CPRM-Serviço Geológico do Brasil

Potencial Para
Exploração de Diamantes
no Brasil
Potential for Diamond
Exploration in Brazil

Francisco Valdir Silveira

Francisco.silveira@cprm.gov.br
 Introdução

Histórico, diamantes, kimberlitos;

Status da Exploração do Diamante no Brasil;
Minas de Diamantes Brasil;
Potencial Exploratório Brasileiro;
 Craton São Francisco
 Craton Amazônico
 Craton São Luiz
 Craton Luiz Alves
 Histórico
Já se foram mais de 300 anos desde a descoberta (Diamantina) de diamantes no Brasil

15 Mct em 144 anos 5.154,64 Mct em 145

0,8 Mct em 2125 anos
125.000 ct/ano anos
350 ct/ano
(99% prod mundial) 35.549.000 ct/ano

400 BC 2014

Índia 400 BC Brasil-1725 África do Sul-1869

1867 : DIAMONDS - VAAL & ORANGE RIVERS

1869 – 71 : SIX KIMBERLITES – KIMBERLEY AREA

Diamante: Produção Histórica Global
(até 2014)=5,17 Bct

Brasil
50 Mct
(0,97%)
Kimberlitos e Lamproítos: Distribuição Global
1200
800
251
173
2900
Descobertos (n=7.134) .

1360

450

30
7,6%
81
20,5%

19
4,8%

217
59,8%
16
4,0%

33
8,3%
Diamantíferos (n=396) 5,5%.
Principais Minas de Diamantes-Kimberlitos

Projetos
1 - Jericho
2 - Gahcho Kue
3 - Renard
4 - Camafuca
5 - Arkhangelskaya
6 - Braúna
7 - Catalão

Petra Diamond
Reserva Global de Diamantes
 Produção Vs Demanda

Cenário Mundial para

o Diamante

Fatores críticos do Gráfico!!

 Todas as fontes indicam escassez de diamante (2020-2025), a demanda global
em crescente em relação a oferta;
 Resultado do desequilíbrio (Produção Vs Demanda), preços tenderão a subir,
podendo dobra nos próximos 10 anos;
 Mesmo com investimentos em exploração, a indústria do diamante não tem
tido sucesso na reposição de novos depósitos.
Diamantes-Preço!!
Valor do Diamante Vs Valor do Ouro

1g= US$ 37,87

10g=(10x37,87)=US$ 378,70

Composição de preço
 Cor, pureza, tamanho, forma -
condicionante para a avaliação de
diamantes (lotes), isso não acontece
com as outras commodities.

 Cada lote de diamantes foi avaliado

em US$500 000;

 Oscilações do mercado
 Situação da Exploração de Diamantes no Brasil
PRODUÇÃO Em 2014, a produção Mato Grosso = 87,2% Cooperativa de Produtores de Diamantes
(COPRODIL)
S L Mineradora
foi de 56.923,25 cts (+
Minas Gerais = 12,6% GAR Mineração; Brasil Minerals
15,7% em relação a Cooperativa de Garimpeiros de
2013, 49.166,23 ct.); Coromandel (COPEGAC)
Bahia (0,2%).

Segmento empresarial (concessão

Em 2014, a produção de lavra e autorização de
teve origem; pesquisa) = 86,6%.

Segmento Cooperativo (Áreas de

PLGs = 13,4%.

PROJETOS EM Em 2014, o DNPM 01 em Roraima

ANDAMENTO aprovou 20 relatórios

E /OU finais de pesquisa
PREVISTOS para diamante; 19 em Minas Gerais.

Projetos Canastra -01

paralisados/impedimentos Salvador -01
Carolina -01
Collier-04
Fonte DNPM Cosmos-01
 Campo Kimberlítico Braúna
O Projeto Braúna, Nordestina-
Bahia, é o que gera atualmente as
maiores expectativas;

O campo Braúna contém 21 corpos

(pipes, diques, blows), idades
paleoproterozóicos (642 Ma);

A maioria foi descoberta pela De

Beers Década de 90.

