APRESENTAÇÃO
O Departamento Estadual da Infraestrutura - DEINFRA/SC apresenta a
revisão do Manual de Procedimentos Ambientais, em atendimento aos
compromissos assumidos no Contrato de Empréstimo N0 1390/OC-BR,
firmado entre o Estado de Santa Catarina e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID, para o Programa Rodoviário do Estado – BID IV.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO............................................................................................1-1
2. QUADRO INSTITUCIONAL ......................................................................2-1
2.1. O Setor Rodoviário em Santa Catarina ...................................................2-1
2.2. Departamento de Infra-Estrutura ............................................................2-2
2.2.1. Estrutura Organizacional do DEINFRA...........................................2-5
2.3. Fundação do Meio Ambiente..................................................................2-9
3. QUADRO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL..............................................3-1
3.1. Introdução..............................................................................................3-1
3.2. Licenciamento Ambiental.......................................................................3-5
3.3. Estudos de Impacto Ambiental ...............................................................3-8
3.4. Responsabilidade Ambiental ................................................................3-11
3.5. Questões Jurídicas Ambientais Relacionadas aos Empreendimentos
Rodoviários.................................................................................................3-13
3.5.1. Mata Atlântica e Recursos Florestais .............................................3-14
3.5.2. Áreas de Preservação Permanente..................................................3-16
3.5.3. Compensação do Dano Ambiental .................................................3-19
3.5.4. Uso do Solo, Gerenciamento Costeiro e Planos de Desenvolvimento
Regional..................................................................................................3-21
3.5.5. Desapropriações ............................................................................3-24
3.5.6. Proteção das Águas........................................................................3-27
3.5.7. Extração Mineral e Movimentação de solos...................................3-29
3.5.8. Transporte de Cargas Perigosas e Zonas de Perigo Ambiental. ......3-32
3.5.9. Proteção da Qualidade do Ar .........................................................3-34
3.5.10. Manejo de Produtos Perigosos e de Resíduos Sólidos ..................3-35
3.5.11. Controle da Poluição Sonora........................................................3-44
3.5.12. Patrimônio Cultural .....................................................................3-46
3.6. Conformidade Legal.............................................................................3-47
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4. PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS NOS TIPOS E ETAPAS DE
EMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS ........................................................4-1
4.1. Tipos de Projetos Rodoviários. ...............................................................4-1
4.1.1. Projeto de Implantação ....................................................................4-1
4.1.2. Projeto de Melhoramento.................................................................4-2
4.1.3. Projeto de Restauração ....................................................................4-5
4.2. Etapas de Implementação de Empreendimentos Rodoviários..................4-6
4.2.1. Etapa de Projeto de Engenharia .......................................................4-6
4.2.2. Etapa de Execução das Obras ........................................................4-12
4.2.3. Etapa de Operação.........................................................................4-14
5. PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS NA ETAPA DE PLANEJAMENTO E
PROJETO DE ENGENHARIA ........................................................................5-1
5.1. Estudos Ambientais na fase de Planejamento (Pré-Análise)....................5-1
5.1.1. Definição dos Objetivos Ambientais do Projeto...............................5-2
5.1.2. Análise de Potenciais Conflitos Sócio-Políticos ...............................5-3
5.1.3. Escopo dos Estudos Ambientais no Planejamento (Pré-Análise) ......5-4
5.1.4. Elaboração do Relatório de Planejamento (Pré-Análise) ................5-17
5.2. Requerimento da Licença Ambiental Prévia - L.A.P.............................5-17
5.3. Estudos Ambientais na Fase de Ante-Projeto........................................5-18
5.3.1. Elaboração do Relatório de Impacto Ambiental – EIA...................5-20
5.3.2. Roteiro Orientativo para o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.5-
27
5.3.3. Escopo dos Estudos Ambientais no Anteprojeto ............................5-28
5.3.4. Projeto Ambiental..........................................................................5-29
5.4. Requerimento da Licença Ambiental de Instalação - LAI. ....................5-34
5.5. Estudos e Projeto Ambientais no Projeto Executivo..............................5-35
5.5.1. Obrigações Contratuais com Reflexo Ambiental............................5-35
6. PROCEDIMENTOS DE CONTROLE AMBIENTAL EM OBRAS E
SERVIÇOS RODOVIÁRIOS ...........................................................................6-1
6.1. Introdução ..............................................................................................6-1
6.2. Procedimentos de Controle Ambiental....................................................6-1
6.2.1. Medidas de Controle Ambiental ......................................................6-2
6.2.2. Atribuições e responsabilidades .......................................................6-3
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6.3. Medidas de Segurança em Obras e Serviços Rodoviários .......................6-6
6.3.1. Implementação de Medidas de Segurança em Obras e Serviços
Rodoviários...............................................................................................6-6
6.3.2. Procedimentos de Segurança em Obras e Serviços Rodoviários .......6-8
6.3.3. Áreas de apoio...............................................................................6-10
6.3.4. Dispositivos de Sinalização ...........................................................6-10
6.3.5. Isolamento de Obra e Dispositivos de Proteção..............................6-12
6.3.6. Sinalização em Desvios .................................................................6-13
6.3.7. Manutenção de Tráfego .................................................................6-14
6.4. Medidas para o Manejo de Resíduos Inertes .........................................6-15
6.4.1. Manuseio e Disposição de Resíduos Inertes...................................6-16
6.5. Manejo de Efluentes e Resíduos Perigosos ...........................................6-19
6.5.1. Medidas preventivas de vazamentos ..............................................6-20
6.5.2. Disposição Final de Resíduos Perigosos ........................................6-24
6.5.3. Registro dos procedimentos de disposição final de resíduos perigosos6-
25
6.5.4. Ações emergenciais .......................................................................6-25
6.6. Medidas de Controle de Erosão e Assoreamento ..................................6-27
6.6.1. Controle de Erosão e Assoreamento...............................................6-28
6.7. Recuperação de Passivos Ambientais ...................................................6-34
6.7.1. Avaliação preliminar .....................................................................6-34
6.7.2. Orientações gerais para obras de recuperação de passivos ambientais 6-
35
6.7.3. Registro da recuperação de passivos ambientais ............................6-36
6.8. Acompanhamento, Supervisão e Fiscalização Ambiental das Obras. ....6-37
6.8.1. Elaboração de Relatório de Controle Ambiental.............................6-42
7. OPERAÇÃO.................................................................................................7-1
7.1. Sistema de Administração da Manutenção – SAM .................................7-2
7.2. Operação para projetos novos.................................................................7-3
7.2.1. Vistorias Sistemáticas de Rotina ......................................................7-4
7.2.2. Inserção de atividades de recomposição ambiental no SAM.............7-6
7.2.3. Supervisão e Fiscalização Ambiental ...............................................7-6
7.2.4. Articulação Institucional..................................................................7-9
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7.2.5. Auditoria Ambiental ......................................................................7-12
7.3. Operação para Rodovias Pavimentadas em Funcionamento. .................7-13
7.3.1. Auditoria Ambiental. .....................................................................7-14
7.3.2. Plano de Gestão Ambiental............................................................7-15
SIGLAS UTILIZADAS NO MANUAL........................................................7-1
SIGLAS UTILIZADAS NO MANUAL
BIBLIOGRAFIA
ANEXO I – Instruções de Serviço
ANEXO II – Especificações de Serviço
1. INTRODUÇÃO
O Sistema de Gestão Global do DEINFRA-SC já incorpora um Sistema de
Gestão Ambiental, formalizado em um Manual de Procedimentos Ambientais,
elaborado em 1.998, e na Instrução de Serviço – IS - 05, para Elaboração de
Projetos Rodoviários, que estabelece o tratamento das questões ambientais para o
setor rodoviário do Estado.
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• no Capítulo 5 – os Procedimentos Ambientais específicos da Etapa de
Planejamento e Projeto de Engenharia, compreendendo os estudos ambientais a
serem desenvolvidos na Fase de Planejamento ou Pré-Análise, nas Fases de
Anteprojeto e Projeto Executivo, correspondentes às licenças ambientais a serem
solicitadas ao órgão ambiental;
• no Capítulo 6 – os Procedimentos de Controle ambiental em Obras e
Serviços Rodoviários, enfocando os procedimentos de controle ambiental e a
implementação de medidas relativas à segurança de usuários e população
adjacente às obras, os dispositivos de sinalização, as medidas para manejo de
resíduos inertes e perigosos, as medidas de controle de erosão e assoreamento, e
as medidas para a recuperação de passivos ambientais. Destaca-se que neste
capítulo são tratados além do controle na execução de obras de implantação,
melhorias e recuperação de rodovias, também os serviços relativos à conservação
rotineira, corretiva, preventiva ou de emergência.
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Ambiente, complementares às especificações constantes nos dispositivos
normativos do DEINFRA-SC.
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2. QUADRO INSTITUCIONAL
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2-2
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2-3
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2-4
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II) Órgãos de Assessoramento Gabinete do Diretor Geral (GABD) Consultoria de Licitações (COLIG)
Direto ao Diretor Geral Gerência de Auditoria Interna (GEAUD)
Assessoria de Informática
Procuradoria Jurídica (PROJUR)
III) Órgãos de Atividades Diretoria de Administrativa (DIAD) Gerência de Recursos Humanos (GEREH)
Meio Gerência de Administração (GERAD)
Gerência Apoio Operacional (GEAPO)
IV) Órgãos de Atividades Diretoria de Planejamento e Gerência de Planos e Programas (GEPLA)
Finalísticas Coordenação (DIRP) Gerência do Programa BID IV (GEBID)
Gerência de Acompanhamento
Orçamentário (GEACO)
Gerência de Sistemas de Controle (GESIC)
Diretoria de Engenharia (DIEN) Gerência de Projetos Rodoviários
(GEROD)
Gerência de Meio Ambiente (GEMAM)
Gerência de Contratos (GECON)
Gerência de Engenharia de Obras
(GENOB)
Gerência de Obras Especiais (GEOBE)
Gerência de Estudos e Projetos (GEREP)
Diretoria de Projetos de Edificações e
Gerência de Obras Hidráulicas (GEROH)
Obras Hidráulicas (DEOH)
Gerência de Barragens
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• Conselho Deliberativo;
• Conselho Curador;
• Diretoria.
