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INTERSETORIAL
Arte: Painel Coletivo - CAPS Geral – SER IV - Conduzido pelo artista Alberto Fernandes
RELATÓRIO FINAL
FORTALEZA, 06 E 07/04/2010
HOTEL MAREIRO
2010 Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza
Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
Permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte
Ficha Catalográfica
APRESENTAÇÃO...................................................................................... 06
I SAÚDE MENTAL E POLÍTICAS DE ESTADO: PACTUAR CAMINHOS
INTERSETORIAIS..................................................................................... 12
Princípios e Diretrizes................................................................................ 13
1 Organização e consolidação da rede......................................................... 14
2 Financiamento............................................................................................ 16
3 Gestão do trabalho em Saúde Mental........................................................ 18
4 Política de Assistência Farmacêutica......................................................... 18
5 Participação social, formulação de políticas e controle social................... 19
6 Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento em
Saúde Mental............................................................................................. 20
7 Políticas sociais e Gestão intersetorial....................................................... 20
8 Formação, Educação Permanente e Pesquisa em Saúde Mental............. 21
9 Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUS..................................... 23
II CONSOLIDANDO A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL E
FORTALECENDO OS MOVIMENTOS SOCIAIS...................................... 24
Princípios e Diretrizes................................................................................ 25
1 Cotidiano dos Serviços: trabalhadores, usuários e familiares na
produção do cuidado.................................................................................. 26
2 Práticas clínicas no território...................................................................... 28
3 Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da
Reforma Psiquiátrica.................................................................................. 29
4 Atenção às pessoas em crise na diversidade dos serviços....................... 30
5 Desinstitucionalização, inclusão e proteção social: residências
terapêuticas, Programa de Volta para Casa e articulação intersetorial no
território...................................................................................................... 30
6 Saúde Mental, Atenção Primária e Promoção da Saúde........................... 31
7 Álcool e outras drogas como desafio para a saúde e políticas
intersetoriais............................................................................................... 31
8 Saúde mental na Infância, Adolescência e Juventude: uma agenda
prioritária para a atenção integral e intersetorialidade............................... 34
9 Garantia do acesso universal em Saúde Mental: enfrentamento da
desigualdade e iniquidades em relação à raça/etnia, gênero, grupos
geracionais, população em situação de rua, em privação de liberdade,
pessoas convivendo com as DST/HIV e outras condicionantes sociais
na determinação da saúde mental............................................................. 35
III DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA COMO DESAFIO ÉTICO E
INTERSETORIAL....................................................................................... 36
Princípios e Diretrizes................................................................................ 37
1 Direitos Humanos, Cidadania e Sexualidade............................................. 37
2 Trabalho, Geração de Renda e Economia Solidária.................................. 38
3 Cultura/ Diversidade Cultural..................................................................... 39
4 Justiça e Sistema de Garantia de Direitos................................................. 40
5 Educação, inclusão e cidadania................................................................. 42
6 Seguridade Social: Previdência, Assistência Social e Saúde.................... 43
7 Organização e mobilização dos usuários e familiares de Saúde Mental... 43
8 Comunicação, informação e relação com mídia........................................ 44
9 Violência e saúde mental........................................................................... 45
MOÇÕES APROVADAS............................................................................ 47
COMISSÃO ORGANIZADORA.................................................................. 50
ANEXOS.................................................................................................... 54
A primeira Conferência Nacional no campo da saúde mental aconteceu em
1987, apontando a necessidade de profundas e imediatas transformações no
modelo de assistência em saúde mental do Brasil.
Em 2001, foi realizada a III Conferência Nacional de Saúde Mental e a I
Conferência Municipal de Saúde Mental de Fortaleza, que teve como Tema
Central: “Cuidar sim, Excluir não – efetivando a Reforma Psiquiátrica, com
Acesso, Qualidade, Humanização e Controle Social”, lançando as bases para
pactuação de uma política de saúde mental de Estado.
