Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
título de Engenheiro.
Aprovado por:
__________________________________________________
Prof. Antonio MacDowell de Figueiredo, Dr.Ing. (Orientador)
__________________________________________________
Prof. Manuel Ernani de Carvalho Cruz, PhD
__________________________________________________
Prof. Nísio de Carvalho Lobo Brum, DSc
iii
“Eu colocaria meu dinheiro na energia solar.
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, primeiramente, pelo dom da vida e por guiar meus passos em todos os
A meus pais, Djalma Pinto Leitão Filho e Eloisa Japiassú de Oliveira Lima Leitão,
maiores incentivadores dos meus estudos, por estarem sempre ao meu lado, dizendo
palavras amorosas e me reconfortando nos momentos difíceis. Devo tudo que sou e
conquistei a vocês.
A meu querido irmão, Filipe Japiassú Leitão, pelo companheirismo e por todos
A minha avó, Ednar Japiassú de Oliveira Lima, por todo amor, carinho e fé
transmitidos a mim.
Aos amigos que fiz durante minha graduação por tornarem os momentos de estudo e
diversão mais alegres, sem os quais minha formação seria mais árdua.
A Alan Emanuel Ribeiro, Filipe Leite Brandão, Isabelle de Loys e Daniel Gomes de
Sousa por me ajudarem em momentos distintos dessa monografia, sem os quais esse
A todos meus amigos e familiares por torcerem pelo meu sucesso e por todas as
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to DEM/UFRJ as a part of fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
This project aims to assess the feasibility of implementing air conditioning systems
using solar energy in the building on block G of Technology Center at Federal
University of Rio de Janeiro, located in University City, in the city of Rio de Janeiro.
The possibility of using solar energy is technically feasible and interesting to be
considered, mainly because generally when the building cooling load is higher, the solar
radiation is also higher. Among solar air conditioning systems, the thermal system -
which combines solar collectors with absorption chiller - is the most widespread,
nowadays. However, depending on the case, other technologies may take advantage.
One option, for example, is the electrical system - which combines photovoltaic panels
with conventional vapor compression chiller.
For this comparison we used the simulation tool EnergyPlus™ and spreadsheets, which
were first calculated thermal loads throughout the year and thus determine the
conditions of comfort that the cooling systems will operate for then, determine electric
consumption necessary for the chiller to keep these conditions.
The interest of this project is to verify if those solar air conditioning systems are
economically more advantageous throughout the year.
vii
SUMÁRIO
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3.1 - Comparação de sistemas de absorção alimentados por energia solar ........ 11
Tabela 3.2 - Comparação entre os principais sistemas de ar condicionado solar........... 15
Tabela 5.1 - Dimensões das zonas .................................................................................. 28
Tabela 5.2 - Dados geográficos do edifício simulado .................................................... 29
Tabela 5.3 - Propriedades dos materiais das paredes ..................................................... 30
Tabela 5.4 - Propriedades de divisórias e portas localizadas em divisórias ................... 30
Tabela 5.5 - Propriedades das portas principais ............................................................. 30
Tabela 5.6 - Propriedades dos pisos ............................................................................... 31
Tabela 5.7 - Propriedades do teto externo ...................................................................... 31
Tabela 5.8 - Taxas de dissipação de calor ...................................................................... 32
Tabela 5.9 - Densidade de ocupação .............................................................................. 32
Tabela 5.10 - Taxas típicas de calor liberado por pessoas.............................................. 33
Tabela 5.11 - Taxas típicas de dissipação de calor de equipamentos elétricos .............. 33
Tabela 5.12 - Carga térmica total e horário de máximo ................................................. 35
Tabela 5.13 - Parâmetro de entrada no COMFORT....................................................... 36
Tabela 5.14 - Propriedades do ar do recinto oriundas do COMFORT ........................... 36
Tabela 5.15 - Valores típicos de fator de by-pass........................................................... 37
Tabela 5.16 - Constantes usadas na análise psicrométrica ............................................. 40
Tabela 5.17 – Condições de insuflamento no horário de máxima carga térmica de cada
zona................................................................................................................................. 41
Tabela 5.18 - Parâmetros aplicados no sistema de ar condicionado convencional ........ 46
Tabela 5.19 - Parâmetros aplicados no sistema de ar condicionado solar elétrico ......... 47
Tabela 5.20 - Parâmetros aplicados no sistema de ar condicionado solar térmico ........ 48
Tabela 5.21 - Tarifas de energia elétrica adotadas ......................................................... 49
x
LISTA DE ABREVIATURA E SÍMBOLOS
xi
𝐸𝐸,𝑒𝑙𝑒𝑡. Energia elétrica consumida pelo sistema de ar condicionado solar elétrico
𝐸𝐸,𝑡𝑒𝑟𝑚. Energia elétrica consumida pelo sistema de ar condicionado solar térmico
𝐸𝐸,𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 Energia elétrica consumida pela torre de resfriamento
𝐸𝑇,𝑓𝑜𝑠𝑠𝑖𝑙 Energia térmica total consumida pelo aquecedor auxiliar (operando com
combustível fóssil).
𝐸𝑅𝐿𝐻 Taxa de calor latente efetiva do recinto
𝐸𝑅𝑆𝐻 Taxa de calor sensível efetiva do recinto
𝐸𝑆𝐻𝐹 Efetivo fator de calor sensível do recinto
𝑓𝑒𝑙,𝑏𝑜𝑚𝑏. Demanda específica de eletricidade da instalação solar (razão entre o
consumo de energia elétrica da instalação solar, isto é, das bombas, e a
energia térmica produzida pelos coletores)
𝑓𝑒𝑙,𝑐ℎ𝑖𝑙. Demanda específica de eletricidade do chiller de absorção (razão entre o
consumo de energia elétrica do chiller de absorção e a energia térmica
retirada do edifício pelo chiller solar)
𝑓𝑒𝑙,𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 Demanda específica de eletricidade das torres de resfriamento (razão entre o
consumo de energia elétrica do sistema de rejeição de calor, isto é, das torres
de resfriamento, e a energia térmica rejeitada)
𝐺 Irradiância solar
ℎ𝐸𝐴 Entalpia específica do ar de mistura
ℎ𝑂𝐴 Entalpia específica do ar externo
ℎ𝑅𝐴 Entalpia específica do ar do recinto condicionado
ℎ𝑆𝐴 Entalpia específica do ar insuflado
ℎ𝑙𝑣 Entalpia de vaporização da água a 0°C
H2O Água
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
LiBr Brometo de Lítio
ṁSA Vazão mássica do ar insuflado
ṁ𝑂𝐴 Vazão mássica do ar externo
𝜂𝑏𝑜𝑖𝑙𝑒𝑟 Rendimento da caldeira a combustível fóssil
𝜂𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 Eficiência dos coletores solares térmicos
𝜂𝑒 Eficiência do aquecedor elétrico
𝜂𝑓𝑜𝑠𝑠𝑖𝑙 Rendimento de conversão de energia primária do combustível fóssil
𝜂𝑔𝑟𝑖𝑑 Rendimento de conversão de energia primária da rede elétrica
NH3 Amônia
𝑃𝑎𝑡𝑚 Pressão atmosférica
𝑃𝑣_𝑂𝐴 Pressão parcial do vapor d’água do ar externo
𝑃𝑣_𝑅𝐴 Pressão parcial do vapor d’água no recinto condicionado
xii
𝑃𝑣𝑠_𝑂𝐴 Pressão parcial do vapor d’água saturado do ar externo
𝑃𝑣𝑠_𝑅𝐴 Pressão parcial do vapor d’água saturado no recinto condicionado
𝑃𝑣𝑠_𝑎𝑑𝑝 Pressão parcial do vapor saturado no ponto de orvalho do equipamento
PIS Programa de Integração Social
𝑄𝑎𝑢𝑥 Energia térmica fornecida ao chiller solar proveniente do aquecedor auxiliar
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 Energia térmica retirada do edifício pelo sistema de condicionamento de ar
𝑄𝑒𝑣𝑎𝑝 Calor retirado do ar por meio do evaporador
𝑄𝑔𝑒𝑟 Calor fornecido ao gerador pelos coletores solares
𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 Energia térmica fornecida ao chiller solar proveniente dos coletores térmicos
𝑅𝐿𝐻 Parcela latente da carga térmica
𝑅𝑆𝐻 Parcela sensível da carga térmica
𝑅𝑆𝐻𝐹 Fator de calor sensível do recinto
𝑠 Fração solar do sistema
SI Sistema internacional de unidades
𝑡𝐸𝐴 Temperatura de bulbo seco do ar de mistura
𝑡𝑂𝐴 Temperatura de bulbo seco do ar externo
𝑡𝑅𝐴 Temperatura de bulbo seco do ar do recinto condicionado
𝑡𝑆𝐴 Temperatura de bulbo seco do ar insuflado
𝑡𝑎𝑑𝑝 Temperatura de ponto de orvalho do equipamento
𝑈𝑅𝑂𝐴 Umidade relativa do ar externo
𝑈𝑅𝑅𝐴 Umidade relativa do ar do recinto condicionado
𝜐𝑂𝐴 Volume específico do ar externo
VcI Valor da tarifa de energia, inclusos os impostos
VsI Valor da tarifa de energia, sem considerar os impostos
𝜔𝑂𝐴 Razão de umidade do ar externo
𝜔𝑅𝐴 Razão de umidade do ar do recinto condicionado
𝜔𝑎𝑑𝑝 Razão de umidade do ar no ponto de orvalho do equipamento
𝛥𝐸0,𝑟𝑒𝑙. Poupança relativa de energia primária
xiii
1. INTRODUÇÃO
interior cujas condições se mantenham relativamente constantes, dentro dos padrões que
ofereçam mais conforto às pessoas, apesar das variações das condições meteorológicas
Em uma cidade como o Rio de Janeiro, onde o clima tropical úmido predomina
importante.
escala doméstica quanto industrial, é o sistema por compressão a vapor, que tem como
ozônio.
Nesse sentido, por exemplo, é possível considerar o uso de sistemas que operem
híbridos alimentados por fontes de energia renováveis, como por exemplo, solar ou
como fonte de calor quanto de luz, hoje sem sombra de dúvidas, uma das alternativas
1
Essa alternativa torna-se mais interessante ainda pelo fato de que a maior
disponibilidade de recurso solar acontece nas horas do dia, nas quais o uso do ar
2
2. OBJETIVO
Esse trabalho tem como objetivo estudar a utilização de energia solar no sistema de
ar condicionado solar:
Isso será realizado, através do cálculo, para cada um dos sistemas acima, do
consumo de energia elétrica resultante de sua operação durante um ano. Esse cálculo
carga térmica pelo software Energy Plus, seguido da análise psicrométrica para cálculo
A seguir será utilizada uma formulação sugerida pelo Projeto SOLAIR (2009) da
União Europeia e modificada por ARA (2010), adaptada para o caso analisado nessa
o consumo de energia então, com dados das tarifas de energia elétrica provenientes da
distribuidora de energia LIGHT, o custo associado ao consumo dessa energia pode ser
mensurado.
3
3. SISTEMAS DE AR CONDICIONADO SOLAR
partir da radiação solar. Uma delas ocorre a partir da transformação da radiação solar
(HENNING, 2007).
sistemas de compressão de vapor (ARA, 2010). Nesse caso, a energia elétrica gerada
elétrico uma opção interessante em casos no quais a área a ser aproveitada pelos painéis
4
O grande problema dos sistemas de ar condicionado solar elétricos segundo KIM;
FERREIRA (2007) corresponde aos custos ainda elevados de aquisição dos painéis
fotovoltaicos.
ser subdivididos, conforme o processo térmico no qual se baseiam, em: sistemas termo-
trabalho mecânico, através de uma máquina térmica, que por sua vez aciona um
par de substâncias para produzir o efeito de refrigeração. Esse tipo de sistema tem uma
adota a tecnologia solar térmica alimentando o sistema por absorção (ARA, 2010). A
5
Figura 3.2 - Esquema simplificado do ciclo de absorção (ARA, 2010)
gerador, calor este, que é proveniente da fonte quente que corresponde aos coletores
solares.
uma solução diluída. Esta solução diluída retorna ao absorvedor passando por um
trocador de calor da solução que tem como função pré-aquecer a solução que vai entrar
no gerador. A solução diluída que sai do gerador, no estado liquido, passa ainda pela
válvula de expansão que diminui a pressão do fluido antes deste chegar ao absorvedor.
condensador o refrigerante, no estado gasoso, liberta calor para o meio ambiente até
O fluido segue para a válvula de expansão. Nesta válvula ocorre uma redução brusca
refrigerante retira calor do ambiente até vaporizar por completo. Esgotada a capacidade
6
de arrefecimento, o vapor de refrigerante chega ao absorvedor. O vapor de refrigerante
vai ser absorvido pela solução binária que se encontra no absorvedor, até ao limite de
saturação da mesma. Este processo de absorção ocorre com libertação de calor para o
meio ambiente e tal como no condensador, a troca de calor pode ser potenciada com o
volume específico do vapor e uma maior complexidade em sua construção, para impedir
a entrada de ar.
7
Figura 3.3 - Diagrama de entalpia-concentração para H2O-LiBr (ASHRAE, 2006)
é mostrado na Figura 3.4. Como se pode ver nessa figura, o calor que alimenta o
8
Figura 3.4 - Esquema de um sistema de condicionamento de ar com ciclo de
absorção e utilização de energia solar (ARA, 2010)
Percebe-se também pela Figura 3.4, que neste tipo de sistema normalmente existem
reservatórios térmicos responsáveis por dar uma maior estabilidade do sistema. Além disso, o
fornecimento de calor através dos coletores solares em grande parte das soluções não é
suficiente, sendo por isso necessário utilizar-se um aquecedor auxiliar de modo a garantir o
𝑄𝑒𝑣𝑎𝑝
𝐶𝑂𝑃 =
𝑄𝑔𝑒𝑟
Onde:
9
Os ciclos de refrigeração por absorção podem ser classificados, quanto ao tipo de
quente (caso aplicado nesse trabalho, pois a água provem dos coletores solares) como
Os ciclos de simples efeito utilizam a energia térmica uma vez e apenas um gerador
temperaturas do fluido quente vindo dos coletores e diferentes valores de COP são
10
Tabela 3.1 - Comparação de sistemas de absorção alimentados por energia solar
(GROSSMANN, 2002)
Temperatura
Número de Radiação solar Tipo de
COP típico da fonte de
estágios requerido [kW]* coletor
calor [°C]
Simples efeito 0,7 85 1,43 coletor plano
coletor plano
Duplo efeito 1,2 130 0,83
ou CPC**
tubo a vácuo
Triplo efeito 1,7 220 0,59 ou
concentrador
*
Estimativa por kW de potência frigorífica.
**
Compound Parabolic Collector
perde mais calor ao ambiente e proporciona menos calor ao chiller. Por outro lado, o
chiller geralmente funciona mais eficientemente com uma temperatura mais elevada.