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O Conselho Deliberativo é constituído pelo Secretário de Estado do
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, seu Presidente, pelo Diretor Geral da
FATMA, que é o Secretário Executivo do Conselho e por quatro outros conselheiros,
nomeados pelo Governador do Estado.
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2-12
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C a ch o ei ra do
C a na s vieiras B om Jes us
I n gl e s es do
R i o V e rm elho
S ã o Jo ã odo
R i o V e rm elho
S a nt o A ntônio
d e L i sboa R a t o nes
B a rra da Lagoa
L ag oa
C a m pe che
R i b e i rão da Ilha
P â nt an o doSul
L EG E NDA
C OO R D . RE GION AL D O ME IO A MB IE NT E D O O ES TE - C ER /O E - ÁR EA : 14.553,00Km 2
C OO R D . RE GION AL D O ME IO A MB IE NT E D O N OR TE - C ER /N O - ÁR EA : 4.729,00Km 2
C OO R D . RE GION AL D O ME IO A MB IE NT E D A G R A ND E FLOR IA N Ó PO LIS -C ER /F L - ÁR EA: 6.564,00Km 2 M APA DA S C OOR DEN ADO RIAS
R EG IO NA IS D A FATMA
P OS TO A VA N Ç AD O DE C ON TR OL E AM BIEN TA L - PA CA N /TU BA RÃ O - ÁR EA: 4.584,00Km 2 J UL HO DE 20 02
E SC AL A 1:75 0 000
C OO R D . RE GION AL D O ME IO A MB IE NT E D O S U L - C ER /S U L - Á RE A: 4.801,00Km 2
F UNDA ÇÃ O DO M EI O AM BI ENTE
Dire toria de Est u do s A mb ie nt a is - DEAM
G erê ncia d e E stu dos e Pes q ui sa s - GESPE
C OO R D . RE GION AL D O ME IO A MB IE NT E D O P LA NA LT O SE RR AN O - CE R /PS - Á R E A: 17.330,00Km 2 L abo ra tório d e G eopro cessa m e nto
A RE A TO TA L: 94.698,00Km 2
F o nte:
S ECR E TA RI A DE E ST AD O DO D E SEN VO L V IMENTO
- M a pa da s R e giõe s H idro gr áfic a s - a no 2 00 0 ( S ec r etaria de Estado do Desenvolvim ento U rbano e U RBA N O E M EIO AM B IENTE
2-13
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3.1. Introdução
A década de 80 foi fortemente marcada pela crescente consciência ecológica,
difundida em nível internacional, levando a uma normatividade ampla e sistematizada
das questões ambientais e ao contínuo aperfeiçoamento do instrumental jurídico e
regulador das mais diversas atividades.
3-2
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Corroborou para o reforço dessa consciência a importância estratégica da
pressão dos organismos internacionais de financiamento de obras públicas, que
aplicaram crescentes exigências no sentido de atendimento a demandas ambientais,
como condicionantes da viabilização dos empréstimos efetuados pelo Estado. Foi por
esta via que, depois de ter criado uma Gerência de Meio Ambiente em 1993, em 1998 o
Departamento de Estradas de Rodagem, do qual o DEINFRA é o sucessor, aprovou o
Manual de Procedimentos Ambientais e a Instrução de Serviços (IS - 05) que define o
escopo para a componente ambiental dos estudos e projetos de engenharia.
3-3
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CF.). Para o exercício da Ação Civil Pública, não se legitima qualquer cidadão ou
pessoa, como ocorre na ação popular, mas apenas pessoas de direito público, órgãos do
Poder Público, e determinadas entidades a eles equiparadas.
A defesa do meio ambiente foi inscrita entre os princípios a serem seguidos pela
ordem econômica preconizada no texto da constituição (Art. 170, VI.). A propriedade
cumpre sua função social, entre outros requisitos, para proteger o meio ambiente (Art.
186, III.). O Capítulo VI, do Título VIII, da Ordem Social, é inteiramente consagrado
ao meio ambiente (Art. 225, incisos e parágrafos). Além destes aspectos, vale a pena
considerar a atuação das entidades não governamentais (ONGs.), na luta para
preservação do meio ambiente.
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ambientais e o licenciamento ambiental, sustentam e demonstrar a necessidade dos
estudos, ações, procedimentos e dispositivos de proteção ambiental recomendados neste
manual.
A mesma Lei nº 6.938, no Art. 9º, item III, inclui a avaliação de impactos
ambientais, e no item IV, apresenta o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou
potencialmente poluidoras, ambos como instrumentos da Política Nacional do Meio
Ambiente.
3-5
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III - Licença de operação (LO), autorizando, após as verificações necessárias, o
início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de
poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévias e de instalação.
O Art. 70, desse mesmo decreto, define que a autorização, de que trata o Art.
69, será concedida através de:
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II - licença ambiental de instalação (LAI); e
O Art. 71, deste mesmo decreto, no parágrafo segundo, define para o Estado de
Santa Catarina que “No caso de empreendimento sem risco comprovado para o meio
ambiente poderá ser dispensada a Licença Ambiental de Instalação - LAI., a critério da
autoridade administrativa estadual competente.” Sendo citado na LAP a dispensa da
LAI.
Uma vez que o município não é mencionado pela Política Nacional de Meio
Ambiente como responsável pela condução dos licenciamentos, só pode partilhar dessa
competência no caso de estar capacitado para avaliar os impactos causados por
empreendimentos locais, ou mediante delegação de competência do Estado por
instrumento legal ou convênio, conforme disposto no Art. 6º da Resolução CONAMA
nº 237/97, cujo texto distribui a competência para licenciar da seguinte maneira:
3-7
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• ao órgão federal (IBAMA) o licenciamento ambiental de empreendimentos
e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou
regional, tais como:
- localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; e
- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do
País ou de um ou mais Estados.
• ao órgão ambiental estadual, o licenciamento ambiental dos
empreendimentos e atividades:
- localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em
unidades de conservação de domínio estadual;
- localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de
vegetação natural de preservação permanente relacionadas no Art. 2º
do Código Florestal e em todas as que assim forem consideradas por
normas federais, estaduais ou municipais;
- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de
um ou mais Municípios; e
- delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por
instrumento legal ou convênio.
• ao órgão municipal o licenciamento de empreendimentos e atividades de
impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por
instrumento legal ou convênio.
•
3.3. Estudos de Impacto Ambiental
A Constituição Brasileira preceitua que: "Para assegurar a efetividade do direito
referido nesse Artigo, incumbe ao Poder Público: exigir, na forma da Lei, para
instalação de obras ou de atividades potencialmente causadoras de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade" (Art. 225, § 1º, IV).
3-8
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O Decreto nº 99.274, de 06 de junho de 1990, que regulamenta a Lei 9.638, no
Art. 17, § 1º, reza que: “Caberá ao CONAMA, fixar os critérios básicos, segundo os
quais serão exigidos estudos de impacto ambiental para fins de licenciamento”.
III – a biota;
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cabíveis de forma a reduzir ao mínimo os efeitos ambientais adversos e potencializar os
benefícios.
3-10
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e no Parágrafo Único: “O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudos
previstos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas,
sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais”.
3-11
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Dada a complexidade dos empreendimentos rodoviários, que decorrente em
parte de sua distribuição espacial linear atravessando diferentes ambientes, implica no
acatamento de uma multiplicidade de dispositivos legais de ordem ambiental, além
disso, o fato de tratar-se, via de regra, de empreendimento público, exige a aplicação de
todos os dispositivos do direito administrativo aplicável desde a administração do erário
público até a responsabilidade técnica e os dispositivos regulamentadores das
profissões relacionadas a obras civis desta natureza. Decorre ainda de suas
características físicas a necessidade de regularização fundiária e a interferência com a
propriedade privada abrangendo assim, a conseqüente responsabilidade civil.
Todos os que, de qualquer forma, concorrem para a prática dos crimes previstos
nesta Lei, estão sujeitos às penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade,
bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da
conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática quando podia agir para
evitá-la. (Art. 2º)
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Como exemplo de dispositivo da Lei nº 9.605/98, temos o Art. 60, onde consta:
“Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do
território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem
licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas
legais e regulamentares pertinentes: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente”. Que incrimina claramente, segundo Machado
(2000), a desobediência às normas administrativas ambientais e às normas legais
ambientais.
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A Lei nº 10.472, de 12 de agosto de 1997, que dispõe sobre a política florestal
do Estado de Santa Catarina e adota outras providências, na Seção III, “Da Mata
Atlântica” em seu Art. 19 determina que “A supressão a corte raso da Mata Atlântica
será admitida apenas no estágio inicial de regeneração natural” porém o Parágrafo
Único estabelece que “Nos demais estágios da floresta nativa a supressão da vegetação
poderá ser excepcionalmente permitida pela Fundação do Meio Ambiente - FATMA,
com anuência prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA, informando ao CONAMA, quando necessária à execução de
obras ou atividades de utilidade pública ou interesse social, mediante aprovação de
estudo e relatório de impacto ambiental”.