Ao longo desse tempo, Fortaleza criou 03 CAPS, sendo referência para
cidade das ações de saúde mental. Desde 2005, vem sendo construída
coletivamente a Política de Saúde Mental de Fortaleza, com implantação de
serviços abertos, comunitários, que compõem a Rede Assistencial de Saúde
Mental. Mesmo com tantos avanços, inúmeros desafios ainda devem ser
superados, principalmente a hegemonia do modelo asilar.
Durante a 13ª Conferência Nacional de Saúde realizada em 2007, em
Brasília - Eixo III - A Participação da Sociedade na Efetivação do Direito Humano
à Saúde – foi deliberado que o Conselho Nacional de Saúde convocasse
conferências temáticas e intersetoriais, em especial a de Saúde Mental, dentre
outras, com maior participação de movimentos populares, associações de
usuários e Organizações Não-Governamentais (ONG) que atuam nas áreas
específicas.
Seguindo a trajetória de luta, em 30 de setembro de 2009, aconteceu a
Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, que reuniu 1800
usuários em Brasília, numa manifestação pela efetividade da aplicação da Lei
10.216/2001 (Lei Paulo Delgado), que dispõe sobre os direitos das pessoas
portadoras de transtorno mental, assim como a realização da IV Conferência
Nacional de Saúde Mental.
Aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde (Resolução n° 433)
em 14 de janeiro de 2010 e homologada pelo Ministro da Saúde no Diário Oficial
da União, no dia 08.02.10, a IV Conferência Nacional de Saúde Mental, com o
tema: “Saúde Mental, direito e compromisso de todos: consolidar avanços e
enfrentar desafios”, vem avaliar a política de saúde mental, suas conquistas e
desafios e propor, através do esforço coletivo e participativo, a adoção de
recomendações que promova a integralidade no campo da saúde mental. O tema
central está organizado em 03 Eixos, com seus respectivos subtemas:
Eixo I: Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais:
- Organização e consolidação da rede;
- Financiamento;
- Gestão do trabalho em Saúde Mental;
- Política de Assistência Farmacêutica;
- Participação social, formulação de políticas e controle social;
- Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento em Saúde Mental;
- Políticas sociais e Gestão intersetorial;
- Formação, Educação Permanente e Pesquisa em Saúde Mental;
- Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUS.
Eixo II: Consolidando a rede de atenção psicossocial e fortalecendo os movimentos
sociais:
- Cotidiano dos Serviços: trabalhadores, usuários e familiares na produção do cuidado;
- Práticas clínicas no território;
- Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da Reforma Psiquiátrica;
- Atenção às pessoas em crise na diversidade dos serviços;
- Desinstitucionalização, inclusão e proteção social: residências terapêuticas, Programa
de Volta para Casa e articulação intersetorial no território;
- Saúde Mental, Atenção Primária e Promoção da Saúde;
- Álcool e outras drogas como desafio para a saúde e políticas intersetoriais;
- Saúde mental na Infância, Adolescência e Juventude: uma agenda prioritária para a
atenção integral e intersetorialidade;
- Garantia do acesso universal em Saúde Mental: enfrentamento da desigualdade e
iniquidades em relação à raça/etnia, gênero, grupos geracionais, população em situação
de rua, em privação de liberdade, pessoas convivendo com as DST/HIV e outras
condicionantes sociais na determinação da saúde mental.
Eixo III: Direitos humanos e cidadania como desafio ético e intersetorial:
- Direitos Humanos, Cidadania e Sexualidade;
- Trabalho, Geração de Renda e Economia Solidária;
- Cultura/ Diversidade Cultural;
- Justiça e Sistema de Garantia de Direitos;
- Educação, inclusão e cidadania;
- Seguridade Social: Previdência, Assistência Social e Saúde;
- Organização e mobilização dos usuários e familiares de Saúde Mental;
- Comunicação, informação e relação com mídia;
- Violência e saúde mental.
