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19/12/2018
13:06:06

Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe

DECISÃO OU DESPACHO

Dados do Processo

Número Competência Ofício


Classe
201800735543 Gabinete Des. Ruy Pinheiro da Escrivania da 1ª Câmara
Agravo de Instrumento
Silva Cível
Situação Distribuido Em:
ANDAMENTO 10/12/2018
Proc. Origem
201810301662

Dados da Parte
Agravante ESTADO DE SERGIPE Procurador Estadual: FLAVIO AUGUSTO BARRETO
13128798000101 MEDRADO - 19370/BA
Agravado Advogado: SUSANNE MARY DE ALMEIDA SOUZA -
PAULO MARCIO RAMOS CRUZ
5430/SE

Vistos etc.

Desembargador RUY PINHEIRO DA SILVA (Relator): Cuida-se de Agravo de Instrumento


aviado pelo ESTADO DE SERGIPE nos autos da Ação Popular, ajuizada por PAULO MÁRCIO
RAMOS CRUZ, em feito que tramita na 3ª Vara Cível de Aracaju/SE.

A decisão agravada restou vazada nos seguintes termos conclusivos:

(...)Ante o exposto, DEFIRO EM PARTE A TUTELA DE URGÊNCIA, com fundamento no artigo


5º LXXIII da Constituição Federal, Artigo 300, do CPC para DETERMINAR:

Ao requerido, através de seu representante legal:

a) QUE todos os plantões com ônus financeiro para o Estado sejam precedidos da publicação de
escalas a partir da seleção, prioritária, de voluntários inscritos e cujos servidores escalados
necessariamente prestem serviço de forma presencial; obedecendo-se, no entanto, os critérios
estabelecidos na lei no tocante ao limite das despesas;

b) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo


exercício eventual de atividade de plantão aos servidores que não prestaram serviço de forma
presencial;

c) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo exercício


eventual de atividade de plantão a servidores da Polícia Civil que estejam cedidos ou lotados em
órgãos estranhos à Polícia Civil, proibindo, outrossim, sua convocação para os plantões eventuais
enquanto estiverem desempenhando suas atribuições fora do âmbito da Polícia Civil;

d) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo


exercício eventual de atividade de plantão a servidores ocupantes de cargos comissionados da
direção da Polícia Civil, em virtude de estarem submetidos ao regime de dedicação exclusiva;
e) DETERMINO A SUSPENSÃO da retribuição financeira transitória pelo exercício eventual de
atividade de plantão a servidores que, embora atuando no âmbito da Polícia Civil, não estejam
desempenhando atribuições próprias da atividade-fim;

f) DETERMINO que a Superintendência da Polícia Civil publique imediatamente a lista de


voluntários inscritos para a prestação de plantões eventuais e convoque para o seu exercício,
preferencialmente, os servidores que manifestaram interesse no encargo, adotando e divulgando os
critérios que possibilitem a distribuição equitativa dos plantões entre todos os interessados;
obedecendo-se, no entanto, os critérios estabelecidos na lei no tocante ao limite das despesas;

INDEFIRO, no entanto, por entender gravosa e carente de provas neste momento processual, o
afastamento do cargo de Diretor do Departamento de Administração e Finanças da Secretaria de
Segurança Pública o delegado Jocélio Franca Fróes.

Inicialmente, faz uma síntese aduzindo que o feito de origem refere-se a uma ação popular com
pedido de tutela antecipada por meio da qual cidadão, invocando matéria jornalística, declina
supostas irregularidades relativamente ao pagamento, no âmbito da Polícia Civil do Estado de
Sergipe, de verba indenizatória denominada Retribuição Financeira Transitória pelo Exercício
Eventual da Atividade de Plantão – RETAE, atualmente regulamentada pela Lei Estadual nº.
8.272/2017.

Segundo a exordial, os Órgãos de Direção Superior da Polícia Civil estariam promovendo


pagamentos indevidos por meio da correspondente rubrica “Exercício Eventual de Plantão”.

Ultrapassando os limites do suporte normativo da verba, que concerniria estritamente à prestação de


serviço extraordinário presencial em Delegacias Plantonistas, condicionada à equânime escalação
entre voluntários previamente consultados, a tal título estariam sendo igualmente remuneradas
atividades como sobreaviso ou supervisão, desempenhadas costumeiramente por Delegados titulares
de cargos comissionados - o que seria vedado, sob critérios de escolha anti-republicanos de que
estaria se valendo a cúpula da instituição.

Alega-se, de outra banda, que servidores da Polícia Civil afastados de suas atividades-fim,
exercendo funções administrativas no âmbito da Secretaria de Segurança Pública, também estariam
indevidamente percebendo a mencionada rubrica, em hipótese novamente estranha ao suporte fático
da verba.

