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Professores:
Sérgio Souto Maior Tavares e Juan Manuel Pardal
Ligações Químicas
O Âtomo
Ligações Químicas
Ligações Iônicas
A ligação iônica é estabelecida entre um cátion (elemento que cede
elétrons com facilidade) e um anion (elemento com grande afinidade
pelos elétrons)
Estabelecida entre elementos situados em lados opostos da tabela
periódica - eletronegativos – aceitam elétrons, tornando-se íons
- eletropositivos – doam elétrons, tornando-se cátions
Si O
Si Si Si Si O Si O Si
O
Si
Si SiO2
Ligações Químicas
Ligações Covalentes
Tetraedro de
Sílica (SiO2)
O
O Si O Si
O
Ligações Metálicas
Os elementos metálicos possuem átomos mais eletropositivos,
os quais doam o cedem seus elétrons de valência para formar
uma “nuvem” de elétrons que rodeia esses átomos
Romboédrico
- Direções tais como [112] também podem existir. Esta direção é de uma
reta que passa pela origem da fase superior
Planos Cristalinos
Direções e Planos Cristalinos
Porque o estudo das direções e planos cristalinos é importante?
Os métodos de difração medem diretamente a distância entre planos
paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada
para determinar os parâmetros do reticulado de um cristal
FE =4/3.p.r3/(2r)3=0,52
Sistema Cristalino
Cúbico de Corpo Centrado
(CCC)
Características
Número de átomos
por célula unitária
= (1/8 . 8 )+ 1 = 2
Fator de Empacotamento
Atômico CCC
O parâmetro de rede é calculado a partir do valor da diagonal principal do cubo
Sistema Cristalino
Cúbico de Corpo Centrado
Características (CCC)
- Direções supercompactas: 4 (direções [111])
- Planos supercompactos: 0
- Fator de empacotamento: 68%
- Sistemas primários de deslizamento: 48 (planos (110),
(112) e (123), nas direções [111])
Característico de:
Fe-, Cr, Mo e Nb
Sistema Cristalino
Cúbico de Face Centrada (CFC)
Características
Característico de:
Fe-, Al, Cu e Ni
Sistema Cristalino
Hexagonal Compacto (HC)
Características
Característico de:
Ti, Zn
Nucleação e Crescimento de
Grãos
No estado líquido os átomos que constituem os metais não se dispõem
de forma ordenada, isto é, não possuem estrutura cristalina que, como
já foi visto, é uma característica dos metais no estado sólido
Podemos Observar:
N v N exp( Qv / RT )
Defeitos Pontuais
Campos de tensões
Compressão
Tração
Discordância em Aresta
Defeitos de Linha
A discordância possui um vetor de burguers (b), o qual tem o módulo do
deslocamento em um átomo provocado pelo defeito. No caso das discordâncias
em aresta, o vetor b é perpendicular à linha da discordância. Nas
discordâncias em espiral o vetor de burguers é paralelo a linha da discordância
Discordância Mista
Defeitos de Linha
Circuitos de Burgers
Lembrando que:
- Direções supercompactas: 6 (direções [110])
- Planos supercompactos: 4 (planos (111))
- Fator de empacotamento: 74%
- Sistemas primários de deslizamento: 12 (planos (111),
nas direções [110] pertencentes a cada plano)
Falhas de Empilhamento
Nos cristais CFC a sequência de empilhamento de planos compactos é do tipo
ABCABCABC..., ao passo que nos cristais hexagonais compactos (HC) ela é
ABABAB...
As discordâncias tem
seu movimento
restrito ao plano da
falha
Falhas de Empilhamento
Energia de Falha de Empilhamento (EFE)
A dissociação de uma discordância em duas parciais, apresenta-se
energeticamente favorecida, mas causa uma falha na sequência de
empilhamento, gerando uma região HC em uma estrutura CFC
A EDE é tanto maior quanto menor
for a distância entre as
discordâncias parciais
Materiais com baixa EDE apresentam
distâncias entre discordâncias
parciais da ordem de 10 a 20 vezes
o comprimento do vetor de Burgers,
elevadas se comparadas às distâncias
de 1 vez observadas nos materiais de
alta EDE
Falhas de Empilhamento
Energia de Falha de Empilhamento (EFE)
Um metal CFC terá mais ou menos falhas de empilhamento de acordo com a
sua energia de falha de empilhamento (EFE)
b
O ângulo de inclinação será:
h
Onde b e h são, respectivamente, o
valor do vetor de Burgers e a distância
média de separação entre cada conjunto
de discordâncias em hélice
Contorno de Baixo Ângulo
Um contorno torcido “twist” de pequeno ângulo pode ser
descrito por, no mínimo, dois conjuntos de discordâncias
paralelas em hélice, situados no contorno
b
Neste caso, o ângulo de torção é
h
Onde b e h são, respectivamente, o
valor do vetor de Burgers e a distância
média de separação entre cada conjunto
de discordâncias em hélice
Importância dos defeitos cristalinos para
o comportamento dos materiais
Defeitos pontuais
Lacunas
Difusão - Transformações de fase
Átomos soluto
Átomos soluto provocam endurecimento por solução sólida
Utilização de Mandril
para Ensaio de Tubos
AB região de
deslizamento de
discordâncias
AB região de encruamento
uniforme
UF região de encruamento
não-uniforme
Ensaio de Tração
Vários materiais
Materiais Dúcteis
Materiais Frágeis
Análise Período Elástico
Módulo de Elasticidade Longitudinal (E)
Também
Conhecido Como
Módulo de
Young
Análise Período Elástico
Lei de Hooke
s E .
É válida até o valor de tensão de limite de proporcionalidade
Análise Período Elástico
Ensaio de Tração
Comportamento no Regime Plástico
Parâmetros de Ductilidade
Alongamento
l l f l0
Alongamento Específico
l f l0
f
l0
Coeficiente de Estricção
S0 S f
RA
Sf
Comportamento no Regime
Plástico
Exemplo da Laminação à frio
Admitindo-se que o atrito lateral dos laminadores restringe o aumento da
largura, a ponto de ser desprezado, a secção transversal após a laminação
será
S0 t0 .w0 S f t f .w0
Redução de Área
S0 S f t0 .w0 t f .w0 tf
1 O processo é viável
S0 t0 .w0 t0 desde que <
Comportamento no Regime
Encruamento
Plástico
A necessidade de aumentar-se a tensão para dar continuidade à
deformação plástica do material decorre de um fenômeno
denominado encruamento
Neste processo o material experimenta um endurecimento por deformação
plástica a frio
Este fenômeno resulta da interação entre discordâncias, assim
como da interação destas com outros obstáculos, como solutos,
contornos de grão que impedem a movimentação de discordâncias
As discordâncias no processo de deformação se multiplicam, sendo necessário
uma energia cada vez maior para que ocorra a movimentação
Comportamento no Regime
Encruamento
Plástico
O encruamento ou trabalho a frio é, portanto, um dos
mecanismos de endurecimento que podem ser aplicados aos
metais e ligas. Exemplos de processos de deformação plástica
onde ocorre o encruamento são
•Laminação
•Trefilação
•Forjamento
•Dobramento
Comportamento no Regime
Plástico
Efeito do Encruamento no Limite de Escoamento
Caso o ensaio seja interrompido e retomado após alguns
instantes. A zona plástica vai se iniciar a uma tensão mais elevada
e normalmente sem escoamento nítido
P
sr
S
Tensão Real ou Verdadeira
Deformação Real ou Verdadeira
A deformação real ou verdadeira no processo de carregamento pode ser
estabelecida imaginando-se uma sequência de etapas de carregamento onde o
corpo alonga-se de um valor Δl. Tomados intervalos Δl muito pequenos, ou seja,
aumentando indefinidamente o número de etapas , a deformação pode ser
definida como
l
dl dl l
d r r ln
l l0
l l0
•Dentro dos limites l0 e l instantâneo
•Não válida para o trecho UF (extricção)
Deformação Real ou Verdadeira
Para avaliar a deformação na região UF, deverão ser avaliadas outras direções
além da direção de aplicação da carga
Sabendo que o volume se mantêm constante na região plástica
S0 . l0 S . l Cte
S0
r ln
S
•Esta última equação é válida no trecho AF
•Não é aplicável na região elástica pois o
volume do material não permanece cte.
