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LAGES (SC)
2012
ÉDER RICARDO SABINO
LAGES (SC)
2012
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Este relatório tratar-se-á de uma pesquisa ação realizada em uma empresa de papel e celulose,
qual tinha como objeto principal garantir a efetividade operacional de uma turbo-bomba
enquadrando-a às condições de processo determinas pelos fabricantes, esta pesquisa utilizou
de referenciais teóricos sobre metodologias existentes como as ferramentas da Qualidade,
para serem aplicadas na busca da redução de quebras no equipamento estudado, seguido de
um relato e descrição de todos os passos e metodologias utilizadas no estudo realizado na
empresa pelo grupo de pessoas envolvidas na problemática, apresentando e exemplificando
detalhadamente como foi chegado as ações encontradas, e ao fim as conclusões e sugestões
quanto aos objetivos determinados e as considerações quanto a importância do estágio para a
organização e ao relator do estágio.
Palavras-chave:
Ferramenta; qualidade; método; falha; quebra.
ABSTRACT
This report talks about an action research conducted in a Pulp and Paper company, which had
as its main subject to ensure its operational effectiveness of a turbo-pump to the fitting
process required by the manufacturer, this research used theoretical references on a existing
methodologies such as Quality tools, to be applied in reducing the equipment break down,
which had been studied, followed by a report and description of all steps and methodologies
used in the study conducted by the people group involved in the company about this
troubleshooting issue, presenting and illustrated in detail how it was done, and at end the
conclusions and suggestions regarding certain objectives and considerations regarding the
organization or company trainee importance process, and to the trainee program relater
(reporter).
Keywords:
Tool; quality; method; fault; break
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................2
1.1 Caracterização da Organização e do Ambiente .........................................................2
1.2 Situação da Problemática ..........................................................................................4
1.2.1 Limites do projeto .............................................................................................................. 5
1.3 Objetivos ....................................................................................................................5
1.3.1 Geral .................................................................................................................................. 5
1.3.2 Específicos ......................................................................................................................... 5
1.4 Justificativa ................................................................................................................6
1.4.1 Viabilidade do projeto ....................................................................................................... 7
1.4.2 Importância do projeto ...................................................................................................... 7
2 REVISÃO LITERÁRIA ............................................................................................8
2.1 Conceito de manutenção............................................................................................8
2.2 Tipos ou métodos de manutenção .............................................................................9
2.2.1 Manutenção Corretiva....................................................................................................... 9
2.2.2 Manutenção Preventiva ................................................................................................... 10
2.2.3 Manutenção Preditiva ..................................................................................................... 11
2.2.4 Manutenção Detectiva ..................................................................................................... 12
2.2.5 Engenharia de Manutenção ............................................................................................ 13
2.3 Sistemas de controle de manutenção .......................................................................14
2.4 Ferramentas na detecção de falhas ..........................................................................15
2.4.1 Análise de Pareto ............................................................................................................ 15
2.4.2 Brainstorming .................................................................................................................. 18
2.4.3 Os cinco porquês ............................................................................................................. 19
2.4.4 Plano de ação (5W1H-5W2H)......................................................................................... 20
2.5 Equipamentos do relato ...........................................................................................21
2.5.1 Bomba centrífuga ............................................................................................................ 21
2.5.2 Turbina ............................................................................................................................ 23
3 METODOLOGIA .....................................................................................................25
3.1 Delineamento da pesquisa .......................................................................................25
3.1.1 A utilização da técnica quali-quantitativa na pesquisa................................................... 25
3.1.2 A pesquisa ação ............................................................................................................... 26
3.2 Definição da área ou população alvo da pesquisa ...................................................27
3.3 Plano de coleta de dados..........................................................................................27
3.4 Cronograma .............................................................................................................28
4 ANÁLISE ..................................................................................................................30
4.1 Pesquisa do histórico de quebras do equipamento em análise ................................30
4.2 Análise das condições de operação do equipamento...............................................32
4.3 Utilização de ferramentas da qualidade, métodos e metodologias para identificação
e definição de ações para as quebras .............................................................................35
4.4 Análise das ações encontradas para garantia da eficiência do equipamento ...........38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................43
2
1 INTRODUÇÃO
O estágio aqui relatado foi realizado em uma das unidades da Klabin S/A, empresa
que é a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, sendo líder na produção de papéis
e cartões para embalagens, de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras, essa
unidade é instalada no município de Otacílio Costa no estado de Santa Catarina, a mesma foi
fundada em primeiro de março de 1958, no início a unidade pertencia à/e se chamava
Olinkraft Celulose e Papel Ltda, qual tinha como principal especialidade a produção de papel
para embalagens. A partir de 1970 ampliou seu ramo de produtos com o início da produção de
sacos industriais, que tinha como objetivo principal atender a demanda de um dos principais
produtores de cimento instalado na região Sul do Pais. Já em 1971 inaugurou a 2ª máquina de
papel para produção do papel Kraftliner (Figura 1).