A II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE MENTAL – INTERSETORIAL
DE FORTALEZA foi realizada nos dias 6 e 7 de abril de 2010, sendo aprovada
na 65º reunião extraordinária do Conselho Municipal de Saúde, com a Resolução
nº 02, de 02 de março de 2010 e com a Portaria No 09/2010, de 15 de Março de
2010, da Secretaria Municipal de Saúde.
A II Conferência foi estruturada com uma Mesa de Abertura com as
autoridades locais, homenagens, performances artísticas e vídeo sobre a Rede
Assistencial de Saúde Mental. A Conferência de Abertura foi proferida por
Antonio Lancetti de forma a favorecer esclarecimento aos participantes sobre o
tema central. Os Painéis Temáticos tinham como objetivo esclarecer à plenária
sobre os temas abordados em cada Eixo, para facilitar a reflexão, a discussão e a
formulação de propostas nos Grupos de Trabalho, correspondente a cada Eixo
Temático. Os painéis foram compostos por profissionais especialistas na área da
saúde mental, sendo apresentado da seguinte forma:
Eixo I – Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais
Painelista 1 – Profº Dr. José Jackson Sampaio
Painelista 2 – Profo Dr. Cézar Wagner de Lima Goes
Eixo II – Consolidando a rede de atenção psicossocial e fortalecendo os
movimentos sociais
Painelista 3 – Profº Dr. Luis Fernando Farah de Tófoli
Painelista 4 – Profº Dr. Rino Bonvini
EIXO III – Direitos humanos e cidadania como desafio ético e intersetorial
Painelista 5 – Demitri Cruz
Painelista 6 – Cynthia Sturdat
A Conferência teve 06 Grupos de Trabalho (GT). As propostas e as
moções foram aprovadas pela Planária Final.
Alguns aspectos da dinâmica de organização serão descritos a seguir para
explicitar a condução dos trabalhos, discussão e deliberação que conduziram a
este Relatório Final.
Os Eixos Temáticos foram divididos em 06 Grupos de Trabalho, sendo 02
GT para cada Eixo, nos quais se responsabilizaram por discutir os subeixos
determinados pela Comissão Organizadora, de acordo com a aproximação dos
temas correspondentes. Cada GT elegeu 01 Coordenador, responsável pela
condução e facilitação do processo grupal, 01 Secretário, responsável pela
organização do GT, controle do tempo e da ordem das falas e 01 Relator,
responsável pela consolidação do relatório e apresentação na plenária do GT.
Cada GT teve ainda um Coordenador Temático e 02 relatores adjuntos,
convidados pela Comissão Organizadora para auxiliar na condução dos
trabalhos.
Os 06 relatórios foram agrupados por Eixo e por subeixo para ser
encaminhado à Plenária Final para apreciação e aprovação, totalizando 315
propostas.
A Plenária Final durou cerca de 09 horas de discussões, com início às 15h,
com acompanhamento da plenária através de telões e finalização às 23h30min,
do dia 07/04/2010, com a eleição dos delegados. A Plenária Final foi gravada,
sendo transcrita para possibilitar a verificação de possíveis dúvidas que
pudessem surgir, contribuindo para elaboração do Relatório Final.
A Comissão de Relatoria respeitou ao máximo a redação das propostas,
fazendo apenas alterações ortográficas. Algumas delas foram sintetizadas
quando semelhantes ou repetidas, organizando-as nos respectivos subeixos. As
propostas originais foram preservadas e arquivadas para eventuais consultas.
Todas as Moções apresentadas, em um total de 05, foram aprovadas pela
Plenária Final, sempre com o cuidado de conferir o número de assinaturas
válidas dos delegados credenciados, sendo classificadas em três categorias:
Apoio (01); Reconhecimento (01) e Repúdio (03).