11
Um sistema solar térmico deve ser projetado considerando essas duas tendências
coletores mais baratos a redução dos custos de aquisição do sistema é mais relevante do
que o aumento nos custos causados pela grande área coletora adotada em vista da
A diferença entre adsorção e absorção reside no fato de que, nesse último processo,
as moléculas do refrigerante sobre a superfície por força física ou química e não muda
Com relação aos pares refrigerante – adsorvente, os mais utilizados, neste caso, são
metanol. Diferentemente dos sistemas por absorção, esses sistemas por adsorção evitam
o uso de bomba para a solução e são relativamente mais silenciosos durante a operação,
coletores solares, a partir de 60°C. Entretanto, os valores de COP alcançados são mais
baixos, da ordem de 0,3 a 0,7, em relação aos valores de COP do ciclo de absorção, que
12
Nos sistemas por adsorção, um dos principais problemas consiste na necessidade de
se ter chillers relativamente grandes. Isto pode ser afirmado pois, devido à tecnologia
empregada, para que se satisfaçam as mesmas cargas térmicas atendidas por chillers de
absorção, são necessários equipamentos bem maiores e maios pesados (ARA, 2010).
Ainda existem os sistemas dessecantes que, junto com as tecnologias por absorção e
calor.
cloreto de lítio (HENNING, 2007). Neste caso, o calor proveniente dos coletores solares
13
Figura 3.6 - Ciclo de refrigeração dessecante padrão com energia solar térmica
(HENNING, 2007)
tecnologia, de acordo com KIM, FERREIRA (2007), “onde há uma grande demanda
por ventilação e desumidificação do ar, [...] pode ser uma boa opção”.
A partir do que já foi apresentado é possível afirmar que existem duas possibilidades
maior empecilho o elevado custo inicial de aquisição dos componentes da parcela solar
14
Tabela 3.2 - Comparação entre os principais sistemas de ar condicionado solar
(ARA, 2010)
otimiza o aproveitamento solar, através, por exemplo, da integração dos painéis com o
edifício.
Diante de tudo que foi apresentado até aqui, essa monografia visa comparar o
16
4. PROJETO SOLAIR
4.1. O projeto
Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Portugal, Eslovénia e Espanha). Esse projeto foi
Energia primária é a energia retirada de uma fonte primária de energia, ou seja, uma
fonte de energia que existe em forma natural na natureza e pode gerar energia de forma
direta, antes das transformações que levaram ao uso final do recurso energético.
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 1
𝐸0,𝑐𝑜𝑛𝑣. =
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑉 𝜂𝑔𝑟𝑖𝑑
17
𝐸0,𝑐𝑜𝑛𝑣. − 𝐸0,𝑡𝑒𝑟𝑚.
𝛥𝐸0,𝑟𝑒𝑙. =
𝐸0,𝑐𝑜𝑛𝑣.
Onde:
energética a ser aplicado neste trabalho, seguindo o que foi feito por ARA (2010).
Ainda segundo ARA (2010), dois comentários importantes devem ser feitos:
18
• O cálculo proposto pelo projeto SOLAIR determina os valores de consumo de
Todo equacionamento feito neste subcapítulo baseia-se em ARA (2010). Dito isto, a
abaixo.
Cada parcela equação acima representa uma parte da energia primária total
consumida que foi transformada por processos diferentes, conforme esta listado abaixo:
19
Primeiramente, deve-se multiplicar cada termo pelo rendimento associado à energia
primária, ou seja, 𝜂𝑓𝑜𝑠𝑠𝑖𝑙 , no caso do primeiro termo, e 𝜂𝑔𝑟𝑖𝑑 , nos demais, assim é
obtido:
combustível fóssil).
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
𝐸𝐸,𝑐ℎ𝑖𝑙. = 𝐶𝑂𝑃𝑆 𝑓𝑒𝑙,𝑐ℎ𝑖𝑙. Energia elétrica consumida pelo chiller solar.
𝐶𝑂𝑃𝑆
Observa-se que apenas a primeira parcela não foi transformada em energia elétrica,
que é o desejado, e sim, em energia térmica. Portanto, mais uma modificação no método
SOLAIR foi introduzida a fim de possibilitar a análise. Considerou-se, por hipótese, que
𝜂𝑏𝑜𝑖𝑙𝑒𝑟 = 𝜂𝑒
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 (1 − 𝑠)
𝐸𝐸,𝑎𝑢𝑥 =
𝐶𝑂𝑃𝑆 𝜂𝑒
Onde:
𝐸𝐸,𝑎𝑢𝑥 Energia elétrica total consumida pelo aquecedor auxiliar (operando com
eletricidade)
20
Então, somando todas as parcelas, obtém-se o consumo de energia elétrica do
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 (1 − 𝑠)
𝐸𝐸,𝑡𝑒𝑟𝑚. = � + 𝑠 𝑓𝑒𝑙,𝑏𝑜𝑚𝑏. + 𝐶𝑂𝑃𝑆 𝑓𝑒𝑙,𝑐ℎ𝑖𝑙. + 𝑓𝑒𝑙,𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 (𝐶𝑂𝑃𝑆 + 1)�
𝐶𝑂𝑃𝑆 𝜂𝑒
que todos os outros fatores são constantes para um determinado período. Por definição,
a fração solar corresponde à razão entre a energia térmica que aquece a água que
alimenta o chiller proveniente dos coletores solares e a energia térmica total que
𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑠=
𝑄𝑎𝑢𝑥 + 𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟
Onde:
𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 Energia térmica fornecida ao chiller solar proveniente dos coletores térmicos
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
𝐶𝑂𝑃𝑠 =
𝑄𝑎𝑢𝑥 + 𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑠 = 𝐶𝑂𝑃𝑠
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
21
Para um período unitário de tempo a ser determinado futuramente nessa monografia,
a energia térmica proveniente dos coletores (𝑄𝑠𝑜𝑙𝑎𝑟 ), pode ser representada pelo produto
da eficiência dos coletores (𝜂𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 ), da irradiância solar (𝐺) e da área coletora (𝐴),
logo se chega a expressão final para a fração solar, expressa pela equação a seguir:
𝐶𝑂𝑃𝑠 (𝜂𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 𝐺 𝐴)
𝑠=
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
seguinte:
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 1
𝐸0,𝑐𝑜𝑛𝑣. =
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑉 𝜂𝑔𝑟𝑖𝑑
Pode-se, assim como foi feito anteriormente, multiplicar pelo rendimento associado
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
𝐸𝐸,𝑐𝑜𝑛𝑣. =
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑉
Onde:
Com as adaptações feitas até aqui, pode-se considerar que a primeira limitação
apresentada foi resolvida, pois houve a conversão da formulação com base na energia
Entretanto, deve-se fazer ainda mais uma adaptação ao método SOLAIR de modo
que considere também o sistema de ar condicionado solar elétrico. Para isso, basta
22
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
𝐸𝐸,𝑒𝑙𝑒𝑡. = − 𝐸𝐸,𝐹𝑉
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑉
Onde:
SOLAIR.
elétrica de cada um dos três sistemas de ar condicionado que são objetos desse trabalho,
importante lembrar, que se deseja calcular o consumo de cada um dos sistemas sendo
Onde: 𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 Será calculado, para cada hora do ano, a partir de simulação da
nas 8760 horas anuais, se obterá o consumo total de energia elétrica desse sistema.
23
• Sistema de ar condicionado solar elétrico
Qcold
Equação para o cálculo do consumo de energia: EE,elet. = − EE,FV
COPCV
nas 8760 horas anuais, se obterá o consumo total de energia elétrica desse sistema.