Descoberta com auxílio de

aerogeofísica

12 são diamantíferos-atualmente é
a área brasileira de pesquisa mais
importante (+Umbu, Aroeira, Icó)
 Kimberlito Diamantífero Braúna-03

“A primeira Mina de Produção iniciada Mina Braúna-vida A Mina Braúna O empreendimento é

diamante em fonte usando guias de útil 7 anos terá impacto na um marco da
primária do Brasil”, utilização/aguard (pesquisas em produção produção/renovar o
após 300 anos de a a publicação do andamento para nacional, interesse dos
produção título de o cluster Brauna); aumento investidores no país.
aluv/placer; concessão de - 13.5 M ton significativo na
lavra; produção;
- 5 M cts
- Grade 21-45,5
cpht

Fonte:Relatórios Lipari
Projeto Catalão (Five Star)
 Até 2017 - pretende investir cerca de R$190 Milhões;

Catalão
3 projetos
prioritários;

Cluster Maravilhas-(3 -
On-Craton-SF);
13,48 cpht Cluster Jaibaras-(Off-
Cluster Catalão - 81 Ma Craton SL).
Off-Craton-SF; Fonte: De Beer 245 Ma

9 Corpos compõe este

cluster, sendo o corpo
Catalão-01A, B e C; +
promissores
(82-95 Ma)
Mini-bulk sample de
3,6 ton; Grade de 23,55
cpht
Fonte: Rio Tinto

* Cluster Alecrim adjacente campo Braúna

“Kimberlito Victor descoberto pela De Beers nos anos 50, inicialmente descartado
pelo tamanho. Nos anos 80 foi reavaliado e descartado novamente por ter química
mineral considerada sem potencial”.
 Áreas Diamantíferas e Clusters Kimberlíticos/RR
300 anos de extração de
diamantes no Brasil
 Distritos Diamantíferos:
 > 20 distritos;
 > 804 ocorrências;
 > 142 garimpos
 36-50 M cts??
 ~ 5 Minas;
 Idade das Fontes
(Paleproterozoico /recente)

35 anos de exploração
US$ ~ 300-500 Milhões

Campos Kimberlíticos/RR:
 1.360 corpos;
 23 campos conhecidos;
 < 5% on-Cratons;
 > 100 com diamantes
 95% off-marginal Cratons;
 1 Mina ;
 Idades -1.152-80 Ma
Principais Distritos Diamantíferos Históricos

Gilbués
Rio Maú
Chapada
diamantina

Canavieiras
Pimenta Bueno
Juína

Chapada Guimarães
Alto Paraguai Diamantina
Estrela do Sul Jequitinhonha
Coromandel

Tibagi
Principais Mina/Depósitos Diamantíferos

Rio Maú
~6.0 M m3; 1,5 M ct; 802 kg Au

Santo Inácio
~25 M m3; 713 mil Cts

Coop. de Juina
Coop. Andaraí

Mina de Chapada-MT
Mina Duas Barras

Coop. de Coromandel
Mina de Romaria
(1867-1984)
Teor Médio ~0,04-0,12 ct/m3

Ocorrem em unidades ( Paleoproterozóico-Cretáceo)

 Mina chapada
2 pedras (30,95+12,90 ct
=US$278.600 (6.340/ct)

Ambas fechadas no final de 2008, Duas Barra

retomou produção nos últimos anos-Brasil Minerals

Mina Duas Barras

Duas Barras (2008) Chapada(2008)

Produção Anual 39.350 cts 23.173 cts
Valor Diamante US$ 165/ct US$ 165-490/ct
Reserva (Inf+Ind) 448.925 cts ??
Vida Útil da Mina 8 anos > 6 anos
 Depósitos do Rio Maú-RR e Santo Inácio-BA
Projeto Rio Maú (CPRM) mostrou
expectativa de reservas totais (ind + inf) de
1.466.809 cts de diamante e 802 kg de
ouro em 17 áreas.
Projeto Santo Inácio (CPRM) identificou de
reservas totais (ind + inf) de 713 mil cts,
Em 5 áreas.
 Intrusões Kimberlíticas Com Diamantes
Província São Francisco:
 219 intrusões
 Norte: Braúna, Conquista, Icó, Salvador e
Umbu

 (50 % são diamantíferos)

 Sul: Alpha, Cana Verde, Cássia, Carmo, Craton,

Dureza, Esperança, Espinhaço, Grotão, Guará,
Indaiá, Junco, K, Limpeza, Luz, Major Porto,
Maravilha, Mimoso, Paranaíba, Ponte Funda,
Pratinha, Presidente Olegário, Rock, Ruf, Serra
dos Alemães, Serra, Serrinha, Sucesso, Tapera,
Vandinho, X-270.