Após todo este processo, entende-se que este Relatório Final é um
referencial na área de atenção em saúde mental aos gestores, prestadores,
trabalhadores, usuários e comunidade em geral, com propostas a serem
desenvolvidas em curto, médio e longo prazo, registrando um processo coletivo,
democrático para solidificação dos avanços e enfrentamento dos desafios para
consolidação da Política de Saúde Mental de Fortaleza em uma política de
Estado.
A II Conferência Municipal de Saúde Mental – Intersetorial de Fortaleza
compôs um fórum privilegiado com a participação de usuários e familiares dos
serviços de saúde, trabalhadores da saúde, movimentos populares da saúde,
associações, ONG’s, gestores dos serviços, representações de profissionais e
entidades formadoras, representações da intersetorialidade para discutir o
contexto da saúde mental em Fortaleza, trilhando caminhos para a consolidação
de uma Política de Saúde Mental que garanta a promoção de direitos em saúde
mental e construir marcos norteadores, cada vez mais consoantes com o ideário
da Reforma Psiquiátrica e com os princípios do Sistema Único de Saúde.
Nessa perspectiva, apresentamos o Relatório Final da II Conferência de
Saúde Mental – Intersetorial de Fortaleza.
COMISSÃO DE RELATORIA
COMISSÃO ORGANIZADORA DA
II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAUDE MENTAL
INTERSETORIAL DE FORTALEZA
Princípios e Diretrizes
Subeixo 1
Organização e consolidação da Rede
Subeixo 2
Financiamento
Subeixo 4
Política de Assistência Farmacêutica
50. Reformular a Lei de patentes existente no Brasil, tendo como base a melhoria
do acesso aos medicamentos;
51. Lutar pela implantação de uma política nacional de propaganda de
medicamentos que coíba a automedicação e o seu uso indiscriminado;
52. Garantir a estrutura adequada da assistência farmacêutica, com melhoria das
farmácias das unidades de saúde, conforme a Portaria no 2982/2009;
53. Implantar farmácias vivas nos CAPS e nos CSF da cidade de Fortaleza;
54. Promover o uso racional de medicamentos;
55. Criar mecanismo de monitoramento da medicalização dos CAPS e Atenção
Básica;
56. Ampliar o rol de medicamentos e a disponibilização destes, de acordo com a
necessidade do usuário com transtorno mental;
57. Reformular a lista de medicamentos da atenção básica;
58. Elaborar uma lista de medicamentos para a atenção especializada em saúde
mental;
59. Estabelecer protocolos e diretrizes clínicas para o tratamento da dependência
química e, com isso criar um componente estratégico na assistência
farmacêutica contendo medicamentos para tal;
60. Garantir o funcionamento em horário integral da farmácia dos CAPS, com a
presença do farmacêutico e auxiliares;
61. Criar comissão de assistência farmacêutica no Conselho Municipal de Saúde;
Subeixo 5
Participação social, formulação de políticas e controle social
Subeixo 7
Políticas sociais e gestão intersetorial
Subeixo 8
Formação, educação permanente e
pesquisa em saúde mental
Subeixo 9
Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUS
Subeixo 2
Práticas clínicas no território
Subeixo 3
Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo
estratégico da Reforma Psiquiátrica
150. Criação de mais CAPS Tipo III de acordo com o número populacional;
151. Garantir o encaminhamento dos usuários aos espaços da rede social, além
de acompanhar o usuário quando internado em momento de crise;
152. Realizar controle e supervisão das instituições fechadas de tratamento da
dependência química, na perspectiva da promoção de tratamento de base
comunitária;
153. Superar a coexistência dos dois modelos (hospitalocêntrico e substitutivo)
como a idéia dos CAPS promotores de rede, não deve ser visto como
complementar ao hospital psiquiátrico e sim afirmando o modelo substitutivo
ao mesmo como forma de atenção ao sofrimento mental;