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 (1 − 𝑠)
𝐸𝐸,𝑡𝑒𝑟𝑚. = � + 𝑠 𝑓𝑒𝑙,𝑏𝑜𝑚𝑏. + 𝐶𝑂𝑃𝑆 𝑓𝑒𝑙,𝑐ℎ𝑖𝑙. + 𝑓𝑒𝑙,𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 (𝐶𝑂𝑃𝑆 + 1)�
𝐶𝑂𝑃𝑆 𝜂𝑒
𝑓𝑒𝑙,𝑏𝑜𝑚𝑏. Será considerado constante durante todo ano e terá seu valor
E a fração solar será calculada, para cada hora do ano, pela seguinte equação:
24
𝐶𝑂𝑃𝑠 (𝜂𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 𝐺 𝐴)
𝑠=
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
prédio.
nas 8760 horas anuais, se obterá o consumo total de energia elétrica desse sistema.
25
5. ESTUDO DE CASO
5.1. O edifício
trabalho. As plantas de cada pavimento são mostradas na Figura 5.1 e na Figura 5.2.
26
Figura 5.1 - Planta baixa do térreo Figura 5.2 - Planta baixa do 2° andar
27
Foi adotado um pé direito de 3,5 m para ambos os andares.
28
condição arquitetônica do prédio, por exemplo, a planta do edifício e materiais
eletrônicos.
• Condições externas
dos Estados Unidos (DOE), em extensão “.epw”. No caso específico dessa monografia,
BRA_Rio.de.Janeiro-Santos.Dumont.837550_SWERA.epw.
Parâmetro Dado
Local Rio de Janeiro
Latitude 22,90° Sul
Longitude 43,17° Oeste
Altitude 3m
• Condições arquitetônicas
Além das plantas de cada andar mostradas na Figura 5.1 e na Figura 5.2. É preciso
29
As paredes foram consideradas sendo compostas de concreto com argamassa de
cada lado e a camada mais externa, em ambos os lados, de cerâmica, totalizando uma
Contudo, conforme pode ser visto nas plantas do prédio, existem algumas paredes
onde há um gap de ar. Nesses casos, considerou-se que esse gap de ar possui uma
30
As janelas acrescentam à carga térmica uma quantidade de calor adicional devido à
das janelas foram importadas de um banco de dados que existe no software e sua
expostas abaixo:
NBR 15220:
• Iluminação
31
A partir de informações presentes na planta do prédio que indicavam a utilidade de
cada zona nas quais o edifício foi dividido (ver Tabela 5.1), classificou-se essas zonas
em dois tipos: auditórios (as zonas G119 e G122 somente) e não auditórios (todas as
restantes). Assim, a taxa de dissipação de calor máxima para cada zona é mostrada na
Auditórios 10
Não auditórios 16
• Pessoas
à carga latente, pois a transpiração e respiração dos ocupantes produz vapor d’água no
recinto.
dados das capacidades das zonas, principalmente para salas de aula, e, na falta dessa
informação para algumas áreas, com recomendações da norma ABNT NBR 16401, que
32
Em relação ao nível de atividade das pessoas presentes, os valores utilizados nesse
Nível de atividade Calor total (W) Calor sensível (W) Calor latente (W)
Parado em pé,
145 75 70
caminhando.
• Equipamentos elétricos
cálculo da carga térmica. Nesse trabalho, alguns valores típicos de dissipação de calor
para equipamentos elétricos foram obtidos da norma ABNT NBR 16401, que são
exibidos abaixo:
• Infiltração
Segundo a norma ABNT NBR 16401, infiltração é o fluxo de ar externo para dentro
normal de portas localizadas na faixada. Nessa monografia foi utilizado o valor 0,56 l/s.
33
• Perfis variação dos ganhos internos de calor
carga térmica.
parâmetros ao longo do tempo (dia, mês, ano) através dos objetos do programa
chamados de “schedules”.
Esses perfis de variação foram adotados a fim de conferir maior realidade aos dados
Figura 5.3 - Perfil para ocupação, equipamentos e iluminação ao longo dos dias
carga térmica. O programa calcula a carga térmica total e sua parcela sensível, para todo
edifício, em todas as 8760 horas do ano. A Tabela 5.12 ilustra a carga térmica máxima e
34
Tabela 5.12 - Carga térmica total e horário de máximo
35
Um comentário importante a se fazer, é que não foi considerada a influência tanto
dos coletores solares térmicos, quanto dos painéis fotovoltaicos, na carga térmica do
edifício.
insuflamento de ar.
• Condições de conforto
programa COMFORT para seleção das condições de conforto nas zonas que serão
condicionadas.
Parâmetro Valor
Propriedade Valor
Temperatura de bulbo seco 23°C
Umidade relativa 50%
36
• Fator de by-pass
O fator de by-pass (BF) é outra informação que se precisa selecionar para o cálculo
ar que passa pela serpentina sem sofrer alterações de suas propriedades, como
pela serpentina.
Lojas, fábricas e
0,1 até 0,2 Aplicações típicas de conforto.
bancos.
Sala de operações em
0 até 0,1 Aplicações com 100% de ar exterior.
hospitais e fábricas.
37
Portanto, escolheu-se um fator de desvio da serpentina (fator de by-pass) de 0,1.
Esse valor é o utilizado para aplicações típicas de conforto como escritórios e salas de
aula.
• Vazão de ar exterior
de 1998, que informa que para se garantir a adequada renovação do ar do interior dos
27 𝑛º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠
ṁ𝑂𝐴 =
3600 𝜐𝑂𝐴
Onde o volume específico para cada hora do ano é obtido do EnergyPlus, conhecida
38
realizar o cálculo da vazão de insuflamento e da potência frigorífica necessária, a cada
𝑃𝑣_𝑂𝐴 𝑃𝑣_𝑂𝐴
𝑈𝑅𝑂𝐴 = 𝜔𝑂𝐴 = 0,622
𝑃𝑣𝑠_𝑂𝐴 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣_𝑂𝐴
𝐶8
ln�𝑃𝑣𝑠_𝑂𝐴 � = + 𝐶9 + 𝐶10 𝑡𝑂𝐴 + 𝐶11 𝑡𝑂𝐴 2 + 𝐶12 𝑡𝑂𝐴 3 + 𝐶13 ln 𝑡𝑂𝐴
𝑡𝑂𝐴
Tem-se também:
𝐸𝑅𝐿𝐻 = 𝑅𝐿𝐻 + ṁ𝑂𝐴 BF ℎ𝑙𝑣 (𝜔𝑂𝐴 − 𝜔𝑅𝐴 ) = ṁ𝑆𝐴 ℎ𝑙𝑣 (1 − 𝐵𝐹) �𝜔𝑅𝐴 − 𝜔𝑎𝑑𝑝 �
𝐸𝑅𝑆𝐻
𝐸𝑆𝐻𝐹 =
𝐸𝑅𝑆𝐻 + 𝐸𝑅𝐿𝐻
Assim:
𝑃𝑣_𝑅𝐴 𝑃𝑣_𝑅𝐴
𝑈𝑅𝑅𝐴 = 𝜔𝑅𝐴 = 0,622
𝑃𝑣𝑠_𝑅𝐴 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣_𝑅𝐴
𝐶8
ln�𝑃𝑣𝑠_𝑅𝐴 � = + 𝐶9 + 𝐶10 𝑡𝑅𝐴 + 𝐶11 𝑡𝑅𝐴 2 + 𝐶12 𝑡𝑅𝐴 3 + 𝐶13 ln 𝑡𝑅𝐴
𝑡𝑅𝐴
E também:
39
𝑐𝑝𝑎 �𝑡𝑅𝐴 − 𝑡𝑎𝑑𝑝 �
𝐸𝑆𝐻𝐹 =
𝑐𝑝𝑎 �𝑡𝑅𝐴 − 𝑡𝑎𝑑𝑝 � + ℎ𝑙𝑣 �𝜔𝑅𝐴 − 𝜔𝑎𝑑𝑝 �
equipamento, pois:
𝑃𝑣𝑠_𝑎𝑑𝑝
𝜔𝑎𝑑𝑝 = 0,622
𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣𝑠_𝑎𝑑𝑝
