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REVISTA TAE - Inspeções e ensaios não destrutivos em vasos de pressão – NR13 17/12/18 08:11
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A NR 13 estabeleceu ainda uma tabela de paradas obrigatórias para inspeção, mesmo que aparentemente o vaso esteja operando
normalmente, vide tabela abaixo que demonstra as inspeções/verificações que devem ser feitas de acordo com a categoria do
vaso.
As inspeções internas e externas impostas pela NR 13 necessitam, em alguns casos, de ensaios não destrutivos como auxiliar
para detecção de possíveis falhas que a olho nú seriam impossíveis de serem detectadas, aumentando assim a confiabilidade e link=ultima&tipo=A&edi
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segurança dos vasos de pressão.
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Ensaio visual
O ensaio visual é o mais simples de todos os ends e consiste em utilizar a visão de forma direta ou com auxílio de lentes ou lupas
de aumento ou mesmo de forma remota com auxílio de videoscópios ou boroscópios, para fazer uma avaliação preliminar das
condições superficiais de um elemento ou equipamento.
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Líquido penetrante
O líquido penetrante ou lp é um ensaio que utiliza como fundamento a propriedade de capilaridade dos líquidos, que é a
capacidade destes penetrarem em pequenos oríficios ou fendas até mesmo na posição sobre-cabeça. O ensaio de lp detecta com
facilidade descontinuidades como pequenas trincas e porosidades ou qualquer outro tipo de descontinuidade superficial desde
que esta esteja aberta à superfície promovendo a entrada do penetrante na descontinuidade e ápos outras etapas seja revelada
com uma emulsão apropriada designada de revelador.
Partículas magnéticas
Os ensaios por partículas magnéticas são muito utilizados para detecção de descontinuidades superficiais e sub-superficiais (logo
abaixo à superfície), este end baseia-se na propagação de um campo magnético em materiais ferromagnéticos, se existirem
descontinuidades nestes materias será criado um campo de fuga na descontinuidade gerando assim um pequeno campo
magnético “imã” na região da descontinuidade onde é aplicada as partículas magnéticas “pó metálico ferroso” que pode ser de
várias cores para contrastar com a superfície, esta partícula ferrosa se acumula nas regiões onde são formados os campos de fuga
evidenciando uma descontinuidade.
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Radiografia e gamagrafia
As descontinuidades internas são checadas com os ensaios radiográfico e gamagrafia, que consiste na absorção diferenciada das
radiações ionizantes que podem ser os raios x e os raios y, que são os tipos de radiações comumente utilizados nestes ensaios,
tanto os raios x como os raios y são ondas eletromagnéticas de altíssimo poder de penetração e comprimentos de onda muito
pequenos de aproximadamente 1/10000 o comprimento de onda da luz visível.
A diferença entre os raios x e os raios y é que os raios x são produzidos artificialmente pela aceleração de elétrons em um tubo de
alto vácuo, onde um filamento de tungstênio é excitado com uma voltagem alta produzindo os raios x, por sua vez os raios y são
produzidos por isótopos naturais encontrados na natureza, os mais utilizados são o irídio, o cobalto e o selênio, essa radiações
conseguem atravessar os materiais que podem ser metálicos ou não metálicos e “imprimir” um filme radiográfico que irá registrar
variações de “densidade radiográfica” diferenciadas, ou seja, regiões no material analisado onde a absorção dessa energia é
menor, o filme apresentará uma área mais escurecida, regiões com maior absorção dessa energia, o filme ficará mais claro.
Geralmente ao se analisar uma determinada região mais escurecida no filme radiográfico, apura-se evidências de descontinuidades
internas, que podem ser vazios internos ou inclusões não metálicas.
Ultrassom
Os ensaios de ultrasom são amplamente utilizados para verificação de descontinuidades internas e superficiais. Estes ensaios
baseiam-se na introdução de ondas mecânicas de alta frequência no interior de materias metálicos, não metálicos, ferrosos e não
ferrosos. As ondas mecânicas podem ser geradas e introduzidas de várias formas dentro do material em análise, o método mais
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comum de geração é por efeito piezoelétrico, que é a capacidade de certos materiais de converterem energia mecânica em energia
elétrica e vice-versa, estes materiais são chamados de cristais piezoelétricos ou popularmente chamados de cabeçotes, estes
cristais podem ser de quartzo, titanato de bário, sulfato de lítio, etc.
