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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO COLÉGIO

RECURSAL DA COMARCA DE OURINHOS – ESTADO DE SÃO PAULO.

Processo n°0100051-56.2018.8.26.9033

Processo de origem n° 1005823-48.2018.8.26.0408

MARCOS MELEIRO, já qualificado nos autos do Processo em epigrafe, vem muito


respeitosamente a presença de Vossas Excelências, através de seus Advogados que a
esta subscreve apresentar:

CONTRARRAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

A AGRAVANTE Empresa ALIENS SEGUROS S/A interpôs AGRAVO


DE INSTRUMENTO, a fim de Agravar decisão proferida em 1° Grau que
deferiu a tutela antecipada pretendida a fim de que a requerente Allianz
Seguros S/A forneça o veículo reserva ao autor até que proceda a entrega do
veículo do segurado, sob pena de multa diária a ser fixada., decisão essa
proferida pelo MM. Juiz da Vara do Juizado Especial Cível da Comarca de
Ourinhos, Estado de São Paulo, nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER c/c LIMINAR DE TUTELA ANTECIPADA E C/C REPARAÇÃO POR
DANOS MORAIS.
DOS FATOS
O Requerido, ora agravado, é proprietário do veículo FORD ECO
SPORT Modelo: 00000033740ECOSPORT TITANIUM PowerShift 2.0 16V Flex
Aut. 4p Ano Modelo: 2018 Placa: FMZ-0669 Chassi: 9BFZB55VXJ8678900,
objeto de contrato de Seguro com a Seguradora Requerida, ora Agravante,
representado pela apólice nº 517720182V310361906
No dia 19/08/2018, o veículo segurado se envolveu em um acidente de trânsito,
e após a comunicação da ora Seguradora Agravante, o veículo segurado teria
sido removido para a oficina autorizada LOCALIZA, onde lá permaneceu até
que fosse realizado todos os reparos após decisão Judicial de 1° Grau, pois a
seguradora somente concedeu o carro reserva pelo período de 30 (trinta) dias.
Contudo, após findo esse prazo, o Agravado foi obrigado a devolver o veículo
alugado, contudo, não houve a conclusão dos reparos do veículo segurado.
Dessa maneira, o Agravado ajuizou a demanda para requerer fosse concedida
a tutela de urgência para que a Agravante fornecesse o carro reserva por 30
dias ou até a conclusão dos reparos, além de danos morais decorrentes da
demora no conserto do veículo. Recebida a petição inicial, o juízo a quo deferiu
a tutela de urgência pretendida, decisão acertada, visto que foram
apresentados todos os documentos que comprovassem o deferimento da tutela
de urgência.
DO DIREITO

Quanto ao fato de a requerente alegar que deverá providenciar a locação de


um veículo, por tempo indeterminado até reparo do veículo, cuja demora no
conserto se deve ao mero capricho do segurado, não podendo ser imputada a
responsabilidade por demora no reparo, a mesma esta equivocada, pois em
momento algum apresentou nos autos do processo qualquer documento que
levasse a crer que houve capricho por parte do segurado.

Vale ressaltar que o pedido de tutela antecipada cumpriu todos os requisitos


previsto no artigo 300 do Novo Código de Processo Civil de modo claro e
preciso.

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo.

Quanto a alegação da requerente de que a decisão do Juiz de 1° Grau foi única e


exclusivamente baseada nos documentos unilaterais trazidos aos autos pelo Requerente,
que sequer é determinante para apurar a responsabilidade pela demora no conserto,
verififa-se dos autos do Processo de origem n° 1005823-48.2018.8.26.0408, que
o agravado apresentou documentos que comprovam o perigo de dano ou
o risco do resultado útil ao Processo e que foi dado a Requerente o direito
ao Principio do Contraditório e da Ampla defesa, podendo contestar as
alegações do agravado apresentando documentos que provem o
contrario, motivo pelo qual não há que se falar em unilateralidade
Por outro lado, alega a requerente que contrato de seguro previa a concessão de carro
reserva por 30 dias, benefício esse que foi gozado pelo Agravado, ocorre que não houve
nenhuma apresentação documental por parte da requerente referente a demora dos reparos
no veiculo e se no contrato de seguro existe uma clausula que da direito ao carro reserva
por trinta dias ao segurado, no mesmo contrato e na mesma clausula há também duas
utilizações durante a vigência da apólice, ou seja, se houvesse bom senso por parte da
Empresa requerente, a mesma teria cumprido tal entendimento contratual e ter cedido
carro reserva ao requerido por mais trinta dias e assim ter evitado que o requerido fosse
procurar seus direitos judicialmente.

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