Você está na página 1de 25

MICROECINOMIA

- A principal questão da economia é a escassez de recursos, portanto a ideia é que


a sociedade como um todo deve se organizar e fazer escolhas de modo a tentar
produzir os bens e serviços de forma eficiente, ou seja, empregando de forma
racional os recursos disponíveis (fatores de produção), visando otimizar (melhorar)
seus resultados, maximizando (aumentando) o nível de bem-estar da população.

- Po

Podemos incluir ONDE? E QUANDO?

-CUSTO DE OPORTUNIDADE: Cada escolha que fazemos implica abrir mão de uma
opção em detrimento daquela que escolhemos. CUSTO DE TRADE-OFF

- CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO – CPP, TAMBÉM CHAMADA DE


FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO – FPP.
 Côncavo
 Ilustra a escassez, escolha e custo de oportunidade
 CPP expressa a capacidade máxima de produção de uma empresa, setor
econômico ou até de um país. Pleno emprego
 Pontos E D C B A Pleno emprego dos recurso
 Ponto Z Além da capacidade - Ponto Y ociosidade de recursos
 Movimento para direito – Aumento de recursos (crescimento) Para esquerda
– Diminuição de recursos. (Decresce)
 Movimento sobre a curva – Mudança na alocação de recursos.
 A curva de possibilidade de produção tem como característica marcante o fato
de DECRESCER a taxas cada vez maiores em virtude do custo de
oportunidade entre a produção de um bem e outro SER CRESCENTE, ou seja,
em decorrência da adaptabilidade imperfeita dos recursos na produção de dois
bens.
 A curva reta determina que os bens produzidos são plenamente substituíveis.
(Cerveja e Chopp)

- Em termos microeconômicos, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os


preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados) das
mercadorias.

- 3 pressupostos básicos da análise microeconômica:condição ceteris aribus, o


papel dos preços relativos e o objetivo da empresa.

Teoria elementar de funcionamento do Mercado

- Mercado - os dois elementos fundamentais do mercado: a demanda


(procura/compradores/consumidores), e a oferta (produtores/vendedores)!

- A Demanda é a quantidade de um determinado bem que os Consumidores estão


aptos e dispostos a adquirir, em determinado período de tempo, os diversos preços
alternativos. A quantidade demandada de um determinado bem é inversamente
proporcional ao seu preço, tudo o mais permanecendo constante (o velho ceteris
paribus).
- Fatores ou aspectos determinantes da demanda são: (Deslocamento da Curva)
1. preço do bem - quando o preço do bem “x” aumenta, a quantidade demandada
desse mesmo bem diminui (Lei Geral da Demanda)
2. preço dos outros bens: SUBSTITUTO: Se aumenta o preco do substituto,
aumenta o consumo do bem principal – COMPLEMENTAR: Se aumenta o preco do
bem complementar, diminui o consumo do principal.
3. renda do consumidor: Quando a renda do consumidor aumenta, a demanda de
um bem ou serviço também aumenta, ou seja, nesse caso temos uma relação direta
entre renda e quantidade demandada. (bens normais ou superiores). Bens
Inferiores: EX: Carne de terceira. Há uma relação inversa. O chamado bem de Giffen
é uma “elucubração” da teoria econômica e caracteriza um bem cujo consumo
aumenta quando os preços são aumentados e cujo consumo diminui quando os
preços são diminuídos.
4. gosto ou preferência do indivíduo: O efeito da mudança causa assim um
deslocamento da curva de demanda para a direita (aumento) ou para a esquerda
(redução) de acordo com a mudança no gosto ou preferência do consumidor

- O deslocamento na curva de demanda é determinado apenas pelo preço do produto.

-A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores


desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante. Curva
crescente.
• preço do bem – Deslocamento na curva.
• custo dos insumos – Aumento do preco desloca a curva para esquerda.
• tecnologia disponível; Melhora da tecnologia desloca a curva para direito
• produtos concorrentes; Aumento no preco desloca a curva para direita
• expectativa do produtor sobre os preços futuros; Aumento dos preços futuros
desloca a curva para direita
• impostos ou subsídios. Aumento dos impostos desloca a curva para esquerda.

