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O sub-capítulo 4.4 foi adaptado de Matos et al. (2002) e Gonçalves e Monteiro (2002).
b) unitários, constituídos por uma única rede de colectores onde são admitidas
conjuntamente as águas residuais domésticas, industriais e pluviais;
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c) mistos, constituídos pela conjugação dos dois tipos anteriores, em que parte da
rede de colectores funciona como sistema unitário e a restante como sistema
separativo e;
Unitários Com escoamento Neste caso, a totalidade das águas residuais, incluindo
com superfície livre águas pluviais, é transportada pelo sistema. Nos
(excepcionalmente Estados Unidos da América, em Portugal e em muitos
sob pressão) países da Europa, é rara, actualmente, a construção de
“raiz” de colectores unitários.
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Quadro 4.2 – Principais vantagens e inconvenientes dos sistemas separativos convencionais,
não convencionais e unitários.
TIPO DE VANTAGENS INCONVENIENTES
SISTEMA
O facto de se trasportarem
Sistemas Custos elevados de primeiro
efluentes de natureza distinta
convencionais, investimento, associados à necessidade
por diferentes colectores,
separativos de dispor de dois tipos de tubagens ou
permite que sejam sujeitos a
domésticos e pluviais colectores.
diferentes condições de
tratamento e de destino final. Necessidade de construção cuidadosa, em
termos de ligações de ramais prediais.
Sistemas Economia de primeiro Descarga de excedentes poluídos em
convencionais investimento, decorrente da tempo de chuva, com eventuais impactes
unitários construção de um único tipo negativos no Ambiente.
de colector que transporta a
totalidade da água de meio
urbano.
Simplicidade de projecto, no Acréscimo de encargos de energia e de
que respeita a ligação de exploração em instalações elevatórias e
ramais e colectores de tratamento, devido ao excedente de
contribuição pluvial em tempo de chuva.
Esses sistemas podem
Sistemas não Acréscimo em encargos de exploração e,
conduzir, nomeadamente em
convencionais: de conservação, em relação ao sistema
zonas planas ou com
colector gravítico de gravítico convencional.
elevados níveis freáticos, a
pequeno diâmetro ou
economias significativas de
sob vácuo
primeiro investimento.
No caso dos sistemas sob No caso do sistema sob vácuo, requere-se
vácuo, redução do risco da um grau de conhecimento e de
ocorrência de condições de especialização superior, para a
septicidade e controlo da exploração.
infiltração.
Os ramais de ligação têm como objectivo assegurar o transporte das águas residuais
prediais, desde as câmaras de ramal de ligação até à rede de colectores. A inserção dos
ramais de ligação na rede pode fazer-se nas câmaras de visita ou, directa ou
indirectamente, nos colectores. A inserção directa dos ramais de ligação nos colectores é
admissível para diâmetros de colectores superiores a 500 mm e deve fazer-se a um nível
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superior a dois terços da altura daquele. A inserção dos ramais nos colectores pode
fazer-se por meio de forquilha simples, com um ângulo de incidência adequado, ou por
meio de “fé”, desde que a superfície livre do escoamento no colector se situe a cota
inferior à cota da superfície de escoamento no ramal.
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Figura 4.1 – Representação esquemática do sistema de saneamento da Costa do Estoril.
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• custo;
• propriedades mecânicas, designadamente a resistência à pressão interior, a rigidez
diametral e a resistência à flexão;
• propriedades hidráulicas (rugosidade interior e número de juntas), propriedades
físicas (massa volúmica, condutibilidade eléctrica) e propriedades químicas
(resistência à corrosão);
• disponibilidade do mercado e de pessoal especializado na montagem;
• experiência e uniformização de materiais utilizados em cada sistema (facilitando a
exploração, manutenção e gestão de “stocks” de cada entidade).
4.4.1.2. Materiais disponíveis. Vantagens e inconvenientes
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fornecidas com os seguintes revestimentos interiores: revestimento epoxídico e
revestimento espesso de PVC (espessura superior a 2 mm).
As tubagens e acessórios de ferro fundido dúctil para saneamento podem ser fornecidas
com os seguintes revestimentos interiores: cimento aluminoso centrifugado para
efluentes com pH de 4 a 12 (revestimento corrente) e poliuretano para efluentes
agressivos com pH de 1 a 13. Estas tubagens e acessórios apresentam diferentes
soluções para protecção exterior da corrosão, nomeadamente as seguintes:
No que se refere às tubagens de aço não ligado, podem apresentar diferentes soluções
para a protecção da corrosão, apenas por separação dos métodos de fabrico da tubagem.
Assim, o revestimento interno é normalmente constituído por argamassa de cimento
aluminoso centrifugado para diâmetros até 700 mm, sendo para diâmetros superiores
constituído por um barramento de resina epoxídica. O revestimento exterior é
normalmente de polipropileno ou polietileno em camada tripla.