Relações entre deformações Reais e
Convencionais
l l0 l l
c 1 c 1
l0 l0 l0
Como já definidas
Relação válida até
r ln c 1
l
r ln o inicio da
l0 estricção, onde
prevalece um
estado triaxial de
tensões
Relações entre Tensões Reais e Convencionais
Sabendo que:
Relação válida até
o inicio da
ln c 1
S0 S0 estricção, onde
r ln c 1 prevalece um
S S estado triaxial de
tensões
s r c 1
S0 P P
S Como: sr
c 1 S S0
Expressões analíticas Tensão-Deformação no
Regime Plástico
A deformação não é uma grandeza de estado. Assim, é impossível expressar
com exatidão a dependência analítica s = f(). Contudo para o ensaio de
tração uniaxial, foram muitas as tentativas de expressar esta dependência
s0 é a tensão de escoamento
s r s 0 K . n
r Ludwig
K Coeficiente de resistência que quantifica
quanto o material pode suportar
s r K . rn Hollomon
n: Coeficiente de encruamento. Representa
a capacidade com que o material distribui a
K e n: f (material, tratamentos) deformação (adimensional)
Expressões analíticas Tensão-Deformação no
Regime Plástico
Hollomon
s r K . n
r
Influência do n
Hollomon
Influência do n
Hollomon
Influência do n
Determinação do n
A partir da equação de Hollomon
s r K . n E sabendo que: sr
P P S.K . rn
r S
Derivando
dP K S.n. rn1d r rn .dS
E sabendo que no regime plástico
dl dS
d r
l S
Determinação do n
Isolando dS e substituindo
dP K S.n. rn1d r S. rn .d r
dP
No ponto U a curva apresenta seu ponto de carga máxima, então: 0
d r
n. n 1
ru n
ru
O coeficiente de encruamento
n ru (n) corresponde à deformação
real no ponto de carga máxima
Instabilidade Plástica
A estricção, ou deformação localizada no Cp do ensaio
de tração, tem inicio no ponto de aplicação da máxima
carga, a partir do qual o estado uniaxial de tensão da
lugar a um complexo estado triaxial de tensões
dP
Esta situação de instabilidade tem inicio definido pela condição: 0
d r
P s r .S
ds r dS Como na dV
S. sr. 0 deformação 0
d r d r plástica d r
Instabilidade Plástica
dV d (S.l ) dl dS dS S .d l
0 0 S. l. 0
d r d r d r d r d r l.d r
ds r dS
Substituindo em: S. sr. 0
d r d r
ds r S .d l dl
S. s r . 0 Sabendo que d r
d r l.d r l
ds r A instabilidade ocorre quando a
sr tangente da curva sr-r e igual
d r à magnitude da tensão aplicada
Instabilidade Plástica
1 ds r sr
Derivando d r d c
c 1 d c c 1
ds r sr
d c c 1
Construção de
Considère
Por semelhança de
triângulos
sc sr
1 c 1
Determinação do K e n
O coeficiente de resistência (K) e de encruamento (n)
podem ser determinados em gráfico log-log a partir de:
Hollomon
Taça e Cone
Análise da Superfície de Fratura
Frágil
s e ,T Ctes C.
Onde:
Quanto maior a
temperatura maior a
sensibilidade à taxa de
deformação
Influência da Taxa de Deformação
O expoente m pode ser obtido de uma maneira mais precisa é
através de ensaios com taxa de deformação variável :
A velocidade de conformação da
maioria dos equipamentos
comerciais é apreciavelmente mais
rápida do que a velocidade de
deformação utilizada no ensaio de
tração padronizado
Ensaio de Dureza
Dureza é a propriedade de um material que permite a ele
resistir à deformação plástica, usualmente por penetração. O
termo dureza também pode ser associado à resistência à
flexão, risco, abrasão ou corte
A dureza é uma propriedade que se relaciona diretamente com a resistência
mecânica do material. Quanto maior o limite de resistência de um material
metálico, maior a sua dureza
A dureza pode ser medida por
Risco
Rebote ou Impacto
Penetração
Ensaio de Dureza por Penetração
Dureza Brinell
Este ensaio foi proposto em 1900 por J.A. Brinell sendo
o 1o ensaio por penetração reconhecido industrialmente
Introduzindo-se
a superficie da 2.P
calota esférica
HB 0,102 .
tem-se: (p .D).( D D 2 d 2 )
Dureza Brinell
•O tempo de aplicação da carga 10 a 15 s ou 30 s (materiais moles)
•Quando possível, utiliza-se esfera D = 10 mm, mas também há esferas
de D = 5; 2,5; 2 e 1 mm
•A amostra deve possuir as duas faces paralelas e um bom acabamento
superficial, conferido por lixa 400
Cargas
Na maioria dos casos (dureza até 450 HB) 29,42 kN (3000 kgf)
Para materiais moles utilizam-se cargas de 14,70 kN (1500 kgf) ou de 4,9
kN (500 kgf)
Já no caso de materiais muito duros com dureza entre 450 e 650HB, utiliza-
se esfera de WC sinterizado, para evitar deformação na esfera padronizada
Dureza Brinell
Pode-se também utilizar outros valores de carga e diâmetro,
desde que mantido o ângulo que o centro da esfera faz com a
impressão, ou também manter a seguinte relação constante
Com alto
encruamento
Trabalhados
a frio
Dureza Brinell
A dureza Brinell e o limite de resistência à tração convencional
Existem relações experimentais , não tão precisas, que correlacionam o
limite de resistência à tração (su) [MPa] com o valor de dureza (HB) obtido
s u .HB
Valores de
HR E e
Dureza Rockwell
Na dureza Rockwell (HR) superficial as cargas
aplicadas são bem menores à convencional
Pré-carga: 3 kgf
Penetrador esférico
Comum p (130 – HR) . 0,002 mm
c arg a
HV
área da impressão
Cargas
5 a 100 kgf (49 a 980 N) COMUM
2 a 5 kgf (19,6 a 49 N) PEQUENA
0,001 a 1 kgf (0,0098 a 9,8 N) MICRODUREZA
Dureza Vickers
O valor da dureza Vickers é
determinada pela seguinte expressão
P
HV
d2
2.sen(136o / 2)
1,854.P
HV
d2
O penetrador por ser indeformável pode ser utilizado para esta ampla faixa
de durezas. Além disso, a carga de penetração pode ser variada, sem que se
altere o resultado do ensaio.
Impressões extremadamente pequenas que podem não inutilizar a peça
As normas que fazem referência ao ensaio são NBR NM 188-1 ou ASTM E
92 – 82(2003)e2
Dureza Vickers
Relação entre dureza Vickers e a tensão de proporcionalidade (sp)
A dureza envolve a penetração da ponta de teste por um processo de
deformação plástica. Desse modo a dureza pode ser correlacionada com o
limite de proporcionalidade
O valor numérico da dureza Vickers é da ordem de 2 a 3 vezes o valor de sp
(Mpa) para materiais duros, e em torno de 2 a 4 para metais
Microdureza Vickers
P
HK 14,2 . 2
l
f f Eeff , S
P
HV
S
Eeff é o modulo de elasticidade efetivo do material
Ensaio de Dureza no Campo
Ultrassom (UCI) Ultrasonic Contact Impedance
Uma mola aplica a carga e a
frequência da haste muda em
proporção à área de contato da
endentação produzida pelo diamante
Vickers
O instrumento monitora
constantemente a frequência em um
transdutor receptor, executa o
cálculo e indica instantaneamente o
valor da dureza
Ensaio de Impacto
Baixas Temperaturas
Alta taxa de deformação
Estado triaxial de tensões
Normas
ASTM E23b e A370
Charpy: CP apoiado EUA
Ensaio de Impacto
Charpy
Ensaio de Impacto
Izod
Ensaio de Impacto
Os ensaios de impacto possuem dois fatores embutidos
que favorecem a fratura frágil dos materiais:
Entalhe em V
Entalhe cilíndrico
Entalhe em U
Sem entalhe
Cps Charpy
Variações do cp Charpy são adotadas
por algumas normas internacionais.