154. Discutir a proposta de CAPSad em comunidades indígenas.
Subeixo 4
Atenção às pessoas em crise na
diversidade dos serviços
Subeixo 5
Desinstitucionalização, inclusão e proteção social:
Residências Terapêuticas, Programa de Volta pra Casa e
articulação intersetorial no território
Subeixo 6
Saúde mental, atenção primária e promoção da saúde
166. Garantir que os profissionais de saúde mental que atuem na atenção básica
estejam integrados às equipes de saúde da família, não funcionando como
equipes especializadas nos postos de saúde;
167. Promover a organização social do território, inserindo o usuário na
articulação cotidiana da promoção de saúde, através de ações que
reivindiquem direitos na construção de uma nova sociedade que não seja, em
primazia, promotora de doenças como a sociedade capitalista;
168. Garantir transparência no processo de contratação de profissionais dos
NASF e CAPS via concurso público, diminuindo a ingerência política sobre as
contratações;
169. Realizar acompanhamento nutricional aos usuários dos CAPS;
170. Promover a prática esportiva;
171. Preparar os agentes de saúde para trabalhar ou auxiliar no tratamento de
pessoas com transtornos mentais;
172. Trabalhar junto às escolas (professores e alunos) do ensino fundamental
médio, no sentido de esclarecer sobre os transtornos mentais, detectando
casos precocemente.
Subeixo 7
Álcool e drogas como desafio para a saúde
e as políticas intersetoriais
Subeixo 8
Saúde mental na Infância, Adolescência e Juventude:
uma agenda prioritária para a atenção integral e intersetorialidade
Subeixo 9
Garantia do acesso universal em Saúde Mental:
enfrentamento da desigualdade e iniquidades em relação
à raça/etnia, gênero, grupos geracionais, população
em situação de rua, em privação de liberdade,
pessoas convivendo com as DST/HIV
e outros condicionantes sociais
na determinação da saúde mental.
215. Facilitar o acesso de pessoas com deficiência aos serviços de saúde mental;
216. Garantir a intersetorialidade e a integralidade das políticas no âmbito da
atenção psicossocial e direitos humanos da população LGBTT.
Princípios e Diretrizes
Subeixo 1
Direitos humanos, cidadania e sexualidade
217. Incluir a saúde mental como tema transversal a ser trabalhado nas
escolas, capacitando toda a comunidade escolar no âmbito do processo de
inclusão das pessoas com transtorno mental;
218. Sensibilizar e capacitar toda a comunidade escolar acerca da temática
orientação sexual e identidade de gênero, raça e etnia, como forma de
prevenir as violências psicológicas nestes espaços;
219. Agilizar a implantação dos consultórios de rua para garantir o atendimento
de usuários de álcool e outras drogas que estão em situação de rua;
220. Proporcionar atendimento especializado à pessoa em situação de rua com
transtorno mental, em seu ponto de abordagem e permanência na rua;
221. Garantir a divulgação e a disponibilidade para todos os usuários e
familiares da lei nº 10.216, nos equipamentos de saúde em geral.
Subeixo 2
Trabalho, geração de renda e economia solidária
222. Criar política pública municipal para trabalhar economia solidária e saúde
mental, agregando ações de inserção social com viés da economia solidária
para os usuários, familiares da saúde mental de forma articulada com os
diversos seguimentos intersetoriais, no âmbito municipal e estadual;
223. Criar Centros de Convivência e Cultura distribuídos nas regionais do
município como espaços de criação, produção e difusão cultural, inserção
social, formação, capacitação e geração de renda;
224. Apoiar e fomentar atividades de formação em empreendedorismo,
comércio justo e solidário e cooperativismo social, em parceria com as
universidades, tendo como público-alvo os usuários da rede de saúde
mental;
225. Inserir as cooperativas sociais, associações de trabalho e produção
solidária e grupos de economia solidária da saúde mental na Lei de
cooperativismo, com definição de linhas públicas de financiamento
específicas;
226. Priorizar os empreendimentos de economia solidária da saúde mental nos
processos públicos de compra, através da inserção de item específico na
Lei de licitações;
227. Instituir bolsa-trabalho para os usuários da rede pública, com critérios
definidos e por tempo determinado, participantes de projetos ou
empreendimentos coletivos de trabalho, de modo a garantir a
sustentabilidade do usuário e do empreendimento produtivo;
228. Garantir recursos para a criação, implementação e manutenção de um
sistema de informação e divulgação das ações de economia solidária
existentes em Fortaleza através das rádios comunitárias, dos jornais
escolares e outros meios comunitários de comunicação;
229. Criar política pública de capacitação e geração e renda, junto ao Sistema
S (SEBRAE, SESC, SENAI).