𝐶8
ln�𝑃𝑣𝑠_𝑎𝑑𝑝 � = + 𝐶9 + 𝐶10 𝑡𝑎𝑑𝑝 + 𝐶11 𝑡𝑎𝑑𝑝 2 + 𝐶12 𝑡𝑎𝑑𝑝 3 + 𝐶13 ln 𝑡𝑎𝑑𝑝
𝑡𝑎𝑑𝑝
Finalizando, calcula-se:
𝐶𝑇 ṁ𝑂𝐴 ṁ𝑂𝐴
ℎ𝑆𝐴 = ℎ𝑅𝐴 − ℎ𝐸𝐴 = ℎ𝑂𝐴 + �1 − �ℎ
ṁ𝑆𝐴 ṁ𝑆𝐴 ṁ𝑆𝐴 𝑅𝐴
Constantes
Calor específico do ar 1,0035 kJ/kg.K
Calor específico do vapor d’água 1,873 kJ/kg.K
Entalpia de vaporização da água a 0°C 2501,2 kJ/kg
Pressão atmosférica 101,29 kPa
C8 -5800,2206
C9 1,3914993
C10 -0,048640239
C11 4,1764768E-05
C12 -1,4452093E-08
C13 6,5459673
40
Tabela 5.17 – Condições de insuflamento no horário de máxima carga térmica de
cada zona
41
5.4. Descrição dos sistemas de ar condicionado
trabalho. Cada uma delas terá seu funcionamento simulado no edifício alvo dessa
com coletores solares que produzem água quente para um chiller de absorção. O outro
sistema é o sistema elétrico, com painéis fotovoltaicos que produzem eletricidade para
42
No sistema de ar condicionado solar térmico, os coletores solares térmicos na
cobertura produzem água quente que é levada ao chiller de absorção solar, onde é
há demanda por condicionamento de ar, em um dia nublado, por exemplo, o fluido que
trabalho, que foi discutido no Capítulo 4, o aquecedor auxiliar elétrico foi considerado
43
painéis fotovoltaicos, e como, por hipótese, o sistema fotovoltaico adotado não possui
Assim, quando o dia está nublado, por exemplo, e há demanda por condicionamento
de ar, a eletricidade para o chiller provem da rede elétrica. Em outras palavras, o sistema
resfriamento no sistema de ar condicionado solar elétrico, sendo que seria usual utilizá-
com condensação a ar. Isso ocorre, pois, o método de cálculo da energia consumida
Além dos sistemas de ar condicionado solar térmico e elétrico apresentados até aqui,
outro sistema de ar condicionado será analisado neste trabalho. Esse sistema será do
energia.
44
Dessa forma, os sistemas de ar condicionado solar podem ter seu desempenho
45
Assim, a energia térmica retirada da edificação a cada hora de funcionamento do ar
condicionado vale:
𝑃𝐹[𝑊] ∗ 1ℎ
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 [𝑘𝑊ℎ] =
1000
condicionado está ligado, por hipótese, das 7:00 às 18:00 (11 horas por dia) durante os
vapor mercado.
Qcold
Equação para o cálculo do consumo de energia: EE,elet. = − EE,FV
COPCV
46
Tabela 5.19 - Parâmetros aplicados no sistema de ar condicionado solar elétrico
vapor mercado.
fotovoltaicos e inversores.
edifício. A eficiência adotada para os painéis foi de 12% e a eficiência dos inversores
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑 (1 − 𝑠)
𝐸𝐸,𝑡𝑒𝑟𝑚. = � + 𝑠 𝑓𝑒𝑙,𝑏𝑜𝑚𝑏. + 𝐶𝑂𝑃𝑆 𝑓𝑒𝑙,𝑐ℎ𝑖𝑙. + 𝑓𝑒𝑙,𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒 (𝐶𝑂𝑃𝑆 + 1)�
𝐶𝑂𝑃𝑆 𝜂𝑒
E a fração solar será calculada, a cada hora nas 8760 horas anuais, pela seguinte
equação:
𝐶𝑂𝑃𝑠 (𝜂𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 𝐺 𝐴)
𝑠=
𝑄𝑐𝑜𝑙𝑑
47
Tabela 5.20 - Parâmetros aplicados no sistema de ar condicionado solar térmico
48
O sistema de aproveitamento solar térmico é constituído basicamente de coletores
Os coletores, por hipótese, são coletores de tubo a vácuo orientados ao norte, com
edifício. Para eles supôs-se a eficiência de 50% e a produção de vapor de água a 150°C,
eletricidade anual para cada um dos três sistemas de ar condicionado analisados nessa
monografia. Esse cálculo foi feito a cada hora, com auxílio do software Microsoft
• Gasto monetário
de entrada é feita com nível de tensão de 13,8 kV (BEHENCK, 2011) e por esse motivo
está enquadrado no grupo A e subgrupo A4. Além disso, é tarifado pela estrutura
49
O horário de ponta para o consumo de energia elétrica é o período do dia de maior
utilização de rede da Light. Corresponde ao período entre 17:30 e 20:30, com exceção
de sábados, domingos e feriados nacionais (LIGHT, 2013). Nessa monografia, por não
período de 17:00 às 20:00. Além disso, não foi feita a distinção em dias de semana e
do gasto monetário.
Com uma temporada de sete meses, o período seco corresponde a maio, junho,
Nos valores mostrados na Tabela 5.21, ainda não estão incluídos os tributos
cobrados pelo governo federal e estadual. O governo federal realiza a cobrança do PIS e
𝑉𝑠𝐼
𝑉𝑐𝐼 =
1 − (𝑃𝐼𝑆 + 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝐼𝐶𝑀𝑆)
determinar a conta de luz, a ser paga a cada mês do ano, devido à utilização de cada um
50
6. RESULTADOS
solar é viável.
maior exatamente nos meses mais quentes como era de se esperar. Os valores negativos,
naquele mês o sistema fotovoltaico produziu mais energia que o consumido pelo chiller
fotovoltaicos, consome bem menos energia que o sistema solar térmico, aquele com os
51
coletores solares e o chiller de absorção. Isto ocorre devido a grande parcela do
na Figura 6.3.
52
Figura 6.3 - Custo relativo ao consumo de energia elétrica mensal de cada sistema
Os valores negativos na Figura 6.3 indicam que no respectivo mês o consumidor
diferença de perfil entra a Figura 6.1 e a Figura 6.3 deve-se a pequena participação do
aparato solar no horário de ponta, por exemplo, menos 1% da energia produzida nos
que tem o menor custo dos três sistemas simulados, porém o sistema solar térmico
possui o maior custo, maior inclusive que o sistema convencional, apesar de consumo
anual de eletricidade dessa opção ser menor que o do convencional (Figura 6.1). Isso
acontece, pois durante o horário de 17:00 às 18:00, no qual a tarifa de energia é maior,
praticamente toda a energia dos sistema solar térmico provém da resistência elétrica.
53
De fato, 62,7% do custo anual relativo ao consumo de energia elétrica do sistema de
ponta.