Assim são o cp Mesnager, semelhante
ao corpo Charpy tipo C com
profundidade de entalhe reduzida e o
cp Schnadt, com diferentes
geometrias de entalhe. No corpo
Schnadt um pino de aço é posicionado
dentro do entalhe para a execução do
teste. O pino previne o aparecimento
de tensões de compressão no impacto
Em todas as situações de cps
especiais, existe a dificuldade de
estabelecer equivalência de resultados
Cps Izod
Entalhe em V
Normas de Ensaio Charpy
ABNT
NBRNM 281-1 (11/2003) Materiais metálicos - Parte 1: Ensaio de
impacto por pêndulo Charpy
NBR NM281-2 (11/2003) Materiais metálicos - Parte 2: Calibração de
máquinas de ensaios de impacto por pêndulo Charpy
NBR6157 (12/1988) Materiais metálicos - Determinação da
resistência ao impacto em corpos-de-prova entalhados simplesmente
apoiados
Normas de Ensaio Charpy
ASTM
E23-05 Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of
Metallic Materials (2005) (cobre Charpy e Izod)
ISO
ISO 148-1, Metallic materials - Charpy pendulum impact test - Part 1:
Test method (rev. 2006)
ISO 148-3,Metallic materials - Charpy pendulum impact test - Part 3:
Preparation and characterization of Charpy V reference test pieces for
verification of test machines (1998)
ISO/TR 7705, Guidelines for specifying Charpy V-notch impact
prescriptions in steel specifications(1999)
ISO 5754, Sintered metal materials, excluding hardmetals; Unnotched
impact test piece (1978)
Normas de Ensaio Izod
ABNT
NBR8425 MB1694, Plásticos rígidos - Determinação da resistência ao
impacto Izod ,(1984)
ASTM
D256-05a Standard Test Methods for Determining the IZOD Pendulum
Impact Resistance of Plastics
- Expansão lateral
Cálculo da Energia Absorvida ao Impacto
A massa do martelo (m) é
inicialmente elevada a uma altura
(a). A energia potencial da massa
(Ep), antes da queda é:
E p m.g.a
Pelo principio de conservação da
energia determina-se a velocidade de
impacto (V) do pêndulo, desprezando-
se o atrito do peso com o ar
1
.m.V 2 m.g.a
2
V 2.g.a
Cálculo da Energia Absorvida ao Impacto
A energia do martelo pode ser
rescrita em função do ângulo da
queda e de o ângulo de elevação
Por trigonometria
R. cos a R
R. cos b R
Ea m.g.R.(1 cos )
Eb m.g.R.(1 cos )
Cálculo da Energia Absorvida ao Impacto
A energia absorvida no impacto
(EI) corresponde à diferença
entre a energia potencial do
pêndulo na altura de queda e a
energia potencial do pêndulo na
altura de elevação
EI m.g.(a b)
EI m.g.R.(cos cos )
Transição Dúctil-Frágil
A principal função dos ensaios Charpy e Izod consiste em
determinar se um material apresenta ou não uma transição
dúctil-frágil com o decréscimo da temperatura e, caso
apresente, em que faixa de temperaturas ocorre o fenômeno
Transição Dúctil-Frágil
Tipos de materiais e campos de temperaturas de transição
Metais CFC
Não apresentam temperatura de
transição (altas energias absorvidas)
Al (2xxx Al-Cu, 7xxx Al-Zn-Mg-Cu),
Cu, latão, Inox 300, Ouro, Ni
Metais CCC
Apresentam temperatura de transição
Aços ao carbono, Inoxidáveis ferríticos
Metais de Alta Resistência
Não apresentam transição (baixas
energias absorvidas)
Aços ligas e Materiais Temperados e Revenidos em baixas temperaturas
Transição Dúctil-Frágil
Fratura Frágil Fratura Dúctil
Pouca deformação Muita deformação
plástica macroscópica plástica macroscópica
Facetas e degraus de Microvazios (“dimples”)
clivagem ou trincas
intergranulares Expansão lateral do cp
Brilhante (no caso da Aspecto Fosco
fratura por clivagem)
Mecanismos:
Clivagem ou
fragilização Cisalhamento
intergranular
Aspectos da Fratura
A nível atômico, o rompimento das ligações se dá em um
mesmo plano cristalográfico
Cisalhamento: Quando a fratura se dá no mesmo plano da tensão resolvida
Clivagem: Quando a fratura é normal ao plano da tensão
Fratografia
Análise da Superfície de Fratura
Microscópio eletrônico de varredura (MEV), equipamento que utiliza
um feixe de elétrons e obtém imagens e informações oriundas de
diversos tipos de interação deste feixe com a amostra
Em um policristal, muito
comumente, o processo de
fratura dúctil se inicia pela
formação de microcavidades nas
interfaces de partículas de
inclusões devido à ação de um
tensão cisalhante
Em monocristais a superfície de
fratura é totalmente plana
É atribuída à segregação de
impurezas nos contornos de
grão, fragilização por
hidrogênio, precipitação
intergranular de fases frágeis
Morfologias de Fratura Frágil no MEV
Fratura por Fragilização Intergranular ou coesiva
Fratografia
Resumo
Clivagem
Dúctil
Transgranular
Intergranular
Transição Dúctil-Frágil
Temperatura de transição dúctil-frágil (TTDF)
Critérios de determinação – Materiais CCC
UNS S32750 envelhecido a 475ºC: (a) 8,(b) 10,(c) 24,(d) 100,(e) 300,e (f) 2000
Expansão Lateral
Comparativo
160 400ºC
40
140
100
80 450ºC 20 475ºC
60
Temperaturas 475ºC 10 Temperaturas
40 o
400 C o 450ºC
400 C
20 o o
450 C 450 C
o 0 o
0 475 C 475 C
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
Tempo de envelhecimento [h] Tempo de envelhecimento [h]
Teores crescentes de
carbono também abaixam a
tenacidade ao impacto
O níquel, alumínio e o
manganês conferem boa
tenacidade ao aço, podendo
estes elementos de liga serem
usados em aços ferríticos
para fins criogênicos
Fatores Metalúrgicos que Influenciam na
Tenacidade ao Impacto
Composição Química
Porque o níquel, alumínio e o
manganês conferem boa tenacidade
ao aço?
Quanto mais agudo o entalhe, mais fortes são os efeitos citados acima.
Os tamanhos dos corpos de prova foram padronizados de forma que os
resultados possam ser comparados com boa confiabilidade
Fatores Metalúrgicos que Influenciam na
Tenacidade ao Impacto
Dimensões do cp
A área de teste
deve ter um
comprimento
mínimo de três
vezes o diâmetro
do cp
(a) Região paralela e raio de concordância
(b) Somente raio de concordância
Muitos cuidados na Normas de Realização do Ensaio: ASTM E1150,
confecção do cp E466, E467e E468
Ensaio de Fadiga
Máquina de
Whöler: Carga de
flexão aplicada
na extremidade
de um cp em
rotação
Ensaio de Fadiga
Dispositivos de Flexão Rotativa
Momento constante
aplicado no
comprimento útil do
cp em rotação
Ensaio de Fadiga
Dispositivo de Tração
Tração-tração
Tração-compressão
Compressão-compressão
Ensaio de Fadiga
sr s máx s min
sa s r s máx s min
2 2
smín e smax, são as tensões mínima e máxima, respectivamente
Tipos de Tensões Cíclicas
Na realidade na maioria dos casos os
esforços geralmente são aleatórios
Exemplos de Solicitações Cíclicas
O sistema mecânico de elevação possui o seguinte funcionamento: O motor transmite
o torque para a caixa de redução, acionando o giro do eixo (1), que possui um
pinhão. Este transmite o torque para uma engrenagem que gira o tambor no eixo(2).
O tambor enrola um cabo que eleva um basculante, que recebe uma nova carga em
cada nível de altura que atingir. Na altura máxima (hn), o sistema se inverte, e o
basculante desce, descarregando uma porção de carga em cada nível de altura
Exemplos de Solicitações Cíclicas
Será feita a análise individual de alguns componentes
Carga Alternada – Eixo 1
Variáveis de
análise
Considerações
As ligas de alumínio não apresentam um sRf bem definido, sendo considerado como
tal a tensão equivalente a 107 ciclos
Para os aços o sRf está compreendido na faixa de 35 a 65% do limite de resistência
à tração. Na pratica admite-se como boa aproximação o valor 0,5.