< 3% são diamantíferos

Província Amazonas:
 215 intrusões
 Guaporé: Clusters Traíra; Acuri, Alabama,
Aripuanã, Batovi, Benedito, Coliseu, Collier,
Corgão, Franck, Ibitinga, Jacaré, Jatobá, Jauru,
Juína, Mato Grosso, Pandrea, Progresso, São Luís,
Sape, Sonho Alto; Camunani, Desencanto; Arara,
Carolina, Cinta Larga, Clara, Cometa, Concord,
Coringa, Cosmos, Cujubim, Encanto, Igreja,
Ferreira, João Luis, PBR, Pepper, Retiro, Riozinho,
Tarcísio, Tumeleiro.

> 60 % são diamantíferos

Guiana : Clusters Caimbé, Carapanã, Cruzeiro,
Macuxi, Micuim, Recorde, Tio Chico; Motuca

434-103=331
Brasil: Minas/Depósitos em Kimberlitos

Cosmos-1;
2,5 Ha Braúna-3
240 Ma 640 Ma
53 cpht

Carolina-1, 1,2 Ha
232 Ma
28 cpht
Salvador-1, 6 Ha
1,152 Ma
Collier-4 6 cpht
(16,5Ha)
94 Ma
27,3 cpht

Catalão (1A,1B, 1C)

1 Ha
82-95 Ma
23,5 cpht Canastra-1(1,9 Ha)
120 Ma
16-40 cpht

Fonte: Report 43.101/Rogério Silvestre

Potencial do Craton SF

 Kimberlitos diamantíferos on Craton;

 Diferentes eventos ;
 Norte -(1.152, 640 Ma)
 Sul – (120-80 Ma)
 Várias fontes dos diamantes aluv/terraços;
 Embasamento paleop\arqueano-Protolito de 3.7 G

 Grande estruturas extensionais;

 Paleogeoterma - 36-40 mW/m2;
 MIK - do manto 56 Kbar
 Quilha listosférica espessa – 150-190 km;
 Grandes bacia\ drenagem bem desenvolvidas;
 Kimberlito Canastra 1

• Kimberlito diamantífero Off-Craton, sul do

SF, On-escudo Paramirim;
• Idade de 120 Ma
• Expectativa de produção de 114,000 ct/ano
• Vida útil da Mina - 4 anos
• Teor – 16-40 cpht
• Fonte (reportado pela De Beers);

Kimberlito Salvador1
Pereira PhD tese
Área aflorante
• Kimberlito Diamantífero On-Craton;
• 6 Ha. Norte do SF
• Bulck sample =1.460 ton
• 6 cpht (pedras > 2.65 -5,0 cts
• Idade de 1152 Ma.

~5 cts, mostra feiçoes de

intensa corrosão
Potencial Craton Amazônico (Guaporé)
 Kimberlitos diamantíferos on-Craton;
 Diferentes eventos;
 Guaporé (267, 240, 232, 194, 93 Ma)
 Várias fontes de diamantes
aluvio/terraços;
 Embasamento paleop/arqueano-
Protolito de 3.2 Ga;
 Estruturas extensionais);
 Paleogeoterma fria - 36-40 mW/m2;
 MIK-amostragem do manto 67 Kbar
 Quilha Listosférica espessa – 130-190
??km;
 Grandes bacia\drenagem desenvolvidas;

194 Ma

232-240 Ma 93-94 Ma

?? Ma

267 Ma
125 Ma
242 Ma
 Juína: Kimberlitos e Aluvião
 Campo de Juína
 51 intrusões kimberlíticas-6 cluster
 Tamanho de <1 Há a 60 Há
 > De 30 corpos diamantíferos 6.891 ton
8.599=1.0 32,05 ct
Grade 14,98 cpht

563 ton
396=46,41 ct
Grade 8,23 cpht
Kimberlito Carolina-01
Cortesia
Roger Morton

1,2 Ha
232 Ma
Grade 28 cpht

2 pedras ~50ct
 KIMBERLITO LAJE-1????

Rocha kimberlítica alterada

Laje - 1

Laje - 1
 Craton Amazônico (Guiana)
 Kimberlitos diamantíferos On- Craton;  Estruturas extensionais;
 Diferentes eventos (712, 260, 103 Ma)  Paleogeoterma fria - 38-40 mW/m2
 Várias fontes de diamantes  MIK- do manto 41-60 Kbar
aluvio/terraços;  Quilha Listosférica espessa –??km;
 Embasamento paleop/arqueano-  Grandes bacia\drenagem bem
Protólito de 3.7 Ga; desenvolvidas;
*áreas de reserva indígenas; pequenos sills ou diques

712 Ma

103-260 Ma
Idade dos Kimberlitos Diamantíferos

Salvador (1.17 Ga)

Província Braunas
(640 Ma)
Província Pimenta
Bueno (Permo
carbonífero)
Juína, Paranatinga,
Três Ranchos,
Canastra, Maravilha
(Cretáceo)
Áreas do Brasil que Produz Grandes Diamantes

Coromandel-MG: Região
dos Grandes Diamantes

Juína

Coromandel
Mina de Romaria-1867
 Grandes e Históricos
Presidente Vargas Coromandel Darcy Vargas Princesa da Estrela do
726,6cts 400,65cts 460cts Sul 82.25 cts

(Photo Darcy Pedro Svisero).