Pede o autor popular, então, à guisa de antecipação de tutela, a suspensão do pagamento da


retribuição financeira transitória pelo exercício de atividade de plantão a quantos (a) “não prestarem
o serviço de forma presencial”, a quantos (b) “estejam cedidos ou lotados em órgãos estranhos à
Polícia Civil”, a quantos (c) sejam titulares de “cargos comissionados”, a quantos (d) “não estejam
desempenhando “atribuições próprias da atividade-fim”. Quanto aos plantões que, segundo sustenta,
efetivamente podem dar ensejo à percepção do adjutório, postula que sejam precedidos de
publicação de escalas a partir da seleção prioritária de voluntários previamente consultados.

Em sede de cognição sumária, o juízo a quo, deferiu em parte a tutela de urgência vindicada.

Irresignado, o Ente Agravante, pleiteia a reforma da decisão, aduzindo que a interlocutória


vergastada no que concerne ao requisito do perigo de demora, limitou-se em seu juízo de cognição
sumária à análise da fumaça do bom direito.

Segue sustentando que a decisão recorrida desconsidera aspectos importantes para a adequada
compreensão jurídica da RETAE, incorrendo em erro de julgamento ao determinar a suspensão do
pagamento da Retribuição Financeira Transitória pelo Exercício de Atividade de Plantão, no âmbito
do serviço policial civil.

Defende que a limitação de concessão da referida Retribuição aos plantões presenciais, bem como
proscrevendo a sua percepção por servidores comissionados, lotados ou cedidos a outras
Secretarias, assim como os que não exerçam atividade-fim, violou a legislação de regência e os
princípios elementares de justiça remuneratória, que admitem pagamento da RETAE em face do
exercício de plantões eventuais não presenciais, a exemplo do sobreaviso, além de fixar sentido
ampliado à atividade-fim policial civil, não condicionando o referido pagamento, ademais, ao lugar
de lotação do servidor policial.

Com essa fundamentação, requer a concessão do efeito suspensivo. No mérito recursal, pleiteia que
seja dado provimento ao recurso, cassando-se em definitivo a decisão liminar combatida, nos termos
dantes expendidos.

É o que se impende relatar. Decido.

Estando satisfeitos os pressupostos de admissibilidade do presente recurso, e devidamente instruído


com os documentos necessários, passo à análise do pedido de concessão de efeito suspensivo.

Nos termos do art. 1.019, inciso I, do Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), será
concedido efeito ativo/suspensivo ao agravo de instrumento quando houver risco de lesão grave ou
de difícil reparação e for plausível a alegação da parte, in litteris:

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o
caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou


parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

Portanto, para que seja concedido o efeito suspensivo ao agravo de instrumento, faz-se necessária a
presença de dois requisitos, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora.

Pela análise acurada dos autos, verifico que a pretensão do agravante deve ser agasalhada em
parte, por visualizar a existência da probabilidade do direito, também conhecida como fumus boni
iuris e ainda periculum in mora in verso.

Explico.

Cuida-se de Agravo de Instrumento aviado pelo ESTADO DE SERGIPE nos autos da Ação
Popular, ajuizada por PAULO MÁRCIO RAMOS CRUZ, em feito que tramita na 3ª Vara Cível de
Aracaju/SE.

Em sede de cognição sumária, o juízo a quo, deferiu em parte a tutela de urgência vindicada nos
seguintes termos a seguir delineados:

a) QUE todos os plantões com ônus financeiro para o Estado sejam precedidos da publicação de
escalas a partir da seleção, prioritária, de voluntários inscritos e cujos servidores escalados
necessariamente prestem serviço de forma presencial; obedecendo-se, no entanto, os critérios
estabelecidos na lei no tocante ao limite das despesas;

b) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo


exercício eventual de atividade de plantão aos servidores que não prestaram serviço de forma
presencial;

c) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo exercício


eventual de atividade de plantão a servidores da Polícia Civil que estejam cedidos ou lotados em
órgãos estranhos à Polícia Civil, proibindo, outrossim, sua convocação para os plantões eventuais
enquanto estiverem desempenhando suas atribuições fora do âmbito da Polícia Civil;
d) DETERMINO A SUSPENSÃO do pagamento da retribuição financeira transitória pelo
exercício eventual de atividade de plantão a servidores ocupantes de cargos comissionados da
direção da Polícia Civil, em virtude de estarem submetidos ao regime de dedicação exclusiva;

e) DETERMINO A SUSPENSÃO da retribuição financeira transitória pelo exercício eventual de


atividade de plantão a servidores que, embora atuando no âmbito da Polícia Civil, não estejam
desempenhando atribuições próprias da atividade-fim;

f) DETERMINO que a Superintendência da Polícia Civil publique imediatamente a lista de


voluntários inscritos para a prestação de plantões eventuais e convoque para o seu exercício,
preferencialmente, os servidores que manifestaram interesse no encargo, adotando e divulgando os
critérios que possibilitem a distribuição equitativa dos plantões entre todos os interessados;
obedecendo-se, no entanto, os critérios estabelecidos na lei no tocante ao limite das despesas;

INDEFIRO, no entanto, por entender gravosa e carente de provas neste momento processual, o
afastamento do cargo de Diretor do Departamento de Administração e Finanças da Secretaria de
Segurança Pública o delegado Jocélio Franca Fróes.