Curva de Wöhler ou S-N
Curva de Wöhler ou S-N
Os resultados observados no ensaio de fadiga apresentam uma
considerável dispersão dos resultados obtidos em diferentes cps
de mesmo material ou extraídos da mesma amostra
O aumento da tensão
média tem o efeito de
diminuir o limite de
fadiga, bem como a vida
em fadiga para uma
determinada tensão
Na medida que R se
torna maior e positivo o
limite de resistência à
fadiga aumenta (σRf)
Mecanismo de Fratura por Fadiga
A ruptura definitiva do componente em serviço ocorre
em três etapas distintas
Estágio I
Nucleação da Trinca
Estágio II
Propagação Cíclica da trinca- Fenômeno Lento
Estágio III
Falha Catastrófica- Fenômeno Rápido
Aspectos da Superfície da Fratura por Fadiga
Falha por Fadiga de Eixo
Ferroviário Forjado
Entretanto, nem sempre uma fratura por fadiga apresentará essa evidência
Aspectos da Superfície da Fratura por Fadiga
A análise fratográfica em MEV pode revelar um indício mais claro
da ocorrência de fadiga
São as Estrias de
Fadiga
Cada estria mostra a posição da ponta de trinca após cada ciclo de tensão,
salientando que a trinca avança na direção normal destas estrias como é
apresentado nas figuras
Estrias de fadiga no aço inoxidável Duplex ensaiado
em flexão
Inicio de
trinca de
fadiga em Inclusão não metálica
uma liga
de níquel
Defeitos Internos
Poro
Origem das estrias de fadiga em uma solda de topo de
uma tubulação de óleo na união com um flange de
pescoço
Origem das estrias de fadiga em uma solda de topo de
uma tubulação de óleo na união com um flange de
pescoço
A junta soldada atua como um
elemento concentrador de tensões
para a nucleação e propagação de
trincas, sendo a ZTA de grão
grosseiro a zona propensa ao
crescimento e posterior fratura
diante as solicitações atuantes. Por
outro lado, é importante salientar que
as tensões residuais trativas
decorrentes da soldagem nesses locais
também facilitam a falha por fadiga
Origem das estrias de fadiga em uma solda de topo de
uma tubulação de óleo na união com um flange de
pescoço
Medidas para mitigar falhas por fadiga
Realização de um cordão de solda com o menor número interrupções, assim
como minimizar as irregularidades do acabamento do reforço do pé solda
O ensaio de fluência é
executado conforme a
ASTM E139
Ensaio de Fluência
Temperatura
Tensão
Efeito da Tensão no Ensaio
É muito utilizado pela sua brevidade, além de ser útil para o estudo
de novas ligas
Ensaios Característicos
Ensaio de Relaxação
Este ensaio mede a redução de carga (tensão) aplicado a um
cp com o tempo, quando a deformação é mantida constante
a uma certa temperatura
Temperatura de trabalho:
840–860°C
A formação de uma
estrutura celular
será menos
pronunciada para
baixas
temperaturas e
A estrutura celular é também menos altas taxas de
desenvolvida nos metais com baixa deformação
EFE
Recozimento de um Metal Encruado
Efeitos causados pelo o encruamento nos metais
A nível atômico
Ocorre a geração de grande quantidade de lacunas
Consequências
Com relação às propriedades, os metais encruados se tornam menos dúcteis,
mais resistentes e, geralmente, menos tenazes. Devido à maior quantidade de
defeitos cristalinos, tornam-se mais reativos e susceptíveis à corrosão. Por
outro lado, a alta densidade de lacunas provoca a diminuição das
condutividades elétrica e térmica
Frio
Quente
Processos de Conformação Mecânica Onde se Realiza
o Encruamento dos Metais
Laminação
Produtos Planos
Perfis
Produtos Não
Planos
Processos de Conformação Mecânica Onde se Realiza
o Encruamento dos Metais
Extrusão
Indireta
Direta
Hidrostática
Processos de Conformação Mecânica Onde se Realiza
o Encruamento dos Metais
Forjamento
Matriz Matriz
Aberta Fechada
Processos de Conformação Mecânica Onde se Realiza
o Encruamento dos Metais
Trefilação
Contínua
Acumulativa
Recozimento de um Metal Encruado
Quando um metal encruado, com todas as características descritas
anteriormente, é aquecido em temperaturas superiores a 0,4.Tf ,
ocorrem processos de restauração das propriedades originais
(recuperação e recristalização), seguido do crescimento de grãos
Cinética de Recristalização
Equações de Jonhson-Mehl e Avrami
A cinética de recristalização pode ser descrita pela equação de
Jonhson-Mehl, a seguir:
Sendo:
.
pG N t Jonhson-Mehl
3 4
X 1 exp X = Fração recristalizada
3
G =Taxa de crescimento
Os valores de N e G são constantes durante a N= Taxa de nucleação
recristalização
X 1 exp kt n
Avrami
Sendo:
X = Fração recristalizada
k = Cte determinada experimentalmente
n = 3 a 4
Sendo:
Qr A = constante independente da temperatura
v A exp
RT R = constante dos gases
Qr = energia de ativação para recristalização
Grau de Deformação Prévia
A deformação fornece a força motriz para a recristalização, que é a energia
interna na forma de defeitos cristalinos. Quando recozidos na mesma
temperatura, um material que foi mais deformado recristaliza muito mais
rapidamente do que o menos deformado. Isto porque o grau de deformação influi
no valor da energia de ativação Qr para recristalização
Fatores que Influem na Cinética de Recristalização
Grau de Deformação Prévia
580oC
3 segundos
Nucleação de
Pequenos Grãos
580oC
580oC
5 segundos
8 segundos
580oC 750oC
15 minutos 10 minutos
Crescimento de Grãos
Técnicas Metalográficas
Macrografia
Juntas
Soldadas
Técnicas Metalográficas
Macrografia
Camada
Cementada
Técnicas Metalográficas
Macrografia
Trincas
Macroestrutura de
peças fundidas
Lingote de Al com
aproximadamente 5cm
de largura , mostrando
a formação da linha
central de contração
Técnicas Metalográficas
Macrografia
Macroestrutura de
peças Forjadas
Microscopia Ótica
O microscópio ótico (MO) metalográfico
Estéreo
microscópio
Boa profundidade
de campo, mais
baixos aumentos
MO OPTON
LABMETT-UFF
Microscopia Ótica
Estéreo microscópio
Imagens Obtidas
Boa profundidade
de campo, mais
baixos aumentos
Estado da superfície de fratura dos cps
Charpy após ensaio de impacto em AISD UNS
S32750 envelhecido a 500ºC
Platina Invertida
MO Neophot 32
LABMETT-UFF
Platina Direta
Metalografia
Preparação da Amostra
1.Corte refrigerado
2.Embutimento em Resina ou
Baquelite
Metalografia
Preparação da Amostra
3. Lixamento
Lixas 100, 220, 320, 400,
500, 600 e 1200
5. Ataque químico ou
eletroquimico
Metalografia
Preparação da Amostra
Geralmente, existem mais que um tipo de ataque químico ou
eletroquimico que pode ser aplicado a um mesmo material. Eles
são selecionados de acordo com o detalhe microestrutural que
se deseja observar
Imagens Obtidas
I dm
X
I dr
Foto Tirada com 50x na objetiva e 8x no espelho do MO
Metalografia Quantitativa
Determinação do Tamanho de Grão
Método dos Interceptos L = Comprimento do segmento
X = Aumento da foto
L
d (mm ou m)
N .X
Metalografia Quantitativa
Diâmetro do Grão [m] Número ASTM
Número de grão ASTM (N) 250 1
176 2
n 2 N 1
124 3
88,4 4
10 62,5 5
9 44,2 6
8
31,2 7
22,1 8
Tamanho de Grão ASTM
7
15,6 9
6
11 10
10
8
Tamanho de Grão ASTM
Manual - Grade
Metalografia Quantitativa
Quantificação de Fases
Tipos de Grade
Manual - Grade
Metalografia Quantitativa
Quantificação de Fases
Computacional - Segmentação
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
No MEV podem ser conseguidos aumentos de até 15000X, mas ele
também pode ser usado para baixos aumentos, tanto quanto 250X de
modo a obter informações que não podem ser obtidas no microscópio ótico
Um banco de dados
(fichas JCPDS) auxilia
na identificação de
fases
A partir de d pode-se
obter o parâmetro de
rede para uma
determinada plano de
refração
ahkl d h 2 k 2 l 2
Difração de Raios X (DRX)
Difratograma
Difração de Raios X (DRX)
Difratogramas
Comparativo
Difusão
É o fenômeno de transporte de material por movimentação
atômica
A força motriz para
difusão é a existência de
um gradiente de
concentração
A movimentação dos
átomos se dá no sentido
de equalizar a solução
sólida, ou seja, minimizar
o gradiente
Difusão
Mecanismos de Difusão Atômica
Substitucional Intersticial
por Lacunas
Mecanismos de Difusão Atômica
Substitucional
O bloco A poderia
ser rico em cobre
(Cu) e o bloco B rico
em níquel (Ni)
Difusão
Efeito Kinkerdall
Dois blocos de materiais A (Cu) e B (Ni) são unidos por solda entre si.