Sendo assim, pode-se analisar se ao desligar o ar condicionado uma hora mais cedo,
horário diário. As figuras a seguir mostrando os resultados com esse novo horário de
utilização do ar condicionado:
54
Figura 6.5 - Custo monetário do consumo como novo horário de funcionamento
Percebe-se que, com essa mudança de horário, o custo do consumo de energia do
sistema de ar condicionado solar elétrico continua sendo o melhor dos três analisados.
por exemplo, gás natural. Mas, a análise se essa modificação torna o sistema solar
térmico mais vantajoso economicamente que o sistema solar elétrico foge ao escopo
desse trabalho, e essa análise torna-se mais complicada, pois se deve considerar o preço
55
7. ANÁLISES
Diante dos resultados expostos no Capítulo 6, serão feitas duas análises nessa parte
do trabalho:
inicial necessário para sua compra e instalação, foi pedida uma proposta a empresa
A empresa indicou a utilização de cinco arranjos, onde cada arranjo é composto por
cerca de 50000 kWh por mês (uma diferença de 4% a mais em relação ao simulado,
56
devido à inclinação e utilização de um painel mais eficiente). Além disso, o sistema
como um todo ocuparia uma área de 2595 m² (94% da área total da cobertura) e teria
A aquisição desse sistema custaria de cerca de 2,4 milhões de reais e ainda a Solar
Energy do Brasil dá uma garantia de 25 anos nos painéis e cinco anos nos inversores.
Outra informação relevante é que, segundo a Yingli Solar, o painel escolhido, após 10
anos, produz 91,2% da energia que um painel novo seria capaz de produzir e, após 25
Aeroporto Santos Dumont, para máxima carga térmica calculada em todo o edifício,
obtém-se uma potência frigorífica de 201,7 TR, ou seja, essa deve ser a capacidade de
refrigeração do chiller de absorção a ser selecionado para que esse chiller possa atender
todo o prédio.
alimentação), com uma vazão nominal de 38,2 m³/h. Esse chiller precisaria atuar com
80% de sua capacidade nominal para suprir a edificação, para isso precisaria de uma
57
vazão de água de 30,5 m³/h. Os responsáveis por prover essa vazão e temperatura serão
os coletores solares.
O coletor solar escolhido é o AP30 da Apricus. São coletores tubo a vácuo, que
devem ser orientados ao norte geográfico, com uma inclinação de 33°, seguindo
3 l/min por coletor, o aumento de temperatura obtido nesse coletor é de 9,3°C. Assim,
para que seja atingida a necessidade de temperatura e vazão da água para o chiller,
ocupariam uma área quase seis vezes maior que a cobertura do prédio.
58
Alocando os coletores somente sobre a cobertura do edifício, ou seja, 2760 m², é
Com isso, pode-se usar um modelo de chiller de menor porte, o BH20 de 66 TR. A
vazão de 5,2 m³/h representa 50% da vazão nominal (ver em anexo) desse modelo de
chiller, logo, pela Figura 7.1, essa percentagem de vazão vai fazer com que o chiller
opere a 45% de sua potência frigorífica nominal, ou seja, 29,7 TR. Assim, esse sistema
Outra opção é usar os chillers do tipo BZH da BROAD, que são chillers de duplo
uma torre de resfriamento, assim uma análise de retorno de investimento torna-se mais
59
8. CONCLUSÃO
cada uma das alternativas, a tecnologia de refrigeração associada a cada tipo e seus
Utilizando-se como base um equacionamento criado pelo projeto e explorado por ARA
(2010), foi apresentado um roteiro de cálculo para consumo de energia de cada uma das
Além disso, foi feito os cálculos psicométricos, com a utilização do Excel, para que
60
• A resistência elétrica utilizada no sistema de ar condicionado solar térmico
muito grande e não traria benefícios à curto prazo por terem um tempo de
retorno grande, próximo a vida útil do painéis fotovoltaicos. Com isso, conclui-
se que não valeria a pena ter gastos com esse tipo de equipamento, no momento,
viável tecnicamente, seria necessária uma área quase seis vezes maior que a
cobertura do prédio para atender a todo edifício, além disso, seria preciso haver
térmico no qual a resistência elétrica foi substituída por uma caldeira alimentada
• Analisar se a economia em reais por ano do sistema fotovoltaico pode ser útil à
inversores.
61
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHRAE, 2006, “Absorption cooling, heating and refrigeration equipment” In: Owen,
M. S., ASHRAE Handbook: Refrigeration, chapter 41, Atlanta, GA, EUA, American
Society of Heat, Refrigeration and Air Conditioning Engineers.
BRUM, N., 2012. “Notas de aula do prof. Nísio Brum”, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
62
DEPARTAMENTO NACIONAL DE AQUECIMENTO SOLAR (DASOL), 2008,
Manual de Capacitação em Projetos de Sistemas de Aquecimento Solar.
GROSSMAN, G., 2002, “Solar-powered systems for cooling, dehumidification and air
conditioning”, Solar Energy, v.72, n.1, pp. 53-62.
SOLAIR, 2009, Guidelines: requirements on the design and configuration of small and
medium sized solar air-conditioning applications, Intelligent Energy Europe.
63
ANEXOS
• Chiller de absorção
• Coletores solares
64
SOLAR ENERGY
DO BRASIL
#1 EM ENERGIA RENOVÁVEL
DIMENSIONAMENTO
SOLAR 10000
76,32 kWp
Média de Energia Gerada – Simulação realizada no software PVSYST V.5.68 kWh/mês 10014
A quantidade de energia gerada pode variar de acordo com a região e irradiação solar do local, a simulação realizada no software PVsyst V5.68 considerou a
região centro oeste para estimar a geração de energia elétrica.
990 mm
1650
Peso:
40 mm
19,1 kg
INVERSOR HOMOLOGADO
GARANTIA E ASSISTÊNCIA NO BRASIL
Segurança:
Proteção Anti-Ilhamento, DC Swith interno, Grau de Proteção
IP 65, Homologado por todas concessionárias de energia.
100% NO BRASIL
Descrição Valor
ISENÇÃO FISCAL:
Adicionalmente informamos que os módulos solares estão isento de IPI de acordo com a tabela TIPI e isento de ICMS de
acordo com o convênio 101 de 12/12/1997 prorrogado conforme convênio de ICMS 01 de 20/10/2010.
Dólar/Euro: Variações da cotação do DÓLAR E EURO podem ser repassadas a proposta no dia de seu faturamento.
Frete: Não inclusos nos preços desta proposta, Verifique para sua cidade
SOLAR ENERGY | SEDE | COMERCIAL
Av. Sete de Setembro, 4698 – SL. 1001
Bairro Batel – Curitiba-PR
www.solarenergy.com.br
Ŗ!Function
! Cooling, heating, hot water (dedicatedly or
simultaneously)
Ŗ!Application
! !ő! Provide chilled/heating water for
large-scale buildings!
!ő!
!
Produce chilled water over 41°F
and heating water below 203°F
Ŗ!Cooling capacity
! 6.6-3,307Rt(23-11,630kW)
Ŗ!Energy sources
! ő!!Natural gas, town gas, biogas, diesel,
recycled oil
! ő!!!!!
gas/oil dual fuel, gas & waste heat
hybrid (multiple energy)
ő!!
!
waste heat from power generation
industrial waste streams (steam, hot
water, exhaust, etc)
Ŗ!Super energy-saving
!! ő!! Compared with conventional electric
air conditioning, the energy efficiency
of BROAD non-electric air conditioning
is 2 times higher, while their CO2
emissions are 4 times lower.
ő!!
!
Compared with conventional water
distribution systems, BROAD pakaged
pumpset system reduces the rated
power demand by 40-60%, and the
operating electricity consumption by
60-75%.
