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DIPERRO «CALM ou menor se aquele que nao sabe nao uma rm morador jovem (e nfo um idaso) reiomaremos alg ias, na medida em que discutiremos Brasil ao longo da historia ¢ na Capitulo Ill Onde esto, quantos e quem sdo os analfabetos brasileiros? Quantos, quem sio e onde vive os brasileiros que, por nao saber ler e escrever, sofrem precot © enfrentam e¢ a ides de sobre wre est presente, compondo os eventos ou mente ag dificul a palavra escrita sen mediando as relagoes? incia em uma sociedade em que ‘A resposta a essas questes depende dos critérios ¢ més empregadlos pa a das pessoas Quando analisamos pequenos grupos ou amosiras da populacdo, ¢ possivel aferir scus conhecimentos de leitura.¢ escrita por meio da aplicagao de provas on testes. Entretanto, quando se trata de mensurar os nive’s de alfabetizegio de grandes confuates popula cionais, € preciso utilizar meios mais simples, rapidos ¢ cconémi- cos. Importa também que as medidas sejam padronizadas, per- “Tmitindo comparagées ao longo do tempo e entre diferentes paises, Ao tralar desse assunto, devemos estar conscientes de que os termes, critérios ¢ medidas utilizados nas pesquisas sobre alfabeti- modo como a so elaboracdes culturais que influenciat sociedade percebe, interpreta ¢ avalia esse fendmeno. Quando PREONCETO CONTRA 0 ANALFABETO 87 ‘Tabela 1 “Taxa de analfabet ‘Ano de referéncia | Taxa de analfabetismo ( ris tons adicadon 6 2001 28 2002 43 2003 38 2001 Paragguat 2001 Equador 2001 México 2002 Brad 2008 2008 am ¢ consolidam as habilidades de | 2001 135 ‘Forde, Unesco Institute for Statistics, 2003. Citado por IBGE, 2000. Como ji nos rferimes, o primeiro recenseamento nacional, {foi realicado no Brasit ‘que 82,3% das pessoas com mais de cinco anos de idade eram analfabetas, Essa mesma proporgiio de analfabetos foi encontra~ da no recenseamento realizado em 1890, um ano depois de pro- wrincipalmente, aos homens livres pro- pprietarios das vilas e cidades, minoria da populagao. A historiografia tradicional atribui os elevados ao da sociedade brasileira desses tempos a ta indiferenga da populagao rural Esse, enc C documentos histéricos que demonstram que a p se DIFERRO + GALIAD de cartas eseritas pela educadora alema Ina von Binzer, que viveu 181 © 1883 na zona rural da Provincia de Sio Paulo ensi- os de fazendleiros: \derio. (Binzer, 199%; de 28 de setembro de 1871 determina hores de escravos, que mantdem ensinar Ini 08 mestres-escola rurais como na nossa ro verse-ia obrigado a n Nao 6, pois, de se estranhar que gs indices de analfabetismo. <6 tenham comegado a recuar no Brasil (Tabela 3). Afinal, embora nao soja SSP slgiermen Benes no século XX, quando se intensifi-_ | / PRECONCETD CONTEA 0 ANALEAETD 0 ‘Ano/ Grive % 1920 1940 75,709,769 13.268.381 1950) 30.089.428 15.272.602 [60 0.278.602 15.964.852 1970 (08.604 __18.146.977 [1980 948 18.7167 95.437 048 19293.738, 209 119.556.675 16.294.889 138 Fonte IBGE, Censor Dernograficos ai ‘Tabelas Brasil: Bvolugto da taxa de popubigSo no cnsino pri al — 1920/2000 ‘Ano | Popalitto | Matricula no | % emsino fundamental (@ ano) roe | 3005.60 | 1.0nsani__[ aa roto [41296915 | 9.060.269 | 74 190 | 51.944.367 | 4.360.792 [ 84 1960 | 70.09.071 | 7.48002 [ios 1970 | 98.135.057 15,004627 | 17,0 190 |119.002.706 2.598.254 | 190 1991 |146.895.475 29,03.724 | 199. 2000 | 169.700.170 5.717.948 | 210 Foales IBGE, MEG, INEP, ctados em Haddad ¢ Graciano, 2003. mente a func&o de ensinara ler e escrever.. 0 espago social oude as pessoas podem se alfabetiza: se atrbuie de quem se cobra explicas

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