Na interface entre os dois blocos são colocados marcadores ou arames
feitos de um material cujas propriedades não são alteradas pela
temperatura do ensaio
m
J
A.t
O fluxo J, do átomo que se difunde na figura,
é positivo da esquerda para a direita, pois a
espécie em difusão se move de uma região de
alta concentração (CA) para uma região de
menor concentração , ao longo de uma
distância (X=XA-XB)
Leis de Fick
Primeira Lei de Fick: Difusão no Estado Estacionário
C g cm 2 C g
J D J D 4
x cm .s s x cm
2
J1 J2
Como J1>J2 existe um
acumulo de massa no volume
dx de controle estabelecido na
figura
Segunda Lei de Fick: Difusão no Estado Não-Estacionário
m m
A taxa de massa será: J J .A
A.t t
O Fluxo acumulado no volume de controle (FAVC) será obtida pela diferença:
J 2 J1 FAVC
A taxa de massa acumulada no volume de controle (TMAVC) será:
( J . A)
( J . A) 2 ( J . A)1 ( J . A)1 .dx ( J . A)1
x
Segunda Lei de Fick: Difusão no Estado Não-Estacionário
Simplificando a taxa de massa acumulada no volume de controle (TMAVC) será:
( J . A)
( J . A) 2 ( J . A)1 .dx
x
A TMAVC
(massa/tempo) (C.Vc ) ( J . A)
pode ser também
TMAVC .dx Como Vc é Cte
expressa
t x
C 2C
D 2
t x
C: Gradiente de concentração (n. de átomos/volume ou massa/volume)
t: Tempo
C 2C
D 2
t x
A difusão em um sólido
semi-infinito descreve
muitas situações de difusão
no estado sólido, como no
caso representado na figura,
em que a concentração C da
espécie em difusão varia
com a distância x, com o
tempo t e com o coeficiente
Os processos que serão abordados serão de difusão D
simplificativamente adotados como unidirecionais
Segunda Lei de Fick: Difusão no Estado Não-Estacionário
Conceitualmente considera-se uma barra como
C C 2
um sólido semi-infinito se nenhum dos átomos
D 2 em difusão é capaz de atingir a extremidade da
t x barra durante o tempo gasto para a difusão
Processo de Cementação
Leis de Fick
As soluções da equação diferencial da segunda lei de Fick com diferentes
condições de contorno são mostradas a seguir
Qd
D Do exp
RT
Onde:
Do: Constante independente da temperatura (m2/s)
R: Constante dos gases ou de Boltzman (8,31 J/mol.K)
Qd: Energia de ativação para difusão (J/mol)
T: Temperatura em Kelvin (K)
Energias de Ativação para a Autodifusão de Alguns Metais
Puros
Temperatura Temperatura Energia de
Metal de fusão Estrutura estudadas Ativação
(oC) cristalina (oC) (kJ/mol)
Lembrar que:
Fatores que Afetam o Coeficiente de Difusão (D)
Contornos de Grão
Qd Q 1
D Do exp ln D ln Do d
RT R T
Coeficiente de Difusão vs. Temperatura
Tabela de Do e Qd para cálculo do valor de alguns coeficientes de difusão
Exercícios
1 – Um aço baixo carbono (0,20%C) deve ser carbonetado a 950°C, de
modo a alcançar um teor de carbono de 0,40% a 1,0mm de profundidade.
Calcule o tempo de carbonetação necessário, sabendo que durante o
processo o potencial de carbono na superfície se manteve em 1,2%?
x
C CS (CS C0 ).erf
2. Dt
Concentração ou potencial de carbono na superfície (Cs)
Concentração Inicial na Peça (C0)
0,001 0,001
0,4 1,2 (1,2 0,2).erf 0,8 erf
2. Dt 2. Dt
Exercícios
0,001
0,8 erf
2. Dt
Qd J / mol
D m / s Do m / s exp
2 2
RJ /( mol.K ) .T K
5 136000
D 1x10 exp
8,31.(950 273,16)
D 1,546 x1011
Exercícios
2
0,001 0,001 0,001
0,9 Dt D.t
2. Dt 1,8 1,8
t 20042 s t 5,56 h
2 – Qual deve ser o tempo necessário para se atingir a mesma dureza e o
mesmo teor de carbono a 2,0 mm da superfície?
2 t 79856 s
0,002
D.t Sendo D 1,546 x1011
1,8 t 22,18 h
3 – Por que a temperatura de carbonetação não pode ser aumentada para
1100°C?
Efeito do aumento do tamanho de grão e outros fatores que serão
analisados oportunamente
Diagramas de Fases
Introdução
Solução Sólida e Limite de Solubilidade
Quando “adicionamos” um dado elemento de liga a um material puro,
os átomos deste elemento farão parte da rede cristalina, ocupando
posições atômicas ou interstícios. Em outras palavras, esses átomos
serão inicialmente dissolvidos, formando uma solução sólida
Limite de Solubilidade
A capacidade de uma dada fase em dissolver um elemento de liga ou
impureza tem um limite. Esse limite é chamado de limite de solubilidade.
Uma vez excedido este limite, precipita-se uma nova fase, mais rica nos
elementos de liga ou impurezas que não foram dissolvidos
Limite de Solubilidade
Diagramas de Fases
Introdução
Temperatura de Fusão
A temperatura na qual ocorre equilíbrio termodinâmico entre um
sólido e seu respectivo líquido é a temperatura de fusão
S C C0
L L
RS C CL
R C0 C L
S S
RS C CL
Diagramas de equilíbrio binários
Isomorfo Cu-Ni
Regra da Alavanca
Regra da Alavanca
Exemplo
Determine as porcentagens
relativas (ou as frações em
peso) das fases presentes a
1250oC em uma liga Cu-35%Ni
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio binários
Isomorfo Solubilidade
Exemplo Cu-Ni Total
Exemplo: Desenvolvimento de microestruturas
durante solidificação nas condições de
equilíbrio de uma liga 35Ni-65Cu
Lembrar que:
Resfriamento em condições de equilíbrio
resultam em microestruturas estáveis
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio binários
Isomorfo Solubilidade
Exemplo Cu-Ni Total
Exemplo: Desenvolvimento de
microestruturas durante
solidificação nas condições de
equilíbrio de uma liga 40Ni
Diagramas de Fase
Diagrama de equilíbrio binário Pb-Sn
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio binários
Eutético Solubilidade
Exemplo Pb-Sn Parcial
Eutético
Exemplo Pb-Sn
Solubilidade
Parcial
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio binários
Eutético Pb-Sn
Qual o limite máximo de
solubilidade do Sn na fase ,
e em que temperatura ele
ocorre?
Qual o limite de solubilidade
do Sn na fase na
temperatura ambiente?
Qual o limite máximo de
solubilidade do Pb na fase , e
em que temperatura ele ocorre?
fase - escura
fase - clara
Diagrama de Equilíbrio Eutético
Resfriamento lento, em equilíbrio de:
Pb-1%Sn Pb-15%Sn
Diagramas de Fase
Resfriamento lento (em equilíbrio) da liga hipoeutética Pb-40%Sn
Microestrutura em equilíbrio
da liga hipoeutética
fase - escura
fase - clara
Diagramas de Fase
Resfriamento lento (em equilíbrio) da liga hipoeutética Pb-40%Sn
Microestrutura em equilíbrio
da liga hipoeutética
Reação eutetóide:
+
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio binários
Peritética Reação Peritética: Líquido + Sólido 1 Sólido 2
L+
Diagramas de Fase
Outros diagramas de equilíbrio binários
Monotético
Imiscibilidade no
Estado Líquido
Diagramas de Fase
Diagramas de equilíbrio ternários
Os diagramas de equilíbrio ternários são tridimensionais
Os cortes horizontais
formam diagramas
isotérmicos
Diagramas de Equilíbrio Ternários
30%B 60%A
60%A
30%B
A secção representada no
diagrama é adotando um teor
de 68% de Fe
Laminação a Quente
A preparação metalográfica é
mais difícil nos materiais
encruados (deformado a frio)
Exercícios
Exercícios
Exercícios
2-(EB/1990)– Para uma liga Ag-64%Cu (em peso), resfriada lentamente a
partir do líquido determine:
a) A temperatura e composição do primeiro sólido
b)As fases e composição presentes em uma temperatura imediatamente
abaixo da eutética
Alotropia do Ferro Puro
Sob uma pressão de 1 atm o ferro puro apresenta as
seguintes mudanças de estado e transformações alotrópicas
Ferrita () : Solução sólida de carbono no ferro CCC. Dissolve até 0,09%C na
temperatura peritética. A solubilidade máxima do carbono é um pouco maior do
que na ferrita (0,09% contra 0,022%) porque ocorre em temperaturas maiores,
onde a agitação térmica dos átomos é maior
Hipoeutetóide: São os aços que possuem carbono abaixo de 0,80% (e acima de 0,02%)
Eutetóide: É a composição que passa pelo ponto eutetóide, ou seja 0,77%C (0,80%C).
Corresponde à classificação SAE 1080
Ferrita
Microestrutura de Perlita
aço hipereutetóide
(1,4%C) resfriado
lentamente
Cementita
Colônias de perlita e
cementita delineando
os contornos da
austenita prévia.
