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SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

MARINGÁ – 2017

S. C. I. H./H. U. M.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ

DIRETOR SUPERINTENDENTE
Maurício Chaves Júnior

DIRETORA DE ENFERMAGEM
Marli Aparecida Joaquim Balan

DIRETOR MÉDICO
José Emerson Nakamura Brandão

DIRETOR ADMINISTRATIVO
Isabel Cristina Puppin

DIRETOR DE FARMÁCIA E ANÁLISES CLÍNICAS


Cleverson Antônio Poças

DIRETOR HEMOCENTRO
Christovão Granato Filho

S. C. I. H./H. U. M.
ELABORAÇÃO
Celso Luiz Cardoso,
César Helbel.
Márcia Arias Wingeter (in memorian)
Silvia Maria dos Santos Saalfeld

REVISÃO
Beatriz Sayuri Babá
Dario Bordas Garcia
Hilton Vizi Martinez

S. C. I. H./H. U. M.
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 5

1. Técnicas De Higienização 6

1.1. HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 6

1.2. FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS 7

1.3. HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS 9

1.4. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS. 9

2. Os Cinco Momentos Para A Higienização Das Mãos Na Prática


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Hospitalar

BIBLIOGRAFIA 12

FIGURA 1 - OS CINCO MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA PRÁTICA


HOSPITALAR 11

ANEXO 1 - HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 13

ANEXO 2 - FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS 14

ANEXO 3 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS 15

ANEXO 4 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA COM PREPARAÇÕES ALCÓOLICAS. 16

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Capítulo 1
Higienização das mãos

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A higienização das mãos é considerada o procedimento isolado mais


importante na prevenção das infecções hospitalares, porque muitas destas infecções
são causadas por microrganismos transmitidos pelas mãos contaminadas do
pessoal hospitalar. Entretanto, a baixa taxa de adesão dos profissionais da saúde à
prática da higienização das mãos, geralmente inferior a 50% na maioria dos
hospitais, constitui um desafio para o controle das infecções hospitalares em todo o
mundo. Os principais fatores que contribuem para esta baixa adesão são
representados por: falta de tempo, irritação da pele devido a frequente lavagem das
mãos com produtos inadequados, sobrecarga de trabalho e falta de pessoal,
excessivo uso de luvas, difícil acesso às pias e conhecimento inadequado das
indicações para a higienização das mãos.
Na tentativa de mudar essa situação, as novas recomendações para a
higienização das mãos, preconizadas nos Estados Unidos pelo “Centers for Disease
Control and Prevention” e pela Organização Mundial da Saúde, propõem o uso de
preparações alcoólicas como procedimento padrão para a antissepsia das mãos dos
profissionais de saúde em substituição a tradicional lavagem das mãos com água e
sabão.
Segundo estas recomendações, os produtos a base de álcool são os agentes
preferidos para a antissepsia das mãos porque eles reduzem a contagem bacteriana
das mãos de forma mais eficaz do que o sabão comum e as soluções antissépticas
degermantes. Apresentam maior facilidade de uso, requerem menos tempo de ação
e causam menos irritação e ressecamento da pele do que a lavagem com água e
sabão. Entretanto, quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas
com proteínas ou fluidos orgânicos, elas obrigatoriamente devem ser lavadas com
água e sabão ou com preparação antisséptica degermante, porque o álcool não tem
efeito na remoção de sujeira ou matéria orgânica.
O profissional da saúde deve estar consciente de que a lavagem das mãos é
a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação
das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente o termo “lavagem
das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência
deste procedimento. O termo higienização das mãos engloba a higienização

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Higienização das mãos

simples, fricção antisséptica, a higienização antisséptica, a e a antissepsia cirúrgica


das mãos. A eficácia da higienização depende da duração e da técnica empregada.

1. TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Importante: antes de iniciar qualquer uma das técnicas, é necessário retirar


joias (i.e., anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se
microrganismos. Destacando ainda a importância de manter as unhas curtas, não
sendo aceitável o uso de unhas postiças ou com esmalte craquelado ou rugoso na
superfície da unha.