Equilíbrio de Mercado

- O preço de equilíbrio é aquele com o qual a quantidade procurada é precisamente


igual à quantidade oferecida.
• Excesso de demanda: quando o preço do bem estiver abaixo do preço de
equilíbrio, ou seja, os consumidores estão dispostos a consumir mais do que é
ofertado pelas empresas. Essa situação fará o preço subir.
• Excesso de oferta: quando o preço do bem estiver acima do preço de
equilíbrio, ou seja, a quantidade ofertada do bem é maior do que os consumidores
desejam consumir desse bem.

- A alteração do equilíbrio ocorre quando há um deslocamento da curva de demanda


ou de oferta.
Elasticidades
- A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de
certas mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus
respectivos preços.

 Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade,


indispensáveis à subsistência do consumidor. Esses bens não são
sensíveis ao fator preço. Ex.: sal
 Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à
subsistência do consumidor. Assim, podemos dizer que eles são “sensíveis”
ao fator preço.
O
- O grau de sensibilidade ao preço, ou seja, a variação nas quantidades compradas
em função das variações dos preços, indica se um bem é mais ou menos elástico.

- A Elasticidade preço da demanda - EPD mede a variação (o aumento ou


diminuição) em valores unitários ou em percentagem da quantidade
demandada devido a uma mudança nos preços.
Em situações normais, a demanda tende a ser mais elástica quando:
• o bem é considerado de luxo;
• o horizonte de tempo é maior;
• existem mais bens substitutos;
• o mercado é mais restrito.

O resultado nos diz que para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a
quantidade variará em 0,8%. Já o sinal negativo da elasticidade indica que a variação
na quantidade será emsentido contrário da variação de preço. Desse modo, se o
preço aumentar em 1% a quantidade demandada cairá em 0,8%.
-A demanda por bens e serviços é classificada de acordo com o seu grau de
elasticidade em cinco categorias.
• Inelástica: a quantidade demandada não responde com muita intensidade a
alterações nos preços EPd < 1;
• Elástica: a quantidade demandada responde, com muita intensidade, a alterações
nos preços EPd > 1;
• Unitária: a quantidade demandada muda na mesma proporção que o preço se
altera. Assim o resultado da Epd é sempre igual a 1. Exemplo: um aumentono preço
de 10% gera uma diminuição da quantidade demandada tambémde 10%.
• Perfeitamente Inelástica: a quantidade demandada não muda se houver
uma alteração nos preços. Mas saiba que existe essa possibilidade na teoria e
aparece, inclusive, em gráfico e cai em prova de concurso, como veremos a seguir.
• Perfeitamente Elástica: a quantidade demandada muda infinitamente
com uma alteração nos preços. Também não consigo ver um exemplo prático
“perfeito” para dar para vocês. Da mesma forma, saiba que existe essa possibilidade
na teoria e aparece inclusive em gráfico e cai em prova de concurso, como veremos
ainda hoje.

-A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no preço


de um produto provoca na quantidade demandada de outro produto (“coeteris
paribus”).
 Se os bens A e B são complementares, então um aumento do preço de A
gera uma redução na demanda por B, de maneira que a elasticidade-
preço cruzada é negativa.
 Se os bens A e B são substitutos, então um aumento do preço de A gera
um aumento na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço
cruzada é positiva.
-A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada
de um bem muda com uma alteração na renda dos indivíduos.
 Um aumento na renda dos indivíduos aumenta a quantidade demandada
de bens normais (lembra a carne de 1ª), mas diminui a de bens inferiores
(aqui representados pela carne de 2ª).
 bens necessários tendem a ter uma demanda inelástica, como por
exemplo: comida, combustíveis, serviços de saúde etc.
 Bens de luxo ou supérfluos, tendem a ter uma demanda elástica, como
por exemplo: roupas de marca, perfumes importados, lanchas etc.

- A elasticidade-preço da oferta
Essa variação, normalmente é afetada, ou melhor, determinada pelos seguintes
fatores:
• habilidade dos produtores de mudar a quantidade produzida de um determinado
bem. Exemplo: naquela nossa propriedade podemos deixar de produzir uvas e passar
a produzir mangas.
• tempo. A oferta é mais elástica no longo prazo, pois desse modo os produtores/
empresários têm mais tempo para se adaptar.

TEORIA DO CONSUMIDOR
- Ainda vamos entender melhor esse aspecto, mas por hora guarde que a chamada
regra de ouro do consumidor nos diz que a utilidade marginal do último Real gasto
em cada bem deve ser igual em todos os bens.

