entre 2000 e 2004, foram de-
fendidas 42 dissertações de mestrado em História, de acordo com o levantamento elabo-
rado por Jorge Eremites de Oliveira (2004). Dessas dissertações, pelo menos treze abor-
daram direta ou indiretamente a história de sociedades indígenas que habitam aquele
Estado: Guarani (Kayowá e Ñandeva), Kadiwéu, Ofayé e Terena, equivalendo a quase
30% dos trabalhos defendidos no período em questão. Em outro levantamento, Eliazar
João da Silva (2007) referiu-se às dissertações elaboradas no mesmo programa, entre
2005 e 2006. Contabilizando mais dezessete estudos, verificou-se que oito deles (ou
seja, praticamente metade) estão relacionados a grupos indígenas. Ressalta-se que, em
ambos os levantamentos, não foram encontrados trabalhos que investigassem as presen-
ças Atikum, Ayoreo, Chamacoco, Kamba ou Kinikinau no Estado, nem mesmo citando-
as nos respectivos resumos.
Contudo, o destaque dessa produção mais recente fica por conta da incorporação
de estudos sobre populações indígenas localizadas em outras unidades da Federação: os
Bororo (Mato Grosso), os Avá-Guarani e os Guarani-Ñandeva (Paraná) e os Xerente,
Xavante, Xakriabá e Akroá (Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais). Houve,
ainda, certo predomínio de estudos relacionados aos Guarani, mas surgiu pelo menos
uma dissertação a respeito dos Guató (que, assim como os Kamba vivem no município
de Corumbá, no Pantanal sul-mato-grossense), até então não contemplados com pesqui-
sas no referido programa. Um terceiro levantamento foi realizado em 2009, desta vez
atendo-se, parcialmente, apenas à produção historiográfica da linha de pesquisa História
Indígena, com atenção especial aos trabalhos relacionados aos Guarani.
mesma instituição foi defendida outra tese sobre os Kinikinau, na área de Ciências Soci-
ais, pela historiadora Iára Quelho de Castro (2011). Três mestrados recentes versam
sobre os Kinikinau: João Evaldo Ghizoni Dieterich (2015), na UFGD, em Geografia;
Aila Vilella Bolzan (2013), na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Pau-
lo), em Ciências Sociais e Rosaldo de Albuquerque Souza (2012), na UnB (Universida-
de de Brasília), em Desenvolvimento Sustentável. Este último é indígena Kinikinau, o
que torna ainda mais instigante pensar que até pouco tempo atrás o grupo foi tratado
como “extinto” (Cardoso de Oliveira, 1976).
Já os Kamba foram estudados na Antropologia por Yara Maria Brum Penteado
(1980), na UnB, e por Ruth Henrique da Silva (2009), na UFF (Universidade Federal
Fluminense). Giovani José da Silva (2012) pesquisou o grupo e escreveu sobre eles tese
de doutorado em História, defendida na UFG (Universidade Federal de Goiás), em
2009. Sobre os Ayoreo e Chamacoco, sabe-se que foram avistados na Reserva Indígena
Kadiwéu e próximos à sede do município de Porto Murtinho, em meados da década de
1990, constituindo na época grupos numericamente pequenos. Além disso, a itinerância
do grupo entre terras “brasileiras” e “paraguaias” confunde a contagem e a verificação
da presença destes indígenas.
Há grupos que contam com alguns trabalhos no Programa de Pós-Graduação em
História da UFGD. Tal é o caso dos Guató (Ribeiro, 2005), Kadiwéu (José da Silva,
2004; Flores, 2009; Müller, 2011) e Ofayé (Dutra, 2004). Já os Terena tiveram pelo
menos quatro estudos defendidos, abordando diferentes aspectos culturais e de contato
(Moura, 2001; Vargas, 2003; Lacerda, 2004; Menezes, 2009). A proximidade física dos
Guarani em relação a Dourados explica a expressiva quantidade de trabalhos a respeito
deste grupo indígena e seus subgrupos. 4 Existem, ainda, trabalhos que abordam a His-
tória Indígena em um tempo bastante recuado ou que não determinam exatamente os
grupos étnicos pesquisados em seus títulos ou resumos. 5
Os Ofayé contam, até o momento, apenas com o trabalho de mestrado de Carlos
Alberto dos Santos Dutra (2004), em História. Além desse, há a tese de doutorado em
Letras e Linguística de Maria das Dores de Oliveira e a dissertação de mestrado em An-
tropologia de Mirtes Cristiane Borgonha, ambas de 2006. Os Guató tiveram sua história
mais recente pesquisada por Marilene da Silva Ribeiro (2005) e, além disso, Oliveira
(1996; 2002), estudou a cultura material do grupo, em perspectiva arqueológica, em
estudos de mestrado e doutorado em História, realizados na PUC-RS (Pontifícia Uni-
versidade Católica do Rio Grande do Sul). Na área de Linguística, há os trabalhos de
doutorado de Rosângela Aparecida Ferreira Lima – Dando a palavra aos Guatós: al-
guns aspectos sociolingüísticos (Lima, 2002), de Adair Pimentel Palácio – Guató: a
língua dos índios canoeiros do Rio Paraguai (Palácio, 1984) e o mestrado de Adriana
Viana Postigo, sobre a fonologia da língua Guató, na UFMS (Postigo, 2009). Na Geo-
grafia, há o trabalho de Fabio Silva Martinelli (2012), na UFMS.