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laudo técnico de profissional habilitado atestando as condições das árvores; e a
indicação do volume, por espécie, do material lenhoso a ser aproveitado.
Desta forma deve restar claro que qualquer obra rodoviária em Santa Catarina
que implique na necessidade de corte de vegetação em porte arbóreo está
caracterizando a necessidade de autorização em caráter excepcional por tratar-se de
obra de interesse público, o que não isenta o empreendedor (DEINFRA) da obrigação
de eliminar a interferência com grupamentos florestais, evitando o corte de vegetação
durante a elaboração do projeto, mitigar ou compensar os danos ambientais causados
pelas obras rodoviárias, pela utilização de procedimentos rigorosamente corretos
quanto a retirada da vegetação e destinação dos produtos florestais, ou ainda pela
adoção de projeto paisagístico com a devida utilização de vegetação nativa de forma a
compensar a supressão vegetal inevitável.
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Define-se Área de Preservação Permanente como: “A área protegida nos termos
dos artigos. 2º e 3º do Código Florestal, cobertas ou não de vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas”.(MP 2.166-67/2001)
• ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto
em faixa marginal cuja largura mínima seja:
- de 30 m (trinta metros) para os cursos d'água de menos de 10 m (dez
metros) de largura;
- de 50 m (cinqüenta metros) para os cursos d'água que tenham de 10
(dez) a 50 m (cinqüenta metros) de largura;
- de 100 m (cem metros) para os cursos d'água que tenham de 50
(cinqüenta) a 200 m (duzentos metros) de largura;
- de 200 m (duzentos metros) para os cursos d'água que tenham de 200
(duzentos) a 600 m (seiscentos metros) de largura; e
- de 500 m (quinhentos metros) para os cursos d'água que tenham
largura superior a 600 m (seiscentos metros).
• ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
• nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d'água”,
qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m
(cinqüenta metros) de largura;
3-17
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• no topo de morros, montes, montanhas e serras;
• nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45, equivalente a
100% na linha de maior declive;
• nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
3-18
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§ 4º - o órgão ambiental competente indicará, previamente a emissão da
autorização para a supressão de vegetação em área de preservação permanente, as
medidas mitigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor;
3-19
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Assim sendo, verifica-se que os danos prováveis ou potenciais devem ser
previstos para que se possa destinar recursos públicos para evitar o dano, e, se o dano
for inevitável, ou já estiver estabelecido, este recurso será destinado para a sua
correção.
Entre as “medidas mitigadoras” previstas nos artigos 6º, III, e 9º, VI, da
Resolução CONAMA 001/86 compreende-se, também, a compensação do dano
ambiental provável. A compensação esta concebida como uma forma de indenização.
Mesmo que a compensação não fosse prevista nos estudos ambientais, ela é devida pelo
princípio da responsabilidade objetiva ambiental (Art. 14, § 1º, da Lei 6.938/81). Neste
caminho a Resolução CONAMA 002/96, revogando a 010/87, trata mais amplamente
da reparação dos danos ambientais causados pela destruição das florestas e demais
ecossistemas no momento do licenciamento ambiental, e embora não tenha sido
expressamente revogada com a publicação da Lei 9.985/2000, aplica-se sobre o tema
compensação, apenas o que dispõe a referida Lei 9.985/2000, sempre que houver
conflito com os dispositivos da Resolução 002/96.
3-20
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O dever de “apoiar a implantação e manutenção da unidade de conservação”
nasce para o empreendedor vinculado, por um lado, a potencialidade de dano
significativo de seu empreendimento, e por outro lado, aos componentes geográficos de
sua localização. Portanto, os recursos que eventualmente o DEINFRA tiver que destinar
para a compensação terão uma relação direta com a área em que os prejuízos
ambientais possam ocorrer. Seguindo-se a tradição o órgão licenciador deverá indicar
unidades de conservação que estejam ou na área de influência do projeto, na sua bacia
hidrográfica, ou, no mínimo, na sua microrregião geográfica.
3-21
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Neste sentido, a Lei 7.661, de 16 de maio de 1.988, institui o plano nacional de
gerenciamento costeiro. Trata-se do instrumento principal de política nacional para
recursos do mar, que visa especificamente orientar a utilização racional dos recursos da
zona costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade de vida de sua população e
a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.
Toda vez que um traçado proposto estiver contido na zona costeira, considerada
como o espaço geográfico de interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus recursos
naturais, o licenciamento para a construção, instalação, gerenciamento e ampliação de
atividades que impliquem em alterações das características naturais da zona costeira,
deverão observar o que prevê o referido diploma legal.
3-22
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A Constituição Estadual, promulgada em 05 de outubro de 1989 confere
importância aos artigos que tratam da defesa do meio ambiente, principalmente: o Art.
9, sítios arqueológicos; Art. 10, patrimônio paisagístico e controle da poluição; Art.
138, uso adequado dos recursos naturais; Arts. 153 e 181, defesa, direito e princípios; e
Art. 182, ecossistemas e manejo ecológico, fauna e flora, preservação e proteção.
Também merecem atenção especial os capítulos que tratam do Desenvolvimento
Regional, Urbano e Rural, artigos 138 e seguintes.
3-23
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planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. Tais
competências são exercidas de forma harmônica com a legislação específica do
planejamento e do parcelamento do solo urbano e com as normas gerais de proteção e
melhoria da qualidade ambiental, cabendo o devido espaço de negociação entre as
autoridades públicas para buscar a melhor solução funcional em cada caso.
3.5.5. Desapropriações
A Constituição Federal, em seu Art. 5º, XXIV, diz: "a Lei estabelecerá o
procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição".
3-24
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da CF); e desapropriação realizável para fins de reforma agrária. Ambas fora do
contexto rodoviário.
3-25
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Podem promover a desapropriação, isto é, efetivar a desapropriação, ou seja,
praticar os atos concretos para efetuá-la (depois de existente uma declaração de
utilidade pública expedida pelos que têm poder para submeter um bem à força
expropriatória), além da União, Estados, Municípios e DF, as autarquias, os
estabelecimentos de caráter público em geral ou que exerçam funções delegadas do
Poder Público e os concessionários de serviço, quando autorizado por lei ou contrato.
(Art. 3º do Decreto-lei 3.365).
3-26
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Mesmo a caducidade da declaração de utilidade pública, ou seja na perda de
validade dela pelo decurso de prazo sem que o Poder Público promova os atos
concretos destinados a efetivá-la, não implica definitiva extinção do poder de
desapropriar o bem por ela liberado, podendo mesmo a declaração ser renovada desde
que decorrido um ano após a caducidade da última declaração (Art. 10, do Decreto-lei
3.365).
3-27
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Catarina, enquanto não são realizados os levantamentos necessários a ampla
reclassificação dos recursos hídricos, aplicasse a Portaria SEPLANCG 24/79 que
enquadra os cursos d’água e permite definir os padrões de qualidade a serem
observados nos projetos rodoviários.
3-28
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3.5.7. Extração Mineral e Movimentação de solos
Destaca-se que as obras rodoviárias constituem um caso especial que por força
de modificações introduzidas no Art. 3º do Decreto-lei 227/67 pela Lei 9.314 de 1996,
foram excluídos das implicações do Código constituindo os trabalhos de movimentação
de terras e de desmonte de materiais in natura necessários para a abertura de vias de
transporte, obras de terraplenagem e de edificações, com a condição de que não haja
comercialização das terras e dos materiais resultantes dos trabalhos, ficando seu
aproveitamento restrito à própria obra.
3-29
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Para a demonstração desta afirmação devem ser consultados alguns textos legais
de importância fundamental para o entendimento da obra rodoviária como atividade
pública com necessidades especiais de aproveitamento de substâncias minerais, como é
o caso do Art. 2º do Código de Mineração, que diferencia quanto aos regimes de
aproveitamento por concessão, autorização ou licenciamento, e de seu Parágrafo Único
(conforme acrescentado pela Lei 9.827 de 1999) que exclui os órgãos da administração
direta e autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da
aplicação destes regimes, sendo-lhes permitida a extração de substâncias minerais de
emprego imediato na construção civil, definidas em Portaria do Ministério de Minas e
Energia, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas diretamente,
respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas onde devam ser executadas as
obras e vedada a comercialização.
3-30
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Apesar da possibilidade de extração das substâncias definidas na Portaria MME
n. 23/2000 através de um regime jurídico diferenciado, inclusive em área onerada, não
há impedimento quanto à aquisição destas substâncias de terceiros. Isso conduz a
hipótese mais provável em obras rodoviárias, em função dos volumes de materiais que
demanda, onde o empreendedor adquire de terceiro as substâncias minerais necessárias
à implantação das obras, ao invés de extrair diretamente.
Assim sendo, é mais freqüente ocorrer por parte do DEINFRA exigência de que
o terceiro tenha o licenciamento da jazida regularizado junto à FATMA e ao DNPM,
uma vez que este tipo de licenciamento está vinculado entre os dois órgãos (Decreto
3.358/2000, Art. 4).
Chamamos a atenção para o que dispõe a Portaria MME 23/2000, que considera
como substância mineral de uso imediato na construção civil, material sílico-argiloso,
cascalho e saibro empregados como material de empréstimo, de modo que, também os
casos de caixa de empréstimo deverão ter seu registro junto ao DNPM, assim como o
devido licenciamento ambiental.
3-31
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ambiental. Tem ainda como pano de fundo a Lei 9.605/98, que tipifica como crime a
inobservância destes dispositivos.
