Você está na página 1de 9
Biblioteca [COUTO DE BRITO} 1945 _ Editora Nacional de Direito Ltda. : RIO DE JANEIRO INTRODUCAO A CIENCIA PENAL ‘) © tema;que me coube para dissériagdo, neste solenidade.obe- ee A epigeate Introducdo a Ciéncin Penal. Cidnoia Penal ox Ciencias: Pensis?’ Se se entender por eigmcia penad toda aquela ‘que se refere an criniinord, ao erine © 2 pena, sob qualquer de sums aspelos, nl hd duvida que se poderd falar eim viéneias penais, Ustatiaia compreendiday nessa. pluralidade, de par com a viducia 0 direito penal em’ sentido proprio, ad chamadas soeiologia, Bioto- gi, intropologia « pstcalogia srininais, a filosofia. penal, w. pole Hod criminal, « penulogia, a historia do direito pend, a meaicina, : ae legal, « psiquintria jorense, « psicologia judividria; @ policia teen’. | ot, So nos linstumos, porém, ao ponta de visia juridieo, que é que especificamenie nos anterassa, a 0s, cultores do direito, nao. orlemos falar sendo num ciencia penal: a effneia do direite penal conslituide, isto: 0 extudo da. lei penal em sentido lato. ow do complexo de normas jiridieas mediante as quais 0 Estado mani fesia-n seu propésio de coibir 4 delinquéncia, indicando os tatos que a constimem, as condigdes da. responsabi ‘shes vepressivas ou. proventivas. eS Dostulades ou conclusdes de outras. ciencias, pre-ciéacias ou pieido-eiénetas que s¢ propjem, 2 margem do jus condifum, 0° estudo da crimmalidhide conio fendmeno bio psieo soeioldgico ¢ a * © pesquisa ou precoiicio de mneiog de preservacho ¢ defesi sociais, nada teow a you cout a. cidmela do. diseito penal propriamonte dito ) 4 senilp quando. por te afiangados on comavéste ajustayeis, Se nig . _ fasemos: uni biting 2 Z see a objet o estado do direito penal positivo, e as work apt : de trabatho (Arbeiticipathede) sob 9 r6tulo genérien Me“ erimiinolo- Bos ee Li? 02 OEM io tole ee : : K : funiio babéliea de idiomas, ¢ indo resuliara na desorientaciio ¢ na perplexidade, Basta dizer que nem mesmo esté isenta do dtvida a (4) \Goutoréncta proteriaa, na. sesso ‘Inaugural do 1 Cousroséo. Na F § _ clonal'do/Mintevério Publigo, uo ‘Teatro Municipal, em S, Paulo, Juha ae 1042. S BUR OINGEDU NRTA 5 NOVAS AQ UHIMRDEN DT VEL reo PEN ATS 5 “BNE, Vero por objeto, comp dis Grispizni, nllo o ser, 9 Soin; mas | 0 derer ser, o:Scin Sollends, isto 6, as normas jur‘dicas, os manda BE intos cu Procol lpniy onto a igddcacta’coe on Uo no tenomeno da. comialicate. SORGAGORD ea, possivel, 6 0 téenico-juridico on /loaieo-abstrato, Seu processus & sibilidade de existéncia de uma sociologia criminal, ou de,wea , | oriinate, Quanto a min, 150 sei como so possa destacar dit oy Cfologin geral uma sociologia eriminal, pois esta. hi de sempre enteosarse visceralmente naquela, formondo wna unidade indisto:) Juvel ¢ infragmentayel. Biologia, antropologia e psicologia erimi- , iis? Onde a prova de que of delinquentes representam uma. ya) lpiae (isto ans ctuber te Gece meee ee riedade da espécie humana, exigindo uma, biologi ad hoe, uma an.” | pelo direito), . ne oe tropologia especial, uma psicologia. somente para les? Como podem HB | gresenian n coontenucto nitivin dos prinepion que regulacy care reclamar f6ros de eiéncia antonoma, com diraito a classificaclo mam, welacio juridica) .e, finalmente, a, formulagio do sistema, que & juadro de suiltiplas ciéncias penais, doutrinas qite, embera se di-, A mais perfeita forma, do conhecimento clentifico. i colhidas no campo da experi¢neia, nllo conegwirtim até apie Be ee ot neler cer sag sente data provar, sequer, + eomo argaem os. que acreditamaum diteito vayando fora das leis, ‘is lupoteses de trabalho consiituetn, ia # joa cléneia dulda, estreita, mesquinha, de: lem disso, espécie inteiramente diyersa da ciéncia do direito penal eo reunflas a esta, para estudo conjugndo, somente poderin re- Gundar nm produto hibrido e, como tal, infecundo, maninbo, este ril, ou somente prepieiatério de enlelos e ambignidades. Nem ja: mais se poder eonvir, do ponte de vista juridieo-penal, em que: Yeuham o nome de ciéncias penaiy “eoxins que, consideranda o eri= que um fatavieine watttal ott tim produto ecessiizio da. estrutara ocial pleiteiam nada menos que a albotigio da pene, que, sol) 0 prisma éticojuridico, 86 se compreende em correlagio com a e volitiva ea ewipa moral, : dade voliti ea otf orate dees finguir ‘on se limitam. 3 explici wn juni ieasie dos Tunlaasnies cominésinentinnmsnnaneliaoneia ON aienin ‘ "pital ao tornado: furipoeituen. fe passam a Ser COTES fon meras sagestdes 20 legisladn wespeita a historia do direito penal, nao ba rato para a genae me als que uns” © mesmo de todas.as eigneins jusfdieas: No! A. ciéncia juridiea-penal, sem rentneian ao seu método proprio, nfo é a dia- ictica sorvilmente aferrada ao rigor logieo das norma juridic ‘Nao se coufunde com a Inglévia dos Animanioa, vivifieande-a, hit dentro dela toda, ©) tuna flosoffa do homem eda vida humana; toda uma vasta gucos- [> so de idéiag vividas e xectimentaidas pela ekperiéncia social ¢ que |) continuam etepitandy now versiculos-da lei peuals Nao se pode eo. _ahecer verdadeiramente @, sobretudo, iio se pode estimar a eigneia pond st uo se tem 4 alma aguecidr pelo profando e emotivo sem i, — matéria incandeseente que o legislador colle na alma coletiva e plasmou com a sua propria alma, ¢ que aio 86 peivifica no engaste dos textos leguis. Cieucia penal nav. 6 essa iesolante preocupagio dialética dos que antepdem o literatis. mo fio dag tébuts da Jei ao seu sentido humano ¢ enrodilhagn o di reilo penal mum jnestricayel comploxidade de silogismos, axfixian doo, anemizando-o, desfibrando-o;, mas, sim, anuela jurisprudéncia superior de que filsiva’ Therhig, a superior atividade sistematiza dora do direito sem abstragdo di, realidade palpitante da vida. ‘vigidalemprineipios, ois que ¢ uma ciéncia” modelada sobre a vida ¢ para a yida: Nao, pode isolar-se da cambiante, multifaria _) , Tealidade social e humang,, O- teenicismo juridco, que reserva 0 di ie rlelo penal para oe juvintas, nfo.qugr dizer que ebtes'devam colocay = entre cles e 0 mar pende da vida, como parede ceza, a inteiriga con- | | Rextura da lei. Como dis sMaggiore, eoaialto, puMayNREONR,, | * nine 5 fe om 7) -netibnloy em que se enquadra a experi@ncia juridica ny seu des: obramento histérico: mas. is nfiondeve No que r d : desmenbréla da cléuci jusaicoensl, poly nay € 2 ibsidio no estudo das. normas peais vigentes. sill to etn mai eas eatin ra), se io fn causa coniom com 0 politica eriminal. prejusidiea, rio past, por sia ver, de um capitulo da anténtica eéneia penal. Restum as cidneias téenicas que instruem a justign penal on aus Jian a reslizagio milztante do direito penal. Dridentemento, a0, fo elas eigicias penais, do mesmo modo que a quintica no é mma. cig, meien, nem a estatistien uina ciéneia eomidnion. A genul fy Hid ciéncin penal mepiase ¢ uma 96,0 ave se ta como objeto privativo do estudo dos jurists: jt Hs toned etal ae : i Nilo hii entre ela. o ssa toia da prudineia uo sentido romanistieo. Nio hi. entre ¢ do Penélope que se intitwla “criminotogia”, nenkuma afinidade oitte-: 5 1 e pe daevidlap ao inyés de Timitar-se a construir os anteparos e suleos! Jug necessivin. | ni Que €le deve seomodarse & ordem juridien. A dogmatica, quan:

Você também pode gostar