Como verificado, nos últimos anos foi produzido expressivo número de traba-
lhos acadêmicos a respeito de sociedades indígenas que habitam Mato Grosso do Sul.
Esse fato se deveu, sobretudo, à expansão e implantação de programas de pós-
graduação nas universidades da região Centro-Oeste, contribuindo para a maior profis-
sionalização dos historiadores dedicados à temática. Dessa forma, estudos a respeito dos
Guarani (Kayowá e Ñandeva), Guató, Kadiwéu, Ofayé e Terena ganharam espaço aca-
dêmico graças à dinamização da área de pesquisa em História Indígena, pois como a-
firmou Oliveira (2001, p. 124), “[...] em Mato Grosso do Sul, assim como em outros
Estados brasileiros, nunca os povos indígenas estiveram tão presentes no campo dos
historiadores quanto nos dias de hoje”. Apesar de tal afirmação otimista, ressalta-se,
novamente, que ainda são poucos (ou inexistentes) os trabalhos que versam sobre de-
terminados grupos.
Em artigo publicado no início dos anos 2000 no periódico Territórios e Frontei-
ras, Oliveira (2001, p. 119), ao realizar um balanço sobre os dilemas e as perspectivas
das pesquisas em História Indígena em Mato Grosso do Sul, afirmava que:
Com isso, verifica-se que o número de grupos indígenas em Mato Grosso do Sul
poderá, inclusive, aumentar nos próximos anos, o que caracterizaria uma situação inusi-
tada e bastante complexa! Apenas para se ter uma ideia, a publicação Povos indígenas
no Brasil, veiculada pela organização não governamental Instituto Socioambiental, em
parceria com organismos nacionais e internacionais, em suas quatro últimas edições,
registrou os seguintes números: 206 sociedades indígenas em 1996 (Ricardo, 1996); 216
em 2000 (Ricardo, 2000), 225 em 2006 (Ricardo e Ricardo, 2006) e 235 em 2011 (Ri-
cardo e Ricardo, 2011). Isso não significa, absolutamente, que antropólogos, historiado-
res ou outros pesquisadores estejam “inventando” etnias pelo Brasil afora, mas, que,
num curto espaço de quinze anos, surgiram quase trinta grupos reivindicando para si
uma identidade étnica, se auto-afirmando indígenas e alimentando o desejo de serem
vistos e reconhecidos como tais.
Educação Escolar Indígena em Mato Grosso do Sul está dividido em capítulos
que, além de tratarem da breve caracterização de algumas das sociedades indígenas na-
quele Estado, abordam questões ligadas à Educação Escolar Indígena, à autonomia das
escolas indígenas, além de uma biografia de Marçal de Souza (liderança indígena Gua-
rani, assassinado no início da década de 1980) e algumas considerações sobre os concei-
tos de cultura. Como se viu, infelizmente poucas referências são feitas aos Atikum,
Kamba e Kinikinau tratados como indígenas “não reconhecidos”, o mesmo ocorrendo
com a obra apresentada a seguir.