A unidade Klabin de Otacílio Costa teve o início das suas operações em 1958, é
uma empresa com equipamentos de várias tecnologias, sendo portadora das mais
desatualizadas que estão funcionando desde o startup da unidade até as mais atuais
desenvolvidas e instaladas com as atualizações e ampliações que a unidade vem realizando
durante esses 54 anos de operação.
Com uma cultura organizacional ainda em desenvolvimento nesse mais de meio
século de operação ainda abre espaços para o desenvolvimento e aplicação de métodos e
ferramentas para garantir a otimização operacional de seus equipamentos, principalmente os
mais antigos.
O equipamento em que o estágio será empenhado é uma turbo-bomba (Figura 3)
que está em operação desde 1993, qual traz um histórico de falhas e quebras, fato que
atualmente ainda ocorre. A questão é que a falha desse equipamento pode vir a comprometer
50% de toda a produção de energia elétrica para a unidade fabril.
Como garantir a operacionalidade deste conjunto sem manutenções corretivas para
tornar possível a realização das manutenções conforme determinação dos planos de
manutenção e, reduzir significativamente a probabilidade de falta de energia na unidade por
uma falha deste equipamento?
O estágio foi atuante apenas nesse equipamento que é formado por um conjunto de
turbina de acionamento e a bomba centrífuga de múltiplo estágio.
O desenvolvimento do trabalho utilizou de métodos usados pela manutenção como
os históricos registrados das falhas já apresentadas nos equipamento, e do uso das principais
ferramentas da qualidade já utilizadas em diversos estudos para identificação e resolução de
quebras apresentadas em diversos equipamentos.
O tempo disponível para o estágio e o custo para aplicação das soluções que
necessitavam de grandes investimentos tornou o resultado da pesquisa adequado a realidade
que pode ser assumida pela empresa.
1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
1.4 Justificativa
2 REVISÃO LITERÁRIA
É a manutenção que atua nos consertos das quebras, tem acesso a todos os
relatórios das falhas apresentadas, aos dados no sistema ERP Enterprise Resource Planning
utilizado na empresa, e as informações técnicas de manutenção e operação que foram de
estrema importância para atender a metodologia exigida. Não de menor importância o setor de
produção, o qual junto a manutenção teve papel fundamental na operação dos equipamentos,
respeitando seus limites e atendendo as exigências da manutenção.
Os tempos mudaram completamente a visão de manutenção, esta era vista como
apenas a atuação de funcionários sujos, sem muito conhecimento, na readequação dos
equipamentos para funcionar, seguindo o projeto original ou com improvisos. Hoje pode-se
afirmar que a manutenção é um dos principais setores, senão o mais importante, para manter a
eficiência dos equipamentos instalados no processo, seu quadro de funcionários deve ser
composto por pessoas com vários níveis de conhecimentos técnicos, sua atuação deve ser
técnica, o que é possível observar no caso aqui apresentado.
Kardec e Nascif (2006, pg. 22) apresentam dois paradigmas quanto a diferença da
manutenção dos tempos, onde: “Paradigma passado: O homem de manutenção sente-se bem
quando executa um bom reparo. Paradigma moderno: O homem de manutenção sente-se bem
quando ele consegue evitar todas as falhas não previstas.”
Cabe aqui explanar alguns embasamentos literários quanto à definição de
manutenção, seguindo com a contribuição de Kardec e Nascif (2006, pg.22), o conceito de
manutenção é: “Garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo
a atender a um processo de produção ou de serviço, com confiabilidade, segurança,
preservação do meio ambiente e custos adequados”.
9
manutenção que deve ser observado, mas principalmente deve ser contabilizado e somado ao
custo de manutenção, o custo da indisponibilidade do equipamento ocasionado pela falha, a
perca de produção.