Subeixo 3
Cultura/diversidade cultural
Subeixo 5
Educação, inclusão e cidadania
Subeixo 7
Organização e mobilização dos usuários
e familiares de saúde mental
Subeixo 8
Comunicação, informação e relação com a mídia
Subeixo 9
Violência e saúde mental
COMISSÃO DE PROGRAMAÇÃO
COMISSÃO DE RELATORIA
RELATORE(A)S ADJUNTOS
COORDENADORE(A)S DE GRUPOS
OBSERVADORE(A)S
APOIO DE INFORMÁTICA
APOIO ADMINISTRATIVO
ASSESSORES
FONTES DOCUMENTAIS
06 de Abril de 2010
08h – Coffee-break
08h30min – Credenciamento
09h – Composição da Mesa de Abertura
09h10min – Performace Artística - Érika Daiana e os Tambores do Movimento
do Bom Jardim
09h20min – Homenagens:
Prefeita Luizianne Lins – Pelo seu compromisso político com a Reforma
Psiquiátrica em Fortaleza
Dr. Mário Mamede – Autor da Lei 12.151, de 29/07/1993, pela extinção
progressiva dos Hospitais Psiquiátricos
* Esculturas de José William Crispim – Usuário CAPS Geral – SER IV, que
ganhou o Concurso Público Prêmio Cultural Loucos pela Diversidade.
09h50min – Conferência de Abertura – Antônio Lancetti
10h50min – Aprovação do Regimento Interno
12h30min – Almoço
13h30min – Discussão dos eixos temáticos
Painel I – Eixo I: Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos
intersetoriais
Coordenador Temático: Reginaldo Alves das Chagas
Profo Dro José Jackson Coelho Sampaio – Universidade Estadual do Ceará
Profo Dro Cézar Wagner de Lima Goes – Universidade Federal do Ceará
Painel II – Eixo II: Consolidando a rede de atenção psicossocial e fortalecendo
os movimentos sociais
Coordenadora Temática: Francisca Ozanira Torres Pinto de Aquino
Profo Dro Luis Fernando Farah de Tófoli – Universidade Federal do Ceará
Profo Dro Rino Bonvini – Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom
Jardim
Painel III – Eixo III: Direitos humanos e cidadania como desafio ético e
intersetorial
Coordenadora Temática: Maria das Dores Lima
Demitri Cruz – Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza
Cynthia Studart – Secretaria de Assistência Social de Fortaleza
14h30min – Grupos de Trabalho
18h – Encerramento das atividades
07 de Abril de 2010
08h – Coffee-break
08h30min – Grupos de Trabalho/Consolidação das propostas
12h – Almoço
13h20min – Apresentação Musical – Olavo Freitas – Alexandre Mássimo
13h30min – Aprovação das propostas na plenária
16h – Escolha dos delegados
18h - Encerramento
IDENTIFICAÇÃO DOS DELEGADOS ELEITOS NA II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE MENTAL –
INTERSETORIALIDADE PARA A III CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL – INTERSETORIAL DO CEARÁ
N NOME INSTITUIÇÃO
1 Ana Luiza de Medeiros Silva Associação Novo Paraíso
2 Ana Nery de Castro Feitosa Associação Brasileira de Saúde Mental
3 André Mesquita de Souza CAPSad – SER III
4 Anto Luiz Mateus Conselho Municipal de Saúde