- Merece destaque ainda no campo da análise microeconômica o chamado Princípio


da Racionalidade, aquele que nos revela que as empresas sempre têm como
objetivo a maximização dos lucros condicionados pelos custos de produção, enquanto
os consumidores procuram sempre maximizar sua satisfação no consumo de bens e
serviços, em função da sua limitação de renda e dos preços dos bens e serviços.
Temos aqui um “cabo de guerra” movido por interesses antagônicos do ponto de vista
econômico.

-Utilidade:
• não ser mensurável: não existe uma unidade de medida para mensurar a
utilidade;
• ser comparável: mesmo não sendo mensurável, cada pessoa pode comparar
a utilidade de um bem, em relação a outro, pelo julgamento de que um será mais útil
que o outro;
• depender da percepção de cada indivíduo: está ligada ao nível de
informação e cultura de cada indivíduo, de forma que determinado bem pode ser de
grande utilidade para um e nenhuma para outro (ex.: quando jovem, um rapaz
considera desejável e útil um carro esportivo; quando casa e tem filhos, passa a
considerar mais útil e desejável um carro espaçoso e seguro).

- De acordo com a abordagem ordinal da utilidade, aquela normalmente cobrada em


provas de concursos públicos, não precisamos saber o tamanho da diferença de uma
ordenação de utilidade, ou seja, não importa saber a diferença entre os valores
atribuídos a cada cesta já que a abordagem utilidade cardinal não nos interessa,
bastando sabermos a ordenação das cestas em termos de preferência do
consumidor.

- A utilidade marginal mede a variação na utilidade total em função de uma


variação na margem de um dos bens que compõem a cesta de consumo. Lei da
substituição: guarde que quanto menos de um bem se tem, maior é a utilidade
marginal desse bem. Em contraste, quanto mais se tem de um bem qualquer, menor
é a sua utilidade marginal.

- A Lei da Utilidade Marginal Decrescente nos diz que, à medida que aumenta o
consumo de um bem, sua utilidade marginal decresce.

-A primeira lei de Gossen a que nos revela que, à medida que se consome mais do
bem, a utilidade de cada unidade adicional consumida desce; e a segunda lei de
Gossen, a que nos diz que o consumidor, para obter o máximo de satisfação, deve
consumir até que a utilidade marginal do último Real gasto em cada bem seja igual
em todos os bens.
- Preço Marginal de Reserva é o preço máximo que o consumidor está disposto a
pagar por um determinado bem ou serviço. Ele diminui a cada unidade adicional. Daí
pode-se calcular o Excedente do Consumidor, que é a diferença líquida em dinheiro
entre o que o consumidor está disposto a pagar e o valor que um consumidor obtém
quando consome um bem ou serviço. Em suma, o Excedente do Consumidor é
como se fosse o “lucro” do consumidor, ou seja, em outras palavras é a diferença
entre quanto ele pagaria e quanto ele pagou efetivamente.

- A curva de indiferença é uma linha em que todos os pontos correspondem a


combinações de dois bens que proporcionam ao consumidor o mesmo nível de
satisfação/utilidade. Como veremos adiante, a curva de indiferença clássica é
negativamente inclinada e de formato convexo, sendo a representação no eixo
vertical das quantidades demandadas de um bem qualquer e no eixo horizontal as
quantidades demandasde um outro bem qualquer. É importante guardar que, como
a curva de indiferença apresenta cestas indiferentes ao consumidor, duas
curvas não podem se cruzar.

-Guarde também que a taxa de troca entre os bens é negativa, já que para consumir
mais de um bem, o consumidor precisa abrir mão do consumo de outro bem, gerando
uma curva negativamente inclinada. Outro aspecto importante diz respeito ao fato de
que a taxa de troca entre os bens é decrescente à medida que nos deslocamos à
direita na curva.
- Os bens que são substitutos perfeitos possuem curva de indiferença
com inclinação constante.

- A Teoria da Preferência do Consumidor tem por base 3 premissas fundamentais,


que obedecem aos princípios da racionalidade e da razoabilidade:
• integralidade (as preferências são completas): indica que dois ou mais consumidores
podem comparar e ordenar todas as cestas do mercado, ou seja, ou será ainda
indiferente a qualquer uma delas, portanto qualquer uma das cestas deixaria o
consumidor igualmente satisfeito. Destaca-se que as preferências não são
influenciadas pelo preço, que age apenas por ocasião da compra. (Exemplo: um
consumidor prefere livros a revistas, porém pode optar pelas revistas, em função do
preço do livro.)
• transitividade (as preferências são transitivas): aí a racionalidade do consumidor,
pois se um consumidor prefere o produto X ao produto Y, e prefere o produto Y ao
produto Z, também prefere o produto X ao produto Z.
• reflexividade, a aspiração (todas as mercadorias são boas e desejáveis (mais é
melhor = consumidor insaciável): desconsiderando os preços, presume-se que todas
as mercadorias são desejáveis. Desta forma os consumidores sempre preferem
quantidades maiores de uma mercadoria.

- Como todos têm uma renda limitada, em cada período de tempo, o consumidor
optará pela cesta de consumo que melhor se adapta a seu limite
de renda.

- Assim, quando os preços (PA e PB) e a renda (m) variam, a regra é que o conjunto
orçamentário também varie. Repare que, quando a renda aumenta, o conjunto
orçamentário se expande e a reta orçamentária se desloca paralelamente para a
direita, em contraste com a situação posta, ou seja, quando temos uma redução da
renda o conjunto orçamentário se retrai e a reta orçamentária se desloca
paralelamente para a esquerda. Quando somente os preços variam, ocorre uma
variação na inclinação da reta.

Equilíbrio do Consumidor

-O equilíbrio do consumidor corresponde à sua escolha ótima, aquela que


corresponde à maximização da sua satisfação, considerando as suas limitações
orçamentárias e o valor disponível para o consumo.

- O equilíbrio do consumidor é localizado no gráfico no ponto A, ou seja, o ponto em


que a reta orçamentária (linha vermelha) tangencia a curva de indiferença mais
distante da origem, pois esse ponto revela a sua maximização da utilidade.
Efeitos dos Impostos e Subsídios sobre a Escolha do Consumidor

-O governo intervém na formação de preços de mercado, em nível microeconômico,


quando fixa impostos e subsídios, estabelece critérios de reajustes do salário mínimo,
fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda
congelamento de preços e salários.

- Os objetivos do governo em determinar um imposto sobre a produção ou consumo,


como no caso do ICMS e do IPI, de um bem ou serviço podem ser desde o aumento
da arrecadação (caráter fiscal) até a queda da produção e aumento de preço do bem
para desestimular seu consumo (caráter extrafiscal). O objetivo da implementação de
um imposto para aumento do preço do bem, com a consequente queda da produção
e consumo, pode ocorrer, por exemplo, pela presença de um processo produtivo
altamente poluidor ou por ser o seu consumo prejudicial ao consumidor (caso do
cigarro). Os resultados para o setor produtivo são ruins, causando perda de
empregos, produção e renda. Para os consumidores, temos perda de estar do
usufruto de determinada quantidade do bem pelo aumento do preço. Já no caso
do subsídio, chamado frequentemente de imposto negativo, o governo
desembolsa valores com objetivo de aumentar a produção e causar a queda do
preço do bem ou serviço para o consumidor, estimulando assim o aumento do
consumo e do seu bem-estar. Outra maneira comum do Governo atuar no mercado,
causando o seu desequilíbrio, é por meio do Imposto de Importação que é o imposto
que incide sobre o preço dos bens e serviços importados.
Ao aumentar esse imposto, o preço final destes produtos sobe e o volume de vendas
diminui. Nesse caso, o objetivo principal da política é proteger o setor interno, com
argumentos baseados em indústria nascente e geração de empregos. Mas vale
ressaltar que o agente econômico prejudicado diretamente pela política de
impostos de importação é o consumidor dos produtos e serviços que pagam
preços mais altos e diminuem o consumo reduzindo seu bem-estar.

Curvas de Engel
-A curva de Engel serve para representar graficamente como a despesa de uma
família, em relação ao consumo de um determinado bem ou serviço, varia em
função da variação do rendimento dessa mesma unidade familiar. A curva de
Engel relaciona o consumo ótimo de cada bem com o nível de rendimento que o gera,
ou seja, para cada ponto da curva “consumo x rendimento” são relacionados os
valores da renda e os correspondentes valores de consumo de dois bens sendo
possível, a partir daí, construiras curvas de Engel para cada um dos bens.

-A conclusão a que se chegou por meio das curvas de Engel é a chamada “Lei de
Engel”, que comprovou estatisticamente que quanto mais rica uma família é, menor
é a parcela do orçamento gasta em alimentação.