Mas a manutenção corretiva não é só para situações de emergência, ela pode ser
não planejada e planejada, Kardec e Nascif (2006, pg. 37 e 38) às define da seguinte forma:
da aplicação, pois a falha em um equipamento depende de muitos fatores que devem ser
previstos antes da adoção do método pela empresa, contando também a estrutura e recursos
que a manutenção terá de possuir para controle e acompanhamento das manutenções
preventivas. Mas não só para evitar uma parada inesperada de planta, esse método é aplicado
em situações também de segurança, por exemplo: a parada anual de uma caldeira de
recuperação em uma empresa de papel e celulose é exigida pela NR131, qual determina um
período de paradas para inspeção e manutenção do equipamento, isso por este ser um vaso de
pressão que se não tiver uma manutenção regular pode comprometer a segurança do
equipamento e principalmente dos que trabalham na empresa. Segue observação de Xenos
(2004, pg. 24):
1
A Norma Regulamentadora 13, cujo título é Caldeiras e Vasos de Pressão, estabelece todos os requisitos
Técnicos e legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se
prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho (SESI. Departamento Regional da Bahia. 2008, pg. 9).
12
Este método segundo Silva (2004) começou a ser mais mencionado na literatura a
partir da década de 90, isso por ser um método que necessita de plantas atualizadas
tecnologicamente e automatizadas, é um sistema supervisório instalado nos equipamentos.
Kardec e Nascif (2006, pg. 44) apresentam manutenção detectiva como sendo: “... a
atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar falhas ocultas ou não
perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção”.
A falha ou o desempenho inferior ao esperado são detectados antes de serem
percebidos pela manutenção e operação, as correções podem ser realizadas sem precisar tirar
o equipamento de operação, é um sistema que utiliza itens como microprocessadores
13
corretiva ainda for a maior voz dentro da empresa, mais difícil será de chegar à engenharia de
manutenção.
A manutenção deve ter um sistema onde seja possível encontrar dados, como
histórico, custos, número de quebras, informações também técnicas que possam ser
registradas após a manutenção em um equipamento.
Kardec e Nascif (2006) afirmam que “para harmonizar todos os processos que
interagem na manutenção, é fundamental a existência de um sistema de controle da
manutenção”, que segundo os autores permitirá identificar claramente os serviços que serão
feitos, quando os serviços serão feitos, que recursos serão necessários para execução dos
serviços, quanto tempo será gasto em cada serviço, que materiais serão aplicados, entre outras
inúmeras informações que serão usadas por setores como o de planejamento de manutenção.
Na funcionalidade do sistema de controle de manutenção deve-se ter uma certa
atenção no registro dos dados dos equipamentos, Silva (2004, pg. 50) contribui ao expressar
que: “...os equipamentos que compõem a instalação deverão ser identificados e registrados
através de formulários ou telas padronizadas, que possibilitem o acesso rápido a qualquer
informação, possibilitando comparar e analisar condições operativas”.
É indispensável que se tenha pela manutenção um sistema para esse fim, mas não
necessariamente deva-se ter um somente para isto, a empresa pode usar outros softwares
como os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, quais segundo Silva (2004, pg. 53)
permitem: “...a integração operacional e gerencial, da maioria das funções desempenhadas na
empresa sob um único sistema de computação, permitindo que a informação flua através de
todos os seus departamentos”.
Esse tipo de programa pode dispor de módulos exclusivo para manutenção, o qual
pode ser utilizado como um sistema de controle de manutenção.
A empresa em que relatamos essa pesquisa ação, utiliza o Sistema Integrados de
Gestão Empresarial SAP (Systems, Applications, and Products in Data Processing) ou na
tradução para português (Sistemas, Aplicativos e Produtos em Processamento de Dados), o
qual é utilizado em todos os setores e unidades desta empresa, nacionais e internacionais,
áreas importantes como a produção, recursos humanos, logística, e manutenção, esta ultima
15
tem seu modulo específico no software, que permite acesso a todas as informações registradas
dos equipamentos mencionados nessa pesquisa.
2.4.2 Brainstorming
comodismo dos investigadores, pois não é só a resposta à primeira questão que identificará a
falha raiz, esse método é insistente, ele questiona as respostas em busca de outra resposta, e
assim sucessivamente, e quando não se tiver mais uma resposta, na maioria das vezes é
quando a causa raiz foi encontrada, mas cabe deixar claro que a causa não deve
excepcionalmente ser encontrada em cinco etapas, pode ser encontrada na primeira pergunta
ou até em mais que cinco.