A partir do que foi observado na proteção dos recursos hídricos e tendo em vista
que as rodovias atendem a imensa maioria dos transportes de produtos perigosos que
circulam em território catarinense, destaca-se a importância do exame da
regulamentação jurídica do transporte rodoviário de produtos perigosos.
3-32
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nelas compreendidos os veículos e equipamentos; a carga e a sua maneira de ser
acondicionada; o itinerário; o estacionamento, entre outros aspectos.
Estabelece ainda a mesma Lei no seu Art. 2º que o Poder Executivo procederá a
análise e declarará os locais como Zona de Perigo Ambiental, onde constará a
delimitação da área, o grau de possibilidade do risco, os efeitos que este perigo possa
causar, as condições de seu controle e os setores responsáveis pela prevenção e
execução do plano de ação, quando da ocorrência do perigo, abrindo a possibilidade de
que as comunidades organizadas, as organizações não-governamentais – ONG’s e a
Defesa Civil, possam sugerir a sua criação.
3-33
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3.5.9. Proteção da Qualidade do Ar
3-34
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(materiais de construção e solos), que também ficam sujeitos ao controle de emissões
conforme previsto pela Portaria IBAMA 86/96.
3-35
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reduzam os efeitos indesejáveis. Entre os impactos ambientais negativos apontados está
a poluição do solo e da água pelo manejo inadequado de produtos perigosos e resíduos
sólidos. Lembrando que o Artigo 159 do Código Civil Brasileiro determina que
“Aquele que violar direitos ou causar prejuízos a terceiros fica obrigado a reparar os
danos”.
Tendo por base que produto perigoso é toda substância que, em virtude de suas
características físico-químicas, oferece risco para a saúde de pessoas, para a segurança
pública, para o patrimônio e para o meio ambiente Legalmente os produtos perigosos
estão relacionados na Portaria do Ministério dos Transportes nº 204 de 20 de Maio de
1997.
3-36
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e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações
necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
3-37
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V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar
ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas,
procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao
cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
3-38
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• de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e
concreto; e
• de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.
3-39
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I - Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; e
3-40
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VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a
sua segregação.
3-41
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II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou
ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as
classes de resíduos estabelecidas no Art. 3º desta Resolução;
Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes
formas:
3-42
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Art. 11. Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que os
municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de
Resíduos de Construção Civil, contemplando os Programas Municipais de
Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil oriundos de geradores de pequenos
volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para sua implementação.
Art. 12. Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para que os
geradores, não enquadrados no Art. 7º, incluam os Projetos de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou
ao licenciamento dos órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do Art. 8º.
Legislação estadual
Lei 6320
3-43
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A lei de Crimes Ambientais, Lei nº 9.605 de 12/02/1998 trata no Art. 54 que
“causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar
em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora é constituído crime.”
3-44
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de ruídos registrados em rodovia é decorrente do atrito dos pneus sobre o pavimento,
sendo mais intenso quanto maior a irregularidade de sua superfície. Assim a principal
providência preventiva é a manutenção do pavimento.
Também fazem parte das normas brasileiras a NB95, que trata de níveis de
ruído para o conforto acústico, e a NBR 10.151, que disciplina a avaliação do ruído em
áreas habitadas visando o conforto da comunidade.
3-45
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3.5.12. Patrimônio Cultural
I - As formas de expressão;
Destaque maior deve ser dado a Lei n° 3.924/61 que dispõe sobre os
monumentos arqueológicos e pré-históricos, definindo-os, proibindo seu
aproveitamento econômico, destruição ou mutilação para qualquer fim. Na lei consta do
encaminhamento do pedido de permissão para escavação e após este como procederá a
obra, assim como punição, caso não sejam atendidas as exigências. Também legisla
3-46
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sobre as descobertas fortuitas e cadastro de jazidas na Diretoria do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional.
3-47
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Frente a sucinta exposição destes tópicos de interesse e suas considerações na
legislação, observa-se a necessidade de, em cada projeto rodoviário, proceder uma
detalhada busca da legislação pertinente, observadas as características e peculiaridades
da região de abrangência e adicionando-se os diplomas legais dos municípios
envolvidos .
3-48
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4. PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS NOS TIPOS E ETAPAS
DE EMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS
4-1
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
A implantação de rodovias, de modo geral, exige a elaboração Estudos de
Impacto ao Meio Ambiente – EIA - e respectivo Relatório de Impacto Ambiental –
RIMA, em conformidade ao apregoado na legislação ambiental, embora essa exigência
esteja na dependência da complexidade ambiental da área de intervenção e conte com o
poder discricionário do órgão ambiental, conforme exposto no Capítulo 3 – Legislação
Ambiental.
4-2
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Quando em uma rodovia com projeto de melhoramento surge a necessidade de
alteração com maior envergadura, como variantes ou um contorno de localidades
existentes, extrapolando a faixa de domínio e, portanto, podendo gerar impactos
ambientais em novas áreas, o segmento ou Projeto deve ser tratado como um Projeto de
Implantação.
• a restauração do pavimento;
• a recuperação e/ou ampliação das obras de arte e drenagem existentes;
• a melhoria de interseções e acessos;
• a melhoria de travessias urbanas;
• as correções geométricas em planta, perfil e seção transversal;
• a introdução de faixas adicionais;
• a contenção de maciços instáveis;
• a recuperação da sinalização vertical e horizontal;
• a recuperação e proteção vegetal de taludes;
• a recuperação e/ou colocação de defensas;
• a recuperação e ampliação de obras de arte especiais;
• a reformulação e/ou implantação de obras complementares, tais como:
postos de polícia, postos de pesagem, postos fiscais e outras instalações;
• a recuperação e/ou implantação de refúgios para parada de ônibus;
• melhoria na iluminação; e
• eliminação de passivos ambientais.
4-3
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• os recursos hídricos (desvios de cursos d’água, alterações de regime
hídrico, efeitos em captações para abastecimento humano, envolvendo
inclusive os riscos de acidentes no transporte de produtos perigosos);
• as Unidades de Conservação existentes, as áreas de preservação
permanente definidas pela legislação ambiental, a cobertura vegetal em
estágio médio e avançado de regeneração;
• a possibilidade de remoção de população de baixa renda instalada nas
áreas de intervenção; e
• as áreas de apoio previstas e necessárias para a execução das obras, como
canteiros e instalações industriais, obtenção de material de construção em
jazidas e caixas de empréstimo, bem como as áreas para deposição de
material excedente de cortes, áreas essas que, quando não localizadas na
própria faixa de domínio, requererão regularização ambiental para a sua
utilização e posterior recuperação.
Com base nas análises e avaliação dos potenciais impactos ambientais causados
pelas intervenções deverão ser propostos e desenvolvidos os Programas e Projetos
Ambientais para a mitigação das repercussões negativas do empreendimento sobre o
meio ambiente da área de influência e área de intervenção, a serem incorporados ao
projeto de engenharia.
4-4
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As áreas de apoio correspondentes às jazidas e caixas de empréstimo, como as
áreas para deposição de material excedente de cortes (bota-fora), quando localizadas
fora da faixa de domínio, requererão regularização ambiental para a sua utilização e
posterior recuperação.
Da mesma forma, deve contar com as mesmas condições expressas nos Projetos
de Melhoramentos, para a utilização de jazidas e caixas de empréstimo, áreas para
deposição de material excedente e resíduos que, quando não localizadas na própria
faixa de domínio, requererão regularização ambiental para a sua utilização e posterior
recuperação.
4-7
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sistema viário, as projeções dos volumes de tráfego, a solução conceitual das
interseções e acessos, a previsão do número e distribuição de faixas de tráfego, o
tratamento de problemas específicos e outras informações básicas.
4-8
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
Elaboração de Projetos Rodoviários do DEINFRA, observado o grau de detalhamento
compatível com a complexidade ambiental da área de influência do empreendimento.
4-9
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
Com base no Relatório Preliminar Ambiental – RPA - será solicitada a análise e
manifestação do órgão ambiental licenciador – FATMA, que poderá expedir a Licença
Ambiental Prévia – LAP, ou solicitar maior detalhamento e complementação dos
estudos. No caso de serem inferidos impactos ambientais significativos, a FATMA
pode solicitar formalmente a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.
4-10
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
de obra ou serviço, cálculos, memoriais, especificações e normas, cronogramas, plano
de trabalho, quantidades e orçamentos.
4-11
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
O Projeto Executivo, consubstancia também, o conjunto dos documentos
técnicos que subsidiam a preparação dos documentos de licitação, incluindo os estudos
e projetos ambientais e subsidiando os procedimentos para preparação da Declaração de
Utilidade Pública e do projeto de desapropriação das áreas necessárias à intervenção.
4-12
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totalmente as providências no sentido da regularização ambiental destas áreas e
instalações de apoio às obras, junto aos órgãos competentes, conforme Declaração de
Responsabilidade Ambiental firmada com o contrato.
4-13
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da Licença de Operação – LAO, e conseqüentemente o recebimento final das obras por
parte do DEINFRA implicando, por sua vez, nas respectivas liberações de garantias.
4-14
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
As atividades de conservação rotineira e preventiva periódica, associadas à fase
de operação, envolvem um conjunto de serviços que visam a manutenção dos
elementos construtivos e abrangem desde os serviços de limpeza; poda da cobertura
vegetal incidente na faixa de domínio; limpeza, recuperação e substituição de
dispositivos de sinalização e segurança, desobstrução, limpeza e substituição de
elementos de drenagem; remendos, selagem de trincas, correção de defeitos,
regularização de depressões e afundamentos localizados no pavimento, além de outros
de menor monta.