5 Anto Marcos Gomes da Silva Conselho – SER IV
6 Anto Marques de Souza Filho Associação Beneficente
8 Carlos Alberto Alves de Holanda CAPS Geral – SER IV
9 Cosme Costa Lima MSTP
10 Cosmo Moreira do Nascimento Conselho – SER V
11 Danilo Pereira Cavalcante Conselho Municipal de Saúde
12 Deusa Barros Silva Associação Comunitária Habitacional
13 Edmilson Pereira da Silva Associação Parque Dois Irmãos
14 Érico Dias Costa Centro Brasileiro de Estudos de Saúde
15 Fca Liberata Holanda de Oliveira Associação São José
16 Fca Liduina Santos Lins Conselho – SER V
17 Fco Carlos da Silva Conselho – SER II
18 Fco Elenilson Gomes do Nascimento FBFF
19 Fco Marcio Firmino da Silva Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim
20 Felipe Silveira da Costa Fórum Cearense da Luta Antimanicomial
21 Helena Dantas de Oliveira Associação Comunitária dos Moradores do Conjunto Tatumude
22 José Valdeni da Silva CAPS Geral – SER IV
23 Luzia Martini da Silva Conselho – SER VI
24 Ma de Fátima Braga da Silva Moura Conselho – SER IV
25 Ma de Fátima Castro Lima Movimento de Mulheres
26 Ma de Fátima Oliveira Silva Conselho – Hospital Geral de Fortaleza
27 Ma do Carmo de Moura Rodrigues Familiar – SER I
28 Ma do Socorro Silva de Sales Conselho – SER IV
29 Ma Eliza Silva Günther Fundação Educacional Silvestre Gomes
30 Ma Ferreira Dias Associação Moradores do Serviluz
31 Ma Gorete Assunção Nogueira Conselho – SERVI
32 Ma Irene dos Santos Guimarães APACS
33 Ma Marlene de Oliveira Pereira FBFF
34 Manuel Valentim Oliveira Conselho – SER VI
35 Marcelo Pimentel Abdala Costa Movimento Integrado de Saúde Mental – Projeto 4 Varas
36 Núbia Dias Costa Caetano Fórum Cearense da Luta Antimanicomial
37 Raul Santiago Pinheiro CAPS Geral – SER V
38 Rita de Cássia Costa Carvalho Galvão CAPS Geral – SER II
39 Suseli Ma Araújo Santos CAPS Geral – SER IV
40 Valberdan Carlos de Oliveira CAPS Geral – SER I
41 Waleska Fiúza Thompson CAPS Geral – SER I
N NOME INSTITUIÇAO
1 Adriana Jamile Faheina Belmino CAPS Geral – SER I
2 Ana Kariny Sampaio Maciel CAPSad – SER V
3 Ândria Moreira de Alencar Bezerra Lima SER V
4 Angeliuda Souza de Oliveira CSF Terezinha Parente
5 Carlos Eduardo da Silva CAPS Geral – SER II
6 Daniele Tavares Alves CAPS Geral – SER IV
7 Elenita Candido de Sousa Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana
8 Érika Daiana do Amaral Rocha CAPS Geral – SER V
9 Francisco Ielano Vasconcelos Mesquita Conselho Municipal de Saúde
10 Francisca Clarice Cordeiro de Matos CAPSad – SER V
11 Francisco Noé da Fonseca CAPSad – SER VI
12 Juliana França Fernandes Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana
13 Luis Carlos Freire Façanha CSF Messejana
14 Luzianne Feijó Aexandre Paiva CREFITO
15 Maria Rejane Teixeira Alves Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana
16 Raul Armando Monteiro Júnior CAPSad – SER III
17 Silvandra Régia Fernandes Ostramari CAPS Geral – SER II
18 Soraia Cassiano Rodrigues Coordenação Colegiada de Saúde Mental
19 Valdiclécio Leite da Silva Conselho – SER VI
20 Vanúsia de Lima Monteiro Coordenação Colegiada de Saúde Mental
21 Wandemberg Libério da Silva CAPSi – SER IV
N NOME INSTITUIÇÃO
1 Alexandre José Mont'Alverne Silva SMS
2 Ana Cláudia Rodrigues Coordenação CAPS Geral – SER V
3 Ana Lúcia de Sousa Ribeiro Rodrigues Coordenação CAPS Geral – SER II
4 Ângelo Luiz Leite Nóbrega SMS – CAE
5 Anna Margarida Vicente Santiago SMS – COPS
6 Antonia Núbia Moreira Marques Saúde da Mulher – SMS
7 Emanuel Moura Gomes Coordenação Regional de Saúde Mental – SER V
8 Evelyne Nunes Ervedosa Bastos SMS – CCSM
9 Francisca Márcia Araújo Lustosa Cabral Coordenação CAPS Geral – SER I
10 Francisco Idênio Pontes Correia Secretaria Executiva Conselho Municipal de Saúde
11 Helly Pinheiro Ellery Hospital Distrital Gonzaga Mota do José Walter
12 Iana Celi Silva Bezerra de Queiroz IPM
13 Luana Maria Maia Nogueira Conselho – SER VI
14 Maria de Fátima Duarte Bezerra CEREST
15 Maria Fabíola Benevides Bomfim Coordenação CAPS GERAL – SER III
16 Neusa Goya SMS – COPS
17 Raimunda Félix de Oliveira SMS – CCSM
18 Regina Stella Façanha Elias Coordenação Regional de Saúde Mental – SER III
19 Reginaldo Alves das Chagas SMS – COPS
20 Renata Mota Rodrigues Bitu Sousa SMS – DST/AIDS
21 Vera Lúcia de Azevedo Dantas SMS – SMSE Cirandas da Vida
D) SEGMENTO INTERSETORIALIDADE
N NOME INSTITUIÇÃO
1 Ana Lúcia Barros Moura CPP
2 André Luis Barbosa de Oliveira SEMAS
3 Antonia Mendes de Araújo Coordenadoria da Mulher
4 Antonio Edvan Florêncio Associação Santo Dias
5 Daniel Melo de Cordeiro SDE
6 Doroth de Castro Ferreira SEMAS
7 Elias José da Silva ANESP
8 Fátima Maria Duarte Lima Sociedade Civil
9 Francisca Rodrigues da Cunha RCVM
10 Jana Alencar Eleutério SEMAS
11 Luanna Marley de Oliveira e Silva Coordenadoria da Diversidade
12 Luiza de Carvalho Silva UMLAW
13 Marília Débora Lopes Carvalho MH2O
14 Maria Auxiliadora de Araújo CRESS
15 Maria das Graças Monteiro SDH
16 Maria de Fátima Vidal da Silva SEMAS
17 Maria de Lourdes Gomes Meire Vieira SEMAS
18 Maria de Lourdes Linhares de Oliveira Associação das Primeiras Damas
19 Maria Edda Pereira Medeiros CCDS Parque Jerusalém
20 Maria Helena Rodrigues Campelo SEMAS
21 Mirla Guimarães Linhares de oliveira SEMAS
22 Nadya Maria Gomes Lourenço AFAGO CISM
23 Pedro Henrique Rocha Ribeiro DCE-UFC/ 86965010
24 Regina Cláudia Barroso Cavalcante GAPA
25 Regina Maria da Silva Severino Associação Comunitária Parque Jerusalém
26 Rosangela de Sena e Silva CASA
27 Rosimeire Chagas Melo dos Santos SDH
28 Sérvulo Paulo Chagas ACERD
29 Yara Lúcia Marcolino SDH
REALIZAÇÃO:
APOIO: