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Curso Teórico de Direito Administrativo
Profº. Cyonil Borges
AULA DEMONSTRATIVA
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Cronograma e Programa 2e3
3. Metodologia e Orientações 4e5
4. Teoria 6 a 52
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APRESENTAÇÃO
Concursandos de todo o Brasil,
O concurso do INSS está na Praça. O concurso de acesso aos
quadros do INSS (a famosa Autarquia da União) é sempre uma boa
oportunidade, todavia é bem concorrido, por ser esperado no mundo
concursístico.
Nos dias atuais, o nível dos candidatos costuma ser bem elevado,
por isso é condição sine qua non para o sucesso uma ótima preparação
por meio de cursos direcionados. Enfim, é ideal definir a estratégia, e
que seja cirúrgica.
Voilà! Aqui no sítio do curso on-line estratégia você vai encontrar
os melhores Professores e, por conseguinte, os melhores materiais do
Brasil. Espero preparar verdadeiras tropas de elite.
Vencida esta consideração preliminar, vou falar um “cadinho” de
mim. Durante um “tempinho” fui da Marinha (oito anos). Cansado de
“empurrar” água nos navios da Petrobras, decidi estudar para concursos
públicos. À época, eu centrava meus estudos na Receita Federal e nada
de sair o “mardito” edital, daí fiz o concurso do TCU.
Voilà! Ingressei “ainda menino” no TCU, tendo exercido por mais de
11 anos a digna função de Auditor. Porém, decidi voltar ao Rio de Janeiro,
e, atualmente, sou Auditor Fiscal do Rio de Janeiro. Nada mudou!
Continuo Auditor do Estado, trabalhando na tentativa de melhorar, a cada
novo dia, o andamento da coisa pública.
Atuo como Professor de Direito Administrativo e de Direito
Constitucional em cursos preparatórios em São Paulo.
Sou autor dos livros Resposta Certa (editora Saraiva), Licitações e
Contratos (editora Campus) e, mais recentemente, Questões
Discursivas de Direito Administrativo (licitações, controle externo,
finanças, controle da Administração e outros temas), este, diga-se de
passagem, nos concursos em que se exija prova discursiva!
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METODOLOGIA
Passando à metodologia a ser adotada no presente curso, informo
que ela está baseada, essencialmente, em três pilares:
I) Objetividade: procuro tratar dos assuntos de forma direta, sem
“pirotecnias jurídicas", buscando o que há de mais importante para ser
destacado em cada questão, sem, obviamente, perder de vista os pontos
cruciais (mais cobrados em concurso) de tão rica disciplina que é o Direito
Administrativo;
II) Concisão: este curso visa ser claro e preciso, sem incorrer na
prolixidade tão comum dos estudos acadêmicos, a qual, apesar de ser
importante nas discussões doutrinárias, muitas vezes acaba por afastar o
aluno do foco pretendido, qual seja: a indicação da posição correta que
está sendo adotada pela FUNRIO; e
III) Abordagem da matéria sem perda de conteúdo: ressalto que a
objetividade e a concisão almejadas não foram pensadas com sacrifico do
conteúdo necessário.
ORIENTAÇÕES FINAIS1
A seguir, gostaria de tecer breves considerações a respeito da
experiência como professor de cursos preparatórios, somada à própria
trajetória como concursando.
Não há um método único para a aprovação em concurso. Não existe
uma “receita de bolo” infalível que possa ser utilizada por todas as
pessoas. Também não há como pré-determinar de forma generalizada um
número de horas mínimo ou máximo por dia que o aluno deve se dedicar
aos estudos, como se fosse a “chave do sucesso”. Não se pode dizer,
ainda, que está certo ou errado estudar somente uma matéria (ou mais
de uma) numa semana. Em síntese, o segredo é: crie a sua própria
estratégia.
Claro que, a partir de experiência própria, como estudante e,
sobretudo, como colaborador na preparação de alunos para concursos,
principalmente os realizados pela Esaf, Cespe e FCC, cheguei a algumas
conclusões:
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1
As dicas são sintéticas, fruto de minha experiência colhida no magistério, especialmente em minhas turmas
de Tribunal de Contas da União, que tive o prazer de orientar nos ciclos de estudo no ano 2003 em Brasília.
Para um maior aprofundamento, recomendo a excelente e criativa obra do autor Alexandre Meirelles.
