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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

ANA PAULA MAXIMO SOARES


CLEIBER SILVA ALVES
KÁTIA SILENE PIRES DE OLIVEIRA
LUCINETE DA SILVA MARQUES
MÁRCIA DA MATA DOS SANTOS
MARLENE RODRIGUES MORAIS
ROSIANE RIOS REIS SALOMÉ

INTERNET, CELULARES E ESPAÇOS EDUCACIONAIS: OS


AVANÇOS DA EDUCAÇÃO NA ERA DA INFORMÁTICA

Cáceres/MT
2017
ANA PAULA MAXIMO SOARES
CLEIBER SILVA ALVES
KÁTIA SILENE PIRES DE OLIVEIRA
LUCINETE DA SILVA MARQUES
MÁRCIA DA MATA DOS SANTOS
MARLENE RODRIGUES MORAIS
ROSIANE RIOS REIS SALOMÉ

INTERNET, CELULARES E ESPAÇOS EDUCACIONAIS: OS


AVANÇOS DA EDUCAÇÃO NA ERA DA INFORMÁTICA

Trabalho Interdisciplinar apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para
a obtenção de média semestral nas disciplinas de
Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade Serviço
Social na Educação, Educação Inclusiva Trabalho de
Conclusão de Curso Seminários da Prática VIII: Tópicos
Especiais II

Orientador: Levy Henrique Bittencourt; Maria Angela


Santini; Mayra Campos Frâncica Dos Santos; Amanda
Boza; Stefany Feniman

Cáceres/MT
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................5
3 CONCLUSÃO....................................................................................................9
REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

A Era da Informática se estabelece num período que se inicia no final do


século XX e tem como referencia o grande fluxo e a facilidade do repasse e a
aquisição da informação no cenário mundial. Esse período também é conhecido
como “A Era Digital”, pois os avanços tecnológicos advindos da Terceira Revolução
Industrial e a criação do mundo virtual chamado ciberespaço, lançam a humanidade
a um novo patamar de interação e comunicação, onde a informática e a internet
passam a ser ferramentas indispensáveis para o convívio e avanço social. Esse
processo tecnológico que permite uma integração mundial se torna a marca deste
período e seu principal mecanismo é a internet, mecanismo este que permite e
coloca pessoas do mundo inteiro conectados, interligados num processo continuo de
compartilhamento de dados, onde o volume de informações, opiniões e saberes
divulgados e expostos mundialmente alteram as expressões sócio culturais da
atualidade. A velocidade dos fluxos de informações e os efeitos do impacto
cibernético nos setores econômicos, sociais, culturais, linguísticos e familiares,
dentre outros, colocam a sociedade mundial numa constante necessidade de se
manter conectada, atualizando-se num ritmo frenético, evoluindo e se modificando a
cada instante.

Não obstante, este novo universo adentra os espaços educacionais


influenciando e alterando o mundo educacional e acadêmico, onde alunos e
professores passam a se utilizar da informatização em computadores e celulares
como ferramenta para o repasse e aquisição do conhecimento sistematizado e
proposto nas grades curriculares de ensino. Vale ressaltar que a maioria das
instituições de ensino fundamental, médio ou superior possuem salas de informática
com livre acesso aos alunos e, também, aos professores e demais colaboradores do
quadro de funcionários e que ainda 80% deste mesmo grupo escolar possuem
celulares com acesso a internet ou notebook/computadores de mesa ou tablets,
também conectados à internet, em suas residências. Deste modo se torna normal,
num raciocínio evolutivo, que atividades que outrora eram executadas morosamente
a mão com caderno e caneta, hoje se realizam velozmente em pesquisas no Google
e sites educacionais abertos a consulta e disponível a sociedade.

É com o olhar nestas transformações e visando os benefícios que esta nova


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Era trouxe aos espaços educacionais e na sociedade que nele se insere que este
estudo se propõe a dialogar, buscando a luz da atualidade validar esta ferramenta e
institucionalizar seu uso na educação, defini-la como instrumento positivo para o
repasse e aquisição do conhecimento dentro do preconizado pelas grades de ensino
de forma inovadora, construtiva e acessível.
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2 DESENVOLVIMENTO

“A educação não pode mais ser baseada em um fazer descompromissado,


terá que ser baseada no fazer que leva ao compreender” (Valente, 1999,
p.31).