Taxa Marginal de Substituição (TMS)


- A TMS é a razão das utilidade marginais de dois bens, o valor relativo das duas
última unidades consumidas de cada bem, a qual equivale à taxa,na margem, a
que se troca um bem pelo outro, mantendo a utilidade. Taxa marginal de
substituição é o quanto um consumidor está disposto a trocar
de um bem que possui por outro, a fim de manter seu grau de utilidade inalterado,
permanecendo sob a mesma curva de indiferença.

- A TMS é negativa, pois para adquirir mais unidades de um bem é necessário abrir
mão de unidades do outro bem, ou seja, os dois bens estão relacionados
negativamente nesta escolha.

- É importante destacar que, exceto em curvas de indiferença de substitutos ou


complementares perfeitos, a TMS é a mesma em todos os pontos.

- A lição econômica por trás dessa teoria é que o consumidor maximiza utilidade ao
igualar:
1) a razão de troca é dada pelo mercado, que informa o custo de oportunidade da
aquisição de uma unidade de X em termos de unidades do bem Y; e

2) a razão entre as utilidades marginais de x e y, que é a taxa marginal de substituição,


representa a quantidade que o consumidor abre mão no consumo de y para consumir
mais de x, permanecendo com o mesmo nível de satisfação, ou seja, permanecendo
na mesma curva de indiferença.

Teoria da Produção

Curto prazo: é o período de tempo no qual existe pelo menos um fator de


produção fixo.
Longo prazo: é o período de tempo no qual todos os fatores de produção variam.

-Já o Produto Médio de um insumo é o produto total dividido pelo montante do


insumo utilizado para produzir esse produto. Assim, o produto médio é a proporção
produto-insumo para cada nível de produção e o correspondente volume de
insumo.

- O Produto Marginal de um insumo é o acréscimo do produto total atribuível ao


aumento de uma unidade de insumo variável no processo de produção, mantendo-se
constante todos os demais insumos.

- A lei dos rendimentos decrescentes descreve o sentido geral e a taxa de


mudança na produção da firma quando varia a quantidade de apenas um
recurso/insumo no curto prazo.

- Quando aumentamos a quantidade do fator variável, mantendo as demais


constantes, a produção aumenta inicialmente a taxas crescentes, depois a taxas
decrescentes, atinge um máximo e finalmente decresce.

- A lei dos rendimentos decrescentes não se impõe, necessariamente, no longo


prazo.

- Isoquanta significa igual quantidade e pode ser definida como sendo uma linha na
qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que indicam a
mesma quantidade produzida, expressando os vários métodos ou processos
alternativos de produção, que proporcionam a mesma quantidade produzida.
Substituibilidade perfeita: a substituibilidade perfeita ocorre quando a elasticidade
de substituição é infinita.
Nesse caso, a curva de isoquanta é perfeitamente constante.
Complementaridade perfeita: é o caso oposto, em que os dois fatores/mercadorias
devem ser utilizados em coeficientes fixos. SIGMA ZERO/ÂNGULO RETO
- Quando as curvas de isoquantas interceptam a reta de isocusto, é a
determinação da combinação ótima dos fatores ante a limitação da firma. Assim,
do gráfico abaixo depreende-se que o ponto C mostra o ponto eficiente (isocusto e
isoquanta).

- A otimização dos resultados da firma poderá ser obtida quando for possível
alcançar um dos dois objetivos seguintes:
a) maximizar a produção para um dado custo total; ou
b) minimizar o custo total para um dado nível de produção.
-
- O lucro máximo de uma empresa é alcançado quando a receita marginal é
igual ao seu custo marginal, ou seja, enquanto a firma estiver produzindo com custo
marginal inferior à receita marginal, ela deve continuar produzindo e aumentando seu
volume de produção, já que cada unidade adicional produzida gera mais receita que
custo, ou seja, incrementa o seu lucro total.
- Observe que a curva de custo marginal (CMa), na verdade, cruza tanto com a curva
de custo variável médio (CVMe) quanto com a curva de custo médio ou custo total
médio (CMe) em seus pontos mínimos.

- O custo marginal começa a ser majorado quando o custo médio total está sendo
reduzido.