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Quadro 4.4 - Principais vantagens e inconvenientes de diversos tipos de tubagens para águas
residuais (adaptado de Gonçalves e Monteiro, 2002).
Tipo de tubagem Principais vantagens Principais inconvenientes
Fibrocimento - baixo coeficiente de rugosidade - fragilidade ao choque e esforços de flexão
(boas características hidráulicas) - sensibilidade a águas e terrenos agressivos
- peso reduzido - não existem acessórios de fibrocimento
- baixa condutividade térmica - necessidade de revestimento interior e exterior
- resistência à corrosão electroquímica - condicionalismos de instalação decorrentes da
- flexibilidade das juntas presença de amianto no material de composição
- preços competitivos - ataque pelo ácido sulfídrico
Betão simples - experiência de utilização - fragilidade ao choque
ou armado - vasta gama de resistências mecânicas - sensibilidade a águas e terrenos agressivos
- preços competitivos - reduzida flexibilidade das juntas e garantia
reduzida de estanquicidade hidráulica
- ataque pelo ácido sulfídrico
Betão armado - existência de acessórios - pouca flexibilidade das juntas
ou pré-esforçado - possibilidade de elevada resitência - elevado peso
- flexibilidade de adaptação aos traçados - vulnerabilidade ao ataque de gás sulfídrico e
- facilidade de ligação a tubagens de outros materiais outros ácidos
- procedimentos de reabilitação bem estabelecidos - dificuldade de garantia de estanquicidade
- competitividade económica para grandes diâmetros
Grés vitrificado - elevada resitência a ataques químicos e abrasão - elevado peso relativo
- boa resistência mecânica e flexibilidade das juntas - fragilidade
- baixo coeficiente de rugosidade e longevidade - custo pouco competitivo
- acessórios disponíveis em grés - alguns fabricantes não apresentam produtos
de qualidade
Polietileno - leveza e resistência, em regra, a produtos químicos - ataque por detergentes, solventes e
- flexibilidade hidrocarbonetos
- boa resistência ao choque e a vibrações - degradação por radiação solar e calor
(tubos azuis)
- difícil detecção de fugas
PVC - leveza - sensibilidade ao choque e entalhes
- boa resistência, em regra, a produtos químicos - risco de ovalização
- completa gama de acessórios - sensibilidade à luz (UV) e ao calor
- preços competitivos
Poliester reforçado - boa resitência a corrosão química e electrolítica - vulnerabilidade a choques
com fibra de vidro - pezo reduzido - vulnerabilidade à corrosão sob tensão
(PRFV) - facilidade de fabrico - exigência de boa compactaçãp das
- uniões flexíveis terras envolventes
- baixo coeficiente de rugosidade
Ferro fundido dúctil - boa resistência mecânica - peso elevado
- resitência a elevadas pressões internas - corrosão por ácido sulfúrico (o que exige
- impermeável aos gases e óleos protecção) e outros ácidos
- possibilidade de utilização de juntas travadas - custo relativamente elevado
(evitando ancoragens)
- simplicidade do equipamento de instalação
- disponibilidade de acessórios
Aço não ligado - elevada resitência mecânica - exigência de protecção, interna e externa,
- impermeabilidade a gases e óleos para controlo da corrosão
- possibilidade de utilização de juntas flexíveis - exigência de pessoal qualificado
- possibilidade de utilização de juntas travadas - custo elevado
(evitando ancoragens)
- simplicidade do equipamento de instalação
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4.4.1.3. Condições de assentamento e valas tipo
1. superfície;
2. fundo da caixa do arruamento, se
houver;
3. parede da vala;
4. camada de recobrimento;
5. camada de protecção superior;
6. camada de protecção lateral;
7. camada de assentamento superior
(suporte);
8. camada de assentamento inferior;
9. fundo de escavação;
10. recobrimento;
11. leito de assentamento;
12. camada de assentamento total;
13. profundidade da vala.
Poderá ser especificada a altura b, definida por b = k.DE, em que k é um factor que
representa a relação entre DE, o diâmetro exterior e o ângulo de assentamento. Nos
desenhos das valas tipo, k.DE deverá mesmo substituir o ângulo de assentamento, uma
vez que, em obra, se simplifica o processo de construção e inspecção se em vez de um
ângulo se medir uma altura. O ângulo de assentamento não é o ângulo de reacção de
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apoio utilizado no cálculo estrutural. Os valores que assumem os parâmetros a, b e c são
referidos ainda neste sub-capítulo.
Para execução da vala, deverá escavar-se até à linha da soleira acrescentada da camada
de assentamento inferior, a, que deverá ter uma espessura mínima de 100 mm, sempre
que o terreno seja uniforme e facilmente escavável, ou de 150 mm, em terrenos
rochosos ou muito duros.