4-15
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
O objetivo dos Estudos Ambientais na etapa de Planejamento (Pré-Análise)
consiste na avaliação da viabilidade ambiental do empreendimento, apoiada na
identificação e mapeamento das áreas com restrições ambientais e na sistematização
das informações necessárias e suficientes para dar início ao processo de licenciamento
ambiental. No caso de projetos de implantação em corredor sem ligação pioneira, os
estudos devem subsidiar também a seleção e justificativa da alternativa de traçado mais
favorável do ponto de vista ambiental.
5-2
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5.1.2. Análise de Potenciais Conflitos Sócio-Políticos
5-3
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5.1.3. Escopo dos Estudos Ambientais no Planejamento (Pré-Análise)
Uma vez que sem a previsão de jazidas não é possível decidir sobre a
viabilidade econômica, tanto pela disponibilidade e qualidade dos materiais de
construção, quanto pela definição das distâncias de transporte, é a equipe de projeto que
deve indicar preliminarmente a sua localização e viabilidade. Assim sendo, para a
indicação de áreas de apoio na fase de planejamento (pré-análise), é imprescindível a
verificação das condicionantes ambientais para localização, devendo ser consideradas
as seguintes condicionantes ambientais:
5-4
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GERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE
• quanto ao meio físico:
- a área de implantação de canteiros de apoio às obras e demais
instalações não pode estar situada em áreas de risco geológico-
geotécnico;
- o local de implantação não pode estar sujeito a instabilidades físicas
passíveis de ocorrência em cotas superiores (exemplo:
escorregamentos, deslizamentos, etc);
- a área onde for prevista a implantação de instalações de apoio não
deve apresentar topografia acidentada, salvo pedreiras, não pode ser
susceptível a cheias e inundações e não pode apresentar lençol freático
aflorante;
- áreas de apoio às obras não podem situar-se próximas a nascentes de
cursos d'água; e
- não devem ser instaladas em linha com a direção predominante dos
ventos a nucleamentos urbanos.
• quanto ao meio biótico
- o local selecionado deverá evitar áreas com cobertura vegetal de porte
arbóreo protegidas em lei, tais como remanescentes da Mata Atlântica,
e Área de Preservação Permanente (Matas de Galeria, Restingas etc);
- a área deverá ser convenientemente dimensionada, de maneira a
atender as suas finalidades específicas, mas evitando ao máximo o
desmatamento e terraplenagem, buscando gerar a menor degradação
possível;
- a área e atividades não poderão interferir com espécies vegetais raras
ou em extinção, conforme definidas em lei, nos âmbitos federal e
estadual;
- a área não poderá ser instalada sobre sistemas naturais que se
constituam em espaço domiciliar de espécies de fauna (habitats
preferenciais, áreas de reprodução, áreas de dessedentação, etc); e
- a área não poderá interferir com espécies da fauna raras ou em
extinção, e de interesse científico e econômico, conforme definidas em
lei, nos âmbitos federal e estadual.
5-5
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• quanto ao ambiente antrópico:
- a área deverá estar em conformidade com a regulamentação de uso
junto às Prefeituras Municipais;
- o local deverá estar distanciado convenientemente de aglomerados
urbanos evitando conflitos com as comunidades adjacentes;
- a escolha da área deverá obedecer à legislação de uso e ocupação do
solo vigente nos municípios envolvidos;
- as atividades deverão observar horários de operação,
compatibilizando-os com a lei do silêncio, quando se situarem nas
proximidades de áreas urbanas; e
- a área e atividades deverão contar com a implementação de sistema de
sinalização, envolvendo advertência, orientações, riscos e demais
aspectos do ordenamento operacional e do tráfego, com objetivo de
garantir a segurança das comunidades e da mão-de-obra alocada nos
trabalhos inerentes às áreas de apoio.
5-6
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condicionantes ambientais de localização relacionadas acima. Quando for indicada a
inclusão no Projeto, deve ser verificada a necessidade de medidas de proteção
ambiental provisórias para contenção de sedimentos e minimização de assoreamento
das redes de drenagem (conforme especificações técnicas do DEINFRA-SC), bem
como, o detalhamento dos dispositivos a serem implantados para fins de recuperação
ambiental ao término das atividades.
Quando o Projeto indicar áreas para utilização como canteiro de apoio às obras
– compreendendo escritórios, laboratórios, oficinas de manutenção de veículos e
equipamentos, alojamentos para trabalhadores, refeitórios e sanitários – aplicam-se as
condicionantes ambientais de localização indicadas acima. Deve ser verificada a
necessidade de recuperação ambiental nos termos da legislação vigente e das instruções
normativas da FATMA.
5-7
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planialtimétrica (cartas temáticas), em escala compatível, como também em fotos
datadas, com legendas explicativas, incluindo:
5-8
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• a caracterização sócio-demográfica e cultural compreendendo a análise do
comportamento da dinâmica populacional, em série histórica,
compreendendo a população total, rural e urbana, taxas de crescimento
populacional, graus de urbanização, deslocamentos populacionais
significativos, diários ou sazonais, a organização social, etc;
• a identificação ou potencialidade de ocorrência de sítios arqueológicos,
históricos e culturais, com base em registros existentes e informações
disponíveis;
• a caracterização das atividades econômicas destacando a análise da estrutura
produtiva e de serviços, a importância absoluta e relativa dos setores
produtivos da região e município(s), a estrutura ocupacional vigente e os
níveis de renda da população etc; e
• a identificação, caracterização e mapeamento das áreas de apoio,
principalmente das fontes de material de construção (pedra, areia, argila,
etc.), enfocando a necessidade de retirada da cobertura vegetal, o sistema
viário, disponibilidade de energia e água, e rede de telefonia. No caso das
jazidas comerciais questionar a regularidade diante dos órgãos competentes
(DNPM, FATMA e Prefeitura Municipal).
5-9
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5.1.3.4. Prognósticos e Análise de Impactos Ambientais.
5-10
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A execução e a análise das tarefas de prognosticar e avaliar devem ser
orientadas pelo cumprimento da Resolução CONAMA 001/86, instrumento normativo
que disciplina a matéria, dos quais alguns impactos já estão previstos preliminarmente
na Tabela 5.1 abaixo.
5-11
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Item a proteger Impactos ambientais possíveis
(CONAMA 001/86)
• impedimento dos processos de intercâmbio ecológicos por corte de áreas;
• potencializarão de conflitos em interface com áreas a serem protegidas;
• supressão de formações florestais e espécies isoladas;
3. A biota • alteração de hábitats naturais;
• criação de efeito de barreiras e risco a fauna;
• danos aos biótopos ecológicos importantes; e
• pressão sobre ecossistemas terrestres e aquáticos.
• solos
- assoreamento de talvegues;
- derramamento de materiais;
- retirada de solos;
- perda de solos protegidos (dunas, mangues, etc.);
- dinamização de processos erosivos;
- instabilização de taludes, rompimento de fundações;
- terraplenagem, empréstimos e bota-foras; e
- degradação de áreas utilizadas com instalações
5. A qualidade dos provisórias.
recursos naturais • água
- rebaixamento do lençol freático;
- influências sobre a qualidade de água subterrânea por
concentração de poluentes;
- corta-rios;
- alteração da qualidade de água superficial por
concentração de poluentes
• clima/ar
- alteração da qualidade do ar (emissão de poluentes); e
- impedimento dos processos de intercâmbio de ar.
5-12
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5.1.3.5. Definição das Medidas para Evitar, Mitigar ou Compensar os
Impactos Ambientais Negativos.
A definição das medidas para evitar, mitigar ou compensar só é útil quando tem
conseqüência prática no projeto, ou seja, quando são previstas e dimensionadas
concomitantemente a elaboração do anteprojeto em tempo que permita os ajustes,
adaptações e correções, até sua aprovação e incorporação ao Projeto Final de
Engenharia, de forma a serem consideradas integralmente quanto à sua aplicabilidade
técnica e orçamentária.
Verifica-se, portanto, que esta tarefa não se limita a listar de forma sistemática
as medidas (ações, técnicas, instrumentos e tarefas) que foram sugeridas durante a fase
de análise de impactos ambientais.
5-13
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Nos projetos mais simples (reabilitação ou melhoramento) é possível detalhar os
procedimentos, dispositivos e ações de proteção ambiental de forma a obter licença
ambiental prévia (LAP) com dispensa de licença de instalação (LAI) o que permitirá
introduzir as medidas mitigadoras no Projeto Final de Engenharia e partir para a Etapa
de Execução das Obras.
5-14
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- quantidade de moradias localizadas numa faixa de largura determinada
sobre a infra-estrutura (a largura de 500m é uma boa faixa para estimar
o impacto sobre a qualidade de vida);
- medida linear das travessias das zonas urbanas nos planos de ocupação
do solo;
- medida linear das travessias das zonas de grande produtividade
agrícola ou valor dos bens agrícolas que teriam sido produzidos na
faixa de domínio; e
- medida linear atravessando as zonas de proteção do habitat indígena,
as zonas de interesse paisagístico, as áreas de proteção dos
monumentos.
5-15
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5.1.3.7. Conformidade Legal
5-16
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locacionais contempladas na análise e seleção do traçado, variantes ou contornos
estudados, justificando a alternativa indicada.
Equipe Técnica
5-17
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pronuncie sobre a viabilidade ambiental do empreendimento e, em caso positivo, emita
a LAP.
5-18
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atendimento às recomendações do órgão licenciador e mesmo inserindo suas próprias
recomendações.