1.1. HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS


É a lavagem das mãos pela fricção com água e sabão líquido comum (i.e.,
sabão não medicamentoso) durante 40 a 60 segundos. Tem como objetivo remover
os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o
suor, a oleosidade e as células mortas, retirando sujidade propícia à permanência e
à proliferação de microrganismos.
Importante: No caso de torneiras com contato manual para fechamento,
sempre utilize papel-toalha. O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado,
pois estas permanecem úmidas, favorecendo a multiplicação bacteriana. Deve-se
evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, para prevenir o
ressecamento da pele.
A técnica de higienização simples das mãos é realizada de forma adequada
quando as mãos são friccionadas em todas as suas faces, espaços interdigitais,
articulações, unhas, extremidades dos dedos e punhos, conforme demonstrado no
cartaz ilustrativo no Anexo 1. Para isso, utilizar os seguintes passos: (i) fricção das
palmas das mãos entre si; (ii) fricção da palma da mão direita contra o dorso da
mãos esquerda (e vice-versa), entrelaçando os dedos; (iii) fricção das palmas das
mãos entre si com os dedos entrelaçados; (iv) fricção do dorso dos dedos de uma
mão com a palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos; (v) fricção do
polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda (e vice-versa), utilizando
movimento circular; (vi) fricção das polpas digitais e unhas da mão esquerda contra
a palma da mãos direita (e vice-versa), fazendo um movimento circular; (vii) fricção

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Higienização das mãos

do punho esquerdo com auxílio dos dedos e palma da mão direita (e vice-versa),
com movimentos circulares.
A higienização simples das mãos é indicada nos seguintes casos: (i) quando
as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais; (ii) ao iniciar o turno de trabalho; (iii) após ir ao banheiro; (iv) antes e
depois das refeições; (v) antes do preparo de alimentos; (vi) antes do preparo e
manipulação de medicamentos; (vii) nas situações descritas a seguir para
preparação alcoólica.

1.2. FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS


É realizada com preparação alcoólica na forma líquida ou de gel, contendo
geralmente álcool etílico a 70% (concentração em peso), com objetivo de reduzir a
carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). O procedimento deve
ser realizado por 20 a 30 segundos, conforme a técnica demonstrada no cartaz
ilustrativo no Anexo 2.
Importante: para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos
com água e sabão imediatamente antes ou depois de usar uma preparação
alcoólica. Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas
sequem espontaneamente ao ar (i.e., sem secar as mãos com papel toalha).
A fricção antisséptica das mãos é indicada nos seguintes casos:
Antes de contato com o paciente: tem como objetivo a proteção do
paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do
profissional de saúde. Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão
arterial, da temperatura corporal); contato físico direto (aplicação de massagem,
realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e conforto.
Após contato com o paciente: tem como objetivo a proteção do profissional
e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a
transmissão de microrganismos do próprio paciente.
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos
invasivos: tem como objetivo a proteção do paciente, evitando a transmissão de
microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde. Exemplos: contato
com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica e
nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com
dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).
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Capítulo 1
Higienização das mãos

Antes de calçar luvas para a inserção de dispositivos invasivos que não


requeiram preparo cirúrgico: tem como objetivo a proteção do paciente, evitando a
transmissão de microrganismos oriundos das mãos do profissional de saúde.
Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.
Após risco de exposição a fluidos corporais: tem como objetivo a proteção
do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,
evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou
pacientes.
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o
cuidado ao paciente: tem como objetivo a proteção do paciente, evitando a
transmissão de microrganismos de uma determinada área para outras áreas de seu
corpo. Exemplo: troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter
intravascular. É importante ressaltar que esta situação não deve ocorrer com
frequência na rotina do profissional. Os cuidados ao paciente devem ser planejados
iniciando-se a assistência na sequência do sítio menos contaminado para o mais
contaminado.
Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente
próximas ao paciente: tem como objetivo a proteção do profissional e das
superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a transmissão
de microrganismos do paciente a outros profissionais e pacientes. Exemplos:
manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste
da velocidade de infusão de solução endovenosa.
Após a remoção de luvas: tem como objetivo a proteção do profissional e
das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente, evitando a
transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes. As
luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a
reduzir a transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder
sua integridade sem que o profissional perceba, possibilitando assim a
contaminação das mãos.
Outros Procedimentos: como por exemplo, a manipulação de invólucros de
material estéril.
Importante: em relação ao uso de luvas os seguintes cuidados devem ser
observados: (i) use luvas somente quando indicado; (ii) utilize-as antes de entrar em
contato com sangue, líquidos corporais, membrana mucosa, pele não intacta e
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outros materiais potencialmente infecciosos; (iii) troque as luvas sempre que entrar
em contato com outro paciente; (iv) troque também durante o contato com o paciente
se for mudar de um sítio corporal para outro, limpo, ou quando estiver danificada; (v)
nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais, como por exemplo,
telefones, maçanetas e portas, quando estiver com luvas; (vi) observar a técnica
correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos; (vii) lembre-se: o
uso de luvas não substitui a higienização das mãos!

1.3. HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS


Esta técnica é realizada de forma idêntica à higienização simples das mãos,
substituindo-se o sabão líquido por preparações antissépticas degermantes a base
de digluconato de clorexidina a 2% ou 4% ou de polivinilpirrolidona-iodo a 10%, com
1% de iodo ativo. A duração do procedimento deve ser de 40 a 60 segundos.
As formulações antissépticas degermantes associam a propriedade de
limpeza dos detergentes (remoção de sujidades) com a ação antimicrobiana dos
antissépticos (redução da carga microbiana). São utilizadas para a higienização
antisséptica das mãos e degermação da pele de pacientes que serão submetidos a
procedimentos invasivos.
A higienização antisséptica das mãos é indicada nas seguintes situações: (i)
nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de
microrganismos multirresistentes e nos casos de surtos; (ii) antes da realização de
procedimentos invasivos (e.g., inserção de cateter intravascular central, instalação
de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros procedimentos).

1.4. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS.


Consiste na escovação das mãos e antebraços com preparações
antissépticas degermantes, conforme ilustração do Anexo 3. A finalidade é eliminar a
microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar
efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das
mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com
antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. A duração do
procedimento deve ser de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos
para as cirurgias subsequentes. A antissepsia pré-operatória também pode ser

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realizada com preparações alcóolicas, sem necessidade de escovação, atendendo


às recomendações da Organização Mundial da Saúde (Anexo 4).
A degermação da pele das mãos e antebraços é indicada no pré-operatório,
antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda a equipe cirúrgica).

2. OS CINCO MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA


PRÁTICA HOSPITALAR

Para facilitar a memorização das indicações para a higienização das mãos


considerando o risco de transmissão de microrganismos durante o cuidado com o
paciente, a Organização Mundial da Saúde recomenda que os profissionais da
saúde devem obrigatoriamente higienizar as mãos em cinco momentos:
1. Antes do contato com o paciente;
2. Antes da realização de procedimento asséptico;
3. Após risco de exposição a fluidos corporais;
4. Após contato com o paciente;
5. Após contato com áreas próximas ao paciente.
O profissional de saúde deve estar conscientizado de que o cumprimento
destas cinco etapas é de fundamental importância na prevenção e controle de
infecções nos serviços de saúde, principalmente aquelas decorrentes da infecção
cruzada de microrganismos multirresistentes (i.e., o microrganismo que está
causando a doença em um paciente é transmitido para outro paciente através das
mãos contaminadas do profissional da saúde).
A Figura 1, na próxima página, mostra os cinco momentos (indicações) para a
higienização das mãos na prática hospitalar preconizados pela Organização Mundial
da Saúde.

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Higienização das mãos

FIGURA 1 -OS CINCO MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA PRÁTICA


HOSPITALAR

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Capítulo 1
Higienização das mãos

BIBLIOGRAFIA

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Recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee
and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA. Hand Hygiene Task Force. Infect Control Hosp
Epidemiol, Chicago: University of Chicago Press,v. 23, p. 3-40, 2002. Supplement
12.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Guia técnico -


Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
54 p.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Segurança do paciente


- Higienização das mãos. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 109 p.

GIRARD, R. A Review of Hand Rub Products. Eur Infect Dis, London: Touch
Briefings, v. 4, n. 2, p. 61-64, 2010.

KAMPF, G.; KRAMER, A. Epidemiologic background of hand hygiene and evaluation


of the most important agents for scrubs and rubs. ClinMicrobiol Rev, ASM:
Washington, v. 17, n. 4, p. 863-893, 2004.

LARSON, E. APIC guidelines for handwashing and hand antisepsis in health care
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PITTET, D. Hand hygiene: It’s all about when and how. Infect Control Hosp
Epidemiol, Elservier: Chicago, v. 29, n. 10, p. 957-959, 2008.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO guide lines on hand hygiene in


healthcare. First global patient safety challenge: clean care is safe care. Geneva:
WHO, 2009.

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ANEXO 1 - HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS.

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ANEXO 2 -FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS.

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ANEXO 3 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS.

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ANEXO 4 - ANTISSEPSIA CIRÚRGICA COM PREPARAÇÕES ALCÓOLICAS.

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