Deve limpar-se o fundo da vala de pedras e objectos com arestas antes de se executar o
leito de assentamento, que deverá ser em terra seleccionada ou areia com uma
compactação não inferior a 95 % do Proctor Normal. O valor de b será o especificado
no projecto, relacionando-se com o ângulo de assentamento. Por exemplo, para b atingir
a altura definida para um ângulo de assentamento de 120º, deverá especificar-se k = ¼.
No caso de tubagens flexíveis, o leito de assentamento não deverá ser rígido. O leito de
assentamento em coxim que é comum nas tubagens rígidas, no caso de tubagens
plásticas dá origem a tensões elevadas nas paredes das tubagens, pela diferença de
rigidez dos materiais que confinam o tubo. Nos materiais plásticos, o tipo de material
que envolve o tubo deve ser tão homogéneo quanto possível. Neste âmbito, a utilização
do betão no leito de assentamento é possível, desde que a camada de assentamento seja
integralmente em betão.
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á cada uma das camadas de aterro na medida que, pela prática, se reconheça ser a mais
conveniente para obter a melhor compactação. Esta prática só é permissível em solos
não coesivos. O número de pancadas dos maços será, em cada caso, o recomendado
pela experiência como necessário para obtenção de uma densidade relativa nunca
inferior aos 95 % do ensaio Proctor Normal, em caso de dúvida por parte do
Empreiteiro, a Fiscalização poderá fixar e alterar, para cada zona de aterro, em função
da natureza dos solos e do grau de consolidação a atingir, o peso do aparelho de
compressão e o número, a ordem e o sentido das passagens necessárias.
Nas camadas superiores, onde a compactação puder fazer-se por meios mecânicos, com
pratos ou cilindros vibradores de dimensões apropriadas, serão permitidas espessuras
até 40 ou 50 centímetros, antes de batidas.
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A largura das valas para assentamento das tubagens deverá apresentar, no mínimo,
Dext + 0,5 m, para colectores com Dext < 500 mm, e de Dext + 0,7 m, para colectores
de diâmetro superior. A esta largura deve adicionar-se 0,20 m (para valas entre 3,0 e 4,0
m) e 0,30 m (para valas entre 4,0 e 5,0 m). Atendendo a que a um acréscimo da largura
da vala, na zona de instalação do colector corresponde uma redução da capacidade
resistente, torna-se importante que as sobrelarguras só tenham lugar acima da camada
de protecção da tubagem.
No caso de elevados níveis freáticos e solos coesivos, tipo argilas e siltes, pode ser
equacionada a aplicação de geotêxteis.
As razões principais destas escolhas decorrem dos baixos custos deste tipo de tubagens,
resistência mecânica razoável, resistência à corrosão por ácido sulfídrico/sulfúrico e
facilidade de instalação. Em casos especiais, designadamente elevados níveis freáticos
ou no caso de instalações no interior de edifícios (fora de vala), travessias e outras obras
particulares, frequentemente considerada a utilização de ferro fundido, eventualmente
revestido interior e exteriormente. Em emissários principais e de diâmetros elevados
(D ≥ 500 mm) é frequentemente equacionada a instalação de tubagens de PEAD e betão
armado ou pré-esforçado (estes últimos casos, para a situação invulgar de grandes
diâmetros dos colectores).
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As câmaras de visita circulares são compostas por anéis e cone excêntrico pré-
fabricados obedecendo, respectivamente, às normas NP 881 e NP 882. Estas câmaras de
visita apresentam, em regra, corpo em anéis de betão pré-fabricados de diâmetro 1,00 m
para alturas até 2,50 m e de 1,25 m de diâmetro para alturas superiores.
As câmaras de visita podem ser de planta rectangular com cobertura plana ou de planta
circular com cobertura plana ou tronco-cónica assimétrica. A adopção de outras formas
geométricas poderá aceitar-se em casos excepcionais devidamente justificados.
Dimensões mínimas
• no caso de planta circular, o diâmetro nominal interno (DN/DI) deve ser igual ou
superior a 1000 mm;
• no caso de planta rectangular, as dimensões nominais internas devem ser de 750 ×
1200 mm ou superior;
• no caso de planta elíptica, as dimensões nominais internas devem ser de 900 ×
1100 mm ou superior.
A relação entre a largura e a profundidade das câmaras de visita deve ter sempre em
consideração a operacionalidade e a segurança do pessoal da exploração.
As câmaras de visita são constituídas por soleira, corpo, cobertura, dispositivo de fecho
e dispositivos de acesso.
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Soleira
A soleira de uma câmara de visita é, em geral, constituída por uma laje de betão,
simples ou armado, conforme as condições locais o aconselhem, funcionando como
fundação do corpo. A sua espessura deve ser, na zona mais profunda das caleiras, não
inferior a 100 mm.
Tendo em vista minimizar a retenção de sólidos as superfícies da soleira devem ter uma
inclinação mínima de 10 % (preferencialmente da ordem dos 20 %) no sentido das
caleiras, devendo ser as linhas de crista ligeiramente boleadas.
Para quedas inferiores a 0,50 m, o desnível deve ser vencido recorrendo a queda suave
em betão. Na Figura 4.6, em Anexo, representa-se esquematicamente uma câmara de
visita tipo com queda suave. Na Figura 4.7, representa-se esquematicamente uma
câmara de visita tipo com queda guiada.
Corpo
O corpo das câmaras de visita é, nas situações mais correntes, construído com anéis pré-
fabricados de betão. O corpo pode também ser feito de betão simples ou armado,
moldado no local, de alvenaria hidráulica de pedra, de tijolo ou de blocos maciços de
cimento. Neste caso, a parte compreendida entre a soleira e a geratriz superior do
colector, situada a cota mais elevada, deve ser de betão moldado no local ou de
alvenaria hidráulica, com eventual intercalação de anéis pré-fabricados.
No que respeita a espessura das paredes do corpo os valores mínimos a adoptar devem
ser os seguintes: alvenaria de pedra: 200 mm; betão moldado no local: 120 mm;
alvenaria de tijolo: ½ vez; elementos de betão pré-fabricado: 100 mm.
No caso da profundidade das câmaras de visita exceder 5 m, devem ser construídos, por
razões de segurança, patamares em gradil espaçados no máximo de 5 m, com aberturas
de passagem desencontradas.
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Figura 4 4 – Representação de coberturas das câmaras de visita.
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Figura 4 5 – Características dimensionais das câmaras de visita (adaptado de NP EN 476:2000).
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Figura 4 7 – Representação de câmaras de visita com queda guiada.
Cobertura
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Dispositivos de fecho
O diâmetro de passagem dos dispositivos de fecho circulares deve ser de 600 mm,
podendo ser superior quando assim for conveniente. Apenas em situação de dispositivos
de fecho de substituição se admitem diâmetros inferiores (550 mm). No caso de
dispositivos de fecho de forma quadrada ou rectangular, a dimensão mínima deve ser
igualmente de 600 mm.
Por fim, refere-se que as tampas das câmaras de visita de colectores domésticos
implantados em leitos de ribeira ou linhas de água deverão ser estanques, anti-refluxo
até 1 bar, solidarizadas e seladas ao betão armado através de parafusos ou
chumbadouros.
Dispositivos de acesso
O uso de degraus metálicos cravados nas paredes das câmaras de visita, para acesso ao
seu interior, é prática tradicional. Estes devem ser constituídos por varão de aço macio
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ou de ferro fundido (lamelar ou esferoidal), devendo assegurar-se a protecção contra a
corrosão, ao longo da vida útil da obra.
A disposição e formato dos degraus pode permitir que estes sirvam para os dois pés ou
para apenas um pé só de cada vez. Em qualquer dos casos, a inserção dos degraus deve
ser tal que assegure uma distância mínima à parede, em projecção vertical, de 120 mm.
O espaçamento vertical entre degraus deve situar-se entre 250 mm e 350 mm.
Na situação de degraus para os dois pés estes devem estar alinhados segundo um eixo
vertical. Na situação de degraus para um pé os eixos verticais das duas fiadas de degraus
devem estar afastados de 300 mm (± 10 mm).
A NP 883 estabelece regras relativas aos degraus de acesso. Contudo, recomenda-se que
o acesso, principalmente em redes de águas residuais domésticas, seja efectuado através
de escadas em material plástico e não através de degraus metálicos, que com o tempo se
deterioram, podendo não oferecer garantias de segurança a médio prazo.
4.4.2.3. Acabamentos
O interior das câmaras de visita deve ser por princípio rebocado, numa espessura não
inferior a 20 mm, com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3. No caso de o corpo
ser constituído por anéis pré-fabricados pode dispensar-se o seu reboco, se a superfície
se apresentar perfeitamente lisa e sem defeitos. É indispensável garantir o perfeito
fechamento das juntas com a aplicação de cordel de mastique entre anéis do corpo, e
entre o anel superior deste e o cone da cobertura. Os cantos e arestas interiores devem
apresentar-se arredondados.
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feita com argamassas ricas em cimento e com cordão mastique incorporado
(Videira e Guedes, 1998).
• preparação prévia das paredes interiores com limpeza por hidropressão (a 200 bar)
por forma ao estado final da superfície não incluir “leitadas”, vazios ou grãos de
baixa aderência;
• aplicação de uma primeira camada de resina epoxy (do tipo “toptar” da Bettor ou
equivalente), desde que a percentagem de sólidos em peso seja igual ou superior a
90 %, com diluição de 5 a 8 % em xileno/toleno e com espessura de 200 microns;
• aplicação de uma segunda camada pura do mesmo material, com espessura de 200
microns, a executar quando a primeira camada estiver já seca. A aplicação deverá
ser obrigatoriamente por pulverização (pistola airless) com retoques a pincel plano
ou rolo de pelo de algodão fino. As zonas de infiltração deverão ser tapadas com
“kanasec” da Bettor ou produto equivalente, compatível com o esquema das
pinturas.