Por sua vez, insurge-se o ente Agravante sustentando que a decisão recorrida desconsidera aspectos
importantes para a adequada compreensão jurídica da RETAE, incorrendo em erro de julgamento ao
determinar a suspensão do pagamento da Retribuição Financeira Transitória pelo Exercício de
Atividade de Plantão, no âmbito do serviço policial civil.

Analiso o caso posto.

Para o deslinde, impende inicialmente fazermos uma análise acerca dos contornos jurídicos da verba
indenizatória denominada Retribuição Financeira Transitória pelo Exercício Eventual da Atividade
de Plantão – RETAE, atualmente regulamentada pela Lei Estadual nº 8.272/2017.

Nesse sentido, eis o teor da supracitada Lei, na parte que interessa:

Art. 1º Fica estabelecida a carga horária ordinária de 36 (trinta e seis) horas semanais para os
servidores ocupantes de cargos efetivos das Carreiras Policiais Civis.

(...)

Art. 2º Fica instituída, no âmbito da Polícia Civil, a retribuição financeira transitória pelo exercício
eventual de atividade de plantão, de caráter não incorporável.

§ 1º Além da sua carga horária ordinária de trabalho, os servidores Policiais Civis,


extraordinariamente, podem ser demandados para plantões eventuais de até 12 (doze) horas que,
somados, não ultrapassem 80 (oitenta) horas mensais, distribuídas conforme a necessidade do
serviço público, mediante o pagamento da respectiva retribuição financeira transitória pelo exercício
de atividade de plantão.

§ 2º O Secretário de Estado da Segurança Pública deve encaminhar, antecipadamente, ao Conselho


de Reestruturação e Ajuste Fiscal do Estado de Sergipe – CRAFI/SE, de que trata o Decreto n.º
24.290, de 22 de março de 2007, programação trimestral de gastos com atividades de plantão,
cabendo a esse órgão autorizar o pagamento dessa despesa, que não pode exceder a 4% (quatro por
cento) da despesa anual com a folha de pagamento de pessoal das Carreiras Policiais Civis, nos
termos de norma regulamentar.

As insurgências do autor popular em relação à sistemática de pagamento da RETAE tangenciam, em


síntese, três aspectos.

O primeiro versa sobre a expressão “plantões eventuais”, o segundo versa sobre a possibilidade de
percepção da referida verba por servidores policiais detentores de cargos em comissão e por
servidores que exercem funções estranhas à atividade fim ou que atuem cedidos ou lotados no
âmbito de outros órgãos, como a Secretaria de Segurança Pública, e o terceiro aspecto recai sobre à
rotina de fixação das escalas de plantão no critério democracia e transparência.

Pois bem.

Inicialmente, quanto ao primeiro aspecto, depreende-se que a natureza jurídica da Retribuição


Financeira Transitória pelo Exercício de Atividade de Plantão não compreende apenas o serviço
extrapolador da carga horária prestada sob o regime de plantão presencial nas Delegacias
Plantonistas.

Isso porque o disposto legal que delineia os contornos gerais da RETAE (Lei Estadual
nº7.870/20014), atribui-lhe sentido visivelmente mais amplo. Vejamos, in litteris:

Art. 5º A retribuição financeira transitória pelo exercício eventual de atividade de plantão não pode
ser incorporada à remuneração e nem aos proventos dos membros da carreira de Delegado de
Polícia Civil, constituindo, pois, parcela indenizatória decorrente da natureza do trabalho policial
civil, sujeito à necessidade de prestação de serviço em plantões eventuais.

Noutro canto, constata-se que “Plantões eventuais” são prestados nas diversas unidades policiais do
Estado, plantonistas ou não, e não apenas nos finais de semana ou feriados, mas sobretudo nas
madrugadas que intercalam os dias úteis da semana na modalidade de sobreaviso, de caráter não
presencial.

Assim, pode-se contemplar como abrangida no sentido da expressão “plantões eventuais” os


regimes de sobreaviso a que estão sujeitas as equipes das diversas unidades policiais do Estado.

Logo, entendo que o pagamento da RETAE, a priori, não deve estar condicionado ao caráter
presencial do serviço de plantão, cinscunspecto àquele prestado exclusivamente em Delegacias ditas
plantonistas.