Pensando no papel da educação e sabendo que seu principio é o de


transmitir o conhecimento, de propor aos sujeitos uma bagagem cultural para a e na
sociedade, permitindo a vida em comunidade e garantido a sobrevivência de seu
espaço cultural. Saber o que é educar e do leque de possibilidades que há no
repassar do conhecimento se torna um objeto ampliador dos saberes que abrange
seu publico alvo dentro e fora dos espaços escolares, influenciando a visão de
mundo dos sujeitos sociais e suas culturas. Para tanto é necessário que
pedagogicamente as instituições de ensino e seu quadro de docentes se apropriem
dos novos conhecimentos no intuito de garantir não só o acesso, mas também o uso
sistematizado e democrático dessa cultura que se desponta na atualidade, tornando-
a benéfica ao ensino/aprendizagem e numa ferramenta coletiva geradora de novos
paradigmas sociais.

As Tecnologias da Informação e comunicação (TIC) e as diferentes


ferramentas de comunicação e interação contribuem para a formação de
comunidades de aprendizagem que privilegiam a construção do
conhecimento, a comunicação, a formação continuada, a gestão
administrativa, pedagógica e de informações. (ALMEIDA, 2001, p. 42).

Os espaços educacionais e o grupo social que neles se inserem vêm


sofrendo uma transformação pedagógica ocasionada pelo despertar do universo da
informática nestes ambientes. O processo de ensino e aprendizagem se torna
informatizado com a inserção da Era da Informática ou Digital e essa inserção deve
acontecer de maneira integrada com todos os envolvidos, gestores, docente,
discentes, funcionário e comunidade. Mobilizando através de projetos todas as
ferramentas e mídias disponíveis como internet, celulares, computadores,
notebooks, tablets entre outros, incorporando de fato, tais ferramentas no fazer
pedagógico da escola, pois somente desta forma se poderá aproveitar e dar bom
uso às ferramentas que a informática nos proporciona. CAPURRO afirma que:
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Para um adolescente, o computador ou o smartphone é algo que não se


pode quase diferenciar de sua existência e de sua liberdade porque vê sua
liberdade como a liberdade de usar ou não usar esse smartphone. A
ausência do smartphone, quando este se quebra ou sua bateria acaba, ou
seus pais o tiram para castigá-lo, significa uma perda imediata de liberdade.
Nesse caso, a perda de liberdade a nível digital pode ter como
consequência quase necessária o desejo de eliminar sua existência física.
(CAPURRO, 2013, p.13).

Literaturas apontam a dualidade da informática, como internet e


celular, no universo escolar, onde os benefícios desta ferramenta se resvalam na
nocividade de seu uso desregrado. Porem torná-la uma ferramenta pedagógica e
propor práticas cotidianas a atuação do docente é tornar este mesmo docente um
sujeito capaz de se utilizar destes instrumentos a favor da educação e,
consequentemente, sujeito detentor do conhecimento tecnicista. Claro que deve
restringir e adequar o uso de aparelhos tecnológicos como celulares e da internet
em sala de aula, mas não se deve descartar seu uso dentro dos moldes da
educação escolar, apropriando-se do novo conhecimento e elaborando ações
pedagógicas que fornecerão mecanismos e saberes aos alunos, que, deste modo,
poderão fazer uso das tecnologias de maneira consciente e responsável. Usando
desta linha de pensamento o celular e a internet podem e devem ser uma
ferramenta útil em sala de aula, pois os inúmeros recursos que possuem, se bem
instruído, irão ser aproveitados para enriquecer a aula.

O professor pode utilizar o celular em sala de aula para realizar pesquisas


por sua facilidade, pois muitos alunos não dispõem de notebook e por se
tornar uma aula mais prazerosa para o aluno, despertando sua atenção.
Ainda não utilizei essa metodologia por está fora da sala de aula, mas, já
observei na escola que coordeno alguns professores utilizarem o celular em
suas aulas, na qual percebi os alunos muito entusiasmados. Porém é
necessário que o professor tenha o controle da turma para não desviar o
acesso, atrapalhando a aula. (PROFESSOR6).

O docente enquanto sujeito, munido do conhecimento necessário à


aprendizagem de seus alunos, deve criar situações de ensino e atividades que
viabilizam a aquisição dos novos saberes e que permita a realização do uso de, por
exemplo, celulares em sala de aula, onde cada indivíduo seja o sujeito de sua
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aprendizagem e protagonista na construção do seu próprio conhecimento. Assim, a


criação de conteúdos que promovam o uso seguro e saudável das tecnologias em
sala de aula é uma tarefa que deve ser feita com olhares inovadores, futuristas,
capazes de construir mecanismos que promovam e viabilize meios educacionais
para usufruir dos benefícios do aprendizado móvel, dentre eles ampliar o alcance e a
equidade da educação e facilitar o aprendizado personalizado.
Em 2013 a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura - UNESCO publicou um guia com dez recomendações para
incentivar os governantes para implantar políticas públicas voltadas para a educação
que incentivem a utilização dos celulares em sala de aula para fins educativos como
forma de trabalhar uma metodologia atualizada para com os alunos:

10 recomendações:
- Criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel
- Conscientizar sobre sua importância
- Expandir e melhorar opções de conexão
- Ter acesso igualitário
- Garantir equidade de gênero
- Criar e otimizar conteúdo educacional
- Treinar professores
- Capacitar educadores usando tecnologias móveis
- Promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologias móveis
- Usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional

13 motivos para tornar o celular ferramenta pedagógica:


- Amplia o alcance e a equidade em educação
- Melhora a educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais
- Assiste alunos com deficiência
- Otimiza o tempo na sala de aula
- Permite que se aprenda em qualquer hora e lugar
- Constrói novas comunidades de aprendizado
- Dá suporte a aprendizagem in loco
- Aproxima o aprendizado formal do informal
- Provê avaliação e feedback imediatos
- Facilita o aprendizado personalizado
- Melhora a aprendizagem contínua
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- Melhora a comunicação
- Maximiza a relação custo-benefício da educação

Compreendendo o proposto pela UNESCO e preparando


pedagogicamente o uso do celular e da internet em sala de aula, se tornara possível
que docente e seus alunos se utilizem destes instrumentais de forma didática e
educativa, podendo ainda transformar o ensino aprendizagem num momento
prazeroso. Os benefícios se estende no enviar por e-mail apostilas virtuais e reforço
sobre determinada aula ou disciplina, no repasse de vídeos relacionados aos tema
abordados e como informativo de datas das provas ou de apresentação de trabalhos
entre outros.
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3 CONCLUSÃO

O ensino/aprendizagem e seus objetivos se constituem e se


configuram no espaço educacional buscando ferramentas que facilitem o repasse e
aquisição do conhecimento sistematizado e empírico, propiciando ao aluno
capacidades cognitivas individuais ou na coletividade e, para tanto, instrumentalizar
os mecanismos para o repasse do conhecimento dos ambientes virtuais ou não, se
faz necessário, sendo assim o uso de equipamentos e aparelhos eletrônicos, como
celular, e da internet se tornam indispensável em sala de aula. O modelo arcaico e
endurecido das salas de aula que se estabeleceu durante décadas consistia em
cadeiras alinhadas frente ao quadro negro e um profissional ministrando um
conteúdo rígido e incapaz de preparar o aluno para a modernidade que se
estabelece frente a nossa realidade, contudo este modelo de ensino esta sendo
banalizado, superado e substituído por um modelo que primazia a interatividade
entre alunos e professores, numa linguagem atual, se utilizando de estratégias e
instrumentais inovadores e instigadores a aquisição do saber tornando o aluno
sujeito e responsável por sua aprendizagem. Quando se reproduz em sala de aula
as mudanças que ocorrem no mundo, se prepara sujeitos capazes de se posicionar
e acompanhar as grandes transformações com uma postura critica e embasada em
conceitos futuristas, livre de paradigmas e “pré” acepções de mundo, portanto cabe
aos profissionais de educação ser os precursores desses novos conceitos na
construção de uma sociedade melhor.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.E.B. Formando Professores para atuar em ambientes virtuais de


aprendizagem. In: Almeida, Fernando (organizador). Educação à distância: formação
de professores em ambientes virtuais de aprendizagem. São Paulo: MCT/PUC
SP,2001.

ALMEIDA, Fernando José de. De como se deve buscar ir adiante do senso comum
quando se fala de escola, de educação à distância e das tecnologias da informação
e da comunicação (TIC) aplicadas à educação escolar. PUCSP, São Paulo, 2005.

ANAIS DO II COLÓQUIO DE LETRAS DA FALE/CUMB - FORMAÇÃO DE


PROFESSORES: ENSINO, PESQUISA, TEORIA. Breves-PA, 4, 5 e 6 de fevereiro
de 2015. ISSN 2358-1131

CAVELLUCCI, Lia Cristina Barata. VALENTE, José Armando. Preferências de


aprendizagem: enriquecendo o aprender na escola. PUCSP, São Paulo, 2005.

FONTE, Maria Beatriz Galvão da.Tecnologia na escola e formação de gestores.


PUCSP, São Paulo, 2005.

UNESCO RECOMENDA O USO DE CELULARES COMO FERRAMENTA DE


APRENDIZADO. Disponível em <http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-03-
03/unesco-recomenda-o-uso-de-celulares-como-ferramenta-de-aprendizado.html>
Acessado em 02/10/2017.

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