Para colectores de dimensão superior a 600 a 800 mm utiliza-se, em geral, uma câmara
de visita de maiores dimensões, compatível com o diâmetro dos colectores
(DIRECÇÃO GERAL DOS RECURSOS NATURAIS, 1991).
Esta câmara deverá ser, em princípio, de planta circular ou rectangular, com uma
dimensão mínima igual ao diâmetro do colector acrescida de 250 mm para cada lado,
para as faces das paredes atravessadas pelos colectores. No caso de câmaras de visita
onde se dá a convergência ou a saída de vários colectores, os valores definidos devem
ser ajustados para que as inserções se façam em boas condições. Preferencialmente, a
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câmara de visita rectangular deve ter uma altura que permita a um homem proceder às
operações de limpeza com os pés assentes numa plataforma, a qual é em geral
construída no topo do colector de jusante. O acesso a esta câmara pode ser feito através
de uma “chaminé” constituída por anéis circulares pré-fabricados.
PEAD
Existem outras soluções pré-fabricadas de câmaras noutros tipos de PEAD, que não
sendo fabricadas segundo os requisitos e especificidades de cada obra, tornam-se pouco
flexíveis e geralmente mal adaptadas a projecto.
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Figura 4 8 – Representação de câmaras de visita de dimensão excepcional.
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PVC (policloreto de vinilo)
Disponibilizam-se também soluções técnicas com interesse para câmaras de visita pré-
fabricadas deste material, em que, à semelhança com o que acontece com o PEAD,
apenas é necessário definir o diâmetro interno e as profundidades de entrada e saídas
das tubagens. Garante-se, assim, uma instalação estanque e inteiramente compatível no
que respeita a ligações entre os diversos elementos da rede.
Este material pode ser especificado nos casos em que se pretendam soluções
absolutamente estanques. A especificação deverá referir que a tubagem irá funcionar à
compressão axial, isto é, instalado na vertical, pelo que o processo de fabrico e a
disposição das fibras de vidro terão de ser diferentes das que caracterizam as tubagens
assente em vala. A especificação deste tipo de câmaras de visita constitui uma solução
relativamente onerosa, comparativamente com as tradicionais câmaras em anéis,
justificando-se apenas em aplicações especiais, tais como em obras de grande dimensão
de emissários no interior de ribeiras e com zonas de grande sensibilidade à
contaminação.
53
4.4.2.7- Critérios de implantação de câmaras de visita
• na confluência de colectores;
Para além dos critérios anteriormente referidos, salientam-se ainda os seguintes critérios
de posicionamento de câmaras de visita, em perfil longitudinal, destinados a assegurar a
continuidade do escoamento, sem regolfos para montante:
O objectivo dos ramais de ligação é a ligação das redes prediais às redes gerais de
drenagem
O material e o tipo de juntas a adoptar devem ser, sempre que possível, análogos aos do
colector da rede geral, procedendo-se de forma a minimizar a possibilidade da
penetração de raízes. No caso de colectores de sistemas de drenagem de água residual
comunitária, importa minimizar os caudais de infiltração de águas subterrâneas. De
facto, deve ser dada particular atenção à execução de ramais de ligação aos colectores
da rede geral, nomeadamente ao coxim do ramal, à compactação do material envolvente
e às técnicas de ligação, já que os ramais executados de forma deficiente são
responsáveis por uma parte significativa do caudal de infiltração. Na Figura 4.8
apresenta-se, esquematicamente, a ligação de um ramal a colector profundo. A Figura
4.9 diz respeito a ligação de ramal predial a colector de média e grande dimensão.
54
Figura 4 8 – Representação esquemática de ligação de ramais de ligação a colectores profundos.
55
Constitui prática adequada na execução de redes de drenagem de água residual, a
colocação de tês e/ou forquilhas, não apenas para as ligações à rede no inicio de
exploração da obra, mas também nas secções onde se preveja a ligação de futuros
ramais domiciliários. No entanto, neste último, os tês e as forquilhas devem ser
convenientemente tamponados, até que entrem em serviço. A Figura 4.10 diz respeito a
ramais de ligação-tipo a colectores pouco enterrados.
56
4.5. Aspectos da concepção dos sistemas. Traçado em planta e perfil longitudinal
de colectores.
57
1- determinação, os maior rigor possível, dos caudais de águas residuais nos diversos
trechos da rede;
b) natureza do terreno (por exemplo areia, terra ou rocha branda ou rocha dura);
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f) níveis freáticos (que podem originar problemas para a execução da obra e
condicionar o cálculo dos caudais de infiltração);
h) mesmo que o projecto não inclua o estudo da estação de tratamento, deve analisar-
se a sua possível localização.
