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da comunidade Suruc
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de pescadores artesanais da
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uns)
J O S E L E T R I N D A D E D A S I LVA
Universidade Federal do Oeste do Pará
Figura 1. Mapa da localização da comunidade de Surucuá. Fonte: Silva & Braga, 2016.
lugar. Neste caso, podemos considerar que deve ser preservado, revelando a
que a farinha de mandioca na vida dos existência de um complexo de conhe-
moradores da comunidade de Surucuá, cimentos adquiridos pela tradição her-
agrega não só uma importância alimen- dada dos mais velhos e que possibilita
tar, mas um valor cultural que define o a manutenção e o uso sustentado dos
modo de vida dessas populações estrei- ecossistemas naturais.
tamente associada com a natureza.
região em estudo, como relata outro de que ainda são presentes na região,
pescador: “o tambaqui já não era mui- porém, a cada ano tornam-se escas-
to, agora que não tem mais nada mes- sos e difíceis de serem capturados. Os
mo”. Outro peixe que é lembrado pelos pescadores ainda afirmaram que es-
pescadores por ter tido uma redução pécies de bagres (Pimelodidae), como
na quantidade foi o pirarucu (Arapaima dourada (Brachyplatystoma rousseauxii)
gigas), pois, segundo os pescadores, esta e filhote (Brachyplatystoma filamentosum)
espécie era frequente em alguns lagos vêm diminuindo ao longo do tempo,
da comunidade e atualmente é muito tanto na quantidade quanto no tama-
difícil encontrá-lo. Segundo um dos nho, mas que ainda são frequentes na
pescadores, existe próximo da comu- região, principalmente “quando o rio tá
nidade um Lago denominado de Sarí, enchendo”, revelando que a presença
onde ainda é possível encontrá-lo, mas destes bagres migradores para esta re-
que devido a distância e a existência de gião está relacionada com o período de
aningais (Araceae) sua captura é extre- enchente (Barthem & Goulding 1997,
mamente difícil. O aningal é um tipo 2007; Alonso 2002) do rio Tapajós,
especial de mata ciliar, composta por oportunidade em que os pescadores
plantas densas conhecidas por aningas identificam cardumes passando com
que podem atingir mais de 2m e são mais frequência pelo canal principal do
consideradas área de preservação am- rio.
biental permanente (Costa et al. 2012). Hallwass (2015) em trabalho realizado
Frequentar lugares como estes pode com comunidades de áreas protegidas
ser perigoso e na opinião dos pesca- do baixo Tapajós (Floresta Nacional
dores “é muito raro algum pescador do Tapajós, Resex Tapajós-Arapiuns
se arriscar”. Para alguns pescadores, e APA Alter-do-chão) descreve que
os aningais acabam tornando-se um os pescadores da região em estudo
fator de restrição à pesca, deixando o possuem grande experiência de pesca
ambiente de difícil navegabilidade e e descrevem de forma positiva a di-
provocando até receio de frequentá- minuição dos estoques pesqueiros em
-lo por conta de tabus locais (como a toda região.
presença de seres místicos) o que acaba Sobre a opinião da redução dos esto-
causando certo “medo”, disse um dos ques pesqueiros por nossos entrevista-
pescadores, o que pode contribuir de dos, como do tambaqui e do pirarucu,
forma indireta na proteção de espécies outros trabalhos feitos com acompa-
ameaçadas (Pezzuti 2004). nhamento de desembarque na região
Vale ressaltar que o tambaqui e o pira- amazônica mostram claros indícios
rucu foram os únicos peixes que não da sobrepesca dessas espécies em vá-
foram capturados durante a realização rios pontos da Amazônia (Smith 1985;
deste trabalho através do acompanha- Mérona & Bittencourt 1988; Furtado
mento das pescarias com alguns pes- 1990; Ruffino 1996; Barthem & Goul-
cadores, mas que em conversas infor- ding, 1997; Batista 1998; Ruffino &
mais foram bem lembradas e citadas Isaac 1999; Costa et al. 2001; Isaac et
al. 2004; Freitas et al. 2007). Os resul- frequente na região. Em conversas in-
tados aqui obtidos demonstram que formais, um dos pescadores comenta
estudos etnoecológicos podem con- que “o boto preto é mais comum por
tribuir na verificação de mudanças, essas bandas”; “o rosa tem, mas acho
principalmente ambientais em longo que do preto tem mais”, diz outro pes-
prazo e que dificilmente são registradas cador. Os botos são observados no rio
cientificamente, além de poder pro- principalmente em épocas de cheias
porcionar indícios para novas hipóte- quando a atividade de pesca está sendo
ses de pesquisas ecológicas (Hunting- realizada em pontos estratégicos do rio
ton 2000; Silvano & Valbo-Jorgensen Tapajós, como no canal principal, onde
2008). a pesca é direcionada para a captura de
peixes lisos (Hypophythalmus marginatus,
No que diz respeito às espécies não-
Pimelodina flavipinis e B. rousseauxii) que
-alvo das pescarias, as arraias (Rajifor-
também fazem parte da dieta destes ce-
mes) são citadas como as mais captura-
táceos, que se encontram no topo da
das acidentalmente. Para Brito (2012)
cadeia alimentar e estão entre os maio-
é muito comum durante a execução
res predadores dos sistemas aquáticos
da atividade de pesca haver interações
da bacia Amazônica (Braga & Rebêlo
operacionais e capturas acidentais de
2014).
espécies que não são o alvo das pes-
carias, sendo estas relacionadas ao Nesta época a pesca nos lagos não é
contato direto dessas espécies com os realizada devido a escassez de peixes
apetrechos de pesca. Outros trabalhos nestes ambientes. Assim, podemos ve-
(Oliveira et al. 1995; Zappes et al. 2010; rificar que o conhecimento sobre o há-
Rosas et al. 2012; Silva et al. 2014) bitat de determinados peixes, possibili-
descrevem interações de botos com a ta a compreensão de comportamentos
atividade pesqueira, seja elas tanto do alimentares e de interações tróficas
ponto de vista positivo como negativo. complexas destes com outros organis-
Em Surucuá, os botos (Sotalia fluviatilis mos (Mourão & Nordi 2003).
e Inia geoffrensis), são animais que tam- Na comunidade de Surucuá, os pes-
bém interagem com a atividade de pes- cadores mais experientes (< 20 anos
ca, porém os pescadores atribuíram o de pesca) demonstraram possuir um
fator negativo, pois estes destroem as extenso conhecimento sobre o com-
malhadeiras durante as pescarias (Sil- portamento de algumas espécies de
va & Braga 2016). Estes cetáceos são peixes, tanto de rio quanto de lagos, re-
vistos durante o ano todo em ambien- lacionando-os com a variação sazonal
tes de pesca localizados no rio. O boto do rio Tapajós. Estes comportamentos
preto ou tucuxi (S. fluviatilis) é a espécie são referentes a alimentação, hábitat e
citada pelos entrevistados como a mais proteção da prole (Tabela 1).
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Recebido em 10/06/2017
Aprovado em 02/08/2017