No prefácio à segunda edição de Breve Painel Etno-Histórico de Mato Grosso
do Sul, de 2002, Gilson Rodolfo Martins, arqueólogo e historiador, explicita que pre-
Povos Indígenas no Mato Grosso do Sul, em 1993, Ano Internacional dos Povos Indí-
genas, com o intuito de, em suas palavras:
O livro contém três capítulos, o primeiro tratando dos grupos indígenas que ha-
bitam o Estado, que, de acordo com o autor, são: “Guarani”, “Guató”, “Kadiwéu”,
“Camba”, “Ofaié Xavante” e “Terena”. No segundo capítulo, Mangolim analisa a situa-
ção jurídica e fundiária das áreas indígenas. Finalmente, no terceiro, o pesquisador a-
borda as perspectivas futuras dos grupos. A respeito dos Kamba escreve o seguinte:
Pelas pesquisas realizadas por Ruth H. da Silva e Giovani José da Silva, não pa-
rece haver correspondência direta entre a palavra “Camba” e o verbo “cambiar”! E, ape-
sar de se referir a uma estimativa de 2.000 indígenas em 1977, Mangolim, na mesma
obra, em seção intitulada “As áreas Indígenas por Municípios e a situação atual” aponta
como população Kamba apenas 400 indivíduos (Mangolim, 1993, p. 68). Não se sabe
ao certo como o referido autor chegou àquela estimativa para o ano de 1977, pois esta
informação não foi confirmada em trabalhos realizados posteriormente (José da Silva,
2009; Silva, 2009).
O que pode ter havido foi certa confusão em se considerar Camba-Chiquitano
(autodenominação do grupo) qualquer indivíduo de origem boliviana oriundo das terras
baixas orientais (reconhecido, na Bolívia, como Camba), o que é muito comum ocorrer
Apesar disso, na conclusão da obra, são feitas menções apenas aos Terena, Gua-
tó, Ofayé, Kadiwéu, além dos Guarani, ou seja, os Atikum, Ayoreo, Kamba, Kinikinau
e Chamacoco não são mencionados.
Além dos três estudiosos citados, procurou-se verificar a existência de pesquisas
a respeito da História Indígena publicadas recentemente por autores diversos, sob a
forma de comunicações em anais de eventos científicos ou, ainda, artigos em revistas
especializadas, nada tendo sido encontrado, exceto dois trabalhos de Diogo da Silva
Roiz (2008; 2010), além dos já mencionados textos de Oliveira (2012a; 2012b).
Desafios e contrapontos
em um campo e que ressurgem no outro como novidade” (1996, p. 138). Ainda segundo
os autores:
Apesar disso, muitos dos autores utilizados como referenciais teóricos em traba-
lhos de História Indígena são (re)conhecidos por fazerem de suas práticas um intenso
diálogo entre a História e outras áreas do conhecimento, notadamente a Antropologia:
Robert Darnton, Carlo Ginzburg, John Manuel Monteiro e Peter Burke, por exemplo. E
há, ainda, os antropólogos, tais como Clifford Geertz e Marshall Sahlins, bastante pre-
sentes também como referenciais nos trabalhos. Muitos desses trabalhos têm na História
Oral a metodologia de referência para sua elaboração, utilizando-se de José Carlos Sebe
Bom Meihy e Fabíola Holanda (2007) e Paul Thompson (1992), dentre outros. Nota-se
que um diálogo mais estreito com o que há de recente nesta área metodológica ainda é
incipiente e bastante necessário.
Além disso, trabalhos de campo de curta duração (surveys) também são utiliza-
dos com frequência, ainda que alguns pesquisadores demonstrem não ter muita clareza
do alcance dessa metodologia, confundindo-a com o trabalho de campo etnográfico rea-
lizado por antropólogos e outros cientistas sociais. Percebe-se, assim, claramente um
movimento de aproximação, nem sempre satisfatória, entre História e Antropologia nos
estudos defendidos na UFGD e em outros centros de estudos e pesquisas em História
Indígena, tanto teórica como metodologicamente.
Conclusão
identidades, fronteiras, comunidades étnicas, etc. E que diálogos podem ser efetivamen-
te estabelecidos entre essas duas áreas do conhecimento? Refletir sobre estas imbrica-
ções auxilia os pesquisadores que se “aventuram” pelos (às vezes movediços) terrenos
da História Indígena.
Na opinião otimista (e um pouco incerta) de Geertz:
O interesse por temas ainda considerados “exóticos” (festas, mitos, etc.) e mes-
mo o ingresso “no campo das identidades” não são vistos com bons olhos por uma par-
cela da comunidade acadêmica de historiadores. Diga-se de passagem, pelo menos no
Brasil, parece ser muito mais tranquilo aos antropólogos aceitarem dialogar com a His-
tória do que o contrário. A aproximação não ocorre, pois, sem dificuldades ou atritos.
Os diálogos entre História e Antropologia, contudo, estão longe do fim. Isto, embora
muitos historiadores (e outros tantos antropólogos!) sintam certa desconfiança com esta
aproximação, fortalecida nas últimas décadas.