Simplesmente adorável.
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Retornemos ao quesito (mas por que aqui no Brasil existe União, Estados,
Distrito Federal e Municípios?).
Vamos à resposta.
A União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios
são as pessoas integrantes da Federação, ou seja, são entes
políticos/federados componentes da Federação Brasileira. São pessoas
jurídicas de direito público INTERNO. A Federação é a FORMA DE
ESTADO, portanto, adotada aqui no Brasil.
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E os Territórios?
Já os territórios não são, hoje, entes federados, detendo competência
exclusivamente administrativa, e, bem por isso, não sendo considerados
entes federados pela CF/1988. Os territórios são definidos
doutrinariamente como autarquias da União (as ditas autarquias
territoriais), afinal a capacidade de autogoverno é inexistente, isso
porque o Presidente da República é responsável pela nomeação do
Governador do Território depois da sabatina pelo Senado Federal. Sobre o
tema, vejamos o art. 84, inc. XIV, da CF/1988 (competência exclusiva do
Presidente da República):
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De que valeria o Estado criar a norma para vê-la cumprida por todos, se
não fosse o Estado o primeiro cumpridor?
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Isso ocorre porque o Estado, ao fim, é composto por seres humanos. Por
exemplo, o servidor da Receita Federal é o Estado quando atua, assim
como boa parte dos amigos leitores também o serão, logo depois dos
respectivos concursos e do derradeiro ato de posse.
Sabemos que servidores são seres falíveis. Logo, os atos falhos dos
agentes públicos, porventura produzidos nessa qualidade, podem ser
questionados por terceiros, uma vez que tais atos contam com
presunção relativa de legitimidade.
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Por isso, podem seus atos ser levados à apreciação do órgão judiciário
competente, em razão do princípio da inafastabilidade de jurisdição,
contido no inc. XXXV do art. 5º da Constituição Federal. Transcreva-se: a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito. Obviamente, essa apreciação judicial não é ilimitada,
conforme se verá no devido momento.
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Por fim, cabe alertar que essa dicotomia (público e privado) é meramente
didática. Por exemplo: há normas do direito privado que defendem
interesses públicos (por exemplo: direito de família), o chamado
dirigismo estatal; por outro lado, existem normas de direito
administrativo para a defesa de interesses dos particulares (leia-
se: dos administrados), como são as normas de segurança e os
direitos fundamentais.
Fixação
2011/Cespe
Comentários:
Gabarito: ERRADO.
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agraciados.
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Fixação
(2005/FUNIVERSA/PREF.TO – TCI) Quanto à Coisa Julgada
Administrativa, analise as assertivas abaixo:
I - É uma preclusão de efeitos internos, e tem o alcance da coisa
julgada judicial, porque o ato jurisdicional da Administração deixa
de ser um simples ato administrativo decisório.
II - O que ocorre nas decisões administrativas finais atinge e afeta
direitos de terceiros.
III - Não se limita ao caso apreciado e nem se extingue com o
encerramento deste, pela permanência de seus efeitos.
(A) Apenas I é verdadeira.
(B) Apenas I e II são verdadeiras. 00000000000
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Item I FALSO (a decisão não tem o mesmo alcance, isso porque só geram efeitos internos, podendo o
particular socorrer-se ao Judiciário). Item II FALSO (os efeitos da decisão são internos, logo não afetarão a
terceiros). Item III FALSO (limita-se ao caso concreto, sem que estenda seus efeitos fora do processo).
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3
ERRADO. Em caso de ilegalidade, o Poder Judiciário, se provocado, poderá rever os atos. E, como sobredito,
enquanto não houver a decadência do direito, deve a Administração também suscitar a nulidade do ato.
4
ERRADO. Ao menos para parte da doutrina, existe, no Brasil, a coisa julgada administrativa, mas, como vimos,
não tem o mesmo colorido da coisa julgada na atividade jurisdicional.
5
ERRADO. O TCU é órgão administrativo, logo suas decisões são administrativas. E, como não vigora o
contencioso no modelo francês entre nós, as decisões do Tribunal de Contas são sim sindicáveis (controláveis),
em parte, perante o Poder Judiciário.
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O item está CERTO.
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Fixação
2012/TRT 10R – Cespe
Estará em conformidade com a CF lei que condicione o acesso ao
Poder Judiciário ao esgotamento das vias administrativas, pois a CF
autorizou a existência da jurisdição condicionada ou instância
administrativa de cunho forçado.
