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D.

Fernando

D. Fernando conhecido como «O formoso», «O belo», «O inconstante» ou


«O inconsciente» nasceu em Coimbra a 31 de Outubro de 1345 e morreu
em Lisboa a 22 de Outubro de 1383.

Foi o nono rei de Portugal e também o último rei da 1ª dinastia. Filho de


D. Pedro I, rei de Portugal e de Constança Manuel, rainha de Portugal, subiu ao
trono com vinte e dois anos no qual governou um período de dezasseis anos
(1367-1383).

Casou com Dona Leonor Teles («A Aleivosa») entre 15 e 18 de maio de 1372 e teve como
descendentes legítimos: Pedro, Afonso, Beatriz, e como descendente ilegítima: Isabel.

Durante o seu governo, criou conflitos com Castela. Foram três as guerras com esse mesmo reino,
saindo sempre derrotado. Quando acabaram as guerras, certo dia, conseguiu alcançar a paz com Castela e
dedicou-se à governação do reino.

D. Fernando, em 1375, altura em que Portugal atravessava uma grave crise, para regulamentar e
desenvolver a produção de cereais decretou e implementou uma célebre lei que ficou conhecida por «Lei das
Sesmarias» - pretendia contrariar o despovoamento das zonas rurais e aumento da produção agrícola,
principalmente cereais.

Apostou na Marinha Mercante e criou, em 1380, a Companhia das Naus - companhia de Seguros que
evitava a ruína dos homens do mar; deu um grande avanço às universidades transferindo a Universidade de
Coimbra para Lisboa; construiu muralhas, para a fortificação de terreno, em redor do Porto e de Lisboa;
construiu novos castelos e também recuperou alguns já existentes.

CURIOSIDADES

D. Leonor Teles já tinha sido casada e esse casamento teve de ser anulado pelo Papa para
que pudesse casar com D. Fernando. Por esse facto, este casamento foi muito contestado
pelo povo.

O casamento de D. Fernando e D. Leonor foi na igreja de Leça do Balio.

D. Fernando foi considerado um fraco governante (daí o cognome "O inconstante"), tendo
este facto ficado registado por Camões em "Os Lusíadas" quando referiu que "... um fraco
Rei faz fraca a forte gente.", aludindo a D. Fernando

Não deixou sucessor para o trono de Portugal, facto que levou à crise de 1383-1385
(dinastia Filipina) e só terminou com a coroação de D. João I, Mestre de Avis.

Fernão Lopes, cronista-historiador do reino, deixou-nos um relato do reinado de D.


Fernando em “Crónica de El-Rei D. Fernando”

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