Da mesma forma, no que pertine ao pagamento da RETAE aos servidores policiais civis que, não
afastados do respectivo cargo, exerçam atividades administrativas lotados em outros órgãos
públicos, como a Secretaria de Segurança Pública, não verifico óbice à percepção, uma vez que as
atividades dos servidores policiais civis que se encontram lotados na Secretaria de Segurança
Pública não são estranhas, só por si, à noção de atividade-fim policial civil.

Verifica-se ainda que a prestação de serviços extraordinários encaixáveis no suporte normativo da


RETAE (art.5º da Lei nº7.870/2014), caracterizáveis como “Plantões eventuais”, ainda que
prestados no âmbito da SSP, deve ser indenizada por meio da referida verba até mesmo porque a
norma não impõe ressalva quanto ao lugar de lotação até mesmo porque há um caráter umbilical
entre a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública.

Nesse aspecto, entendo que o pagamento da RETAE não deve ser pré-excluído aos servidores
policiais civis que não licenciados de seus cargos, prestem serviços em outros órgãos, como a
Secretaria de Segurança Pública, ainda que em atividades de cunho administrativo, mas que
extrapolem a jornada ordinária prestando serviço qualificável como “plantão eventual”, que não se
confunde com a prestação pura e simples de serviço extraordinário.

No que pertine ao pagamento da RETAE, pelo exercício eventual da atividade de plantão aos
servidores titulares de cargo em comissão, destaco que a legislação estadual pertinente proíbe a
percepção de RETAE exclusivamente aos titulares dos cargos de Direção Superior da Polícia Civil
(Delegado-Geral, Corregedor-Geral e o Diretor da Academia de Polícia.

Nesse contexto, tem-se que no rol legal não figuram os titulares de outros cargos comissionados do
âmbito da Polícia Civil.

Noutro canto, há que se destacar que os referidos Plantões, devem ser previamente antevistos e
organizados pelo Delegado-Geral que os consolida e encaminha, via Secretário de Segurança
Pública, na forma de uma Programação Trimestral de pagamento da RETAE, ao Conselho de
Regularidade Fiscal da SEFAZ(CRAFI), respeitando-se o duplo limite, global e individual, o que,
nessa sede de cognição sumária, e compulsando o acervo documental adunado aos autos, entendo
que esse requisito fora devidamente preenchido.

Com efeito, vislumbro ainda, o periculum in mora in verso, na medida em que a manutenção da
suspensão do pagamento da RETAE, dificultará a programação de servidores para plantões
eventuais e sobreavisos em suas diversas unidades policiais bem como o patente prejuízo para a
continuidade do serviço público policial civil em nosso Estado.

Por derradeiro, quanto ao tópico “f” da decisão agravada, que determina prévia publicação das
escalas, com observância do primordial interesse de voluntários e adoção de critérios que permitam
a distribuição equitativa, em que pese as razões da parte Agravante sustentando a desnecessidade da
medida ao argumento de que tal medida já vem sendo adotada, entendo que a higidez do
procedimento de distribuição dos plantões será objeto de maior detalhamento no curso do processo
em primeiro grau.

Entretanto, ressalte-se que o Princípio da Transparência administrativa apresenta-se como um dos


pilares do Estado Democrático de Direito servindo como importante ferramenta de equilíbrio da
relação entre a Administração Pública e seus administrados. Este princípio, que tem como seus
principais aliados a publicidade e o direito de acesso a informação, funciona como um importante
meio de controle exercido pelo cidadão na medida em que proporciona a este a possibilidade de
fiscalizar a atividade administrativa, assim, caracteriza-se como instrumento organismo da
democracia.

Logo, nesse ponto, entendo que merece ser mantida a decisão vergastada.

Nessa linha de raciocínio, entendo que o tópico “a” também merece ser mantido, entretanto, com a
exclusão da expressão “servidores escalados necessariamente prestem serviço de forma
presencial”, mantendo-se, contudo, a obediência aos critérios estabelecidos na lei no tocante ao
limite das despesas.

Assim, presentes os requisitos, defiro em parte a antecipação de tutela para que seja suspensa a
decisão vergastada no que pertine ao pagamento de Retribuição Financeira Transitória
(tópicos “b” a “e”), mantendo, entretanto, o tópico “a”, com a exclusão da expressão
presencial, e o tópico “f”, em obediência ao Princípio da Transparência e aos critérios
estabelecidos na lei no tocante ao limite das despesas.

Oficie-se ao Juízo a quo, comunicando-lhe esta decisão.

Intime-se a parte Agravada, para, querendo, oferecer contrarrazões ao agravo.

Após, cumpridas as determinações acima, com ou sem resposta da parte Agravada, encaminhem-se
os autos à douta Procuradoria de Justiça. I.

Cumpra-se.

Ruy Pinheiro da Silva


Desembargador(a)

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