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Drogadição: um jeito triste de viver.

12/03/2007

RESUMO: O autor com base na sua experiência clínica no tratamento de pessoas


dependentes de drogas, voluntariamente hospitalizadas, constata que a drogadição é uma
tentativa enganosa de cura para encobrir um projeto suicida. Assim essa manifestação
através da dependência de drogas é de uma profunda descrença e desvalorização do viver.

Unitermos : drogadição; projeto suicida

O trabalho terapêutico no hospital psiquiátrico com pessoas dependentes de drogas,


através de reuniões diárias, grupos de apoio, tarefas e comissões comunitárias e
atendimento individual e familiar, é um campo rico de aprendizado e reflexões sobre a
drogadição como fenômeno humano.

Como fenômeno humano à dependência de drogas pode ser compreendida de inúmeras


maneiras, ou seja, com sentidos e sentidos ou diferentes modos de compreensão. Daí que
qualquer fenômeno humano estudado jamais se esgota em plenitude. Uma ótica nunca
atinge a totalidade do ser, nem mesmo sua própria totalidade como método. Isso dá o
caráter de inacabada a qualquer tentativa de compreensão, o que não deve ser visto como
fracasso, mas condição própria da existência que está sempre por fazer.

Uma das formas de compreender a drogadição é atribuir à droga como o problema


fundamental da pessoa dependente. A mídia, de modo geral, utiliza muito dessa visão em
reportagens sensacionalistas. Aliado à mídia há os "especialistas’" que, embora bem-
intencionados, descrevem sobre as drogas para leitores ou ouvintes atentos. Nesse
sentido, fica a impressão, e diga-se falsa, que o dependente é um ser passivo frente à
droga, como se não imune à semelhança de um vírus. Com isso fala-se muito nas drogas!
Quanto às drogas legais, incluído aí os "medicamentos receitados" pela mídia, nem é
necessário comentar. Talvez sejam essas as formas, cremos inconscientes, mais
contundentes de propaganda das drogas. Que poder enfim damos às drogas!!!

A droga é apenas a questão-objeto. Na maneira de compreender a drogadição como


manifestação humana, o centro ou o núcleo do enfoque deve ser a existência. Assim,
estamos interessados na questão humana.
A pessoa dependente não adoeceu porque começou a tomar droga, porém por estar
adoecida existencialmente buscou nas drogas uma "solução" ou "cura" para suas feridas
mais íntimas.
Queremos destacar três significados interligados sobre o que entendemos por
adoecido existencialmente:
1) O contexto social consumista, onde a aparência é colocada como mais fundamental
que a essência. Essa visão é determinada pelos magnatas da produção que se utilizam da
mídia para inculcar nas pessoas formas de pensar, sentir e agir. Então, ideologicamente,
somos levados a aceitar como natural e verdadeiro que os valores estão nos objetos
externos. À medida que a pessoa mais possui, mais se sente identificada com seu meio
social. Só aquilo que possui é que tem valor. Tal ideologia pode levar o ser a ficar distante
de seu íntimo, com dificuldade de mostrar-se por inteiro e, portanto, ausente de uma
comunicação real para com o próximo. Rogers denomina essa carência de sentimento de
solidão, ou seja, a incapacidade de a pessoa exprimir um contato autêntico ou transparente
para com o outro, exatamente por estar distante de si mesma. Desse modo, o ser é levado
a relacionar com um outro não-pessoa, isto é, com um outro coisificado porque o ser se
percebe coisa ou mero instrumento, ou, ainda, os objetos que tem. Isso gera uma sensação
de vazio, de ausência, de tristeza íntima porque a ‘riqueza’ está no fora. Esse mesmo
sentimento pode estar mais em evidencia naqueles que, apesar de estimulados ou
multissolicitados ao consumo, não tem acesso a ele, ficando com a percepção de serem
os falidos ou os fracassados do sistema. Essa característica do adoecer existencial é selada
quando o ser, passivo e dependentemente, aceita que esse mundo dado é pronto, acabado.
2- O consumismo faz aparentemente o ser acreditar que as "soluções" estão sempre no
exterior de si mesmos, nos objetos. Sentir-se vazio, em crise, com angustia, é proibido no
mundo coisificado. Para Boff a crise é da normalidade da vida a qual é sempre conflitante.
Processo onde envolve o novo projeto e a decisão. Mesmo que não se decida já é um
posicionamento. Se não há projeto, igual a descortinar possibilidades, ou se não há
decisão, igual à escolha ou posicionamento, o processo de viver emperra, conforme as
crises se acumulam. Mas, se há o novo projeto e a decisão, é chance de vida nova. As
crises são, assim, oportunidades de fazer crescer a "bagagem de vida", de se fazer mais
sábio. Kierkegaard, conforme Sartre, em outras palavras chama esse processo de reflexão-
decisão de trabalhar-se.
O problema do consumismo em essência é ele querer dar tudo pronto, no sentido
de que todos pensem a mesma coisa. Todos pensarem a mesma coisa é igual à não-pensar.
Esse é o outro significado de adoecido existencialmente. Isso explica também porque há
uma dificuldade muito grande de uma pessoa pedir ajuda, pois tal posicionamento é
pensar diferente numa sociedade que tem pretensa solução concreta para tudo. E se esse
pedir ajuda for em nível psicoterapêutico, o sentimento de vergonha ou fracasso é mais
intenso ainda. Desse modo, o ente se mostra existencialmente adoecido, quando amortece
as crises do viver buscando "soluções" no for. Nesse caso o trabalhar-se é extremamente
custoso. Aí a reflexão ou pensar dói, sendo por isso evitado, estabelecendo uma passagem
direta entre desejo-ação.
3- O consumismo, como ideologia, inculca nas pessoas a confusa ideia de que estar de
bem de vida é o mesmo que estar de bem com a vida. As doenças mentais, a drogadição,
as sociopatias como a criminalidade e a violência, a competição, a inveja, a gula, estão
presentes em todas as classes sociais. O mesmo podemos dizer do amor, da esperança, do
altruísmo, da solidariedade. Sentimentos considerados positivos ou negativos não são
privilégios desta ou daquela classe social, porem possibilidades incondicionais de cada
ser humano. O fato de uma pessoa pertencer a um estrato social abastado, não a isenta de
suas crises. O mesmo ocorre para uma pessoa de classe social menos favorecida. Até que
ponto a própria divisão da sociedade em classes não é também fruto de crises e
sentimentos humanos negados ou não trabalhados? É na puberdade ou na adolescência
que geralmente uma pessoa pode estabelecer seus primeiros contatos com as drogas.
Tanto a puberdade quanto a adolescência são períodos ou passagens do viver em que o
jovem busca mais intensamente o sentido de sua existência, o sentido de suas aspirações,
o significado de sua sexualidade, enfim, a descoberta efetiva de ser-no-mundo. Porém, ao
ser induzido desde criança a buscar as soluções de suas dificuldades no fora, a busca de
si mesmo pode tornar-se dolorosa e quase que impossível. Num mundo que valoriza mais
as aparências, a tarefa do trabalhar-se é descartada. Por isso que a droga pode ser eleita
como objeto idealizado de "cura" para as crises e dificuldades internas. Sob efeito de uma
droga o jovem percebe-se onipotente, " viajando", distante ou "ligado, escondendo com
isso sua insegurança de não saber quem é. O jovem vai formando assim um conceito de
si mesmo tendo a droga como liga.
No início do processo de dependência, sob o efeito de uma droga, o jovem delicia-
se no prazer fugaz. Depois, estabelecida a dependência, torna-se escravo da droga e passa
então a viver em função exclusiva dela, pois necessita encobrir, sem saber, sua solidão.
Por último, após cada dose da droga vem a "depressão", aliviada com outra dose e, assim,
continuadamente.
Ser escravo da droga é em si um projeto suicida. Os modos de vida de uma pessoa
drogadicta mostra isso - descuido da aparência pessoal, acidentes, colocar-se em risco, o
furto, o roubo, o estelionato. Concomitantes perdas maiores - a dignidade e o respeito,
bem como seu maior e mais rico patrimônio que é a si mesmo. Esse projeto suicida torna-
se um fato quando a pessoa, consciente ou não, tenta pôr termo à vida. A morte por
overdose, o contrair uma doença orgânica fatal como a aids ou qualquer forma concreta
de acabar com a vida confirmam o tal projeto. A profunda solidão que a pessoa drogadicta
vive é perceptível, pois quem elege a droga como modo de anestesiar crises, e na maioria
das vezes tal "escolha" é inconsciente, é para que sua fragilidade e carência de pessoa não
fiquem aparentes.
É sabido também que o jovem tem excessiva e natural preocupação para com seu
corpo. O definhamento físico é por exemplo uma das consequências do uso de drogas
estimulantes. Solitário de si mesmo, a droga é a tentativa iludida de encontrar-se. Eis a
ambivalência - se para de usar droga para melhorar o físico, contudo fica exposto para si
mesmo como ser fragilizado, e perceber isso é muito doloroso. Não suportando essa dor,
que também provoca sua onipotência, retorna ao uso de droga, definhando então o físico.
Isso revela a concretude da existência - a impossibilidade de separar qualquer parte do
todo sem que este denuncie. Há pessoas drogadictas que honestamente se dispõem a
deixar as drogas. Entretanto não conseguem. Estão dissociadas, não conseguindo
transformar em ação o que tem em ideia. Daí fracassam e aumenta o sentimento de
fracasso ou incapacidade de estabelecer um relacionamento transparente para com o
próximo. Desse modo fica notório que a drogadição é um projeto suicida que se manifesta
através de atitudes autodestrutivas ou de suicídio parciais. Tal situação é um viver que
não se valoriza e cuja essência colocamos em evidencia:

A- Há inúmeras maneiras de se compreender o viver. Uma delas, e que reputamos


básica, é o compromisso como ser-no-mundo,entendido como a realização de nossa
intersubjetividade - como sujeito-concreto que se desenvolve para a vida plena à medida
que participa construtivamente para a elaboração da sociedade, e esta retorna para o
próprio sujeito os ganhos comunitários.
Rogers demonstra que em todo organismo, em qualquer nível, existe um
movimento em direção ao crescimento. Esse processo é denominado de tendência de
realização. Esta pode ser impedida, mas nunca destruída, a não ser que se destrua o
organismo. O ser que se percebe vazio interiormente pode se reduzir na sociedade
consumista, preenchendo-o com o ter objetos concretamente ou em fantasia. Nessa
situação, o ser deixa de realizar o que lhe é de mais singular - a sua intersubjetividade.
"Relaciona-se" com objetos. Qualquer objeto do mundo é inanimado, é desprovido de
vida. Quando usamos um objeto, investimos vida nele, ao mesmo tempo que esse
investimento tem um retorno, se o objeto é de nossa utilidade. A droga é um objeto e
como tal é, portanto não existe como vida própria. É um objeto inanimado, sem vida.
Para que a droga tenha vida, ou melhor, significado, é necessário que a pessoa dê viver
a ela. Assim, a pessoa dependente da droga dá a vida a ela e, uma vez ingerida, a droga
retorna em destruição ou morte. É uma troca de vida por morte simplesmente, a ponto
de tornar-se escravo dela, transformando-a em senhor. Não é a droga que tem poder, é
a pessoa que está fragilizada. Por isso que discussões sobre drogas legais e ilegais ou
sobre drogas leves ou pesadas são estéreis. Não importa assim quem é o senhor - a droga
- mas a condição de escrava que a pessoa se encontra, bem como o fato dessa pessoa
estar investindo vida em morte. Contudo, mesmo inconscientemente, a pessoa dando
ávida em troca de morte ou de destruição é porque intimamente sua vida nada vale ou
equivale à morte. Eis o projeto suicida. A dependência de drogas concretiza a
desvalorização interior.

Esse projeto suicida embota a tendência de realização, ao mesmo tempo que se


nega como ser-no-mundo. Seu mundo é apenas a droga que é transformada em núcleo de
sua vida. É um jeito e suicida de ser e de viver. Rezende mostra que nossas experiências
mais profundas são simultaneamente individuais e sociais, ou seja, tanto "eu" como "nós",
e que ser-ao-mundo é a estrutura da realidade. Assim, ser-ao-mundo, é identificado como
eu-sujeito, individual e intransferível, e na sua intersubjetividade é parte de um eu-social,
o nós. Eu-nós são as duas formas de posicionamento no mundo.
B- Transformando-se em existência escrava da droga, definitivamente não há lugar para
o outro, o semelhante. De modo geral, na história de vida da pessoa drogadicta, o outro
sempre foi o outro-coisificado, mero instrumento ou objeto. A dependência de droga
revela, sem dúvida, a ausência do outro, do próximo. Isso explica porque o dependente
não consegue manter relacionamentos profundos e duradouros com seu semelhante. A
experiência do eu é vinculada a um objeto a ponto da experiência do nós ser anulada. A
drogadição é o aniquilamento do eu e do nós, ou seja, do posicionamento no mundo. Não
é por acaso ou por simples coincidência que a pessoa drogadicta gosta da noite. Na noite
a pessoa dependente vive às escondidas, nos cantos, às margens. Roda ou anda pela noite
toda, sem rumo, "por aí", desesperada, consciente o não, em busca de prazer, segurança
ou mortal conforto nas drogas para suas feridas interiores. Tenta o absurdo de evitar a
solidão, solitário, com drogas. A drogadição assemelha-se perfeitamente bem com as
trevas.
C- Amatuzzi afirma que a maior parte de nós mesmos é recebida - da família, da educação,
da sociedade, da cultura, entre outras fontes. Isso não quer dizer que somos receptáculos
passivos, desprovidos da individualidade. A história, a vida de cada um, é "o momento
individual de um fluxo coletivo". E para que esse momento não se estanque, a
individualidade mostra sua autonomia, seu jeito singular de ser, criando o passo novo
sintonizado com o fluxo coletivo para dar continuidade a ele. Como ser-no-mundo e ser-
ao-mundo a pessoa drogadicta mantêm sempre o mesmo passo, " a mesma solução",
recorre às mesmas experiências de destruição do eu e do nós, não elabora suas crises não
criando chances de vida nova. Antes de conduta rebelde ou revolucionaria, a drogadição
é uma condição escrava porque a individualidade não se mostra autônoma, ao mesmo
tempo que se ausenta do fluxo coletivo. Embota sua tendência de realização e, à margem,
não busca transformações históricas em seu meio. A pessoa drogadicta não transforma,
então, o mundo dado num mundo do possível. É um viver alienado, de si mesmo e dos
outros.
D- As coisas do viver e do conviver são temporárias. Viver é trabalhar o provisório.
Tentamos sempre dar um jeito na vida, mas a vida não tem jeito. Enganamos a nós
mesmos quando pensamos que nossas vitórias ou fracassos existenciais são definitivos.
As crises ou as descontinuidades do viver devem ser vistas como possibilidades de vida
nova e não como obstáculos para o existir. A pessoa dependente de drogas possui ou
apresenta uma grande dificuldade de superar os pequenos problemas do cotidiano. Com
a droga a pessoa, ilusoriamente, acredita ter encontrado a solução definitiva para o viver,
a resposta fácil e inquestionável. A pessoa dependente não aceita a temporalidade da
existência, pois se aceita tal premissa envolve uma disposição para o trabalhar-se. Sendo
a drogadição um projeto de morte, a superação, esse fermento na massa do crescimento,
está tolhida, apagada. Em nossa maneira de ser saudável é ter disposição para superar as
adversidades da existência - é aprendendo trabalhando o provisório. Isso significa
precisamente estar de bem com a vida. Uma existência cujo projeto é suicida, revela a
ausência de saúde ou essa capacidade de atualização. Desse modo não basta só deixar as
drogas. O tratamento que visa libertação física atinge apenas parte do processo de
recuperação. Só deixar as drogas, corre o risco de nas adversidades recorrer às "mesmas
soluções", pois nesse caso não ocorreram mudanças interiores. É necessário que além de
parar de tomar drogas, a pessoa se disponha a trabalhar-se para descobrir novas
possibilidades de existir, encontrar um novo caminho, igual a projeto de vida, para
gradativamente resgatar-se como ser-no-mundo e ser-ao-mundo. E qualquer projeto de
vida é fundamente que seja em direção ao outro. Um projeto de vida só pode ser
considerado tal se o semelhante estiver presente. Tratar é pensar na vida a fim de resgatar
de forma autentica a experiência do eu e do nós. No fundo tratar é a pessoa recomeçar a
gostar de si mesma, é valorizar a vida. Mudando a si, ao mesmo tempo muda seu
posicionamento no social.
Assim, no hospital psiquiátrico a pessoa em tratamento é estimulada a ajudar os
outros, os companheiros, como forma de autoajuda. Concomitante é multissolicitada a
mostrar seus aspectos saudáveis para que a pequena comunidade hospitalar reverta
também em saúde. De modo que o foco de atenção não é necessariamente a problemática,
mas a pessoa como um todo. O profissional da saúde reveste-se de importância impar
nesse processo. Ser conhecedor da problemática não basta. É preciso ser profundo
conhecedor e sensível da pessoa. Ela é o foco. Rogers mostra os ingredientes básicos -
empatia, consideração positiva, autenticidade, entre outros. A experiência clínica revela
que a pessoa drogadicta tem uma sensibilidade exacerbada para captar que é congruente
quanto a lhe dar ajuda, bem como se o profissional acredita que possa ajudá-lo. Pensamos
que esse fenômeno está presente não só nas pessoas adoecidas mentalmente, mas em
todos nós. Não basta então ser conhecedor da pessoa, é preciso acreditar que a pessoa
deseja superar-se. Talvez esteja aí a explicação ou um dos motivos de uma técnica ou
programa terapêutico "dar certo" com alguns profissionais e não com outros. Talvez, em
parte, aí também esteja a explicação de muitos clientes abandonarem tratamentos, de não
seguirem a prescrição como, por exemplo, o fato de pacientes psiquiátricos hospitalizados
simularem tomar a medicação e depois a cospem nos vasos sanitários.

Enfatizamos essas questões pois quando uma pessoa dependente de droga procura ajuda
profissional mesmo que pressionado pela família, pode ser que seja essa uma
oportunidade singular dessa pessoa ter um encontro autêntico nesse momento de sua vida.
Assim, o posicionamento do profissional deve ser como sempre - genuíno. E que a
transparência e o acreditar que aquela pessoa deseja superar-se propiciem o passo novo.
É o profissional acolhendo, no sentido de que o próprio ato de acolher adjetiva o valor
inestimável daquela pessoa solitária e sofrida. A máxima de Balint (1984) demonstra
muito bem a dimensão desse contexto - "o primeiro remédio que o médico deve receitar
ao seu paciente é o próprio medico ". Não há um medicamento ou uma cura mágica ou
milagrosa para a dependência de drogas. Pensamos que, para a superação da drogadição,
a resposta, no significado terapêutico, está nas relações humanas, de pessoa para pessoa
ou de pessoa com pessoas. É no mundo estrito do ser que surgem as crises, os jeitos e
florescem as possibilidades.

Autor
José Antônio Zago joseantoniozago@ig.com.br
Psicólogo do Instituto Bairral de Psiquiatria - Itapira - SP.
Mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba.

REFERÊNCIAS:

1. Amatuzzi M - Psicoterapia como hermenêutica existencial. Estudos de Psicologia da


Puccamp, 1[1]:94-107,1991
2. Balint M - O medico seu paciente e a doença. Livararia ateneu, rio de janeiro. 1984
3. Boff L - Teoria do cativeiro e da libertação. Ed Multinova, Lisboa, 1976
4. Rezende AM - Concepção fenomenológica da educação - Cortez Ed e Ed. Autores
Associados, São Paulo, 1990
5. Rogers C - Filen-Wesi - e solidão, In Rogers C, Rosenberg R - A pessoa como centro
EPU, São Paulo - pp 91-102 - 1977
6. Rogers C - Sobre o poder pessoal - Martins Fontes Ed. São Paulo 1986
7. Sartre J.P.- Questão de método. "Os Pensadores" -Ed Nova Cultural - São Paulo - pp
109-185 - 1987
8. Zago J.A. - Tarefa do viver - Linhas Gerais 1[1]:26-28 - 199

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