Segundo Dias (2009) “são perguntas que tem o objetivo obter respostas aos
problemas a serem resolvidos e/ou organizar as idéias na resolução de problemas”. Define
uma certa ordem a ser seguida, esta definida pelos próprios integrantes responsáveis pela
investigação das falhas, mas que foram submetidos à responder com precisão e conhecimento
técnico as questões. Estas questões proveem da tradução de alguns termos do inglês onde
apresentam-se da seguinte forma:
São máquinas geratrizes que segundo Macintyre (2011) são responsáveis pelo
trabalho mecânico, alimentadas por uma máquina motriz que transforma em energia
hidráulica, função esta atribuída à todas as bombas hidráulicas.
Complementando a idéia do autor, bombas centrífugas são máquinas que sob o
acionamento de um motor ou turbina transmitem a energia para o fluído aumentando sua
pressão e/ou sua velocidade, o que possibilita transmitir o fluído de um local para outro.
Pode-se observar a contribuição de Torres da Silva (2008) onde apresenta que as
bombas centrífugas são utilizadas para transferência de líquidos nos mais diversos campos de
aplicação. Onde podemos citar exemplos como:
22
Abastecimento de Água
Sistemas de irrigação
Centrais Termoelétricas
Estações de tratamento
Sistemas de drenagem
Centrais de refrigeração
Sistema de combate à incêndios
Industriais (petróleo, química, mineração, têxtil, siderurgias, papel e
celulose).
São diversos os tipos de bombas centrífugas existentes, cada uma tem suas
aplicações específicas para os processos onde são instaladas. Para a melhor interpretação
desse relato segue o descrição do tipo de bomba e ser abordado nesta pesquisa.
2.5.2 Turbina
Uma turbina a vapor é uma máquina motriz que utiliza a elevada energia cinética da
massa de vapor expandido, fazendo com que forças consideráveis, devidas a
variação de velocidade, atuem sobre palhetas fixadas a um rotor. As forças,
aplicadas às palhetas, determinam um momento motor resultante, que faz girar o
rotor (Figura 8).
Seguindo o conceito para a turbina desta pesquisa que é para acionamento de outro
equipamento, quando o rotor e o eixo são girados pela força do vapor, à turbina através de um
acoplamento transmite esse movimento para a bomba de múltiplo estágio apresentada
anteriormente.
24
3 METODOLOGIA
Para compreender melhor a técnica adotada neste estudo, cabe trazer aqui algumas
informações relevantes.
Embasado no diálogo dos autores que nem sempre utiliza-se a pesquisa quantitativa
afim de mensurar dados qualitativos, haja visto que pode-se perder fatos e análises que seriam
melhor identificadas com uma pesquisa de método qualitativo, aí reitera-se a importância do
pesquisador estar atento para as melhores adequações dos métodos de pesquisa.
Segundo Pereira (2007) a pesquisa ação é quando a busca pela ação e resolução de
um problema acontece de uma forma coletiva, onde além do pesquisador participantes estão
envolvidos e empenhados nas tentativas de resolução dos problemas.
As dez principais características da pesquisa ação são: o pesquisador toma ação (não
e mero observador); envolve dois objetivos: solucionar um problema e contribuir
para a ciência; é interativa (cooperação e interatividade entre os envolvidos);
objetiva desenvolver um entendimento holístico; é fundamentalmente relacionada à
mudança; requer um entendimento da estrutura étnica (valores e normas); pode
incluir todos os tipos de métodos de coleta de dados ( técnicas quantitativas e
qualitativas); requer um vasto pré-entendimento (do ambiente organizacional...);
deve ser conduzida em tempo real (um estudo de caso “vivo”); requer critérios
próprios de qualidade para sua avaliação (MIGUEL, 2007, p.219).
responsável por armazenar dados mais detalhados sobre as intervenções feitas nos
equipamentos.