Sem entrar no mérito da questão de se nominar a área de pesquisa como História
Indígena ou Etno-História (Oliveira, 2012a; Cavalcante, 2011) e também sem atribuir
equivalência a essas duas denominações, verifica-se que, apesar do incremento da pro-
dução, há muito que ser feito, especialmente sobre a trajetória daquelas populações con-
sideradas como “minoritárias”, em Mato Grosso do Sul, tais como os Atikum, Kamba,
Kinikinau, Ayoreo e Chamacoco. Paradoxalmente, em termos de pesquisa científica,
estariam sendo criadas “minorias” em relação à “minoria” indígena.
Afinal, fazendo coro às palavras de Carlo Ginzburg, em entrevista à Maria Lúcia
Garcia Pallares-Burke (2000, p. 294-295):
Fazer tais relações, entre elementos mais gerais e as trajetórias de grupos muitas
vezes desprovidos de forte constrastividade cultural, constitui-se em grande desafio aos
historiadores da temática indígena. Os Atikum, Kamba, Kinikinau, Ayoreo e Chamaco-
co, além dos outros possíveis grupos indígenas presentes na atualidade em Mato Grosso
do Sul (remanescentes Gaikuru, Guaná, Kayapó, Layana e Payaguá), merecem ser estu-
dados, independentemente do número de indíviduos que possuem ou da ausência/ pre-
sença de sinais diacríticos que os distingam marcadamente de outras sociedades. Aos
pesquisadores de História Indígena caberá o desafio de se abrirem a novas perspectivas,
teóricas e metodológicas, na busca por respostas sobre estas presenças, seja no passado
ou no presente, garantindo-lhes um futuro nos estudos e investigações.
Referências
1
Alerta-se que, exceto nas citações, em todas as nomenclaturas referentes a sociedades indígenas foram
respeitadas as normas aprovadas na 1ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada em 1953, no Rio de
Janeiro (Schaden, 1976). Interessante observar que pesquisadores de História Indígena têm respeitado
apenas parcialmente tais normas, fazendo uso de algumas (“Os nomes tribais [...] não terão flexão portu-
guesa de número ou gênero, [...]”, etc.) e ignorando, completamente outras (“[...] incluir o k, y e w, cômo-
dos e até indispensáveis”, etc.).
2
Cf., por exemplo, a apresentação das coletâneas Kadiwéu: Senhoras da Arte, Senhores da Guerra (José
da Silva 2011; José da Silva; Kok, 2014), em que os organizadores das obras apresentam praticamente
todos os trabalhos defendidos nos últimos trinta anos em programas de pós-graduação de distintas áreas
do conhecimento, dentro e fora do Brasil, a respeito dos Kadiwéu.
3
Ressalta-se que as expressões colocadas entre aspas referem-se à forma como a população regional se
refere especificamente aos grupos citados, alimentando preconceitos e invocando as ultrapassadas ideias
de aculturação e assimilação para referir-se a alguns grupos indígenas em Mato Grosso do Sul.
4
Dentre os autores podem ser citados: Adilson Crepalde, Aline Castilho Crespe Lutti, Ana Maria Melo e
Souza, Carlos Barros Gonçalves, Carlos Rodrigues Pacheco, Eva Maria Luiz Ferreira, Fábio Henrique
Cardoso Leite, Lelian Chalub Amin, Lélio Loureiro da Silva, Marta Coelho Castro Troquez, Meire Adri-
ana da Silva, Nely Aparecida Maciel, Priscila Viudes, Renata Lourenço Girotto e Rosely Aparecida Ste-
fanes Pacheco. Os trabalhos sobre os Guarani foram comentados por Chamorro (2009), ainda que parci-
almente, em artigo anteriormente citado.
5
Ressalta-se que alguns dos trabalhos não foram defendidos na linha de pesquisa História Indígena, mas
em outras linhas do mesmo programa, embora se relacionem à temática.
6
Graciela Chamorro, professora da UFGD, e Isabelle Combès estão organizando um livro sobre a Histó-
ria Indígena em Mato Grosso do Sul e que deverá ser publicado nos próximos anos e conta com a partici-
pação de diversos especialistas.
7
É provável que Cabral tenha utilizado realmente a Lista de 1996, em que os Kamba aparecem sob o
número 63, mas sem o total de indígenas (Ricardo, 1996). Já na edição de 2011 da Lista, os Kamba apa-
recem sob o número 79, mas não constam informações sobre a família linguística e a estimativa da popu-
lação (Ricardo e Ricardo, 2011).