Comentários:
Como sobredito, a CF não autorizou a instância administrativa de curso forçado.
Na atual CF, há apenas uma exceção, e diz respeito à Justiça Desportiva.
Gabarito: ERRADO.
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2.4. Codificação
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Fixação
(2007/ESAF – Procurador do DF) Na evolução histórica do
Direito Administrativo, encontramos a Escola Exegética, que tinha
por objeto a interpretação das leis administrativas, a qual também
defendia o postulado da carga normativa dos princípios aplicáveis à
atividade da Administração Pública. (CERTO/ERRADO)
Comentários:
O Direito Administrativo não se resume a um amontoado de leis, ao lado das quais o
intérprete deve levar em consideração a carga normativa dos princípios. E, na verdade,
veremos que a ofensa a princípios é, costumeiramente, mais grave do que o descumprimento
das leis, porque, induvidosamente, os princípios contam com função normogenética (servem
para construir e balizar as leis, alicerçando-nas).
Gabarito: ERRADO.
Comentários:
Segundo o critério exegético ou Francês, o Direito Administrativo resume-se a um amontoado
de leis. A interpretação, à época, desprezou a carga normativa dos princípios.
Gabarito: CERTO.
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Fixação
(2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O direito administrativo pode
ser conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que
prepondera, para a melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo,
segundo o qual o direito administrativo é o conjunto de regras e
princípios jurídicos que disciplina a organização e a atividade desse
poder. (Certo/Errado)
Comentários:
O critério que prepondera é o da Administração Pública. O critério do Poder Executivo não é
totalmente aplicável porque, no Brasil, a separação de poderes é moderada, permitindo-se
que, ao lado de uma função típica, haja ou possa haver o exercício de uma atípica. No caso,
todos os Poderes estruturais do Estado administram.
Gabarito: ERRADO.
3º – Relações jurídicas
Para seus defensores, o Direito Administrativo é responsável pelo
relacionamento da Administração Pública com os administrados.
O critério é válido, porém, não é imune de críticas. O que fazer com o
Direito Tributário, Penal, Eleitoral, Processual, e outros, que mantêm
relação com os administrados? Enfim, não é o Direito Administrativo o
único, entre os ramos, a manter relação com os administrados.
Fixação
(2009/Cespe – AGU) Pelo critério teleológico, o Direito
Administrativo é considerado como o conjunto de normas que
regem as relações entre a administração e os administrados. Tal
critério leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou
negativo do Direito Administrativo. (Certo/Errado)
Comentários:
A banca misturou três critérios. O que estabelece as normas entre o administração e a
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Administração é o critério das relações jurídicas. Por sua vez, o direito administrativo
enquanto atividade distinta da judicante e legiferante é o critério negativista ou residual.
Gabarito: ERRADO.
4º – Do serviço público
Essa escola de pensamento inspirou-se, basicamente, na jurisprudência
do conselho de Estado francês, mais precisamente quando do julgamento
da responsabilidade civil do Estado (atropelamento de menina – Agnès
Blanco – por prestadora de serviços públicos).
Para seus defensores, o Direito Administrativo regula a instituição, a
organização, e o funcionamento dos serviços públicos, bem como a
prestação aos administrados. Enfim, todas as atividades do Estado se
resumem a serviços públicos.
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Fixação
(2007/ESAF – Procurador do DF) Na evolução do conceito de Direito
Administrativo, surge a Escola do Serviço Público, que se
desenvolveu em torno de duas concepções. Na concepção de Leon
Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em sentido estrito,
abrangendo toda a atividade material, submetida a regime
exorbitante do direito comum, desenvolvida pelo Estado para a
satisfação de necessidades da coletividade. (Certo/Errado).7
Comentários:
A concepção restrita é de Gaston Jèze e não Duguit. Pura maldade da banca.
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Gabarito: ERRADO.
5º – Teleológico
Também chamado de finalista, segundo o qual o Direito Administrativo é
um conjunto harmônico de princípios que disciplinam a atividade do
Estado para o alcance de seus fins.
O critério é válido, mas, assim como o das relações jurídicas, não é isento
de críticas. O que são os fins do Estado? Não há uma resposta precisa,
matemática, para o que sejam finalidades do Estado. Na verdade, o
Direito Administração não se destina propriamente aos fins do Estado,
mas sim ao atendimento dos interesses da coletividade.