Estruturas de Mercado

-Monopólio Estrutura de mercado representa uma situação em que há apenas um


único vendedor ou prestador de serviço, de maneira que este se caracterize
como a única fonte para suprir essa demanda.
 Desse modo, ainda que detenha grande capacidade de determinar uma maior
lucratividade, o monopolista não consegue ter domínio sobre o preço e a
quantidade.
 Em relação às vantagens das estruturas monopolísticas destacam-se as
economiasde escala, tão necessárias em determinados tipos de atividade
econômica.Deve-se ressaltar, porém, que o problema decorrente das
economias de escala obtidas pelo poder de monopólio é que nem sempre os
ganhos são repassados ao consumidor, sendo na maioria das vezes
apropriados em sua totalidade pelo produtor. Em relação às desvantagens do
poder de monopólio, destaca-se a possibilidade da firma monopolista se tornar
ineficiente em detrimento da falta de competitividade.
 o custo marginal e a receita marginal continuam os mesmos, a empresa não
tem um incentivo para mudar seus preços numa situação de aumento dos
tributos por parte do Governo, tendo em vista que o preço escolhido por ela
antes do imposto já é o preço que maximiza seu lucro. Desse modo, o ônus do
imposto acaba sendo suportado pela empresa monopolista.

-Monopsônio É a estrutura de mercado inversa ao monopólio. Nesta estrutura,


existem diversos produtores de bens ou serviços, porém apenas um comprador.
 Desse modo, os monopsonistas, assim como os monopolistas, são ditadores
de preço, e não tomadores.

-Oligopolio: Poucos fornecedores.


 Mdelo de Cournot: cada firma tem a quantidade definida pela concorrência e
avalia a sua demanda residual agindo como se fosse um monopolista.
 Modelo de Bertrand: é um modelo de concorrência imperfeita oligopolista
usado em economia que descreve as interações entre as firmas, que de um
lado definem os seus preços, e, de outro, os compradores, que decidem quanto
comprar de acordo com o preço dado.
 Oligopólio puro: não há um bom substituto para o produto que as empresas
oligopolistas produzem, ou seja, pelo fato de oferecerem um produto
padronizado sem diferenciação. No Brasil, existem alguns segmentos que
exemplificam este tipo de oligopólio, como os setores de cimento, vidro plano
e liso e aço, entre outros.
 Oligopólio diferenciado: é mais comum na economia do que o oligopólio
puro. Existe certa diferenciação de produto, de maneira que cada produtor
desfruta de algum poder de monopólio sobre seu produto; só que existem bons
substitutos para ele.

- Concorrência Monopolística: porém os produtos apresentam características


não homogêneas
 Passa por uma faze parecida com o monopólio / tem relação com a preferencia
do consumidor

-Concorrência Perfeita: Atomizado/produtos totalmente substituíveise homogenios.


 livre mobilidade: os agentes podem entrar ou sair do mercado em busca de
uma situação que lhes seja mais conveniente, sem conviver com a existência
de barreiras;
 ausência de externalidades: como não há diferenciação entre os produtos e
os agentes são tomadores de preço, não existem vantagens ou desvantagens
em se optar por este ou por aquele bem ou serviço; Tomadores de preco.
 transparência: as informações são disponibilizadas para todos os agentes
presentes no mercado. Neste sentido, não existe assimetria de informações.
Na teoria, em uma estrutura de mercado de concorrência perfeita, os recursos
escassos são empregados com o máximo de eficiência alocativa.
Na realidade atual de uma sociedade de economia moderna, em que na verdade
predomina a estrutura de mercado imperfeita, ocorrerem as falhas de mercado,
portanto o uso eficiente dos recursos escassos requer intervenção governamental.
As falhas de mercado relacionadas pela Teoria Econômica são as seguintes:
a) Imperfeições na concorrência
A falta de concorrência faz com que normalmente o monopólio produza uma
quantidade menor de bens e serviços do que o mercado do tipo concorrência perfeita,
e a um preço unitário mais elevado. Assim, a economia estará perdendo eficiência, e
gerando um nível de bem-estar menor.
A intervenção do governo se dá, nesses casos, por meio de instrumentos de
regulação, pelos quais se busca proibir as práticas ante concorrenciais, e estimular
uma maior competição entre as empresas.
b) Mercados incompletos
Os mercados incompletos são aqueles que poderiam ser explorados pelas empresas
privadas, nos quais elas obteriam lucros normalmente, mas que apresentam
características inibidoras para tais empresas: uma estrutura produtiva que exige
investimentos muito elevados, com alto grau de risco, e muito tempo para começar a
gerar retornos.
Nesse caso, o setor estatal assume a iniciativa de produzir tais bens, ou então tenta
influenciar o setor privado, por meio de incentivos fiscais, entre outros.

