No dia 7 de novembro de 1940 em Washington (EUA), mais precisamente no
estreito de Takoma e as 11h10 horário local, entrou em colapso a ponte pênsil de aproximadamente 1600 m após oscilar por aproximadamente 10 horas. Na madrugada do dia em que ocorreu o colapso, os ventos atingiram a velocidade de 64 km/h, fazendo com que a ponte oscilasse muito juntamente com os cabos de sustentação alcançando o valor de uma das frequências naturais da ponte. A frequência de oscilação da ponte chegou a 36 ciclos por minuto com uma amplitude de 90 cm, aliado a isso a falta de rigidez transversal e torcional da ponte fez com que a mesma desabasse sobre o rio.
Millenium Bridge e Ponte Pedro e Inês
Um dos casos mais emblemáticos relativamente ao problema de amplificação de vibrações foi a Millennium Bridge, com 325 m de comprimento, em Londres. No dia da sua inauguração, a 10 de Junho de 2000, o movimento sincronizado da multidão que atravessou a ponte, provocou vibrações horizontais e torcionais excessivas. Devido ao excessivo movimento horizontal e torcional da estrutura as pessoas que a percorriam, numa tentativa de manterem o equilíbrio, sincronizaram os seus movimentos com os da ponte, esta sincronização provocou uma amplificação das vibrações e consequente instabilidade dinâmica. Com o aumento das oscilações gerou-se algum incómodo e insegurança na multidão. Alguns dias depois a ponte foi fechada ao público e após estudos efetuados verificou-se que o fenômeno que ocorrera foi o “lock-in effect”. Bastante semelhante ao caso da Millennium Bridge aconteceu com a ponte Pedro e Inês, em Coimbra, que faz a ligação entre as margens do Rio Mondego também foi caso de estudo sobre o fenómeno lock-in. A estrutura tem 275 m de comprimento e é constituída por um arco parabólico que vence um vão de 110 m, e possui também uma característica peculiar na sua geometria, que aproximadamente a meio vão apresenta um desalinhamento em planta. A frequência lateral que a ponte apresentava era considerada crítica e o fenómeno lock-in tinha uma grande probabilidade de ocorrência.