5-19
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• Recusa definitiva e justificada da emissão do licenciamento frente a
irregularidade do projeto, fragilidade ambiental da área de influência, ou
qualquer outro motivo. O DEINFRA deverá analisar a decisão e rever as
possibilidades para os ajustes ao projeto ou mesmo propor a sua paralisação.
• Recusa justificada, subordinando a continuidade do licenciamento a
produção de provas técnicas ou complementações aos estudos ambientais.
Neste caso o DEINFRA deve providenciar o cumprimento das exigências e
aguardar a emissão da LAP.
• Recusa justificada, subordinando a continuidade do licenciamento a
elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e respectivo Relatório
EIA/RIMA. Caso em que o DEINFRA deve providenciar a continuidade da
elaboração do anteprojeto como subsídio aos estudos ambientais solicitados,
submetendo-se ao rito administrativo do licenciamento com: prazos;
publicidade dos resultados dos estudos; e realização da audiência pública;
aguardando pela a emissão da LAP ou em alguns casos LAP com dispensa
de LAI.
• Aprovação da viabilidade com a emissão da LAP vinculada a produção de
provar técnicas ou complementações aos estudos ambientais. Neste caso o
DEINFRA deve providenciar a continuidade da elaboração do projeto
buscando o cumprimento das exigências e, ao final, obter a LAI.
• Aprovação da viabilidade com a emissão da LAP vinculada a elaboração de
Estudos de Impacto Ambiental e respectivo Relatório EIA/RIMA. Neste
caso o DEINFRA deve providenciar a continuidade da elaboração do
anteprojeto determinando a elaboração dos estudos ambientais solicitados,
submetendo-se também ao rito administrativo do licenciamento com:
prazos; publicidade dos resultados dos estudos; e realização da audiência
pública, cujos resultados positivos deverão liberar a solicitação da LAI.
5-20
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do projeto, a análise dos potenciais conflitos e as justificativas ambientais do projeto
como orientação para a continuidade da elaboração dos estudos.
5-21
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5.3.1.2. Objetivos e Justificativas do Empreendimento
5-22
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5.3.1.5. Estudo de Corredores
5-23
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delimitação e respectivo mapeamento, respeitadas as indicações apresentadas no item
5.1.3.1;
5-24
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5.3.1.7. Análise dos Impactos Ambientais
5-25
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• ao fator ambiental a que se destinam, correspondente ao meio físico, biótico
ou sócio-econômico;
• ao prazo de permanência de sua aplicação, se medidas provisórias ou
permanentes;
• à responsabilidade por sua implementação e os custos associados à mesma.
5-26
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empreendimento com a situação futura, considerada sua implantação e operação,
juntamente com os programas ambientais.
Com base nos resultados dos deverá ser exposta a conclusão das análises
desenvolvidas, expressando sinteticamente a viabilidade do empreendimento e
apresentando as recomendações de ordem geral para a sua implementação e
funcionamento.
Equipe Técnica
5-27
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• descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,
especificando para cada uma delas, nas fases de construção e operação: área
de influência, matérias primas, mão-de-obra, fontes de energia, processos e
técnicas operacionais, efluentes, emissões e resíduos, empregos diretos e
indiretos a serem gerados, relação custo/benefício dos ônus e benefícios
sociais/ambientais;
• síntese do diagnóstico ambiental das áreas de influência do projeto;
• descrição dos impactos ambientais, considerando o projeto, as suas
alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando
os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação,
quantificação e interpretação;
• caracterização da qualidade ambiental futura das áreas de influência,
comparando as diferentes situações de adoção do projeto e de suas
alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;
• descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação
aos impactos negativos, mencionando aqueles que não puderem ser evitados
e o grau de alteração esperado;
• programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; e
• recomendações quanto à alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).
Assim sendo, o norte dos estudos desta fase da elaboração do projeto deve ser o
cumprimento dos objetivos ambientais, considerados os potenciais conflitos sócio-
políticos, através do detalhamento em escala compatível, tanto da análise dos impactos,
quanto da proposição de medidas mitigadoras dos impactos negativos ou de ampliação
dos impactos positivos.
5-29
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• a indicação dos procedimentos, especificações técnicas e dispositivos
necessários à implementação das medidas de proteção a serem adotadas na
fase de obras para cada modalidade de impacto ambiental indesejável.
5-30
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Nessa etapa deve ser realizada uma análise criteriosa da localização do canteiro
de obras e das áreas de apoio previstas, bem como as diferentes atividades
desenvolvidas durante o período de execução, tendo em vista a definição das medidas
de proteção ambiental provisórias e permanentes cabíveis.
Entre estas atividades deve ser considerada especial atenção aos serviços de
conserva e manutenção tanto do segmento pronto quanto do segmento por atacar uma
vez que ambos estarão sujeitos aos serviços eventuais previsto no Sistema de
Administração da Manutenção (SAM) do DEINFRA.
5-31
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em taludes, com indicação dos locais onde devem ser implantados e as especificações
técnicas cabíveis.
Nos pontos de interseção com cursos d’água onde sejam implantadas obras de
arte especiais, deverão ser indicados e detalhados os dispositivos específicos para
mitigação de processos erosivos em margens fluviais.
5.3.4.5. Paisagismo
5-32
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5.3.4.6. Projetos de Recuperação Ambiental de áreas de apoio.
5-33
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• Para as caixas de empréstimo e bota-foras, localizadas na faixa de domínio,
deverão estar detalhados os dispositivos de drenagem e contenção de
sedimentos a serem implantados durante as respectivas operações.
• Destacar que a indicação de usinas de asfalto e instalações de britagem (não
comerciais) tem como implicação a obrigatoriedade da construtora
contratada apresentar o detalhamento das medidas de controle da poluição,
proteção de recursos hídricos e da saúde pública, previstos na legislação
vigente e nas instruções normativas da FATMA.
• Para os canteiros de apoio às obras a projetista deverá apresentar a previsão
dos dispositivos de prevenção da contaminação do solo, de coleta e
tratamento de resíduos e efluentes, de drenagem e redução da poluição por
material particulado, nos termos da legislação vigente e das instruções
normativas da FATMA, para que a construtora proceda ao detalhamento nos
respectivos processos de licenciamento.
Se a empresa contratada para as obras utilizar outras áreas de apoio que não as
licenciadas no Projeto Final de Engenharia, ficará obrigada a efetuar o licenciamento
ambiental das áreas de apoio nos termos das instruções normativas da FATMA,
devendo apresentar à GEMAM projetos de recuperação ambiental conforme indicado
acima.
5-35
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diante de qualquer infração ambiental decorrente da atividade contratada serão
inseridos nos editais de obras nos seguintes termos:
5-36
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• Uma vez que alguma pedreira, jazida ou caixa de empréstimo tenha deixado
definitivamente de ser utilizada na obra, deverá receber, imediatamente, o
tratamento de reabilitação ambiental estabelecido no projeto ou definido
pela Fiscalização. O não cumprimento desta determinação implicará na
aplicação de multa de acordo com o estabelecido no edital.
• ratificamos que tomamos ciência da Lei Federal 9.605/98 - Lei que dispõe
sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente - Lei de Crimes Ambientais, onde no seu Artigo 2º
menciona que "o preposto, dentre outros, de pessoa jurídica que, sabendo
da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando
podia agir para evitá-la, sobre esse incidirá as penas cabíveis";
• tomamos total conhecimento dos estudos e projetos com as respectivas
restrições ambientais, das proposições relativas à preservação do meio
ambiente e à minimização dos impactos ambientais advindos das obras
5-37
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previstas neste Edital, cujas ações serão criteriosamente implementadas,
incluindo o monitoramento ambiental, quando necessário;
• responsabilizamo-nos pela contratação de pessoal qualificado para o
atendimento às questões ambientais, bem como pela elaboração dos
relatórios e documentações relativas aos licenciamentos ambientais, sem
custos adicionais ao DEINFRA;
• assumimos o compromisso de por à disposição da obra, durante o seu
andamento um engenheiro ambiental, agrônomo ou florestal apto em
ciências ambientais, como responsável por todos os serviços ambientais da
empresa e para obter as licenças necessárias ao andamento dos serviços;
• responsabilizamo-nos pelo efetivo atendimento às Licenças Ambientais
(LAP e LAI) da rodovia, assumindo as condições de validade das mesmas
sem custos adicionais ao DEINFRA;
• responsabilizamos pela obtenção e pagamento de taxas das Licenças
Ambientais (LAP, LAI, LAO), das alterações no projeto ocorridas em
função de solicitação nossa e/ou em decorrência de ação de nossa
responsabilidade, objeto do presente edital;
• responsabilizamo-nos pela obtenção das Licenças Ambientais de Operação -
LAO das jazidas, instalações de britagem, usinas e demais requisitos
necessários à regularização das obras e ações previstas nesta Licitação,
junto aos órgãos a nível Federal, Estadual e Municipal (DNPM, IPHAN,
FUNAI, DPU, etc.), quando necessários;
• assumimos toda a responsabilidade pela execução das obras provisórias e
permanentes de proteção ambiental, constantes ou não do plano de trabalho,
acompanhadas pela Consultora e autorizadas pela Fiscalização do
DEINFRA;
• assumimos toda execução e custos inerentes à conservação, manutenção e o
monitoramento ambiental das instalações, canteiro de obras, britagem,
usinas e caminhos de serviço;
• assumimos a responsabilidade pela execução e ônus da limpeza de entulhos,
focos de proliferação endêmicas, higiene e pela qualidade sócio-ambiental
da obra;
5-38
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• assumimos, sem repasse para o DEINFRA, toda a responsabilidade por
danos e ônus, inclusive os pagamento das multas que venham a ser
associados às obras ora licitadas, motivados pelo não cumprimento dos
dispositivos legais ou normativos previstos.