Aumento: 500X
Aumento: 500X
Resumo de Microestruturas Obtidas por Resfriamento Lento
3) Hipereutetóide
2) Hipoeutetóide
1) Eutetóide
Resumo de Microestruturas Obtidas por Resfriamento Lento
Exercícios
Um resfriamento brusco
(AB) antecede o início da
transformação perlítica
A transformação perlítica
se inicia no ponto C
(~3,5s) e se processa
isotermicamente, estando
concluída no ponto D
(~15s)
Diagramas ITT ou TTT
Em relação a formação
da perlita isotérmica
Surgimento de
perlita grosseira e
perlita fina
A espessura das
camadas de ferrita e
cementita na estrutura
lamelar da perlita
dependem da
temperatura de
formação
Diagramas ITT ou TTT
Resfriamentos em condições de
equilíbrio ou perto do equilíbrio
resultam em microestruturas estáveis
Diagramas TRC ou CCT
Formação de diferentes
microestruturas no aço
eutetóide em função da
velocidade de resfriamento
Aço SAE 1080
Diagramas TRC ou CCT Aço SAE 4340
Microestruturas - Resfriamentos rápidos
Diagrama TTT
completo do aço
eutetóide
Bainita
A bainita é um constituinte que pode ser obtido nos aços ao carbono
mediante um tratamento isotérmico abaixo do joelho (ou nariz) da
curva TTT e acima da temperatura Mi
Cm ou Carbonetos
Ferrita
Bainita Inferior
Forma-se na parte inferior do intervalo bainítico. A diferença mais
acentuada para a bainita superior é que os carbonetos formados entre as
agulhas de ferrita são mais finos e ocorre a precipitação dentro das
próprias agulhas
Variação de Mi e
Mf com o %C
dissolvido na
austenita
Martensita
Características Durante a Transformação
•A transformação não progride em uma temperatura fixa
•Ocorre uma expansão de 2 a 3% em volume durante a transformação
•Geralmente, o processo é atérmico (não necessita de ativação térmica)
•Não há tempo de incubação, a transformação ocorre instantâneamente
•Sempre fica uma pequena percentagem de austenita retida ou residual.
A quantidade de austenita residual aumenta com a %C em solução sólida
c/a = 1 + 0,046.(%C)
Propriedades Mecânicas da Martensita
A principal característica de um aço temperado com estrutura martensítica
é a sua elevada resistência mecânica, devido aos seguintes fatores:
Nos aços temperados com mais baixo carbono (até 0,5-0,6%) e baixa liga,
sendo a temperatura Mi elevada (aprox. 300oC), há a possibilidade de
precipitação de partículas finas de carbonetos nos primeiros cristais de
martensita que se formam, acrescentando mais um fator de endurecimento
Propriedades Mecânicas da Martensita
Comparação dos valores de
dureza obtidos por têmpera
(martensita) e por
normalização (perlita fina +
fase pró-eutetóide), em
função do teor de carbono
A dureza no material
temperado apresentaria uma
pequena queda para teores
maiores que 1,2%C, devido ao
aumento da quantidade de
austenita residual
Propriedades Mecânicas da Martensita
Aços ao carbono com %C< 0,20% não costumam ser temperados
porque têm baixa temperabilidade e também porque o efeito
endurecedor causado pela têmpera é pequeno
A velocidade de resfriamento ao
longo da barra é quase idêntica para
aços carbono e aços baixa liga, pois
a condutividade térmica não muda
substancialmente, nestes casos
Temperabilidade
O Ensaio Jominy
Tamanho de Grão
Os contornos de grão são locais preferenciais para nucleação da ferrita, da
perlita e da bainita. Logo, Quando se aumenta o tamanho de grão a área total
de contornos diminui, ou seja, o número de sítios para nucleação é reduzido e,
com isso, as reações difusionais são retardadas . Por fim, quanto maior o
tamanho de grão da austenita maior a temperabilidade do aço
Temperabilidade
Fatores Metalúrgicos que Influenciam na Temperabilidade dos Aços
Composição Química
Austenita Prévia
Martensita
Temperabilidade
Outras Limitações na Temperatura de Tratamento
AISI 4340
Temperatura de encharque
para normalização
Normalização e recozimento de um
aço eutetóide
T, t
Tratamentos Térmicos dos Aços
Recozimento para Esferoidização
Microestrutura – “Esferoidita”
SAE 1095
A severidade do resfriamento na
têmpera faz surgir gradientes
térmicos bastante acentuados entre o
centro e a superfície da peça, uma
vez que a superfície resfria-se mais
rapidamente que o centro originando
assim tensões na têmpera
Têmpera
Esses gradientes de temperatura entre o centro e a
superfície fazem surgir tensões internas associadas a dois
fenômenos
Para um diâmetro,
severidade de têmpera (H) e
razão r/R obtêm-se a
distância da ponta
temperada, cujo valor é
levado ao gráfico de faixa de
temperabilidade Jominy do
aço considerado lendo-se a
faixa de dureza
correspondente
Distribuição da Dureza em Peças Temperadas
Gráficos de Lamont
A faixa de dureza
obtida é aquela
correspondente ao ponto
do interior da barra ou
peça de seção redonda
em questão
Tratamentos Térmicos dos Aços
Martêmpera
Neste tratamento o aço é austenitizado e resfriado rapidamente até
uma temperatura um pouco superior a Mi. Após alguns instantes de
permanência nesta temperatura o aço é resfriado até a temperatura
ambiente. Com esse procedimento há uma redução significativa das
tensões residuais de têmpera e dos problemas por elas causados
(trincas e empenos), pois as temperaturas do centro e da superfície
são equalizadas momentos antes da transformação. No resfriamento
posterior até a temperatura ambiente o centro e a superfície
transformam-se praticamente ao mesmo tempo em martensita
Tratamentos Térmicos dos Aços
Martêmpera
Também na martêmpera
devem ser empregados
dois fornos: a
austenitização pode ser
feita em um forno a
resistência e o
resfriamento e
manutenção na
temperatura logo acima
de Mi é feito em um
forno de banho de sais
ou de óleo
Tratamentos Térmicos dos Aços
Martêmpera
AUSTÊMPERA Tratamento isotérmico para Produzir aços bainíticos Bainita superior ou inferior Ver figura 3.
produção de bainita (ver (conforme a temperatura
figura 2) escolhida)
AÇO C Si Mn Cr Ni Mo Temperabilidade
SAE 9315 0,13-0,18 0,20 -0,35 0,45 -0,65 1,00 -1,40 3,00 -3,50 0,08 -0,15 Alta
SAE 4320 0,17 -0,22 0,20 -0,35 0,45 -0,65 0,40 -0,60 1,65 -2,00 0,20 -0,30 Alta
SAE 8620 0,18 -0,23 0,20 -0,35 0,70 -0,90 0,40 -0,60 0,40 -0,70 0,15 -0,25 Meia
SAE 5115 0,13 -0,18 0,20 -0,35 0,70 -0,90 0,70 -0,90 - - Baixa
Ciclos de Cementação
Ciclo 1–Têmpera direta
Vantagens: Simplicidade. Não requer aquecimentos subsequentes nem
proteção contra descarbonetação
Desvantagens e limitações: Tendência a apresentar austenita retida no caso
dos aços ligados. O núcleo fica totalmente endurecido
Ciclos de Cementação
Ciclo 2-Têmpera simples da camada cementada com resfriamento lento
após a cementação
Vantagens: Além de conferir a camada cementada a dureza desejada, permite a
obtenção de núcleos com diferentes teores de resistência e tenacidade, segundo a
temperatura de têmpera adotada. Temperaturas de têmpera mais elevadas
produzirão núcleos mais resistentes e menos tenazes
Desvantagens e Limitações: Requer um aquecimento adicional até a temperatura de
têmpera em meio que proteja a peça contra descarbonetação. Favorece a
ocorrência de deformações, acentuando-se essa tendência para temperaturas mais
elevadas
Ciclos de Cementação
Ciclo 3-Têmpera dupla, com resfriamento lento após a cementação
Vantagens: Reduz a ocorrência de austenita retida. É o ciclo que possibilita o
maior refino de grãos do núcleo da camada cementada
Desvantagens e limitações: Requer dois aquecimentos adicionais até as
temperaturas de têmpera em meio que proteja a peça contra descarbonetação.
Favorece a ocorrência de deformações pelas sucessivas sequências de aquecimento
e resfriamento
Tratamentos Termoquímicos
Nitretação
Gasosa (gás rico em amônia)
Líquida (banho de cianetos e outros sais)
Nitretação a plasma
Temperaturas de nitretação: 500–550ºC
Uma peça de aço baixa liga, médio carbono, deve ser fabricado por forjamento e
usinagem. O material deve ser temperado e revenido para uma dureza de 54 HRC.
A peça deve ser possuir excelente acabamento superficial e precisão dimensional.
Indique a sequência de operações a ser realizada na fabricação da peça.