Sept. 2008 . US
22
Rt kW MBH kW GPM ftH 2 O GPM ftH 2 O GPM ftH 2 O GPM lb/h lb/h kW klbs klbs klbs klbs
BE 100 331 1163 2617 767 629 10 1039 16.7 288 6.7 / 16960 16960 6.8 12.5 40 14 44
exhaust 125 413 1454 3272 959 786 10 1299 16.7 360 6.7 / 21207 21207 6.8 14.5 48 16 53
932°F
150 496 1745 3927 1151 943 13.4 1559 16.7 431 6.7 / 25449 25449 6.8 16.7 55 19 59
200 661 2326 5234 1534 1257 13.4 2078 16.7 576 10 / 33920 33920 10.2 23.8 73 24 79
250 827 2908 6544 1918 1571 16.7 2598 20 717 10 / 42414 42414 10.2 26.6 / 28 92
300 992 3489 7851 2301 1886 16.7 3118 20 862 13.4 / 50881 50881 11.7 34.8 / 33 123
400 1323 4652 10468 3068 2514 16.7 4157 20 1153 13.4 / 67841 67841 13.2 40.0 / 44 145
500 1653 5815 13085 3835 3143 20 5196 23 1439 16.7 / 84802 84802 17.7 50.7 / 53 183
600 1984 6978 15702 4602 3771 20 6235 23 1734 16.7 / 101762 101762 20.7 64.1 / 62 236
800 2646 9304 20940 6137 5029 20 8314 23 2301 20 / 135683 135683 25.9 80 / 64 260
1000 3307 11630 26174 7671 6286 20 10392 23 2878 20 / 169603 169603 34.9 90 / 66 288
General Conditions:
1. Rated hot W inlet/outlet temp for hot W 9. Pressure limit for chilled/cooling W: 116psig
chiller:356°F/329°F 10. Adjustable load: 5%~115%
2. Rated exhaust inlet/outlet temp for exhaust 11. Fouling factor for chilled W: 0.0001hr ft2·°F/Btu,
chiller: 932°F/320°F for cooling W:0.00025hr ft2·°F/Btu
3. Rated chilled W outlet/inlet temp: 44°F/56.7°F 12. LiBr Solution concentration: 52%, solution weight is
4. Rated cooling W outlet/inlet temp: 97.5°F/85°F included in unit ship, wt.
5. Rated heating W outlet/inlet temp for two-stage 13. Machine room ambient temperature: 41~109°F,
exhaust chiller: 149°F/131°F humidity ļ!85%
6. Lowest permitted outlet temperature for chilled 14. Rated cooling COP: 1.41
water: 41°F 15. Rated heating COP for exhaust chiller: 0.93
7. Lowest permitted inlet temperature for cooling 16. Life design: 25 years
water: 50°F 17. Please refer to P5, P6 & P7 for performance curve,
8. Adjustable chilled water flowrate: 50%~120% model selection & ordering and supply list information.
6
91 91
ǁ 71 ǁ 71
51 51
31 31
31! 41! 51! 61! 71! 81! 91! :1! 211 31! 41! 51! 61! 71! 81! 91! :1! 211
cooling capacity ǁ heating capacity ǁ
COP Nomenclature
Rated COP:1.36 CZ![!211!Y!EljlljI2ljGb
IPLV COP:1.56
Load COP Factor Result High pressure type (details in below table)
H1 20% more heating capacity
A 100% 1.360 0.01 0.014
Function : k-cooling-heating type, d-cooling only,
B 75% 1.569 0.42 0.659
default is heating, cooling and hot water
C 50% 1.619 0.45 0.729 Fuel type: B -oil C-LPG D- natural gas E-town gas
D 25% 1.308 0.12 0.157 BROAD non-electric chiller design code
Note: The integrated part load value (IPLV) (X indicates 10)
reflects chiller's actual COP in operation. Cooling capacity: 10 4 kcal/h
Chiller type: Z-direct-fired(code of other types
available in “Performance Data” pages)
Environmental Product: B-BROAD, Y-packaged chiller
Protection Features Codes for high pressure type:
Operating Noise dB(A) pressure limit chilled water code cooling water code
Model BYZ 31ċ61 86ċ311 Ľ361 117~174psig Fa Ma
Emissions:
CO/CO2ļ0.02% NOxļ46ppm (O2=5%)
7
Fuel selection
ő! !Fuels applicable to a DFA can be: natural gas, town gas, Control
LPG, bio-gas, light oil, or recycled oil.
ő!!BROAD chiller and its pumpset are equipped with
ő!!Natural gas and recycled oil are of priority. complete control function, including internet monitoring.
ő!!
Applicable to gas/oil (for special orders) ő!!If users have a building management system(BMS), the
ő! !Different fuel matches different burner. BMS control interface can be selected as an optional
supply. If the BMS interface is not ordered along with the
chiller, it can be purchased later.
Load selection!
ő! !Building cooling/heating load cannot be estimated, as Machine room location
it is more closely related to building insulation and room ő!!On the floor or on building rooftop.
function than to building area. ő!!If limited by facilities, the chiller and the pumpset can be
ő! !Model selection is mainly determined by cooling load. If installed in basement while cooling tower on the floor, on
the heating load is not enough, a HTG enlarged model stilt or on building top.
ő!!
should be selected. Metal enclosure does not apply to basement installation.
The chiller and pumpset are installed in the same metal
enclosure so as to minimize piping length.
Quantity
ő! !The fewer units, the lower initial investment and operation
Lead time
cost (as the chiller’s COP will be higher and water system’s
electric consumption will be lower at part load). ő!!ļ BYZ150: 3-6 months
ő!!
2 units are recommended for one system (the total ő!!BYZ200-BYZ400: 4-8 months
capability equals to required load). No need to have ő!!Ľ BYZ500: 8-12 months
standby unit. One unit can be considered for buildings
that allow chiller stop once a year.
Warranty!
Free warranty is to cover 12 months from commissioning or
Flowrate selection 18 months from shipment,whichever comes earlier.
ő! !BROAD pumpset adopts a large temperature difference BROAD provides paid service in the whole life span. Service
and low flowrate design so as to save power consumption pricelist is available upon request.
dramatically.
ő!!
BROAD designs the pump head according to its profound
experience.
ő!!
If the head is proved to be insufficient, BROAD will enlarge
the pump free of charge.
Pressure selection
ő! !The standard pressure limit for chilled/heating/cooling
water is 116psig. Information about high pressure type is
available on page 5.
ő!!
117~174psig system: select high pressure type.
175~232psig system: either extra pressure type, or
secondary heat exchanger, to be comprehensively
evaluated.>232psig system: secondary heat exchange.
8
Electric wiring* Includes wires, cables, cable conduit, cable supporters, etc.
Enclosure / Metal enclosure Aluminum-galvanized zinc shell with insulation
Accessories Includes ventilation and gas leakage detector (for gas type only)
Notes : 1. “*” means only standard size is available. For any size change, please specify it in purchase orders.
2. Supply list of waste heat chillers is almost the same as DFA supply list. The main difference of waste heat chillers lies
in HTG. Supply list will be provided separately when the order is placed.
Delivering Sustainable Hot Water Solutions
Product Overview
AP Evacuated Tube
Solar Collector
AP Solar Collector Product Overview
Product Overview
Apricus AP range of evacuated tube solar collectors are suitable for both residential and commercial applications.
The design of the AP solar collector is a culmination of nearly 10 years of feedback from installers and solar
professionals all over the world and aims to meet their requirements with the following key features:
• Modular “plug ‘n’ play” design (Manifold, frame and tubes in separate packages)
• Lightweight manifold design
• Choice of Stainless Steel or Anodized Aluminium mounting frames
• Extremely reliable header design due to only 4 or 6 brazing points (depending on configuration)
• Contoured header for turbulent flow even at low flow-rates
• All glass wool insulation for high temperature stability
• Patented heat transfer fin design for optimal heat transfer
• Extreme cold resilience (freeze protected heat pipes)
• Coastal region corrosion resistance (with optional anodized AL frame)
• UV stabilized components
• High wind load strength
• High snow load strength
Product Range
AP collectors are available in 10, 20, 22 or 30 tube sizes and have a number of options depending on the local
market requirements.
Length 2005mm
m / 78.9”
Peak Output* 648W / 2,210Btu 1296W / 4,422Btu 1425W / 4,862Btu 1944W / 6,632Btu
Aperture Area 0.94m2 / 10.1ft2 1.88m2 / 20.23ft2 2.07m2 / 22.3ft2 2.83m2 / 30.46ft2
Gross Area 1.59m2 / 16.95ft2 3m2 / 32.3ft2 3.28m2 / 35.29ft2 4.4m2 / 47.4ft2
Gross Dry Weight 35kg / 77lbs 63.5kg / 139.8lbs 71.3kg / 156.8lbs 95kg / 209.5lbs
Fluid Capacity 310ml / 10.5fl oz 550ml / 18.6fl oz 600ml / 20.3fl oz 790ml / 26.7fl oz
* Data from ITW report 09COL805. Calculated at midday (trans IAM = 1), G=1000W/m2, ΔT (tm-ta)=0
How it Works
er Pipe
Header
Construction
Manifold
M
The AP solar collector is comprised of four main parts:
Manifold
Insulated box containing the copper header pipe.
The header is a pair of contoured copper pipes
with dry connect sockets that the heat pipes plug
into.
Mounting Frame
Strong and easy to install with various options to
match different mounting methods.
Mounting Frame
M
Operation
Step 1: The absorber coating on the inner glass tube absorbs sunlight and converts it into heat.
Step 2: Steam forms inside heat pipe which transfers heat rapidly up to the manifold.
Step 3: A pump circulates water or heat transfer fluid through the header pipe, carrying heat back to the
storage tank. Gradually throughout the day the tank is heated up.
!
"
SET
Material: High purity “oxygen free” copper (ASTM: C10200; DIN: OF-Cu)
Heat transfer fluid: distilled water
Heat Pipes Maximum heat transfer capacity: 220W / 750Btu
Operating angle: 20-80o Startup temperature: ~30oC / 86oF
Manifold Casing Material: 3A21 Aluminium with Anodized or Powder Coated Finish
Instantaneous Efficiency
The instantaneous efficiency level depends on the surface area used for the calculation. It is important to use the
same area (absorber, aperture or gross) when comparing collectors. Aperture is the standard area measurement
for presenting efficiency values.
* Surface area values differ slightly from Europe to North America due to difference in measuring methods.
The following is the AP solar collector performance curve based on the aperture area.
Delta-T (tm-ta) oF
70%
Solar Conversion Efficiency
60%
50%
40%
30%
10%
0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Delta-T (tm-ta) oC
Instantaneous Efficiency
IAM is a measure of the change in collector performance as the angle with the sun changes. This is measured in
two planes, longitudinal which represents sun’s path over the collector throughout the year and transversal which
represents the sun’s path over the collector each day.
MIDDAY SUMMER
SPRING
AUTUMN
EVENING MORNING
WINTER
The following table provides the IAM values for Apricus AP Solar Collectors (same for all sizes).
A value of 1.00 is when the sun is perpendicular to the collectors surface; so midday for transversal, and mid
spring/autumn for longitudinal if the collector is installed at the same angle as the location’s latitude.
Angle 0o 10o 20o 30o 40o 50o 60o 70o 80o 90o
Longitudinal 1.00 1.00 1.00 0.99 0.97 0.92 0.84 0.70 0.45 0.00
Transversal 1.00 1.02 1.08 1.18 1.35 1.47 1.39 1.57 0.95 0.00
The longitudinal IAM is the same for most flat plate and PASSIVE TRACKING
evacuated tube collectors. Transversal IAM, however, can
vary greatly between solar collectors, and even amongst
different evacuated tube designs. It is often referred to as
the “passive tracking” as it provides a performance
adjustment factor for how well the absorber of the
collectors “tracks” or “faces” the sun throughout the day.
Apricus AP collectors have an excellent IAM curve as the
tubes facing the sun for most of the day and only shade
each other at extreme angles. The result is fairly stable
output from 9am - 3pm.
Any daily or annual collector output calculations MUST
consider IAM properly in order to provide realistic results.
Evacuated Tubes
Flow Rates
The liquid flow rate through the collector depends on the desired temperature rise. In most cases a variable
speed controlled pump is recommended so a target temperature rise is maintained. The following calculations
are based on water as the circulating liquid, with collector operating at the maximum rated midday output. Please
note that either side of midday output can exceed these levels by up to 15% due to the IAM angle adjustment
factor. Values will differ slightly for other heat transfer fluids.
For most domestic hot water applications, if not using a variable speed pump, choose a flow rate from the above
table that corresponds to around a 10oC / 18oF temperature rise. That will provide a good balance between
preventing excessive rise in the summer and also preventing short cycling of the pump during periods of poorer
solar radiation. Apricus offers a simple calculator to determine the above values for other flow rates or
temperature rises.
The following curves provides the pressure drop values for an AP-30 collectors. This can be used to help
determine pump sizing when installing a number of collectors in series.
0 1 2 3 4
1.2 4.0
1
Pressure Drop (feet head)
Pressure Drop (m head)
3.0
0.8
0.6 2.0
0.4
1.0
0.2
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Flow rate (L/min)
Certification
The AP range of solar collectors have obtaining the following certifications:
agement .
an I
M
SO
y
Qualit
900 1
Choice of Materials
Choice of material is extremely important for a collector that is going to be exposed to the elements 24/7 and
expected to last for many years, and so great consideration has gone into the selection of materials for the AP
solar collector. Following is a summary of some of the key material choices that may differ from other products on
the market.
Silicone Rubber
HTV Silicone rubber is used for the manifold seals and tube caps as
this material does not become brittle during freezing conditions and
does not crack or powder with extended UV exposure.
Tube Attachment
Plastic caps that clip into the frame can be used to secure the tubes in
place but over time they become brittle and degrade in UV radiation.
Instead, AP solar collectors use a high tensile stainless steel clip that
ensures the tubes are held firm long term even during extreme wind
loads.
Evacuated Tubes
Apricus uses the AL/N on AL coating that is an extremely mature and
reliable technology able to achieve 92% absorptance of solar radiation
and conversion to heat.
Packing
Packing Design
10 years of shipping experience have provided many valuable lessons and helped develop packing methods that
provide the best balance between cost, weight and safety. Regardless of if the packages are shipped air freight,
palletized for LCL sea freight or in a full shipping container, the very best efforts are made to ensure it arrives
safely.
Packing Format
Box Type Contents Container Packing
Example:
AP-30 collector would require:
• 1 x AP-30 Manifold Box (including standard frame)
• 3 x Boxes of 10 ET/HP
Refer to the product catalogue for complete details of all product and box
options.
Container Packing
20’ FCL:
• 10-12 x Pallets of ET/HP
• 50 x AP-30 collectors (adjust to match pallets of ET/HP)
• Frame kits and auxiliary components
40’ FCL:
• 22-24 x Pallets of ET/HP
• 100 x AP-30 collectors (adjust to match pallets of ET/HP)
• Frame kits and auxiliary components
More Information
For more information about other Apricus products or to make contact with your local Apricus office please visit
www.apricus.com. On the Apricus website, register for access to the Apricus Tech Centre for technical files,
product certificates, test reports, collector sizing tools, installation case studies and much more.