• assumimos o compromisso em permitir a fiscalização ambiental, conforme
previsto no Parágrafo 3º do Artigo 21 do Decreto Federal 99.274/90;
• concluídas as obras, responsabilizamo-nos pela entrega ao DEINFRA do
Relatório de Controle Ambiental devidamente aprovado pelo órgão
ambiental competente, bem como a execução das condicionantes ambientais
para a obtenção da Licença Ambiental de Operação - LAO da obra, de cuja
aprovação dependerá a liberação das cauções contratuais.
• assumimos o compromisso de manutenção de arquivo próprio para reunir
toda a documentação ambiental da obra, inclusive as licenças e
autorizações, assim como o acervo dos respectivos registros fotográficos
antes e depois da execução de obra ou procedimento de caráter ambiental,
de forma a garantir subsídios a eventuais demandas e garantir material
informativo para a confecção do Relatório de Controle Ambiental;
• tomamos conhecimento que o pagamento da última medição, somente será
realizado após a entrega ao DEINFRA do Relatório de Controle Ambiental
devidamente aprovado pelo órgão ambiental competente.
•
5-39
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• A proponente deverá prever medidas de proteção nas operações de
transporte de agregados, massa asfáltica e outros insumos, objetivando
impedir os derrames ao longo de vias públicas.
• Cuidados especiais deverão ser tomados quanto à proteção de toda a
propriedade pública e privada, envolvendo adutoras de água, redes de
energia elétrica, telefone e outros serviços de utilidade pública.
• Para informação e segurança dos usuários, a proponente deverá prever em
seu plano de trabalho, uma sinalização adequada nas frentes de serviço,
desvios e caminhos de serviço.
5-40
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Dentro do item relativo a Obras de Arte Correntes deverão constar as seguintes
orientações:
5-41
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Preservação Permanente, a proximidade de áreas urbanas e a
necessidade de supressão de vegetação;
- à regularização das instalações e dispositivos de controle ambiental
para os despejos líquidos, resíduos sólidos, emanação de gases e
particulados, junto aos órgãos competentes e Prefeituras Municipais;
- à identificação de áreas especiais para as quais deverão ser previstos
procedimentos e cuidados ambientais específicos, tais como áreas de
preservação permanente, unidades de conservação, travessias de
cursos de água, travessias de núcleos urbanos, obras na proximidade
de escolas e outros equipamentos sociais, etc.;
- à divulgação das opções de acesso aos desvios, rotas alternativas,
trechos perigosos, etc., com a orientação à população e usuários para
evitar riscos de acidentes;
- à implementação de treinamento prévio e conscientização aos
trabalhadores encarregados dos serviços de maior responsabilidade,
sobre os condicionantes legais incidentes nas Áreas Legalmente
Protegidas, as restrições e sanções legais quanto à fauna, as
responsabilidades quanto à segurança do usuário e moradores;
- à implementação dos requisitos legais de saúde e segurança do
trabalho e orientação aos trabalhadores sobre a conduta adequada
perante a população residente.
• O Plano de Trabalho, depois de devidamente ajustado e submetido à
aprovação da Fiscalização e da GEMAM, será o documento de referência
para as atividades da construção. A supervisora e a inspeção ambiental
deverão interagir permanentemente e realizar reuniões sempre que
necessário para avaliação ambiental do andamento das obras nas quais
serão: identificadas as eventuais irregularidades ambientais em serviços
executados; discutidas as medidas técnicas para solução das pendências; e
estabelecido cronograma para implementação, bem como programadas as
atividades relativas ao avanço das frentes de obra.
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6.1. Introdução
A execução de obras rodoviárias e de atividades correlatas requer a
implementação de medidas de controle ambiental, tendo como objetivo, além do
cumprimento da legislação ambiental vigente, a manutenção da qualidade da rodovia e
seu entorno.
6-2
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execução de obras e serviços rodoviários. Aplicáveis a todas as modalidades
de obras e serviços rodoviários).
• Medidas para a Recuperação de Passivos Ambientais: Compreende a
implementação das medidas corretivas necessárias para a eliminação de
passivos ambientais identificados durante a fase de projeto e a fase de
conservação de rodovias. Aplicáveis às obras rodoviárias de melhoramento,
restauração e atividades de conservação.
6-3
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• a implementação de todas as medidas de controle ambiental previstas neste
manual durante a execução de obras de construção, manutenção ou serviços
de conservação contratados pelo DEINFRA-SC;
• a provisão do canteiro de obras e das áreas de apoio com os recursos
materiais necessários para a implementação de todas as medidas de controle
ambiental aplicáveis às diferentes atividades construtivas;
• a realização de treinamento de todos os seus funcionários, colaboradores e
fornecedores sobre os procedimentos de controle ambiental aplicáveis às
diferentes atividades ou funções que exerçam no canteiro de obras e/ou nas
áreas de apoio;
• a comunicação à Supervisora e à Fiscalização do DEINFRA-SC sobre
quaisquer eventos ou ocorrências cujas conseqüências impliquem em dano
ou risco ambientais durante a execução das obras, cuja gravidade implique na
adoção de medidas emergenciais;
• a observância, nos serviços de terraplenagem, de um ataque e conclusão das
obras em pequenos segmentos (de 2 a 5 Km), de forma a garantir condições
de segurança e trafegabilidade dos segmentos coincidentes com a estrada
existente;
• a implantação de dispositivos de sinalização provisória e definitiva de modo
a garantir a segurança dos usuários e população adjacente;
• a estrita observância à legislação ambiental e obtenção das autorizações para
a supressão vegetal e dos licenciamentos específicos para as áreas de apoio
(canteiros de obra, instalações industriais, depósitos, jazidas, caixas de
empréstimo etc);
• a previsão no Plano de Trabalho e a execução das medidas ambientais de
proteção do corpo estradal, de recomposição de áreas degradadas, de
proteção vegetal de taludes e áreas adjacentes, de conformação de bota-foras
imediatamente após os serviços da terraplenagem;
• a previsão e a execução da recuperação de passivos ambientais, em projetos
de restauração e serviços de manutenção, antecedendo o início da
pavimentação;
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• a divulgação continuamente aos funcionários, colaboradores e fornecedores
sobre os procedimentos para a correta implementação das medidas de
controle ambiental previstas neste manual, conforme as especificações
técnicas do DEINFRA-SC;
• a garantia do suprimento dos recursos necessários para a implantação dos
dispositivos de controle ambiental no canteiro de obras, nas diversas frentes
de obra ou de serviço e nas áreas de apoio;
• a verificação da correta implantação de dispositivos de controle ambiental
nas frentes de obra ou de serviços e áreas de apoio, conforme as
especificações técnicas do DEINFRA-SC; e
• a conservação e manutenção dos dispositivos de controle ambiental
implantados no canteiro de obras ou nas áreas de apoio sob sua
responsabilidade.
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• o fornecimento de dispositivos de segurança e de coleta de lixo para as suas
equipes durante atividades de campo (topografia, ensaios, etc.); e
• a implementação dos procedimentos para manuseio de resíduos inertes e
perigosos em suas instalações, conforme indicado nos itens subseqüentes.
6-6
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• isolar a frente de obra de interferências externas;
• informar usuários, pedestres, ciclistas e moradores sobre as condições da
rodovia, alterações e/ou interferências no tráfego;
• remover materiais de qualquer espécie que representem risco para o tráfego
de veículos, pedestres e ciclistas (ver item 6.5 - Manuseio de Resíduos
Inertes).
Agentes Orientações
Treinamento sobre medidas de segurança em frentes de obra
abordando:
- isolamento de frentes de obra;
- segurança em operações de máquinas e equipamentos;
movimentação de materiais;
Funcionários alocados nas - uso de dispositivos de segurança;
frentes de obras e áreas de - direção defensiva;
Internos
apoio: - código de conduta.
Fornecimento de dispositivos de segurança:
- trajes com materiais refletivos;
- uso de dispositivos para manuseio de explosivos;
- equipamentos de rádio-comunicação;
- dispositivos de isolamento e sinalização adequados para
cada atividade ou frente de obras.
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Agentes Orientações
Implantação de sinalização
- de advertência sobre os riscos relacionados com as obras
em execução;
Usuários da rodovia - de orientação sobre segmentos em obras; condições do
pavimento no segmento em obras aberto ao tráfego;
interrupções, desvios e rotas alternativas ao tráfego.
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execução da obra e o público externo, que utiliza a rodovia de diferentes maneiras. Por
essa razão, é imprescindível que a sinalização implantada:
• seja facilmente legível por todos que trafegam pela rodovia em obras, seja
durante o dia, seja durante a noite e sob diferentes condições climáticas;
• esteja sempre em condições satisfatórias de conservação; e
• esteja implantada nos locais necessários.
6-11
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• Controlar o trânsito de veículos durante as intervenções da obra ou atividades
de conservação rotineira que ocupem uma das faixas de rolamento.
• Delimitar e identificar o segmento com obras ou atividades de conservação
rotineira em execução.
O isolamento dos locais de risco nas frentes de obra e serviços rodoviários tem
por finalidade:
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bairros ou localidades rurais, cuja população não está acostumada a conviver com
tráfego intenso.
6-14
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Para evitar ou minimizar esse efeito negativo das obras, é necessária a
implementação de medidas de segurança por parte da construtora para garantir o
tráfego, sendo necessário:
6-15
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No Quadro a seguir são apresentados os tipos de resíduos inertes mais comuns
gerados em obras rodoviárias durante as diversas fases da construção.
