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O amor sempre foi, uma das demandas existenciais, fundamental ao ser humano,
Maslow, grande teórico da psicologia, afirma que as pessoas iniciam o seu processo de
desenvolvimento com necessidades básicas, por meio de uma hierarquia das necessidades.
No decorrer desse processo algumas delas são satisfeitas, e assim, a necessidade altera à
pertencimento. Nesse nível, a pessoa busca amor e amizade, e inclui tanto dar, quanto
os indivíduos e atração, sendo que esses são elementos importantes do processo da ligação
amorosa. Como se fosse feito um “novo laço”, um elo estabelecido entre os parceiros, que
relacionamento. Várias são as causas de separação tais como: influência da família, a falta
O diálogo é essencial para que o relacionamento seja saudável e funcional, pois é por
meio dele que se conhece de forma legítima o outro, que existe compreensão e maturidade
entre os parceiros em qualquer situação. O dialogo disfuncional pode ser visto como uma
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sujeitos discorre consigo mesmo, de forma particular, e idealiza que afastou a tortura
parceiro ideal, o amor romântico, que se pauta nas fantasias e identificações. E faz com que
exista uma necessidade de fusão com o seu par, o que proporciona uma grande expectativa,
término do relacionamento.
A separação é uma das mais dolorosas experiências que o ser humano pode lidar. É
um processo complexo, vivenciado em diversas fases e em diferentes níveis. Pode ser vista
como a morte em vida, em que “o outro morre em vida dentro de mim e eu também
havendo um luto a ser elaborado, aquele que perde a pessoa amada, deve readequar sua
existência na ausência do outro. Logo, o luto é uma resposta normal a este momento da vida,
o tempo de elaboração do luto pela separação é quase sempre maior do que o luto por uma
morte física.
É impossível não deparar com um ser humano que sofreu uma perda, independente
da forma como a pessoa amada foi perdida, para melhor elaboração do luto, Ross (2000)
descreve cinco estágios que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Os
inicialmente com a reação de negação: o indivíduo que perdeu o “objeto” do seu amor sente
muita dificuldade em aceitar o fato. Passada essa primeira reação, desencadeia a raiva ou
dos momentos, tem baixa autoestima e pena de si mesmo. Na última fase, a aceitação, o
indivíduo já vivenciou vários sentimentos e percebe que a energia afetiva está sendo
dos impasses que a separação causa e das fases que ela precisa viver, a pessoa em
abrange hábitos, comportamentos e circunstâncias que ficaram com espaços que almejam
ser preenchidos.
completar os processos em sua vida, mas quando lhe faltam recursos acaba lidando mal com
o inacabado. Nesse sentido, pode-se dizer que, quando o luto não é fechado, os aspectos não
A partir da elaboração da perda de um modo funcional, o enlutado pode reconstruir sua vida
e estabelecer novos projetos. Por esta razão, é importante viver o momento de luto, pois se
relacionamento anterior.
a procura por uma ajuda psicológica se torna uma possibilidade de elaboração, ajustamento.
Cada pessoa é como um poema esperando para ser escrito. [...] Frequentemente, esse
necessária uma grande abertura amorosa para que o belo emerja. A poesia genuína
não pode ser enquadrada em uma métrica que não lhe seja própria. Essa abertura
Hycner (1995)
Referências
Caruso, I. (1989). A separação dos amantes: uma fenomenologia da morte. São Paulo:
Diadorim Cortez. (Originalmente publicado em 1968)
Maslow, H.H. (1943) A Theory of human motivations Psychological Review 50: 390-6.
Ross, E. K. (Eds.). (2000). Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes.