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Unidade I

POLÍTICA E ORGANIZAÇÃO
DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Profa. Lisienne Navarro


Objetivos

Políticas públicas de educação e sua definição


 Política educacional no Brasil e tendências contemporâneas:
trajetória histórica e redefinições do papel do Estado.
 A reestruturação produtiva, a delimitação do campo
educacional, a função social da escola e a lógica
do mercado.
 Planejamento educacional e sua abrangência.
Estado e Governo

Estudar a política educacional partindo dos conceitos


de Estado e Governo
 Estado
Para Koogan-Houaiss (1993, p. 341), a noção clássica é:
“Povo social e política e juridicamente organizado, que,
dispondo de uma estrutura administrativa, de um governo
próprio, tem soberania sobre determinado território.”
Estado e Governo

Para De Cicco e Gonzaga (2013, p. 25), o conceito de Estado é:


“[...] uma instituição organizada política, social e juridicamente,
que ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua
lei maior é a Constituição. É dirigido por um governo soberano,
reconhecido interna e externamente, sendo responsável
pela organização e pelo controle social, pois detém o
monopólio legítimo do uso da força e da coerção.”
 Para Acquaviva (2000) e Maluf (1980), a Teoria Geral do
Estado faz parte do Direito Constitucional e compreende
um conjunto de ciências que são necessárias para a
compreensão do fenômeno estatal. Assim, desdobra-se
em Teoria Social do Estado, Teoria Política do Estado
e Teoria Jurídica do Estado. Portanto, o conceito de
Estado é inconfundível e apresenta vários sentidos.
 Conforme Acquaviva (2000, p. 4), origina-se do latim status,
que em letra minúscula significa “a condição pessoal do
indivíduo perante seus direitos políticos e civis”, e em letra
maiúscula denomina modernamente a mais complexa
e perfeita das sociedades civis, qual seja, a sociedade
política, que poderia ser conceituada como “a sociedade
civil politicamente soberana e internacionalmente reconhecida,
tendo por objetivo o bem comum aos indivíduos e
comunidades sob seu império”.
 Estado pode ser entendido como a unidade administrativa de
um território e constitui-se pelas instituições públicas que o
representam, organizam e que devem atender aos desejos e
anseios de seus cidadãos, de suas instituições públicas e
privadas. A educação escolar é uma das instituições que
representam o Estado.
Estado

Duas vertentes: liberal e marxista.


Liberal:
 o Estado é mais neutro na organização da vida social;
 elemento aglutinador dos diferentes interesses que circulam
na sociedade;
 possibilita as condições para o funcionamento de um
Estado de direito.
Estado

Marxista:
 não é uma instância neutra;
 forma de organização que serve às camadas dominantes
da sociedade, detentoras de capital.
A sociedade se organiza por meio de:
 relações de produção que estabelecem a estrutura econômica
da sociedade;
 é a base concreta da vida em sociedade.
Transformações na estrutura do Estado

Década de 1930 até 1970:


 forte presença do Estado em diversos setores da vida nacional.
A partir da década de 1980 e aprofundado em 1990:
 redução das iniciativas governamentais em áreas onde sua
presença era decisiva, como na econômica e em setores
como energia, telecomunicações e outros.
 reestruturação apoiada na necessidade de presença
mais efetiva do poder público em áreas sociais como
educação e saúde;
 há críticas da não melhoria da qualidade dos serviços sociais,
como a educação, com a redução da presença do Estado
na vida econômica;
 o papel do Estado assume novas dimensões, em que não
se percebe mais como agente único de promoção de
bens e serviços, inclusive nas áreas sociais.
Surgem novas parcerias e novos atores, como o chamado
terceiro setor:
 cresce o papel das Organizações Não Governamentais (ONGs);
 entidades organizadas da sociedade para atuar como
executoras de políticas sociais, pela ausência do poder
público na oferta de serviços;
 as ONGs têm orientado suas ações no monitoramento
das políticas e interferem diretamente na organização
dos serviços educacionais.
Escola: território de diretores, professores, alunos e funcionários
passa a compartilhar seu espaço com outros atores:
 pais;
 membros da comunidade;
 “Amigos da Escola”.
Governo

Governo
 De acordo com o Novo Aurélio (1999, p. 1000), governo
refere-se ao:
“ato ou efeito de governar; administração, gestão, direção; e
ainda, administração superior, ministério, poder executivo
e também sistema político pelo qual se rege um país.”
Papel do Governo

 Poder Executivo de um país, estado ou município, que


durante um período de tempo administra, chefia. Por isso,
quando falamos de governo, identificamos a pessoa que o
representa, o governante de uma esfera de Poder Executivo
(federal, estadual ou municipal) e expressamos nossa opinião
sobre seu desempenho, por exemplo, dizendo que foi alguém
que governou bem no seu tempo, que provocou mudanças
favoráveis para o povo, julgando sempre de acordo com
o tipo de sociedade que o Estado decidiu ser.
Conceito de Nação

 Por nação entendemos um povo, agrupamento ou


organização de uma sociedade cujos membros compartilham
uma tradição histórica e que, por isso, apresentam uma
identidade, uma cultura própria que os distingue de outros
e que também os une.
Interatividade

Qual é o significado do surgimento do terceiro setor na relação


entre Estado e políticas educacionais?
a) O objetivo é a atuação mais direta nas áreas sociais,
sobretudo na educação, o que não ocorreu.
b) Contribuir para a efetivação da qualidade do ensino.
c) Saída do Estado na oferta dos serviços educacionais.
d) A entrada de outros atores no sistema nacional de ensino.
e) A organização dos serviços educacionais.
Globalização e reestruturação produtiva

 Reestruturação produtiva e mudanças no mundo do trabalho


em uma ordem neoliberal.
“A sociedade contemporânea, particularmente nas últimas
décadas, presenciou fortes transformações. O neoliberalismo
e a reestruturação produtiva da era de acumulação flexível,
dotados de forte caráter destrutivo, têm acarretado,
entre tantos aspectos nefastos, um monumental desemprego.”
(ANTUNES, 2001, p. 13)
 Como resposta do capital à sua crise estrutural:
metamorfoses no processo de produção do capital
e suas repercussões no processo do trabalho, em
que os trabalhadores devem aceitar o projeto do capital.
 A complexidade da realidade socioeconômica nacional e
internacional chega à educação escolar e exige que suas
funções, fins e objetivos sejam revistos com o objetivo de
responder às necessidades sociais.
Políticas públicas

 Para Padilha (2001), há várias definições para política,


mas o sentido que está mais presente é o das ações e
relações humanas.
 No caso da educação escolar, em sentido específico,
“pode representar a Administração do Estado pelas
autoridades e especialistas governamentais, ações da
coletividade em relação a tal governo” (PADILHA, 2001, p. 20).
Conceito de política

De acordo com o Aurélio (1999, p. 1599), o sentido etimológico


da palavra política:
 é da ciência que trata dos fenômenos referentes ao Estado;
ciência política;
 sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos;
 arte de bem governar e conjunto de objetivos que dão forma
a determinado programa de ação governamental e
condicionam sua execução.
Conceito de público

Da mesma forma, o sentido etimológico da palavra público,


de acordo com o Aurélio (1999, p. 1664):
 é um adjetivo que diz respeito ao que é relativo ou
pertencente ou destinado ao povo, à coletividade;
 também relativo ou pertencente ao governo de um país.
Conceito de políticas públicas

Políticas públicas significam, usando as definições


apontadas anteriormente:
 diretrizes, princípios norteadores de ação
do poder público, regras e procedimentos que
estabelecem as relações entre o poder público e a sociedade;
 as mediações entre a população e o Estado, ou seja, cidadãos
que representam a sociedade e o Estado.
Políticas públicas

 Podemos afirmar que as políticas públicas em educação


traduzem e sistematizam, em seu processo de elaboração,
a definição das necessidades educacionais brasileiras
e a forma de intervenção a ser adotada, a implantação
e a implementação de ações, projetos, programas, qual
população a ser atendida e os resultados esperados
a curto, médio e longo prazo.
Objetivos das políticas públicas

 Os objetivos das políticas públicas estão voltados


principalmente aos setores marginalizados da
sociedade, que são considerados vulneráveis.
 As políticas públicas visam a efetivar os direitos da cidadania.
 Identificamos as políticas públicas sociais
e as políticas públicas educacionais.
Artigo 37 da Constituição Federal de 1988

Papel do governo:
 está presente na Constituição Federal de 1988, no
seu artigo 37, a importância da atitude da administração
pública no desempenho de sua função, com ética, sobriedade,
impessoalidade e no trato com verba pública, que deve
ser de transparência, lisura e eficiência. A responsabilidade
de atuação.
 Realidade da globalização da economia e da mundialização
da cultura: cenário crítico até para os países capitalistas
centrais.
 Sistema produtor de mercadorias: concorrência e processo
destrutivo – imensa sociedade de excluídos.
 Consequências: desestruturação do terceiro mundo;
eliminou países pós-capitalistas do Leste Europeu;
atingiu o centro produtor de mercadorias.
De acordo com Paro (2001, p. 30), o papel das políticas públicas
vai além da discussão teórica:
“Há um descompasso entre os trabalhos teóricos sobre
políticas, públicas relativas à escola básica e à prática
pedagógica escolar que expressa-se também na falta de
consideração por parte da teoria, da mútua determinação
existente entre os condicionantes econômicos, sociais,
políticos e culturais globais e os fatos e relações que se
dão no âmbito das unidades escolares.”
Concepções de políticas públicas existentes no Brasil
 Liberalismo: o liberalismo acreditava no progresso da
humanidade a partir da livre concorrência das forças sociais
e era contrário às acusações das autoridades (religiosas ou
estatais) sobre a conduta do indivíduo.
 Social-democracia: é a ideologia política de esquerda que
acredita na transição para o socialismo sem a necessidade de
uma revolução. Influenciada pelas proposições de Karl Marx e
Friendrich Engels, elaboradas no século XIX.
 Neoliberalismo: 1) à virada do século XIX para o século XX e
2) ao período dos anos 1980 e 1990. A não participação do
estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve
haver total liberdade de comércio.
As políticas públicas pós-neoliberalismo

 Para João Barroso, a visão neoliberal não resultou na


melhoria da qualidade do ensino oferecido à população.
 Em função disso, o autor discute que está havendo uma
recomposição das relações entre “Estado e mercado
no que se refere ao fornecimento e financiamento dos
serviços públicos, incluindo, no caso vertente, a educação”
(2005, p. 745).
 Barroso defende que qualquer que seja a mudança nas
questões políticas, há que se defender e promover a escola
pública, “enquanto garantia da aquisição e distribuição
equitativa de um bem comum educativo” (idem).
Para Rui Canário (2002, p. 150):
“Pensar a escola a partir de um projeto de sociedade, não a
partir dos meios disponíveis, e sim das finalidades a atingir.”
Conceito de planejamento

 O ato de planejar está presente em todos os níveis


da educação escolar brasileira, seja nos sistemas de
ensino federal, estadual ou municipal, seus órgãos
administrativos ou na unidade escolar.
 Na elaboração do projeto político-pedagógico até
o plano de aula.
 A tarefa educacional se realiza na concretude da relação
professor e aluno, buscando a melhor qualidade de ensino.
Abrangência do planejamento

Para Padilha (2001), são eles:


 planejamento educacional – de maior abrangência,
geralmente dos sistemas de ensino;
 planejamento curricular – trata da dinâmica das ações
internas da escola;
 planejamento escolar – é voltado à coordenação
da ação docente e sua relação com o contexto social;
Abrangência do planejamento

 planejamento de ensino – processo para decidir ações


e interações entre os educadores e alunos da escola;
 planejamento coletivo – tem como meta organizar a ação, a
responsabilização e a divisão das tarefas a serem realizadas;
 planejamento participativo – é aquele realizado a partir da
participação de todos os atores envolvidos naquela situação;
 planejamento das aulas – refere-se à tomada de decisões
sobre os conteúdos das aulas.
Interatividade

