Uma das mais novas modas de algumas igrejas evangélicas é
a cobertura espiritual. Ela significa que os fiéis devem ter algum líder da igreja que os cubra espiritualmente e zelem pela vida deles de forma a protegê-los do mal e guiá-los ao caminho que Deus quer e que esse líder sabe e, evidentemente, o fiel não sabe muito bem. Essa cobertura geralmente é pregada de forma quase mística, como se esse líder tivesse algum poder especial para favorecer aqueles que se submetem as suas orientações.
É interessante notar, por exemplo, que esse líder que dá essa
cobertura espiritual para a pessoa deve ser consultado sempre que a pessoa precisar tomar certas decisões para que ele as aprove. Por exemplo, se vai começar a namorar, é o líder que vai aprovar. Se vai comprar um carro, é o líder que vai avaliar. Já tive notícias até mesmo de pessoas que tinham que reportar ao seu líder qual livro queria ler para ele decidir se iria ou não ler.
O texto comumente usado para apoiar a prática da cobertura espiritual
é Hebreus 13:17: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros”. Os que apoiam a cobertura espiritual dizem que esse texto indica claramente a necessidade dos fieis em ter guias que os cubram espiritualmente.