6-16
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• Todos os funcionários da construtora e da supervisora alocados em obras
contratadas pelo DEINFRA-SC devem ser orientados sobre a correta
disposição do lixo gerado nas frentes de obra e nas áreas de apoio.
• É terminantemente proibida a incineração (queima) de resíduos inertes de
qualquer natureza, seja no canteiro de obras, seja nas áreas de apoio.
• É terminantemente proibida a disposição final de resíduos inertes de qualquer
natureza em aterros a céu aberto (lixões).
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Tipo de
Coleta Disposição final Observações
resíduo
Remoção tão Quando se tratar de vegetação nativa, observar
logo finalizadas as condicionantes da Autorização para supressão
Enterrar raízes grandes na faixa de domínio.
as atividades de vegetal. – AuC, expedida pela FATMA
Restos vegetais Restos vegetais podem ser enviados para aterros
corte e supressão O transporte e a comercialização de troncos de
controlados ou sanitários.
vegetal árvores de espécies nativas devem ser
devidamente licenciados pelo IBAMA.
Remoção do Blocos grandes e matacões podem ser enterrados na
bordo da pista e faixa de domínio, quando não forem necessários na
Quando resultantes de desmonte por meio de
acostamento, tão obra.
explosivos, verificar a existência de cargas não
Rochas logo sejam Podem ser enviados para terceiros.
detonadas, conforme normas regulamentares do
concluídas as Podem ser enviados para bota-foras.
Ministério da Defesa.
atividades de Podem ser enviados para aterros controlados ou
desmonte aterros sanitários.
Remoção dos Materiais de construção devem ser reutilizados ou
Observar as determinações da Resolução
Materiais de entulhos reciclados, quando possível.
CONAMA 307/03 sobre reutilização,
construção concomitante ao Podem ser enviados para aterros controlados, aterros
reciclagem e disposição final de resíduos da
(entulho) andamento dos sanitários ou aterros específicos para resíduos da
construção civil.
serviços construção civil.
Podem ser utilizados por terceiros para revestimento
CAUQ/CBUQ, Restos devem
de vias públicas e acessos particulares.
restos de ser removidos da
Podem ser enviados para aterros controlados ou
fresagem frente de obra.
aterros sanitários.
Diária, em todas Observar as determinações da Resolução
as frentes de CONAMA 275/01 sobre a gestão de resíduos.
Lixo das frentes
obra, que devem Lixo das frentes de obra deve ser enviado para O lixo reciclável pode ser entregue a terceiros.
de obra e áreas
dispor de concessionária ou serviço público de limpeza urbana.
de apoio
recipientes para
recolher o lixo.
6.5.1.2. Abastecimento
• o abastecimento de máquinas e veículos em atividade nas frentes de obra
deve ser efetuado em locais afastados de corpos d’água, canais fluviais, rede
de drenagem ou canais de irrigação;
• os veículos que efetuam o abastecimento de combustíveis e lubrificantes em
máquinas, conhecidos como “melosas”, devem dispor de material absorvente
(estopas, serragem, folhas de celulose) para contenção de pequenos
vazamentos; tais veículos devem ser conduzidos a velocidades reduzidas para
evitar acidentes;
• caso ocorram pequenos vazamentos:
- devem ser rapidamente contidos utilizando-se material absorvente;
• caso não seja possível conter o vazamento com o material absorvente, devem
ser implementadas as ações emergenciais;
• funcionários encarregados de realizar as operações de abastecimento no
canteiro de obras e nas áreas de apoio devem estar instruídos sobre os
procedimentos para prevenção e contenção de vazamentos e manuseio de
resíduos perigosos;
6.5.2.2. Efluentes
• óleo e graxa resultantes da manutenção e lavação de máquinas e veículos
devem ser encaminhados para empresas especializadas no reprocessamento
de lubrificantes, desde que devidamente autorizadas pela ANP e licenciadas
pelo órgão ambiental;
• quando houver a necessidade de implantar alojamentos para funcionários em
áreas de apoio, os efluentes sanitários devem receber tratamento primário em
sistema de fossas sépticas e sumidouro, construído nos termos das normas da
ABN;.
• frentes de obra ou atividades em locais fixos que utilizem mais de 10
funcionários por períodos prolongados (por exemplo, construção de pontes)
devem ser dotadas de banheiros químicos ou banheiros de campanha.
Banheiros de campanha devem ser construídos respeitando-se a distância
mínima de 50 m em relação a corpos d’água, leitos fluviais ou áreas
alagadiças;
• os custos relativos à disposição final de efluentes, independentemente do
volume ou da quantidade, são de responsabilidade exclusiva da construtora,
não cabendo o repasse ao DEINFRA-SC;
6.5.3. Registro dos procedimentos de disposição final de resíduos perigosos
6.6.1.3. Bota-foras
• Na fase de projeto e na fase de obras a implantação de bota-fora(s) deve
observar: - a proximidade de corpos d’água, canais fluviais e de irrigação,
drenagem urbana, áreas de preservação permanente e unidades de
conservação;
- a proximidade de edificações ou benfeitorias e áreas de cultivo; e
6.6.1.4. Jazidas
• A implantação de jazidas de rocha, solo e areia requer a apresentação prévia
dos seguintes documentos:
- Autorização do proprietário da área para extração de materiais,
aplicável a jazidas sem fins comerciais, utilizadas especificamente para a
obra contratada pelo DEINFRA-SC ;
- Autorização para lavra, emitida pelo DNPM (jazidas comerciais).
resguardado contra sanções por parte das autoridades competentes no que diz
respeito ao descumprimento das condicionantes do licenciamento ambiental
da rodovia. Se o proprietário se recusar a assinar a declaração de
responsabilidade, a GEMAM deverá ser comunicada do fato, para que possa
notificar formalmente a FATMA para que tome as devidas providências no
sentido de desvincular a emissão da LAO – Licença Ambiental de Operação,
da recuperação do passivo ambiental em questão.
• Durante a execução de obras de recuperação de passivos ambientais devem
ser implementadas todas as medidas de segurança, manejo de resíduos
inertes, manejo de resíduos perigosos e de controle de erosão e assoreamento,
indicadas anteriormente.
• Após a fase de pavimentação, é comum a ocorrência de intervenções de
terceiros na faixa de domínio, resultando em novos passivos ambientais cuja
recuperação implicaria em custos adicionais não previstos. Nesses casos, a
supervisora deve informar o DEINFRA-SC, que deverá definir as
providências para a recuperação dos novos passivos.
• Considera-se a recuperação de passivos ambientais finalizada após a
verificação em campo por parte da equipe de Supervisão Ambiental, que
deverá informar a GEMAM sobre a adequação das medidas implementadas.
Nos casos em que a recuperação implica em execução de hidrossemeadura
em taludes, será considerada finalizada quando o revestimento vegetal estiver
plenamente desenvolvido, recobrindo integralmente a superfície do talude.
• Atrasos na recuperação de passivos ambientais sem justificativa técnica são
considerados como irregularidade, passível de sanções pelo DEINFRA-SC
em relação à construtora e à supervisora.
Certificado
GEMAM Mensal GECON GENOB
Gerência de Meio Ambiente Gerência de Contratos Gerência de Engenharia de Obras
Notificação
Reincidência
Notificação
INSPETORIA Informação
6-40
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OCORRÊNCIA DE EMISSÃO DE
IRREGULARIDADE NOTIFICAÇÃO
DOCUMENTADA AMBIENTAL
EMISSÃO DE
INFORME
AMBIENTAL SIM
IRREGULARIDADE
CORRIGIDA
NÃO
IRREGULARIDADE NÃO
CORRIGIDA
REUNIÃO MENSAL
DE CERTIFICAÇÃO
SIM
BAIXA DA
OCORRÊNCIA
AMBIENTAL
CERTIFICADO
AMBIENTAL
CERTIFICADO DE CERTIFICADO DE
IRREGULARIDADE CONFORMIDADE
6-41
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A apresentação deste conteúdo será feita dentro dos mesmos padrões aplicáveis
aos projetos rodoviários quanto a formatação, composição e encadernação (DEINFRA).
6-44
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7. OPERAÇÃO
A aplicação dos procedimentos ambientais desde a concepção dos projetos até a
sua implantação implicou no atendimento das exigências legais e técnicas quanto a
excelência ambiental resultando em rodovias melhor integradas à paisagem e com os
indicadores de qualidade devidamente documentados, como foi o caso das rodovias
inseridas no Programa Rodoviário de Santa Catarina – Etapa IV (BID IV). Contudo, a
malha viária em operação concluída anteriormente foi concebida dentro de outros
níveis de exigências, não comportando projetos ambientais específicos nem
acompanhamentos sistemáticos de sua implantação quanto a parâmetros de qualidade
ambiental.
Para atingir estes objetivos o SAM está constituído dos seguintes Módulos
Básicos:
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• Planejamento da Manutenção
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O SAM passa a ter caráter mais abrangente podendo consolidar mais de uma
campanha de verificação e, dentro dos mesmos objetivos, o acompanhamento, a
verificação e decisão, em função das diretrizes ambientais dos Planos de Gestão
Ambiental e das determinações da Secretaria de Desenvolvimento Regional, aos quais a
respectiva manutenção está subordinada.
7-8
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Entre os temas de interesse para estes projetos de educação ambiental, além dos
que serão sugeridos pelos estudos específicos, destacam-se:
7-10
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BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DNER (1996); "Instruções de Proteção Ambiental das Faixas de Domínio e Lindeiras das Rodovias
Federais".