Para afirmar que o papel das políticas públicas vai além da


discussão teórica:
a) Defende-se a posição da efetivação de políticas regionais.
b) Há um descompasso entre os trabalhos teóricos sobre
políticas públicas relativas à escola básica e à prática
pedagógica escolar.
c) Os condicionantes econômicos não são estudados.
d) Os problemas do capital e do salário do professor
estão sem solução.
e) Os problemas sociais impedem a atuação do professor.
LDBEN nº 9.394

 É aprovada, em 20 de dezembro de 1996, a LDBEN nº 9.394.

Fonte: www.pdt.org.br/noticias/darcy-
ribeiro-e-as-perguntas-que-nunca-fiz

 Conhecida como Lei Darcy Ribeiro, um de seus relatores,


falecido em fevereiro de 1997.
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A Educação Básica

Entendendo a Educação Básica:


LDB nº 9.394/96, art. 21:
I. Educação Básica

EI – EF – EM
II. Educação Superior
Educação Infantil

Primeira etapa da Educação Básica: de 0 a 5 anos


 Creches ou entidades equivalentes para crianças
de até 3 anos de idade, e pré-escolas para crianças
de 4 a 5 anos de idade.
 Promover o desenvolvimento integral da criança até 5 anos
de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual
e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Ensino Fundamental

Duração de 9 anos, para crianças e adolescentes entre


6 e 14 anos:
a) 1º ao 5º ano: alfabetização e a consolidação
dos conteúdos básicos (Fund. I);
b) 6º ao 9º ano (Fund. II).
Art. 5º da LDB:
“O acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação
comunitária, organização sindical, entidade de classe ou
outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público,
acionar o Poder Público para exigi-lo.”
Ensino Médio

Etapa final da Educação Básica


 Dividido em 3 anos, com duração mínima de 2.400 horas.
 Visa a consolidação e ao aprimoramento dos conhecimentos
adquiridos no Ensino Fundamental, além da preparação para
a vida e os primeiros passos no mercado de trabalho.
Educação Básica é muito importante!

Art. 22 (estabelece seus fins):


“A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício
da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho
e em estudos posteriores.”
Art. 23 (estabelece sua organização):
“A Educação Básica poderá organizar-se em séries anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos
de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na
competência e em outros critérios, ou por forma diversa
de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.”
Interatividade

Assinale a alternativa correta quanto à composição


da Educação Básica.
a) Fazem parte da EB: EI, EF (ciclos I e II) e EM.
b) Não faz parte da EB a EI.
c) Somente o EM faz parte da EB.
d) EB é composta por EM e graduação.
e) EM não faz parte da EB, somente EI e EF.
É durante a Educação Básica:

 que o estudante toma posse dos conhecimentos mínimos


necessários para exercer plenamente a cidadania;
 que se espera propiciar o desenvolvimento de uma tomada
de consciência sobre o futuro do profissional e sobre a área
do conhecimento à qual ele melhor se adapte, tendo em vista
sua formação, por exemplo, na graduação.
Educação Básica no Brasil: um passeio pela história

Para entender o contexto atual da Educação Básica no Brasil


1. Posteriormente à atual Constituição Federal de 1988,
o Brasil vem apresentando contornos bastante complexos,
principalmente nos últimos anos.
2. Desse modo, há questões de extrema importância
a serem levantadas para essa análise.
São elas:

 Situação socioeconômica: a distribuição de renda


e da riqueza no país determina o acesso e a permanência
dos alunos no sistema escolar.
“Sabemos que o aumento da permanência de estudantes
na escola depende da realização do direito ao saber,
sob um padrão de qualidade possível de ser incrementado.
[...] não se deve exigir da escola o que não é dela.”
(CURY, 2002, p. 167)
Conceito de educação básica: nova significação.
“A educação básica é um conceito, definido no art. 21, como
um nível da educação nacional e que congrega, articuladamente,
as três etapas que estão sob esse conceito: EI, EF, EM.”
(CURY, 2002, p. 169)
 A ação responsável do Estado e suas obrigações
correspondentes: a educação é um serviço público para
desenvolvimento e resgate da cidadania, com obrigações
e ações necessárias ao desenvolvimento de processos
de educação dentro de um sistema educacional coerente.
 A pobreza gerada pela desigualdade social extrema vivida no
Brasil: a exclusão histórica e atual de um número significativo
de estudantes provindos de famílias de baixa renda.
 No Brasil vivemos uma desigualdade gigantesca e extrema,
hoje medida por vários instrumentos de análise, como
o IDH, que nos mostra as condições de vida em que vivem
os habitantes de um país.
“[...] por isso mesmo não é desprezível o impacto
desta situação de fato sobre o conjunto do sistema
educacional. Se 35 milhões de alunos estão matriculados
no Ensino Fundamental, só 9 milhões estão no Ensino Médio,
dos quais apenas 1,8 milhão concluem essa etapa do ensino,
é de se perguntar se se pode desconsiderar a desigualdade
socioeconômica como geradora remota das dificuldades
próximas que afetam o desempenho intraescolar dos alunos.”
(CURY, 2002, p. 179)

Década de 1930 e a Escola Nova

Primeira tentativa de organização do sistema educacional


brasileiro (1932).
1930/1936

 Inicia-se com a Revolução de 1930 e é encerrada com


o golpe de Getúlio Vargas e a instalação do Estado Novo.
 Ocorre a Reforma Francisco Campos (1931), primeira reforma
educacional de caráter nacional: criação do Conselho
Nacional de Educação e organização do ensino secundário
e comercial, destinado à “formação do homem para todos os
grandes setores da atividade nacional”.
1964/1982

 As Leis Orgânicas do Ensino e a criação do


Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
e do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial)
são os marcos do período.
1964/1982
 Vivemos os governos militares pós-64.
 É aprovada, em 1971, a LDB nº 5.692/71. Também há
documentos que a complementam: pareceres do
Conselho Federal de Educação e a lei que acaba com
a não obrigatoriedade da profissionalização no ensino
de 2º grau (nº 7.044/82).
Pós-64

 Período de grandes contradições e incertezas, com a


esperança totalmente voltada à formação em nível de 2º grau.
 Formar profissionais para o mercado de trabalho.
 Vagas no nível superior não suficientes para a demanda
de saída do Ensino Médio.
 Solução: formar profissionais preparados para o mercado
de trabalho, desviando-os da universidade.
“No caso específico do ensino de 2º grau, o caráter compulsório
e universal de profissionalização tem a clara finalidade de
desviar parte da clientela para o mercado de trabalho [...], e, ao
mesmo tempo, exige-se do sistema educacional produtividade,
formação de mão de obra barata qualificada tecnicamente, mas
disciplinada, dócil e ajustada às necessidades do sistema
econômico vigente.”
(PIMENTA e GONÇALVES, 1992, p. 58)
1983/1988

 Eleição indireta para presidente da República em 1984.


 Assembleia Nacional Constituinte aprova, em 1988, a nova CF.
 A Resolução CFE nº 6/86 reformula o núcleo comum
do ensino de 1º e 2º graus.

Fonte:
joaosilvaap.com.br/?p=3368
O que diz a LDBEN nº 9.394/96 sobre a
formação de professores para a atualidade?

 É aprendendo a aprender que se consegue ensinar

http://portal.mec.gov.br/images/stories/n
oticias/2011/tv-escola_matemtica-na-
cozinha.jpg
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/sto
rage/discovirtual/galerias/imagem/0000
005773/md.0000058527.jpg
Interatividade

Qual o principal documento que, nos dias atuais, rege


a educação brasileira?
a) LDB 4.024/61
b) LDB 5.692/71
c) LDB 9.394/96
d) PCNs
e) Lei 12.014/09
ATÉ A PRÓXIMA!

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