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Quando Belle sente que algo aconteceu ao pai, ela vai à sua procura. Ao
chegar ao castelo ela faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela
ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e esta pode ser a grande
chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém
e esta pessoa retribuir o seu amor.
É claro que Belle se apaixona pela Fera e tudo dá certo no fim, mas o que teria
acontecido à Fera caso a Bela não tivesse aparecido? Melhor ainda, o que teria
acontecido caso ela não tivesse se importado? Quem a teria culpado? Ela era
tão bela. Estonteante. Uma bondade contagiante. Ele era tão animalesco!
Pêlos longos. Babão. Frustrado.
Essa história é familiar a nós, não apenas por tratar-se de um conto de fadas,
mas porque nos faz lembrar de nós mesmos. Há uma fera dentro de cada um
de nós. Mas não foi sempre assim. Houve um tempo em que a face da
humanidade era bela e o palácio agradável. Mas isto foi antes da maldição,
antes das trevas caírem sobre o jardim de Adão. E, desde a maldição, temos
sido diferentes. Animalescos. Feios. Rebeldes. Ferozes. Fazemos coisas que
sabemos que não deveríamos ter feito e ficamos pensando por que as fizemos.
É por isso que a relação com a Bela e a Fera termina aqui. Na fábula, a bela
beija a fera. Na bíblia, a Bela faz muito mais. Ela se torna fera para que a fera
possa transformar-se em bela. Jesus muda de lugar conosco. Nós, assim como
Adão, estávamos sob a maldição, mas "Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se maldição por nós" (Gl 3.13).