70 e 170 cts, 2015, Rio Douradinho 120 cts, Fevereiro/ 2016 106 cts, Março/ 2016
Cortesia Fernando Rego Cortesia VENDOMINE Cortesia COOPEGAC
Iniciativas Governamentais
Novos Dados Aeromagnéticos do País
 Iniciativas Governamentais
MIK-Minerais Indicadores de Kimberlitos
Como Atrair Novos Investimentos

Em 1991, foi
descoberto
o primeiro pipe de
kimberlito
econômico no
Canadá

US$ 2 bilhões foram investidos

em exploração de diamantes
desde 1991 e isso resulta em
pelo menos quatro novas
minas de diamantes = mais de
US$ 2 bilhões em diamantes /
ano.
 Desafios e Futuro da exploração no Brasil
Potencial demonstrado

 Necessidades:
 Criação de um ambiente atrativo para investimentos;
 Voltar a ser um importante produtor mundial
 Descobrir novos corpos e reavaliar os existentes.
 Diferentes idades
 On- e marginal aos cratons
 Focar nos Cratons Amazônico, São Francisco e São Luiz
 potencial para conter kimberlitos diamantíferos
 Aumentar o uso de ferramentas geofisicas;
 VHR magnetics, AEM, Gravimetria gradiometrica aérea;
sobre áreas com coberturas, onde os minerais indicadores
sofrem pouca dispersão
 Possibilidades de Descobertas de novos de
Depósitos

 Visão pragmática da exploração atenuando a cega aplicação

de modelos;
 Considerar as possivéis vulnerabilidades da Regra de Clifford
(kimberlitos diamantíferos são restritos a áreas cratônicas
arqueanas)
 Adotar a “TTT” (Transformistic Tectônic Theory) - que afirma
que o que você vê na superfície não é um necessariamente
reflexo do que acontece abaixo. Subducção profunda da
crosta pode gerar kimberlitos diamantíferos (of – craton)

Testar modelos alternativos

 Conclusão

1. Geologia favorável para kimberlitos diamantíferos;

2. Vastas plataformas sedimentares fanerozóicas
sobrepostas a Cratons antigos (Arqueanos);
3. Feições tectônicas que pode ter servido de caminho
para intrusões kimberlíticas;
4. Evidência de atividade vulcânica em diferentes
períodos, considerados férteis para vulcanismo
kimberlitico com amplitude global;
5. Grande número de anomalias geológicas, geofísicas
e geoquímicas ainda sem teste prospectivo
adequada
 Para Finalizar!
Volto a História dos Kimberlitos AK6 e Victor
“KAROWE MINA” (45 anos)
 Em dezembro de 2011 o kimberlito AK6 foi renomeado
Karowe Mine e sua primeira produção foi em abril 2012;
 Em 2012 produziu ~218.905 cts, com recuperação de um
diamante raro, de cor azul, com 9,46 cts (tipo II);
 Em 2013 foi recuperado 46 pedras grandes (implantação de
um sistema “Large and Exceptional stones”), incluindo 12
pedra maior > 100 ct, sendo 2 de > de 200ct.
 “VICTOR MINA” (60 anos)

 Trabalhos adicionais no inicio desta década tornou Victor na

Mina de diamantes atualmente mais lucrativa da De Beers”.
 Agradecimentos
• Rio Tinto
• Prof. Steven Haggerty – Florida International University
• Prof. Mario chaves – Universidade de Federal de MG
• Prof. Ricardo Veska – Universidade Federal de MT
• Dr. Homero Bras Silva – BrasilExplore
• Dr. Rogério Pereira - Consultor
• Dr. José Ricardo Pisani – Consultor
• Dr. Harrison Cookembo – Consultor
• Dr. Noevaldo Teixeira
• Dr. Michael Watkins – Em Memória
• Diamond Exploration and Mining Companies for data and images: