3- Ao findar o inquérito policial, o Delegado de Polícia, em seu relatório, imputa ao réu Tício o
crime de furto qualificado pela fraude, mas o Promotor de Justiça o denuncia por estelionato. Nesta
hipótese, deve o Magistrado devolver os autos ao Distrito Policial para alteração do relatório final?
A -Não. O inquérito policial é peça informativa, sendo desnecessária tal diligência para propositura da
ação penal pelo Ministério Público, podendo, portanto, ser alterada a classificação inicialmente proposta.
B- Sim. Há necessidade de consonância entre o relatório policial e a peça inicial proposta pelo Ministério
Público para o correto recebimento da denúncia pelo juiz.
C- Sim. O Magistrado deve retomar os autos à Delegacia de Polícia, sob pena de caracterizar nulidade
absoluta de denúncia.
D- Não. Os autos do inquérito policial não podem ser alterados, devendo o juiz receber a denúncia para o
fim de ser a mesma aditada pelo Promotor de Justiça.
4- Nos crimes de ação penal pública, o inquérito policial poderá ser iniciado:
A -Somente pelo ofendido.
B- De ofício pela autoridade policial
C- Somente por queixa ou representação
D - Nenhuma das alternativas
6- Lúcio foi autuado em flagrante delito no dia 01 de novembro passado, por estar traficando
entorpecentes próximo a uma escola pública. O inquérito policial deveria estar encerrado com o
competente relatório do Delegado de Polícia no dia:
A – 10 dias após iniciado o inquérito policial, por estar o indiciado preso.
B - 15 dias após iniciado o inquérito, por se tratar de crime federal.
C -30 dias após iniciado o inquérito.
D- 60 dias após iniciado o inquérito.
7- Nos crimes de ação pública condicionada o inquérito policial somente será iniciado:
A -Mediante queixa crime
B -Mediante representação do ofendido
C -De ofício pela autoridade policial
D - Por requisição do ministério público.
8- Em quanto tempo deve ser encerrado o Inquérito Policial com o réu preso?
A - 15 dias
B - 3 meses
C - Até se descobrirem todas as provas.
D - 10 dias
11- Nos crimes de ação privada ocorre a decadência do direito de queixa em quanto tempo?
A – 1 ano
B - 15 dias
C – 3 meses
D – 6 meses
15 - Morrendo a vítima nos casos de crimes que se processam mediante ação penal privada
personalíssima, o direito de queixa:
A - se extingue.
B - somente poderá ser exercido pelo cônjuge da vítima.
C - poderá ser exercido pelo cônjuge, ascendentes, descendentes e irmãos da vítima.
D – nenhuma das alternativas está correta.
19 - A decadência em crime de Ação Penal Privada, no Processo Penal, consiste na perda, em face
do decurso de determinado tempo, do direito de:
A - o Ministério Público oferecer denúncia.
B - o Estado punir o autor do crime.
C - o ofendido apresentar queixa.
D - a vítima formular requisição ou representação.
23 - Na ação penal privada, a ausência do pedido de condenação do réu, nas alegações finais, é causa
de:
A - extinção da punibilidade pela ocorrência da perempção.
B - intimação do querelado para emendar as alegações finais.
C - absolvição do réu.
D - nulidade ab initio.
GABARITO
1C
2C
3A
4B
5D
6C
7B
8D
9B
10 A
11 D
12 C
13 D
14 C
15 A
16 A
17 C
18 D
19 C
20 B
21 C
22 B
23 A
24 B
25- O inquérito policial tem valor probatório apenas para o oferecimento da denúncia ou
queixa, mas não pode ser utilizado como meio de convencimento no julgamento da ação
penal, porque as provas ali produzidas não são submetidas ao contraditório e ampla defesa.
26- O Ministério Público deve manifestar-se em 15 dias, se o indiciado estiver solto ou em 5
dias, se o indiciado estiver preso. Nos crimes da lei de drogas, esse prazo é de 10 dias,
estando o réu solto ou preso.
27- Não. Se o juiz não concordar, não poderá iniciar a ação penal, em razão do princípio da
inércia do juízo, mas poderá remeter os autos ao Procurador Geral da Justiça, que terá três
opções: ele mesmo apresenta a denúncia, nomeia um outro promotor para apresentação da
denúncia (esse promotor não terá independência funcional e deverá apresentar a denúncia,
ainda que entenda que era hipótese de arquivamento) ou insistir no arquivamento. Nessa
última hipótese, o juiz não tem como se opor e deverá, necessariamente, determinar o
arquivamento dos autos do inquérito.
28- A vítima não tem prazo para se manifestar sobre o inquérito policial. O seu prazo,
decadencial, é de 6 meses para propor a queixa, que se conta da data do conhecimento da
autoria delitiva e independe da conclusão ou não do inquérito policial.
29- Não há qualquer conseqüência legal, podendo o delegado prosseguir nas investigações,
até que seja concluído satisfatoriamente. Entretanto, estando o indiciado preso, a não
conclusão da investigação no prazo estabelecido pela lei, implica na soltura do preso.
30 – Uma irregularidade ou nulidade praticada no inquérito policial não tem o poder de
contaminar todo o procedimento, mas apenas aquele ato nulo deve ser ignorado e não poderá
servir de suporte para a propositura da ação penal. Entretanto, se o réu estiver preso, qualquer
nulidade praticada na investigação acarretará a soltura do preso.