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7º – Residual
Também denominado de negativista. As funções do Estado são em
número de três: judicial, legislativa, e administrativa. Assim, o que não é
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Administração Pública
Sentido
AMPLO RESTRITO
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a) a atividade administrativa.
d) o serviço público.
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A resposta é letra C. Subjetivo é sujeito. Sujeito é aquele que pratica. No caso, os órgãos, agentes e as
pessoas administrativas.
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CESPE – AUFC/2011
CESPE – PPF/1997
a) subjetivo
b) objetivo
c) de atividade administrativa
d) de atividade política
10
O item está CERTO.
11
O item está CERTO.
12
O item está CERTO.
13
Gabarito: letra A.
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Comentários:
A intervenção no domínio econômico é atividade. Atividade é critério objetivo e não
subjetivo.
Gabarito: ERRADO.
As atividades, acima listadas, são atividades finalísticas (vistas de
dentro para fora - Administração Extroversa). No entanto não podemos
esquecer que nem todo o Direito Administrativo é o que enxergamos ou
sentimos, já que há também outras atividades, sobremaneira
importantes, que, no entanto, ocorrem no interior do Estado, como as
atividades meio (Administração Introversa ou instrumental). Exemplos
de função instrumental, meio, interna à Administração, são as finanças
públicas e a nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de
concurso público.
Entendeu essa história de sentido objetivo interno, atividade-
meio? Administração Pública Introversa? Vamos detalhar um
pouco mais.
Se as relações administrativas são firmadas entre o Estado e os
particulares, a Administração é Extroversa, exemplo, como vimos, do
Poder de Polícia. Agora, se os atos são praticados no interior da estrutura
administrativa, a Administração é Instrumental, é Introversa, como, por
exemplo, a criação de novos órgãos ou pessoas jurídicas.
Para Diogo de Figueiredo, enquanto a Administração Pública
Extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada
ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências,
a Administração Pública Introversa é instrumental, visto que é
atribuída genericamente a todos os entes, para que possam atingir
aqueles objetivos.
Fixação
Comentários:
Perceba que a banca foi expressa: não é atividade finalística! São finalísticas: serviço público
(como a prestação de serviços por concessionárias), poder de polícia (exemplo da interdição
de estabelecimento), fomento (como a desapropriação de terreno para fins de utilidade
pública), e intervenção.
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Gabarito: alternativa D.
Por fim, ao lado dos critérios subjetivo (conjunto de órgãos) e material
(conjunto de funções) de Administração Pública, Hely Lopes destaca o
sentido operacional. Para o autor, em sentido operacional, a
Administração Pública é o desempenho perene e sistemático, legal e
técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em
benefício da coletividade.
Fixação
CESPE – PJ (MPE PI)/2012
Em sentido objetivo, direito administrativo é definido como o conjunto de normas
jurídicas que regulam os órgãos da administração. (Certo/Errado) 14
Fixação
CESPE – AL (CAM DEP)/2012
Julgue o item abaixo, relativo ao conceito de direito administrativo.
De acordo com o critério da administração pública, o direito administrativo é o
ramo do direito público que regula a atividade jurídica contenciosa e não
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Comentários:
A atividade é não contenciosa. No Brasil, por vigorar o modelo inglês de jurisdição, afastou-
se o contencioso administrativo no modelo Francês, em que há uma dualidade de jurisdição
(judicial e administrativa).
Gabarito: ERRADO.
14
O item está ERRADO.
15
O item está ERRADO. Trata-se de sentido operacional.
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Definição de
Critério Direito Críticas
Administrativo
Atividades estatais de
Administração Pública são
principalmente, mas não
Objeto de estudo é a exclusivamente, realizadas pelo
Do Poder
atividade Executivo. Outras atividades
Executivo ou
desempenhada pelo levadas a efeito pelo Executivo são
Italiano
Poder Executivo regidas por outros ramos do
direito (ex.: Constitucional, Civil,
Empresarial).
Regulam a atividade
Imprecisão acerca das finalidades
do Estado para o
Teleológico do Estado, abrangendo a atividade
cumprimento de
legislativa do Estado
seus fins
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Critério Objetivo
Produção de atos
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Poder
gerais e NOVIDADE
Legislativo
abstratos
Resolução de
Poder Judiciário DEFINITIVIDADE
litígios
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quais devem estar sempre conforme a lei, com maior ou menor grau de
liberdade.
IV) Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle
judicial. Isso é decorrência do princípio da inafastabilidade de jurisdição
ou da jurisdição única, contido no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988: a lei
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Notem que nem mesmo sequer a lei exclui da apreciação judicial atos que
importem lesão, efetiva ou potencial, de direitos. Não é por que um ato
provém da Administração que será excluído da apreciação do Judiciário. É
claro que, para o Judiciário pronunciar-se, haverá de ser cumprido o rito
necessário.
Explique-se: em regra, para um tribunal ou juiz apreciar e pronunciar-se
sobre alguma questão, haverá de ocorrer a necessária provocação,
ou seja, o órgão judicial deverá ser demandado. Isso é o que se
conhece no processo civil por “inércia processual” (princípio da inércia ou
da demanda): para que o judiciário se “movimente”, é necessário que
alguém provoque sua atuação.
Todavia, a própria Administração pode fazer controle de seus atos,
em razão do princípio da autotutela. Nesse último caso, é
desnecessária a provocação, dado que a atuação pode ocorrer de ofício.
Fixação
(2007/Esaf – PGFN-adaptada) A expressão Administração Pública, em sentido
formal, designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes, sendo a
própria função administrativa; e, no sentido material, designa os entes que
exercem a atividade administrativa, compreendendo pessoas jurídicas, órgãos e
agentes públicos incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a
atividade estatal: a função administrativa. (Certo/Errado) 17
administrados.18
17
ERRADO. Sentido formal é sinônimo para orgânico ou subjetivo, logo se refere a quem realiza as funções.
Perceba que a banca, portanto, só fez inverter os conceitos, chamando de subjetivo, o que, na realidade, é
sentido OBJETIVO da Administração Pública.
18
O item está CERTO.
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c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.19
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aspecto formal).
Acrescente-se que os Regimentos dos Tribunais e as Resoluções do CNJ
são atos normativos que extraem o fundamento de validade diretamente
da Constituição Federal. Portanto, são atos com carga normativa
suficiente para, inclusive, o controle concentrado de constitucionalidade
pelos Tribunais do Judiciário (STF e TJs, conforme o caso). São
classificados como atos materialmente legais, haja vista a presença
dos atributos próprios das leis (generalidade, abstração e normatividade),
porém não formais, pois tais atos não “nasceram” das Casas Legislativas
(as Donas “da forma”).
Macetinho
Se a competência para a edição do ato é típica do órgão, o ato será
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Fixação
A distinção entre a lei formal e a lei material está na presença ou não do seguinte
elemento:
a) generalidade
b) novidade
c) imperatividade
d) abstração
e) normatividade
Comentários:
Item A – INCORRETO. A generalidade pode estar presente tanto nas leis
formais, como nas materiais. Exemplo: Decreto Regulamentar editado de
acordo com competência privativa do Chefe do Executivo (inc. IV do art. 84 da
CF/1988). Tem generalidade e abstração, porém é apenas lei em sentido
material (não passou pelo Legislativo). Lei de Crimes Hediondos. É Lei
editada pelo Legislativo, enfim, lei em sentido formal, dotada de
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Comentários:
As fontes podem ser primárias e secundárias. As primeiras são as leis, em sentido
estrito, e a CF, de 1988, que são criadoras do Direito, inovam no ordenamento
jurídico. As secundárias, por sua vez, embora fontes, não são originárias, são
regulamentadoras das leis preexistentes, como, por exemplo, os regulamentos.
Gabarito: CERTO.
Retomemos às demais fontes.
II) Jurisprudência
A jurisprudência é um conjunto de decisões judiciais reiteradas num
mesmo sentido, a respeito de uma matéria. Dessa forma, não se pode
considerar “jurisprudência” uma decisão judicial isolada, a qual, no
máximo, constitui um caso paradigmático, referencial, indicativo de uma
situação concreta submetida à apreciação de um juiz ou Tribunal. Por
exemplo: é reiterado o entendimento do STF de que o candidato
aprovado, dentro do número de vagas previsto no Edital, tem direito
subjetivo à nomeação. É nesse sentido, portanto, a jurisprudência
daquela Corte.
Apesar da menção à jurisprudência como sendo resultante de decisões
judiciais, órgãos administrativos também podem produzir sua
própria jurisprudência. Por exemplo: o inc. II do art. 71 da CF/1988
garante ao Tribunal de Contas da União - TCU julgar as contas dos
administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos, e as contas daqueles que derem causa à perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário. O Tribunal de
Contas desempenha atividade jurisdicional administrativo, e, nesse
contexto, produz uma série de decisões, com a emissão, inclusive, de
Súmulas, enfim, forma jurisprudência, a despeito de sua natureza
administrativa.
Importante detalhe para a prova é que a jurisprudência no Brasil não
possui, de regra, força vinculante, mas apenas força moral.
Diferentemente do sistema norte-americano, em que as decisões
proferidas pelas instâncias superiores vinculam as inferiores, para os
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Fixação
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O item está CERTO.
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Comentários:
Gabarito: alternativa C.
Fixação
(2011/FCC - TRE PE) No que concerne às fontes de Direito Administrativo, é
correto afirmar que:
(A) uma das características da jurisprudência é seu universalismo, ou seja,
enquanto a doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a
universalizar-se.
(B) embora não influa na elaboração das leis, a doutrina exerce papel
fundamental apenas nas decisões contenciosas, ordenando, assim, o próprio
Direito Administrativo.
(C) tanto a Constituição Federal como a lei em sentido estrito constituem fontes
primárias do Direito Administrativo.
(D) tendo em vista a relevância jurídica da jurisprudência, ela sempre obriga a
Administração Pública.
(E) o costume não é considerado fonte do Direito Administrativo.
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Curso Teórico de Direito Administrativo
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Comentários:
São primárias apenas a CF e as leis em sentido estrito. Os demais atos são infralegais são
fontes secundárias, exemplo dos decretos regulamentares expedidos pelo chefe do Executivo.
Na letra A, a banca inverteu os conceitos. Na letra B, a doutrina é muito importante para a
elaboração das leis. Na letra D, a jurisprudência costuma não ter efeito vinculante. Na letra E,
costumes são fontes secundárias.
Gabarito: alternativa C.
III) Doutrina
A doutrina significa o conjunto dos trabalhos dos estudiosos a respeito
do Direito Administrativo, ou seja, os livros, os artigos, os pareceres,
elaborados por estudiosos desse ramo jurídico. Tais trabalhos fornecem,
muitas vezes, bases para textos legais, sentenças, acórdãos e
interpretações, sendo responsável, de certa maneira, pela unificação das
interpretações. Conforme Aragão, a doutrina compõe uma massa crítica
capaz de analisar a legislação e os institutos jurídicos, indicando pontos
falhos e formas de aperfeiçoamento do Direito Administrativo.
No entanto, a doutrina é fonte escrita e mediata (secundária) para o
Direito Administrativo, não gerando direitos para os particulares, mas
contribuindo para a formação do nosso ramo jurídico. Assim, opiniões
doutrinárias que sejam desconexas com as leis não podem ser
consideradas como fontes para o Direito Administrativo. Entre as leis e a
doutrina deve prevalecer o conteúdo das leis. A doutrina, contrária
às leis, pode servir para clarear a ideia do legislador no caminho de
aperfeiçoamento das leis.
Mais uma vez, cabe um parêntese para registrar que, no estudo do
Direito Constitucional, deparamo-nos com a possibilidade de o chefe do
Executivo, no caso concreto, deixar de aplicar a lei porque
inconstitucional. Logo a afirmação de que opiniões doutrinárias, em
dissonância com as leis, não devem ser admitidas deve ser lida
levando-se em consideração a existência de exceções. Para os nobres
amigos concurseiros isso, claro, demandará a análise do item, no
contexto da prova, para concluir pela correção ou não da assertiva.
IV) Costumes 00000000000
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Fixação
(2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O costume não se confunde
com a chamada praxe administrativa. Aquele exige
cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e subjetivo
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CESPE – AUFC/2011
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CERTO. Excelente questão.
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CERTO.
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V) Princípios
Alguns editais de concursos públicos mencionam, expressamente, os
princípios como fontes do Direito Administrativo.
ENCERRAMENTO
Cyonil Borges.
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O item está ERRADO. Os costumes são fontes mediatas, indiretas, secundárias do Direito Administrativo.
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