1- sempre que possível devem ser adoptados declives iguais dos do terreno;
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a) A velocidade máxima de escoamento para o caudal de ponta no horizonte de
projecto não deve exceder 3 m/s;
c) Sendo inviável o limite referido na alínea b), como sucede nos colectores de
cabeceira, devem estabelecer-se declives que assegurem estes valores limites para
o caudal de secção cheia;
d) Nos colectores domésticos, a altura da lâmina líquida não deve exceder 0,5 da
altura total para diâmetros iguais ou inferiores a 500 mm e 0,75 para diâmetros
superiores a este valor;
e) A inclinação dos colectores não deve ser, em geral, inferior a 0,3% nem superior a
15%;
( ( ))
θ nti = sen θ n + 6,063 Q / k i
0, 6
D −1,6 θ n0, 4 (4.4)
Este tipo de resolução deve limitar-se ao domínio de θ em que existe uma única
solução, ou seja, para θ < 4,53 rad ou h/D < 0,82.
60
Deve então comparar-se os valores de altura relativa do escoamento, h/D, e a velocidade
correspondente ao caudal de ponta, para o ano de início de exploração e para o ano de
horizonte de projecto, com os limites decorrentes dos critérios apresentados no sub-
capítulo 4.6.2.
No caso do método gráfico, deve calcular-se o caudal a secção cheia (Qf) e a velocidade
a secção cheia (Vf) e, com base na relação entre o caudal de projecto e o caudal de
secção cheia (Q/Qf), determinar, recorrendo à Figura 4.11, as relações h/D ou y/D e
V/Vf.
Uma vez determinados estes valores, torna-se possível verificar, por comparação com
os limites regulamentares, o cumprimento ou não das condições de altura de
escoamento e das condições de auto-limpeza e de velocidade máxima.
61
4.7. Soluções não convencionais de drenagem.
Os sistemas sob vácuo incluem uma estação de vácuo, além de condutas e câmaras com
válvulas de interface. O escoamento, nessas condições, é intermitente e bifásico. Os
sistemas a ar comprimido incluem, em regra, trechos ascendentes e trechos
descendentes, válvulas de controlo, compressores e reservatórios de ar comprimido que
operam a intervalos regulares, ”empurrando” o escoamento e criando, ciclicamente, o
estabelecimento de condições adequadas de auto-limpeza.
Nos sub-capítulos 4.7.2, 4.7.3, 4.7.4 e 4.7.5 deste livro, procede-se à descrição e à
caracterização mais detalhada, respectivamente dos sistemas simplificados, sistemas de
colectores gravíticos de pequeno diâmetro, sistemas sob vácuo e sistemas a ar
comprimido.
Os sistemas simplificados, tal como são considerados neste documento, são sistemas
gravíticos constituídos por colectores de pequeno diâmetro, câmaras de visita e óculos
de limpeza.
São sistemas cujo investimento inicial é inferior ao dos sistemas convencionais, visto
que o diâmetro dos colectores pode ser inferior a 200 mm e o espaçamento médio entre
câmaras de visita, para as mesmas condições de traçado, é superior.
62
Quadro 4.5- Principais vantagens e inconvenientes dos diversos tipos de sistemas não
convencionais.
TIPOS PRINCIPAIS VANTAGENS INCONVENIENTES
CARACTERÍSTICAS
O sistema simplificado, de acordo com Mara (1996), não transporta efluente decantado
e não requer a existência de tanques interceptores a montante das redes. Em regra, este
tipo de sistemas, vulgarizado em países como o Brasil, pode ser recomendável para
povoações rurais com povoamento disperso, em que não existam fossas sépticas ou em
que estas infra-estruturas se comportem de forma deficiente.
de que resulta,
sendo,
63
e
sendo,
Para a dedução da expressão (4.2) Mara (1996) admite, um factor de ponta de 1,8,
coeficiente de afluência de 0,85 e capitação de água de 100 l/(hab.dia).
100 234
150 565
200 1053
250 1708
300 2536
64
Devido à decantação dos sólidos sedimentáveis, o sistema de colectores a jusante dos
tanques interceptores não necessita de ser dimensionado para garantir exigentes
condições de auto-limpeza, nem de obedecer ao critério altura de escoamento inferior a
meia secção do colector. Desta forma, os SCGPD podem apresentar tubagens com
diâmetros de 100, 75 ou até mesmo de 50 mm, implantados a baixa profundidade. Nesta
perspectiva, os colectores podem ser projectados sem a inclinação mínima estipulada
pelo Decreto Regulamentar nº23/95 para o sistema convencional, podendo mesmo
incluir troços descendentes e ascendentes. A remoção de parte substancial dos sólidos
suspensos no tanque interceptor pode conduzir à eliminação das etapas de tratamento
preliminar e primário, efectuadas nas estações de tratamento a jusante do sistema de
drenagem.
- ramal domiciliário;
- tanque interceptor (fossa séptica);
- colector secundário;
- colector principal.