3.4 Cronograma
4 ANÁLISE
Aqui com base no período do estágio será descrito e apresentado quais as tarefas
executadas, de forma atender os objetivos específicos propostos neste relatório, onde o
andamento será descrito nas semanas em que cada etapa se realizou.
se observar que o colo do eixo na região dos rolamentos estava danificado, foi desmontado
pistão e bucha de compensação hidráulica e verificado que com a avaria dos rolamentos o
eixo deslocou no sentido axial provocando desgaste no pistão com a tampa de pressão. Em
resumo esta primeira manutenção foi regularizado o colo do eixo para o assentamento
adequado dos rolamentos e recuperado o pistão e tampa de pressão através de usinagem para a
montagem da bomba. Após a montagem a bomba apresentou giro pesado onde foi verificado
o batimento das pontas do eixo sendo possível a hipótese de empeno no eixo.
Novamente desmontada foi verificado que o rotor do primeiro estágio apresentava
desgaste acentuado e trinca na saída das palhetas, o eixo foi colocado no torno com o lado
oposto ao acoplamento na placa e a outra extremidade apoiado na luneta sendo verificado que
realmente existia um empeno no eixo onde teve de ser reparado o primeiro rotor e substituído
o rotor para que a bomba retornasse a um estado de operação aceitável. Nesta primeira
intervenção os problemas foram apenas na bomba de múltiplo estágio sendo que a turbina
passou por uma revisão mas não foi detectado problema algum.
Na investigação da falha de 2012 em que o custo foi muito mais alto que o de 2008
foi possível identificar essa diferença de valores, os problemas apresentados na bomba foram
os mesmos similares aos apresentados em 2008 porem mais agravados, os rotores da bomba
de alguma forma se deslocaram em sentido axial no interior da bomba, quebrando os
rolamentos e fazendo-os fundir, a manutenção necessitou da troca de toda a vedação da
bomba e substituição dos rotores, eixo e pistão de equilíbrio, também sendo necessário
reparos no difusor da bomba, o impacto foi elevado o suficiente a ponto de danificar até a
turbina, qual teve os mancais marcados por esforços além do normal submetido pelo eixo que
estava acoplado a bomba, onde as vedações também foram comprometidas, quais para repor a
turbina em operação tiveram de ser substituídos, apenas o eixo que apresentou algumas
marcas foi recuperado não necessitando troca-lo.
Outro fato similar que ligou essas duas quebras, foi que ambas as falhas, ocorreram
no startup da turbo-bomba quando exigida pela operação por ter ocorrido uma quebra na moto
bomba que estava em operação, ou seja a turbo-bomba que a reserva não aguentou operar
duas vezes pelo mesmo motivo.
32
determinado tempo.
FIGURA 10 - Coletor de dados Microlog CMVA para as medições e análises de vibrações e câmara
termográfica para verificação e análise das temperaturas dos equipamentos
melhor entendimento dos dois problemas apresentados, pois os mesmos participaram dessas
duas manutenções, mas o que eram capazes de informar, era apenas o registro das falhas
apresentando o serviço de desmontagem e montagem dos equipamentos e os problemas
detectados nos internos dos equipamentos, semelhante ao relatório de identificação e análise
das falhas realizado no estágio. Não tinham informações que auxiliassem na informação das
possíveis causas dessas falhas.
A operação do equipamento aparenta estar conforme as exigências do conjunto turbina
e bomba, mas o problema ainda não tinha sido resolvido, o que trouxe a oportunidade da
aplicação das ferramentas da qualidade junto ao conhecimento técnico da manutenção e
operação para tentar seguir uma metodologia que leve a causa raiz das duas quebras.
35
A ferramenta acima levou o grupo a identificar 7 ações, mas por terem chegado à 3
iguias, foi levado para o próximo passo da metodo logia, o de utilização do Plano de Ações
(5W2H), apenas as 4 ações diferentes (Quadro 4).
