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Regulamentação da prostituição como condição para justiça: uma análise das

demandas das prostitutas reunidas em associações

A proposta deste artigo é analisar as demandas de oito movimentos de prostitutas


no Brasil e também a Rede Brasileira de Prostitutas, buscando compreender como elas
apontam para as condições de instauração de justiça para essas pessoas. Pergunta-se sobre
a inserção política das trabalhadoras do sexo nas arenas públicas, espaço no qual elas
passam a criar uma linguagem de direitos afinadas às suas necessidades, e também da
efetivação do seu reconhecimento no nível das interações sociais. O estudo é realizado
em duas etapas: a) exame das postagens em redes sociais e blogs das associações sobre
as principais reivindicações; b) produção de entrevistas, para aprofundar a compreensão
das demandas em sua relação com ideias de justiça, participação política e
reconhecimento. Acredita-se que a reunião das prostitutas em associações e a promoção
de suas demandas questionam os princípios de justiça que se impõe sobre elas, e
reivindicam uma formulação que pretende as incluir enquanto sujeitos políticos que
elaboram intersubjetivamente seus próprios direitos.

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