Figura 4.12 – Sistema de colectores gravíticos de pequeno diâmetro – tipo adaptada de Dias (2000)
65
4.7.3.2- Componentes dos sistemas
Ramal domiciliário
Esta componente do SCGPD tem como função a ligação entre a rede predial e o tanque
interceptor respectivo. O colector, usualmente em PVC, apresenta diâmetros típicos de
75, 110, 140 ou 160 mm e é instalado em vala com uma inclinação descendente,
normalmente superior a 1%, conforme EPA (1991).
Tanque interceptor
É possível a inclusão nos SCGPD das fossas sépticas já existentes nos locais,
convertendo-as em tanques interceptores. Deve, no entanto, garantir-se a estanqueidade
das mesmas, por forma a evitar infiltrações indesejadas de outras águas ao sistema.
Colector secundário
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frequentemente utilizado, sendo os diâmetros típicos utilizados de 75 e 110 mm, os
quais não devem ser superiores ao diâmetro do colector principal. No que concerne à
implantação destes colectores, tem-se que, de acordo com EPA (1991), não é
estritamente necessário que os mesmos sejam continuamente descendentes em perfil e
rectilíneos em planta.
Colector principal
O colector principal tem como objectivo a drenagem da água residual proveniente dos
diversos colectores secundários até à estação elevatória ou à estação de tratamento, tal
como sucede nos sistemas convencionais. O material constituinte é normalmente o
PVC, ou, em alternativa, o polietileno de baixa densidade (PEAD). O diâmetro é
estabelecido por razões hidráulicas, com base no caudal de projecto, o qual depende do
número de habitações servidas pelo SCGPD, com valores mínimos de 75 ou 100 mm,
embora seja possível a utilização de colectores com 50 mm de diâmetro (EPA, 1991).
O escoamento nos colectores pode ocorrer em superfície livre ou sob pressão, situando-
se, neste caso, os troços sob a linha de energia. Para garantir o escoamento é pertinente
realizar uma avaliação hidráulica, de modo a evitar o retorno das águas residuais
(regolfos de elevação) para o interior dos tanques interceptores.
Instalações elevatórias
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Figura 4.13 - Grupo elevatório tipo ‘STEP’- representação esquemática, adaptada de Dias (2000)
Órgãos e acessórios
Na Figura 4.14 é apresentado um óculo de limpeza e uma junção simples sem óculo.
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A válvulas de retenção impedem o retorno do efluente às habitações. O refluxo ocorre
quando a cota de saída de um tanque interceptor se situa sob a linha de energia
dinâmica, devido ao escoamento de um caudal particularmente elevado.
Figura 4.14 - Um óculo de limpeza típico (direita) e uma junção simples sem óculo de limpeza (esquerda)
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Quadro 4.7 – Critérios usuais de dimensionamento dos SCGPD
(Austrália) (EUA)
Grandeza Unidade Convencional SCGPD SCGPD
Profundidade mínima à coroa m 1 0.50-0.75 0.60 (típico 0.75)
Inclinação mínima % 0.30 0,4 -
Inclinação máxima % 15 - -
-1/3
Coeficiente Manning m s 0.012 0.011 0.013
Dist. entre óculos de limpeza m - 120 120-300
Diâmetro mínimo mm 200 100 50 (típico-100)
Velocidade crítica m/s 0.6 0.45 0.3-.45
Factor de ponta - 5 3 1a4
Caudal de infiltração L/s Qmédio - -
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4.7.4. Sistemas sob vácuo
Nos sistemas sob vácuo o transporte das águas residuais faz-se à custa do diferencial de
pressão, que se estabelece entre o exterior e o interior do sistema, onde se encontra
instalada pressão negativa relativa. O sistema prevê a fluência gravítica das águas
residuais até um poço domiciliário, capaz de receber o efluente de uma ou mais
habitações, num máximo de quatro. Este poço encontra-se munido de uma válvula de
interface vácuo/gravidade, normalmente fechada em cada ponto da entrada, por forma a
“selar” as condutas e manter a condição de vácuo. A válvula de interface é instalada na
câmara de válvula, que constitui a zona superior do poço domiciliário. Este inclui ainda,
na zona inferior, a câmara de recolha de água residual, onde esta se acumula até um
nível pré-determinado. Quando este é atingido, a válvula abre e o conteúdo é aspirado,
devido ao diferencial de pressão existente no sistema, conseguido até à custa das
bombas de vácuo instaladas a jusante. O efluente é assim transportado até à estação de
vácuo, de onde segue para a estação de tratamento ou para a rejeição final.
Dado que o escoamento no sistema de drenagem se processa por acção do vácuo, e não
da gravidade, o perfil longitudinal das condutas não tem que ser continuamente
descendente, como nos sistemas convencionais – podem existir trechos ascendentes ou
descendentes, desde que sejam respeitados os condicionalismos hidráulicos do sistema
(Cole, 1998).