O equipamento de ultrasom funciona como um “sonar”, emitindo um pulso elétrico para o cabeçote (transdutor) que vibra o cristal
com uma determinada frequência, introduzindo no interior do material vibrações mecânicas “ultrassons”, que se propaga com uma
determinada velocidade e frequencia, existindo alguma descontinuidade no material analisado, essa vibração vai se chocar com
essa descontinuidade ou interface e parte dessa energia mecânica vai retornar para o transdutor como uma reflexão com as
mesmas características de propagação (velocidade e frequencia), neste caso o efeito é o inverso e a vibração mecânica de retorno
faz vibrar o transdutor que gera um pulso elétrico de intensidade proporcional a enegia de retorno, mostrando na tela do aparelho
duas imformações importantes para interpretação deste sinal, a distância percorrida pelo som neste trajeto até a descontinuidade,
e a intensidade deste sinal ou amplitude que está diretamente ligada com o tamanho da descontinuidade ou da energia refletida
por esta descontinuidade, com estas informações conseguimos estimar o tamanho das descontinuidades e posicionamento da
mesma, no ensaio de ultrassom existem ainda basicamente 3 tipos de ondas que podem ser introduzidas, ondas longitudinais,
transversais e superficiais cada uma tem suas próprias característica e a escolha de cada tipo de onda vai depender do tipo de
descontinuidade que se deseja detectar.
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A tabela acima demonstra os ends e suas respectivas normas aplicáveis à matéria-prima de fabricação.
Cada processo descrito na tabela pode possuir descontinuidades decorrentes do processo de fabricação, por exemplo as chapas
quando laminadas podem apresentar segregações ou dupla-laminação, chapas cladeadas: descolamentos, peças forjadas podem
apresentar trincas e dobras, entre outros problemas decorrentes do processo de fabricação/transformação do material, os ends
nestes casos são aplicados para verificar a integridade destes materiais, comparando-os com critérios de aceitação estabelecidos
nas normas aplicáveis, aumentando assim o grau de confiabilidade destes elementos.
De uma forma geral os vasos de pressão são construídos de chapas das mais diversas ligas e matérias primas, essas chapas são
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conformadas (calandradas) formando virolas que são unidas pelo processo de soldagem, assim como diversos outros elementos
que compõem os vasos de pressão como: pecoços de conexões, flanges, tampos, tubulações, escadas, plataformas, etc. Este
processo de soldagem pode ser de forma manual ou automatizado, e devido a isto podem ocasionar descontinuidades
decorrentes deste processo como: faltas de fusão, faltas de penetração, porosidades, inclusões metálicas (tungstênio), inclusões
não metálicas (escória), trincas, mordeduras, entre outras. As descontinuidades presentes na solda de forma descontrolada
diminuem a resistência mecânica da mesma e podem gerar pontos de tensão e enfraquecimento da solda, por este motivo os end
são vastamente aplicados neste processo da fabricação, sendo executados para a detecção das descontinuidades que são
eventualmente eliminadas ou reparadas, os ends normalmente aplicados em juntas soldadas de vasos de pressão são: juntas de
topo (emendas longitudinais de virolas e juntas circunferências virolas com virolas e virolas com tampos) - primeiramente é
realizado um ensaio visual e dimensional nos chanfros e soldas acabadas, detectando assim descontinuidades visuais, é comum
realizar juntamente com o ensaio visual o ensaio de lp (liquido penetrante) nos chanfros e passes de solda de raiz, nas soldas
acabadas de topo é realizado radiografia e/ou ultrassom para a detecção de descontinuidades internas, costuma-se utilizar
também o ensaio de partículas magnéticas para a detecção de descontinuidades superficiais não visiveis a olho nú e dificilmente
detectadas pelo ensaio de radiografia e ultrassom (microtrincas superficiais). Normalmente estes ensaios de acordo com a
criticidade do vaso de pressão são realizados em 100% das juntas de topo soldadas com penetração total.
Para as demais juntas existentes que estão interligados diretamente com o vaso de pressão, a tabela seguinte mostra os ensaios
mais utilizados.
Desta forma concluímos que não existe um end melhor do que outro, a correta aplicação e análise dos materiais e das aplicações
submetidas é que determina o ensaio ou ensaios mais adequados a serem utilizados, assim como podemos observar que os vasos
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de pressão estão intrissicamente ligados com os ends tanto na fase de fabricação como na inspeção em serviço, aumentando a
confiabilidade dos processos e materiais e contribuindo de forma fundamental para a continuidade de processos que envolvam os
vasos de pressão atuando de forma direta e indireta na preservação da integridade de pessoas e do meio ambiente.
+ Saiba Mais
(http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=766&revista=n55)
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