Exercicios
CESGRANRIO / Sistema PETROBRAS 2005
10 -
Tratamentos Termomecânicos
Os aços ARBL microligados ao Ti, Nb V e/ou Al são usualmente produzidos
por laminação controlada, um processo de laminação a quente onde os
parâmetros como temperatura e redução dos passes são controlados
Os aços ARBL (alta resistência baixa liga) são uma família de aços
que possuem como principais características:
Tamanho de grão extremamente fino (ASTM 10-12)
Baixo carbono (geralmente inferior a 0,20%)
Alta resistência mecânica, pelo refino de grão (sLE 400-600MPa sLR: 500-700MPa)
Boa tenacidade devido ao baixo teor de carbono e refino de grãos
Boa soldabilidade, devido ao baixo teor de carbono e demais elementos
10 -
Tratamentos Termomecânicos
Característica Principal
Microadição de elementos de liga tais como Nb, V ou Ti. Esses elementos
são forte formadores de carbonetos, nitretos e carbonitretos. Os aços
ARBL podem conter um ou mais desses elementos, mas o teor total fica
em torno de 0,05 e 0,1%. O alumínio também é adicionado como formador
de nitreto (AlN)
Tratamentos Termomecânicos
Processamento
A placa de aço é aquecida a cerca de 1200oC. Os primeiros passes de laminação
são realizados e os nitretos, carbonetos e carbonitretos finos (TiN, TiC, AlN,
NbC, VC, Ti(C,N), ...) se precipitam na austenita
Tratamentos Termomecânicos
Processamento
A nucleação de ferrita e perlita na austenita fortemente encruada é muito
mais intensa do que na austenita recristalizada, onde, neste caso, se
concentraria apenas nos contornos de grão. Dessa forma, com uma
nucleação mais intensa, obtém-se o refino do grão ferrítico
Tratamentos Termomecânicos
Processamento
Geralmente, os passes de laminação dos aços ARBL são realizados acima
da temperatura A3. Alguns fabricantes, entretanto, podem realizar
laminação no campo intercrítico (entre as temperaturas A3 e A1) de modo
a conferir maior resistência mecânica ao aço. A microestrutura resultante
é uma mistura de grãos ferríticos encruados e alongados e grãos ferríticos
não deformados e equiaxiais
10 -
Exercicios
CESGRANRIO / Sistema PETROBRAS 2005
Classificação dos Aços
YY XX
YY – Família
XX – Teor de carbono em centésimos de percentagem (0,01%)
Exemplos: SAE 1010, SAE 4340, SAE 8620,...
Família Elementos de liga
Aços ao carbono 10XX -
Aços carbono com 11XX -
S (corte fácil)
Aços carbono com 12XX -
S e P (corte fácil)
13XX Mn – 1,75%
Aços baixa liga 23XX Ni – 3,5%
para construção 25XX Ni – 5,0%
mecânica 31XX Ni – 1,25%, Cr - 0,65%
33XX Ni – 3,50%, Cr – 1,55%
Família Elementos de liga
40XX Mo – 0,25%
41XX Cr – 0,55% ou 0,95%, Mo – 0,12% ou 0,20%
43XX Ni – 1,80%, Cr – 0,50% ou 0,80%, Mo – 0,25%
46XX Ni – 1,55% ou 1,80%, Mo – 0,20% ou 0,25%
47XX Ni – 1,05%, Cr – 0,45%, Mo – 0,20%
48XX Ni – 0,35%, Mo – 0,25%
Aços baixa liga para 50XX Cr – 0,28% ou 0,40%
51XX Cr – 0,80% a 1,05%
construção mecânica 5XXXX Cr – 0,50% ou 1,00% ou 1,45%, C – 1,00%
61XX Cr – 0,80% ou 0,95%, V – 0,10% ou 0,15% min.
86XX Ni – 0,55%, Cr – 0,50% ou 0,65%, Mo – 0,20%
87XX Ni – 0,65%, Cr – 0,50%, Mo – 0,25%
92XX Mn – 0,85%, Si – 2,00%
93XX Ni – 3,25%, Cr – 1,20%, Mo – 0,12%
98XX Ni – 1,00%, Cr – 0,80%, Mo – 0,25%
10 -
O aço 8620H tem resposta ao tratamento térmico mais consistente que o 8620
e e suas propriedades situam-se na parte superior da faixa de dureza do 8620
Especificações da ASTM
Aços Carbono
10 -
Especificações da ASTM
Aços Liga
10 -
Especificações da ASTM
Aços Inoxidáveis
10 -
ASTM e ASME
10 -
2ºPrensa conformação em O
SAW int e Ext
Inspeção por US
Expansão a frio
Teste Hidrostático
Inspeção por US
Inspeção Radiográfica
10 -
Processo UOE
10 -
Processo ERW
10 -
Processo SAW
10 -
4. Depois das duas passagens pelos laminadores oblíquos o tubo está bastante
empenado. Passa então em uma ou duas máquinas desempenadoras de rolos
5. O tubo sofre, finalmente, uma série de operações de calibragem, dos
diâmetros externo e interno, o alisamento das superfícies externa e
interna
Propriedades API 5L – PSL2
[18]
Partindo-se de uma matéria prima em forma de tarugo onde foi previamente aberto um furo que será mantido
durante a extrusão através de um madril fixo no punção. O furo pode ser feito diretamente na fundição, efetuado
por usinagem ou perfuração a quente. Em todos os casos, o mandril deve ser suficientemente comprido para
atravessar a totalidade da zona de trabalho da matriz (figura 16). Quando aplicado a aços, o processo é realizado a
quente, partindo-se de uma temperatura da ordem de 1250oC. Após a extrusão, os tubos curtos e grossos são,
ainda quentes, levados a um laminador de rolos para redução do diâmetro. As operações posteriores envolvem
outros laminadores que desempenam e ajustam as medidas do diâmetro e da espessura das paredes.
Fundição centrifugada
Fonte: [19]
Exemplos de aplicação: tubos de ferro fundido nodular para saneamento, tubos radiantes de aço
inoxidável de alto cromo e alto níquel para altas temperaturas.
Os tubos centrifugados não se prestam para o uso em tubulações de transporte de gás e/ou óleo.
10 -
Ferros Fundidos
Os ferros fundidos são ligas Fe-C nas quais o conteúdo de carbono excede
o seu limite de solubilidade na austenita na temperatura do eutético. A
maioria dos ferros fundidos contém no mínimo 2% de carbono, além de
silício (entre 1 e 3%), podendo ou não haver outros elementos de liga
10 -
Com a diminuição de T, o
teor de carbono na
austenita também
decresce
(2,1%C0,77%C)
A austenita se
transformará em perlita
ao passar por A1
Ledeburita: Glóbulos
de perlita sobre uma
matriz de cementita
10 -
Ferros Fundidos
Ledeburita:
Glóbulos de
perlita sobre
uma matriz de
cementita
Eutético
10 -
Ferros Fundidos
Inicio da formação de
cristais de austenita
Toda a austenita,
inclusive a da ledeburita
se transformará em
perlita ao passar por A1
Cristais de Perlita
envolvidos em
Ledeburita
10 -
Ferros Fundidos
Cristais de
Perlita
envolvidos em
Ledeburita
Hipoeutético
10 -
Ferros Fundidos
Longos cristais
de Cementita
sobre um
fundo de
Ledeburita
Hipereutético
10 -
Ferros Fundidos
Ferro Fundido Branco
Apresentam todo ou praticamente todo o carbono não dissolvido na
ferrita ou austenita precipitado na forma de cementita (ou
carbonetos de outros elementos adicionados, como Cr e V)
Ferros Fundidos
Ferro Fundido Cinzento
Praticamente todo o carbono não dissolvido na austenita se precipita na
forma de grafita em veios ou lamelar. Isso só acontece se o ferro
fundido tiver adições de 1% a 3% Si e se for resfriado de forma
“lenta” no molde de fundição
Ferros Fundidos
Ferro Fundido Cinzento
Cementita Grafita
Grafita + Perlita
Grafita + Ferrita/Perlita
Grafita + Ferrita (Resfriamento muito lento - decomposição da Perlita)
Caracteristicas
L.R. baixo. Resistência à compressão 3X maior ao L.R.
Material “fácil de se fundir”
Boa capacidade de amortecimento
Boa usinabilidade
Baixa ductilidade e tenacidade, devido ao efeito de entalhe da grafita em veios
10 -
Ferros Fundidos
Ferro Fundido Mesclado
A sua fratura mostra uma coloração mista entre branca e cinzenta
(mistura), caracterizado para uma mescla de proporções variáveis de
ferro fundido branco e ferro fundido cinzento
Ferros Fundidos
Ferro fundido branco
perlítico
Ferro fundido cinzento
ferrítico
Ferros Fundidos
perlítico
Ferro fundido nodular
ferrítico
perlítico
Ferro fundido maleável
ferrítico
10 -
Sem ataque
metalográfico
Com ataque
metalográfico
10 -
Têmpera e Revenido:
10 -
Austêmpera
Propriedades de Alguns Ferros Fundidos Nodulares Austemperados
(a) testes de impacto na temperatura ambiente, de corpos de prova não entalhados; (b)
valores não especificados; (c) os valores de dureza são apenas informativos.