As vantagens do sistema sob vácuo podem dizer ainda respeito a outros aspectos
complementares designadamente (Johnson, 1997):
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- inexistência de infiltrações nos sistemas sob vácuo, dada a tecnologia utilizada;
Aspectos gerais
Dispositivos de Interface
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Figura 4.15 – Representação esquemática do traçado de um sistema sob vácuo (adaptada de EPA, 1991).
73
faz-se, em regra, por uma tubagem de 100 mm de diâmetro que deve ser colocada, por
razões de ordem estética, junto a uma das paredes exteriores do edifício.
Rede de Tubagens
A rede de colectores é constituída por tubagens de PVC de diâmetros 75, 100, 150, 200
e 250 mm, assentes a uma profundidade mínima de 0,90m, que estabelecem a ligação
entre os poços domiciliários e a estação de vácuo.
Os sistemas sob vácuo permitem, dentro dos limites de natureza hidráulica que lhe são
próprios, a existência de troços ascendentes, como se ilustra na Figura 4.17.
Figura 4.17 – Sistema sob vácuo - Exemplo de traçado em perfil (adaptada de EPA, 1991).
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Figura 4.18 – Sistema sob vácuo - Perfis tipo de traçado de colectores (adaptada de EPA, 1991).
O traçado em planta das condutas principais deve procurar minimizar a altura a ser
vencida pelo sistema, bem como a extensão dos colectores, e equilibrar os caudais
transportados em cada um dos colectores principais.
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Quadro 4.8 – Critérios de traçado de colectores principais (adaptado de EPA, 1991)
Estação de vácuo
A estação de vácuo, que deve ser localizada num ponto central relativamente a todo o
sistema, promove a recolha das águas residuais, conduzindo-as posteriormente, e no
caso geral, para uma estação de tratamento de águas residuais ou para o sistema geral de
águas residuais da zona. A estação de vácuo inclui diversos órgãos, designadamente as
seguintes: bombas de vácuo, bombas de águas residuais, reservatórios de vácuo e um
grupo gerador de emergência (EPA, 1991).
As bombas dos grupos electrobomba de águas residuais são necessárias para transportar
o efluente armazenado no reservatório de água residual para a estação de tratamento.
Deverão ser previstos sempre equipamentos de reserva no sistema. O arranque e a
paragem dos grupos é controlada a partir de níveis pré-fixados no reservatório, e podem
ser conhecidos recorrendo a sondas (EPA, 1991).
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A água residual é armazenada no poço ou reservatório, até que seja atingido um nível
pré-determinado e “arranque” o grupo electrobomba. Os reservatórios devem ser
estanques e com capacidade para suportar os níveis de vácuo habituais no sistema. A
entrada de água residual no reservatório dá-se por forma a que na zona superior tenha
lugar a transferência de vácuo, proporcionado pelas bombas de vácuo, para a rede de
drenagem propriamente dita (EPA, 1991).
77
perda de carga contínua com as perdas de carga localizadas ao longo da rede, não
poderá exceder 4 m H2O.
- redução de diâmetro;
Do ponto de vista da operação, assume especial relevância o facto das equipas técnicas
disporem de pessoal habilitado para a exploração r manutenção das válvulas de interface
a dos grupos sob vácuo.
Os sistemas a ar comprimido são muito recentes e, que se saiba, ainda não tiveram
aplicação em Portugal.
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Em operação normal, o reservatório de ar comprimido não se encontra em comunicação
com a câmara de interface, que se mantém “cheia” de água residual. Nessa situação, o
sistema funciona como um sifão invertido. Ciclicamente, em regra uma a duas vezes por
semana, o sistema a ar comprimido entra em operação. Nessas circunstâncias, isola-se a
câmara de interface, por meio da válvula automática, do trecho do colector a montante e
estabelece-se a comunicação entre o reservatório de ar comprimido e a câmara de
interface.
a)
b)
c)
Figura 4.19 – Representação esquemática de terreno com perfil ondulado (a), sistema convencional
gravítico (b) e sistema a ar comprimido (c).
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A Figura 4.20 diz respeito ao funcionamento da câmara de interface. Na situação
apresentada em a), a câmara encontra-se em operação normal e o colector funciona
como sifão invertido. Na situação b) a válvula isola a câmara (do colector de montante)
e o sistema de ar comprimido entra em operação, provocando uma “corrente de varrer”
que assegura, ciclicamente, condições de auto-limpeza no sistema.
a) funcionamento em b) funcionamento em
condição normal condição excepcional
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Dias e Matos – “Unconventional sewerage systems: aspects of hydraulic design and
water quality”, in Proceedings of the Conference on Civil and Environmental
Engineering - New Frontiers and Challenges, Bangkok (Thailand), November
1999.
Cole, J. H.: Torchia. S. F.. Defying Gravity. Civil Engineering, Feb., 1998, 67-69.
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