c) Assimetria de informação
Nas suas decisões de compra e venda, os agentes econômicos necessitam ter
informações suficientes sobre as reais características e atributos das mercadorias.
Porém, frequentemente uma das partes envolvidas na transação (geralmente o
comprador) não possui a informação completa sobre o produto que está negociando,
o que leva a ineficiências no processo decisório. Nesses casos, o governo deve agir
para garantir que toda informação relevante a respeito de um determinado produto
seja conhecida por todos os participantes
do mercado.
d) Externalidades
Ocorrem quando alguma atividade de produção ou consumo possui efeitos indiretos
sobre outras atividades de produção ou de consumo que não estejam diretamente
refletidas nos preços de mercado.
Assim, o comportamento dos participantes de um dado mercado acaba gerando
“custos” para terceiros, que não atuam no mesmo, o que caracteriza uma
externalidade negativa na produção.
Na presença de uma externalidade negativa na produção, o governo intervém no
mercado visando a internalização de tais custos. É possível, por exemplo, cobrar um
imposto sobre a emissão de substâncias nocivas ao meio ambiente, ou obrigar as
empresas a adquirir equipamentos antipoluentes – aumentado assim seus custos
privados.
O “Teorema de Coase” é uma constatação de que as externalidades podem ser, em
determinadas circunstâncias, corrigidas e internalizadas pela negociação entre as
partes afetadas, sem necessidade de intervenção de uma entidade reguladora (sem
necessidade da atuação do Estado).

As externalidades podem também ser positivas! Os serviços educacionais, por


exemplo, beneficiam não somente o aluno, mas toda a sociedade.
e) Bens Públicos
Para os diversos bens produzidos pelo mercado, os preços funcionam como “sinais”
que guiam as decisões de compradores e vendedores. Os bens públicos, por sua vez,
são gratuitos; para eles as forças de mercado deixam de funcionar, e não servem
como guia para a produção e o consumo. Assim, não haverá oferta de bens públicos
pelo mercado, levando o governo a produzir tais bens.

Os bens PRIVADOS obedecem a dois princípios: a exclusividade e a rivalidade.


A exclusividade está relacionada a possibilidade de impedir uma pessoa de usar um
bem, se ela não pagar por esse uso. A rivalidade ocorre quando o consumo de um
bem por uma pessoa diminui a disponibilidade deste bem, prejudicando o consumo
por parte de outras pessoas.
Os bens públicos, por sua vez, são não excluíveis e não rivais.
Os bens públicos, por não possuírem os atributos da exclusividade e da rivalidade,
fazem surgir a figura do “carona” (ou free-rider): o indivíduo que quer consumir o bem
sem pagar, não sendo possível impedir que o mesmo tenha acesso ao bem.
A ação econômica do setor público está vinculada às funções que promove junto à
sociedade, entre as quais: contribuir no fornecimento de bens públicos, melhorar a
distribuição da renda, promover a estabilidade e impulsionar o crescimento
econômico.

A função alocativa do setor público está relacionada às ações empreendidas no


fornecimento de bens e serviços não disponibilizados pela economia de mercado.
Nesse sentido, o setor público disponibiliza bens e serviços para consumo coletivo e
não exclusivo a esta ou aquela faixa da população. Em referência, cita-se como
exemplo de bens públicos a segurança.
Por sua vez, a função distributiva refere-se às ações de caráter redistributivo
efetuadas por meio de medidas de transferência que o Estado executa em favor dos
segmentos menos favorecidos na sociedade.
A terceira ação econômica do setor público se dá no âmbito da função estabilizadora
realizada pelo setor público, expressa por ações de intervenção na economia no
intuito de contribuir para seu melhor funcionamento. Destacam-se, por exemplo, as
intervenções voltadas à redução da inflação, bem como ações destinadas ao combate
do desemprego em determinado setor produtivo.

