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Batalha de Lepanto

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A Batalha de Lepanto foi um conflito naval travado entre uma
esquadra da Liga Santa e o Império Otomano.[1] Batalha de Lepanto

A Liga Santa, formada pela República de Veneza, Reino de Guerras Turco-Venezianas


Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados Pontifícios sob o
comando de João da Áustria, venceu o Império Otomano no dia
7 de outubro de 1571, ao largo de Lepanto, na Grécia.[2] Esta
batalha representou o fim da expansão islâmica no
Mediterrâneo[3].

Índice A Batalha de Lepanto.


História Data 7 de outubro de 1571 (447 anos)
O combate
Local Golfo de Patras, Mar Jónico
Importância religiosa
Desfecho Vitória decisiva da Liga Santa Católica
Representações artísticas Italiana e o fim da expansão otomana
Referências pelo Mar Mediterrâneo.
Ligações externas Beligerantes
Liga Santa Católica Império Otomano
Italiana:
História República de
Veneza
Desde o início do século XIV, os otomanos vinham invadindo as
Espanha (com os
áreas européias outrora invadidas por árabes e turcos seljúcidas. reinos da Sardenha,
Tais invasões eram habilmente orquestradas através de Nápoles e Sicília)
ferramentas administrativas muito bem desenvolvidas, entre Estados Pontifícios
elas o sistema janízaro, e tinha por escopo a construção, e Génova
consequente expansão, de seu próprio império.[4] Grão-Ducado da
Toscana
Em 1570, o Papa Pio V entrou em contato com os governantes Saboia
do Ocidente para alertá-los da iminente invasão otomana à ilha Ducado de Urbino
de Chipre, não obtendo êxito em tal empreitada tendo em vista
Cavaleiros de
que os mesmos enfrentavam problemas internos em seus países Malta
em decorrência da reforma Protestante.[5][6] Ainda assim,
Comandantes
enviou João de Áustria à Itália, onde este recebeu voluntários
dos Cavaleiros de Malta[7], que receberam ajuda financeira de Liga Santa Império Otomano
Pio V tão logo este assumiu o papado em 1566,[8] das marinhas Marinha:
Marinha:
da República de Veneza, Espanha e dos Estados Papais, Centro: Centro:
conseguindo montar uma esquadra de duzentas e oito galés e
João de Áustria Müezzinzade Ali
seis galeaças (navios a remos com quarenta e quatro canhões),
Sebastiano Pasha (morto)
Venier
Esquerda:
surgindo assim a chamada Liga Santa.[9] Em 16 de setembro de Marco Antônio II Mehmed Siroco
1571, os aliados saíram da província de Messina rumo a (morto)
Colonna
Corfu.[1] Direita:
Esquerda:
Esta frota enfrentou duzentas e trinta galés turcas ao largo de Uluç Ali Reis
Agostino
Lepanto, na Grécia, a 7 de outubro de 1571. Barbarigo (morto)
Direita:

O combate Giovanni Andrea


Quando as duas forças se colidiram, navios bateram uns nos Doria
outros, homens armados trocavam de embarcações empunhando Reserva:
espadas, flechas voavam de um barco a outro, mosquetes,
Álvaro de Bazán
arcabuzes e canhões disparavam para todo lado.[8] Foi a maior
batalha naval desde a Batalha de Áccio.[10] Forças
212 navios 251 navios
Ao final da batalha, na tarde do dia 7 de outubro, o mar estava
avermelhado de sangue por quilômetros,[11] doze mil escravos 206 galés 206 galés
cristãos foram libertados e sete mil e quinhentos cristãos foram 6 galeaças 45 galeotas
mortos, ao passo que 3.486 turcos foram feitos prisioneiros e 28 500 (soldados) 31 490 (soldados)
trinta mil foram mortos.[8][12] 40 000 (marinheiros e 50 000 (marinheiros e
remadores) remadores)
Um fato curioso na batalha foi a participação do escritor
espanhol Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote, que fora 1 815 (bocas de fogo) 741 (bocas de fogo)
ferido em seu ombro esquerdo, o que levou à perda dos Baixas
movimentos da mão esquerda, e fora mantido prisioneiro pelos
7 500 (mortos) 30 000 (mortos, feridos
turcos por cinco anos.[13] 17 navios destruídos ou capturados)
240 navios (perdidos)
137 navios(capturados)
50 navios(afundados)
Importância religiosa 12 000
A Batalha de Lepanto é muito importante para a religião cristãos(libertados)
católica, isso por que teve um grande impacto espiritual. O dia 7
de Outubro é comemorado pelos católicos desde 1571 como o dia de Nossa Senhora do Rosário.

Essa empreitada militar foi organizada pelo papa Pio V, ele via o crescimento Otomano não só como um risco ao povo, mas também
a liberdade religiosa. O papa fez questão que todos os soldados fizessem jejum e oração, além de que se confessassem e
comungassem o corpo de Cristo antes da batalha, por isso em cada navio estava presente um padre. Ao final da batalha, estando a
centenas de quilômetros numa reunião em Roma, o papa Pio V naquele momento se levantou e disse que deveriam parar a reunião e
dar graças a Deus, por que a batalha havia sido vencida pelos cristãos.

Representações artísticas
Há diversas manifestações artísticas sobre a batalha, algumas delas:

O escritor inglês G. K. Chesterton, escreveu o poema Lepanto;[14][15]

O espanhol Joannes Latinus (Juan Latino), escreveu as crônicasAustrias Carmen.[16]


Batalha de Lepanto A Batalha de Lepanto Combate Naval de Lepanto
Paolo Veronese, 1571 Fernando Bertelli, 1572 Juan Luna, 1571

Referências
1. The Editors of Encyclopædia Britannica.«Battle of Lepanto.» (https://www.britannica.com/event/Battle-of-Lepanto).
In: Encyclopædia Britannica, inc.Encylopædia Britannica(em inglês)
2. «Batalha de Lepanto» (http://www.infopedia.pt/$batalha-de-lepanto). Porto Editora. Infopédia. Consultado em 7 de
outubro de 2012$ Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
3. JANNUZZI, Giovanni (2005).Breve historia de Italia. 1 1 ed. Buenos Aires: Letemendía. 80 páginas.ISBN 987-
21732-7-3
4. Moczar, