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Em 1952, ocorre a reforma de ensino de enfermagem, pelo Decreto de Lei 38.

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curso geral de enfermagem passa a ter duração de 3 anos, reforçando a ideia de que apenas
quem possuísse uma habilitação escolar poderia exercer enfermagem. As escolas passam a ter
autonomia técnica e administrativa, e a profissão é considerada vocacional.

Apesar de haver um considerável número de escolas, o número de formados do curso de


Enfermagem Geral não era elevado, pois os alunos preferiam interromper a formação para
desempenhar funções de auxiliares de Enfermagem.

A mulher tinha que ser jovem solteira, podia ser viúva mas sem filhos, com modestas
necessidades pessoais, e elevado grau de dedicação e ser submissa, assim era o perfil de
enfermeira.

Durante este período as candidatas a enfermeiras, deviam ter um determinado conjunto de


requisitos, de modo a entrar nas Escolas de Enfermagem.

Para a sua admissão, no curso de Enfermagem Geral, os candidatos deviam ter o 1º ciclo, no
caso do curso de Auxiliares de Enfermagem, era só necessário ter a instrução primária, estas
exigências mantiveram-se durante 20 anos.

Devido às baixas habilitações literárias dos candidatos à escola de Enfermagem, esta situação
contribuiu para a falta de reconhecimento social e profissional, para contornar esta tendência,
surgiu o Exame de Aptidão, que tinha como principal objectivo examinar as capacidades
intelectuais e ou culturais dos candidatos.

O Exame de Aptidão era constituído pelas matérias dos programas escolares do 1º ciclo do
ensino liceal, para o curso de Enfermagem Geral, no caso do curso Auxiliares de Enfermagem,
o conteúdo era referente à instrução primária.

No entanto, havia uma excepção, para os candidatos que possuíssem o segundo ciclo liceal,
para o curso de Enfermagem Geral, estes ficavam dispensados da realização deste exame de
admissão.

Esta intervenção permitiu seleccionar, ordenar e classificar de uma forma mais eficiente
aqueles que pretendiam ser enfermeiros. Este modo de selecção dos candidatos às escolas
esteve em vigor durante várias décadas, tendo sido abolido no princípio dos anos 70.

A pouca consideração social e os baixos salários foram indicados como as causas principais
para a falta de profissionais.

Em 1958 é fundado o Ministério da Saúde, sendo o departamento governamental que tem


como missão definir e conduzir a política nacional de saúde. Dando origem a uma nova fase de
organização da saúde em Portugal, desta forma o ensino de enfermagem passa para a tutela
deste Ministério.

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