O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico,


quando fixa impostos e subsídios, estabelece critérios de reajustes do salário mínimo,
fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou ainda
congelamento de preços e salários.
O risco moral, também conhecido como “moral hazard”, é gerado naquelas
relações econômicas após o fechamento de um contrato. De modo oposto, na
seleção adversa o problema acontece antes do fechamento de um contrato, ou seja,
é um problema pré-contratual.
Falando sob o seu aspecto econômico, pode-se enquadrar a regulação como
sendo a intervenção estatal com o objetivo de:
1) corrigir falhas de mercado;
2) corrigir externalidades;
3) criar as condições de mercado nos monopólios naturais;
4) criar um sistema de concorrência;
5) promover a eficiência e a equidade econômicas; e
6) proteger interesses econômicos dos agentes regulados ou de grupos de interesse.

Tributação
Princípio da produtividade: significa que o volume de arrecadação do imposto deve
ser maior do que os custos de sua obtenção.
Princípio da neutralidade: a ideia é de que o tributo não provoque mudança nos
preços relativos da economia, de modo a manter inalterada a alocação dos recursos.
Princípio da equidade: considera que o tributo deve onerar o contribuinte
segundo suas posses e de acordo com os benefícios que cada um recebe pela
disponibilidade dos serviços públicos.
Princípio da capacidade de contribuição: está relacionado à arrecadação
tributária seguindo a ideia que cada contribuinte deve pagar segundo seus ganhos
e propriedade.
A curva de Laffer consiste num gráfico que procura refletir as conclusões dos
estudos levados a cabo por Arthur Laffer e nos quais se demonstra que uma
tributação exagerada acaba por ser ineficaz em termos de receita fiscal.
Teoria do peso morto da tributação – está relacionado ao custo social dos
tributos. A ideia aqui é de que quanto maior a tributação, em regra, maior o peso
morto, isto é, a produção perdida. Trata-se na verdade de uma forma de ineficiência
econômica. Esta ineficiência corresponde em verdade à perda gerada para a
economia como um todo, medida pela perda de excedente do consumidor e pela
perda de excedente do produtor que não são compensadas pelo ganho de
arrecadação
tributária do governo.
A ideia defendida pela regra de Ramsey é de que para reduzir o impacto da
tributação sobre a economia, deve-se taxar mais com elasticidade baixa, motivo pelo
qual a regra de Ramsey também é conhecida como regra do inverso das
elasticidades.

Tipos de Impostos
Impostos Diretos: são tributos que incidem sobre a pessoa do contribuinte
e não sobre os bens ou serviços consumidos. O exemplo de um imposto direto é o
imposto de renda, cuja incidência ocorre diretamente sobre a remuneração do
contribuinte.
Impostos Indiretos: referem-se aos tributos que incidem sobre os bens e
serviços consumidos pelo contribuinte. Os exemplos de impostos indiretos citados
são: o imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços e o imposto
sobre produtos industrializados.
Impostos Progressivos: são aqueles cuja alíquota eleva-se à medida que o
valor de referência aumenta. Neste particular, cita-se como exemplo o imposto de
renda, cujas alíquotas são estabelecidas de forma crescente, por faixa de renda.
Impostos Regressivos: são aqueles impostos cuja alíquota diminui à medida
que o valor de referência aumenta.
Imposto sobre o Consumo em Cascata e sobre Valor Adicionado
O imposto que incide sobre o consumo se aplica sobre bens selecionados
consumidos dentro de um país. O imposto pode ser recolhido do produtor, do
fabricante, do atacadista, do importador ou no ponto de venda final ao consumidor.
Os impostos incidentes sobre o consumo podem ser de 2 tipos, de acordo com a base
da tributação: específicos ou ad valorem.

Os impostos de consumo específicos são aplicados por quantidade, tal como


no caso do cigarro, o maço ou quilo (ex.: $ 1,50 por maço, independente do preço).
Na prática, vemos aqueles selos em garrafas de bebidas “quentes” como a cachaça
e o uísque, além do próprio cigarro. Aqui o preço de venda não tem influência direta
no valor do imposto.
Já os impostos de consumo ad valorem são aplicados como uma porcentagem do
valor do produto. Podemos exemplificar com o valor do produto medido pelo preço do
fabricante (ex.: 30% do preço do fabricante), ou pelo preço pago pelos consumidores
(ex., 20% do preço de varejo). É a situação mais comum que vemos no nosso dia a
dia.

Imposto sobre Valor Adicionado


Por definição, valor adicionado bruto é a diferença entre o valor da produção de uma
unidade produtiva e o do seu consumo intermediário.

Você também pode gostar