38
GRU -
sensor do
tanque
Consertar o sistema desaerador Evitar novas ocorrências
Instrumenta Revisando e consertando
supervisório do tanque 17/10/12 2 da turbo de falha na abertura da R$ 855,00 OK R$ 855,00
ção o sensor
desaerador 2 bomba de válvula automática
alimentação
de água da
CF8
GRU -
sensor do
tanque
Instrumenta Instalando uma
Melhorar o sistema desaerador Evitar novas ocorrências
ção, comunicação entre o
supervisório do tanque 17/10/12 2 da turbo de falha na abertura da R$ 3.350,00 OK R$ 3.350,00
Automação sensor de nível e o
desaerador 2 bomba de válvula automática
e Projetos painel de operação
alimentação
de água da
CF8
GRU -
válvula
automática
de
Manutenção
Verificar possível troca da alimentação Evitar novas ocorrências Retirando a válvula em
mecânica e
válvula de alimentação de 15/10/09 de água de falha na abertura da campo para analisar se à R$ 8.500,00 OK R$ 1.020,00
Instrumenta
água daturbo válvula automática necessidade de troca
ção
bomba de
alimentação
de água da
CF8
Instalando um sistema
Instalar um sistema de
GRU - turbo de pré-aquecimento da
preaquecimento para o
Projetos/ bomba de Garantir que a bomba turbo bomba e elaborar
startup da bomba e uma
Manutenção 21/01/13 alimentação terá uma partida sem uma lista de verificação a R$ 32.000,00 Pend
lista de passos a serem
e Operação de água da problemas ser seguida pela
seguidos para partir a turbo
CF8 operação antes de iniciar
bomba
a operação da bomba
Entre a última semana de estágio até a primeira semana de novembro de 2012, foi
analisado e acompanhado o desenvolvimento e execução das ações para apresentação das
conclusões desta pesquisa.
A aplicação das ferramentas da Qualidade se mostraram eficazes em suas
propostas, lembrando que só tiveram o efeito apresentado também pelo motivo de que o grupo
envolvido no caso ter um conhecimento técnico, de manutenção e operação em um nível
avançado, o que proporcionou uma melhor credibilidade para a pesquisa.
39
A seguir será descrito sobre as ações adotadas e suas influencias para a turbo-
bomba, com breves análises descrevendo o que melhorou ou poderá ser melhorado com suas
adoções.
A primeira ação foi simples, a manutenção planejou mão de obra, ferramentas e
materiais para o conserto do sensor de nível do tanque desaerador nº2, qual realmente estava
danificado, no teste realizado apresentava mal contato, hora realizava, hora não realizava sua
função de enviar o sinal para abertura da válvula automática de alimentação água do tanque
desaerador nº2 que alimenta a turbo-bomba com água. O sensor e sua instalação elétrica
foram substituídos garantindo que a válvula automática sempre abrirá quando o nível do
tanque chegar ao mínimo permitido.
A segunda ação teve um custo mais elevado, porem não era de grande
complexidade, sua função era de manter o operador da turbo-bomba sempre avisado quanto
ao nível do tanque desaerador nº2, onde foi realizado o projeto da instalação e instalado uma
comunicação entre o sensor de nível do tanque e o painel de operação, emitindo um aviso
sonoro sempre que o nível do tanque chagar ao nível mínimo, possibilitando a operação
acompanhar se o nível volta ao seu normal pelo sistema automatizado ou se terão de ter usar a
influencia de operadores no processo para evitar que a bomba venha a quebrar por falta de
água.
A terceira ação também foi planejada pela manutenção, foi retirada para avaliar a
existência de algum problema de acionamento ou vedação, mas nada foi encontrado e a
válvula estava em perfeitas condições de uso, foi apenas feito uma breve revisão e montada
novamente para operação, por este motivo não foi mesário a utilização de todo o custo orçado.
A função dessas três primeiras ações era garantir a alimentação de água para a
bomba de múltiplo estágio a pressão manométrica que a bomba exige e foi projetada, pois as
duas quebras, a de 2008 e 2012 ocorreram devido a falta de água ou pressão na sucção da
bomba estar abaixo da requerida pelo equipamento, isso fez com que a bomba entrasse em um
nível de cavitação, e como a pressão interna gerada pela bomba de múltiplos estágio é muito
elevada, o pistão de equilíbrio não suportou a diferença de pressões e permitiu o deslocamento
dos rotores e eixo além dos limites permitidos, o que trancou a bomba, permitindo duas
indesejadas manutenções corretivas conforme mencionado no início do relatório onde a
ultima acarretou problemas até na turbina.