10 -
Austêmpera
Propriedades de Alguns Ferros Fundidos Nodulares Austemperados
10 -
Maleabilização
Maleabilização
Tratamento térmico
(Maleabilização) para
obtenção do ferro
fundido maleável
ferrítico, a partir de um
ferro fundido branco
O Ferro fundido maleável
é menos utilizado pelo
tempo de processamento
diante o nodular
10 -
Aços Inoxidáveis
Os aços inoxidáveis podem ser definidos como sendo ligas
ferrosas contendo %Cr 11%, e baixo teor de carbono. A
partir de 11% Cr, o aço adquire boa resistência à corrosão
atmosférica, conforme o gráfico a seguir. O cromo também
aumenta a resistência à oxidação em altas temperaturas
10 -
Aços Inoxidáveis
Aços Inoxidáveis
Propriedades Físicas dos Aços Inoxidáveis
Comparação com aço ao C
Propriedade Austeníticos Ferríticos Martensíticos Aço-C
Densidade (g/cm3) 7,8 - 8,0 7,8 7,8 7,8
Coef. expansão térmica (10-6m/m/oC) 17 - 19,2 11,2 – 12,1 11,6 – 12,1 11,7
Micropites Macropites
10 -
inoxidáveis martensíticos
CST
Meios agressivos: soluções
Meio Tensões
contendo cloretos, hidrogênio trativas
agressivo
(H2S, carregamento catódico)
10 -
CST
CST
10 -
Diagrama Ferro-Cromo
Detalhes Importantes
Lupa Austenítica
Fase Sigma
10 -
Aumenta a lupa
austenítica
Opções de revenido:
O revenido na faixa de 400 e 600oC não deve ser realizado por que
provoca perda acentuada de resistência à corrosão e queda da tenacidade
(fragilidade do revenido). A queda de resistência à corrosão é devida à
precipitação de carbonetos grosseiros de cromo. Estes carbonetos
também se formam na faixa superior de 600-700oC, porém nestas
temperaturas acredita-se que o cromo pode se difundir facilmente e
eliminar ou reduzir as regiões pobres em cromo “healing”
10 -
Principais composições:
10 -
Supermartensíticos
Duplex
Precipitação de fase s:
Faixa de precipitação nos AIF: 500ºC a 800ºC
Fragilização Perda de resistência à corrosão
Endurecimento
Quanto maiores os teores de Cr e Mo, mais susceptível o aço
fica à formação das fases s e '
10 -
Soluções
Lembrando que na soldagem forma-se austenita em altas
temperaturas e martensita intergranular no resfriamento
24.0 m 12.0 m
10 -
0,07
0,06
0,05
Corrente (A)
0,04
0,03
0,02
0,01
0,00
0,10
0,08
Corrente (A)
0,06
0,04
0,02
0,00
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4
Potencial (V)
0,04
corrente(A) 0,03
0,01
0,00
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4
potencial(V)
0,07
0,06
0,05
0,03
0,01
0,00
-0,01
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4
Potencial (V)
10 -
Healing
A utilização dos aços austeníticos convencionais na faixa de
sensitização se baseia no fato de que o material pode ser
recuperado (ou curado) com o tempo de envelhecimento, pela
difusão do cromo. Este fenômeno que pode demorar muito ou
pouco tempo, dependendo da temperatura de utilização e
composição química do aço
Na maioria dos casos, a CST nos aços inoxidáveis austeníticos é causada por
No setor nuclear, as juntas soldadas devem passar por tratamento térmico de
10 -
Material
suscetível
CST
Meio Tensões Alivio de Tensões
agressivo trativas
Tratamento Material
Recozer a 1090oC-1120oC e resfriar Aços extra baixo C ou estabilizados
lentamente
Recozer a 950oC e resfriar lentamente Aços estabilizados
Recozer a 1090oC-1120oC e resfriar Aços não estabilizados (pode introduzir
rapidamente tensões no resfriamento)
Obs.: Tempo de tratamento recomendado: 4 horas / 2,5 mm de espessura de seção.
10 -
Durante o trabalho
Martensitas a frio,
induzidas porumdeformação
aço inox austenítico pode sofrer
transformação martensita induzida por deformação. Esse fenômeno
acontece comumente nos aços AISI 301, 302, 304, 316 e suas
variantes. Na verdade, sabe-se que dois tipos de martensita podem
surgir nos inox austeníticos: (não magnética) e ’ (magnética). Essas
fases podem ser detectadas por difração de raios-X ou por medidas
magnéticas,Fase Estrutura’
no caso da martensita Parâmetros Cristalinos (Å)
Martensita ’
revelada com
Ferrofluid
10 -
4000
Intensity (a.u.)
3000
1,174 - '211
1,439 - '200
1,015 - '220
2,077 - 111
1,270 - 220
2000
1000
0
60 80 100 120
2
10 -
Ferritoscópio
10 -
UNS S23304 0,03 0,05 – 0,20 21,5 – 24,5 3,0 – 5,50 0,60 máx. -
Principais características:
Estrutura austeno-ferrítica de grãos finos
Excelente resistência à corrosão, devido aos altos teores de Cr, Mo e N
Não são endurecíveis por tratamento térmico
Têm excelente conformabilidade plástica
Melhor resistência mecânica dos que os ferríticos e austeníticos
Excelente tenacidade no estado solubilizado
Susceptibilidade a fenômenos de fragilização com a temperatura
Segmento 23%Cr, sem Mo 22%Cr + Mo 25%Cr 26 –27%Cr
PRE = 25 30 < PRE < 36 32 < PRE < 40 PRE > 40
Processamento tubulações bombas, tanques de extratores de uréia, evaporação salina,
Químico produtos químicos, reatores agitadores tubulações, bom-bas,
serpentinas para fusão e tro-cadores de sistemas de
de enxofre e calor refrigeração de água
centrifugadores do mar.
Petroquímico reatores tubulares com unidades de dessali- carvaças de bom- Tubulações para
revesitmento de nização e destilação bas de dessul- meios contendo Cl-
carbono furação ou HCl
Polpa e papel digestores, pré-aque- digestores contendo digestores e pré- equipamento de
cedores e evapora- sulfatos e sulfitos aquecedores branqueamento
dores contendo cloretos
Geração de reaquecedores, tubo de injeção de alta trocadores de calor e
Energia (fóssil e aquecedores de água velocidade em poços sistemas em con-
nuclear) de alimentação geométricos dições geotérmicas
ou salinas
Extração de refrigeradores, estruturas e revesti- transporte de gas Sistemas de refrige-
Petróleo e gás tubulações e linhas de mentos (H2S + CO2) sulfuroso, bombas ração, bombas, se-
(on e off-shore) distensão de injeção de água paradores, vasos de
salgada pressão e válvulas
10 -
Produção de tubos
10 -
Diagrama de Equilíbrio
10 -
Diagrama TTT
10 -
Diagrama TTT
10 -
Fenômenos de Fragilização
Tratamentos Térmicos
Transformações relacionadas à
ferrita ()
Na a taxa de difusão é 100 vezes maior do que na austenita ()
Entretanto, diversas temperaturas de solubilização são especificadas em
função dos elementos que constituem os AISD
Temperatura Mínima de Solubilização
Grau
ºC ºF
Lean Duplex (2304) 980 1800
SAF 2205 1040 1900
25Cr Duplex 1040 1900
Superduplex 1025 a 1100 1875 a 2010
10 -
Fase s
Fase s
Propriedades mecânicas
Fase s
Propriedades mecânicas
10 -
Fase s
Propriedades mecânicas
SAF 2507
10 -
Fase s
Geralmente, em juntas soldadas a CPT é menor, devido à formação de fases terciárias (s, ou Cr2N)
V.M. Linton, N. J., Laycock, S.J. Thomsen, A. Klumpers, Failure of superduplex stainless steel reaction vessel, Eng.
Failure Analysis 11 (2004) pp.243-256.
60oC
10 -
Fase s
Resistência à corrosão
Fase s
Resistência à
corrosão
10 -
Fase s
Resistência à
corrosão
(a)
Solubilizada
(b) Tratada a 675ºC/1000 s
(c) Tratada a 825ºC/300 s
(d) Tratada a 825ºC/1000 s
10 -
Fase s
Resistência à corrosão
- DRX
1200
Intensidade (contagem/segundo)
1000
800
600
400 s
s
200 s
s
s
0
30 40 50 60 70 80 90 100
2
10 -