Não menos importante, mas também de grande valia para a operação, a última ação
foi desenvolvida, pois existe uma situação crítica que também pode levar o conjunto turbo-
40
bomba a uma quebra corretiva, principalmente a turbina, pois esses dois equipamentos ficam
parados por tempo indeterminados até que sua operação seja solicitada, o problema é quando
a partida é solicitada os equipamentos partem de uma rotação zero diretamente para a rotação
máxima que é de 13.000 rpm, é uma rotação muito elevada para um equipamento que parte
frio, e o lubrificante ainda esta decantado ao fundo dos equipamentos, a proposta dessa última
ação foi o desenvolvimento de um sistema de serpentinas e isolamentos que mantenham a
turbina e a bomba a uma temperatura ideal para o início de uma operação, onde também será
instalado uma linha de vapor com baixa pressão e vazão na alimentação de vapor da turbina
para manter o conjunto sempre em movimento, só que com uma rotação muito baixa, apenas
para manter o sistema de lubrificação interna dos componentes da bomba e turbina sempre
funcionando, adequados para uma possível solicitação de operação do conjunto turbo-bomba,
porem devido ao custo de implantação e ao tempo de desenvolvimento e aplicação desse
sistema, a empresa optou por prorrogar sua aplicação para Janeiro de 2013, onde
consequentemente será dado continuidade a esta última ação e também a elaboração da uma
lista sistêmica, esta que será incluso todos os pontos a serem analisados pela operação antes
de por a turbo-bomba em operação, nesta mesma será adicionado um checklist a ser verificado
semanalmente para que sempre se tenha uma garantia de que a turbo-bomba estará disponível
para operar a qualquer momento, porem esta última ação tem de estar concluída para que já
seja incluso na lista os pontos a serem analisados quanto ao sistema de partida do conjunto
turbo-bomba.
41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas dessas ações podem ser vistas como simples, mas é estas soluções simples
que não é possível detectar na maioria das vezes no campo, por isso a necessidade da
aplicação das ferramentas da Qualidade e de uma metodologia. As três primeiras ações já
foram implantadas, tiveram um valor consideravelmente baixo para a organização, outro
ponto que auxiliou para a implantação foi o curto espaço de tempo e poucos recursos como
materiais e mão de obra necessária, ao contrário da última ação, que teve um custo mais alto e
recursos que necessitavam de mais tempo para implantação, porém ambos atenderam as
expectativas desenvolvidas na pesquisa, mesmo com o estágio finalizado, a empresa irá
continuar usufruindo dos resultados obtidos, e por já estar atuando na empresa será possível
continuar acompanhando a implantação da ação pendente.
É gratificante verificar em campo a importância da aplicação dos conhecimentos
obtidos no curso de Engenharia de Produção, onde se tem o apoio da empresa para
participação e atuação do acadêmico, desde os recursos humanos, até a operação e
manutenção, o supervisor do estágio foi muito claro e objetivo nas determinações tomadas
quanto a pesquisa que iriamos desenvolver. Supervisor e organização mostraram-se satisfeitos
com esta oportunidade de ligar o meio acadêmico a empresa, pois auxilia no desenvolvimento
de uma boa cultura, e que ainda lhes trouxe ganhos com a redução de custos operacionais com
o equipamento estudado. Com a metodologia e ferramentas utilizadas a empresa deve sugerir
e desenvolver mais esse tipo de pesquisa ocupa um pouco de tempo de seus colaboradores,
mas consequentemente os instrui a desenvolver os conhecimentos técnicos e possibilita
atingir uma desejada efetividade operacional de outros inúmeros equipamentos instalados na
planta.
Pode-se dizer como indispensável a exigência do estágio para conclusão do curso, isso
pôde ser afirmado, pois é ali que o acadêmico pode desenvolver o início de uma liderança
pela qual foi preparado, e principalmente para desenvolver atividades em equipe, como o
grupo desta pesquisa na busca da resolução da problemática envolvida. É uma experiência
que possibilita aplicar o raciocínio lógico e técnico desenvolvido no curso, que torna
imensurável a satisfação de apresentar à organização a capacidade do profissional que ali
atuou em um período de tempo.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FILHO, Nelson Casarotto. Uso do Indicador OEE como ferramenta na toma de decisões
em uma indústria gráfica. UFSC: Florianópolis, SC 2010.
KARDEC, Alan e Júlio Nascif. Manutenção, função estratégica. Rio de Janeiro: 2006, 341
pgs.
PEREIRA, José Matias. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. Ed. Atlas. São
Paulo – SP, 2007.
RICHARDSON, Roberto. J. Pesquisa Social. Métodos e Técnicas. São Paulo: Editora Atlas
S. A. 1999.
http://www.klabin.com.br/pt-br/a-klabin/fabricas-escritorios.aspx?segmento=null
(acesso em 29/08/2012 as 20h:10m).
http://www.klabin.com.br/pt-br/a-klabin/unidade-detalhe.aspx?id=22 (acesso em
29/08/2012 as 20h:18m).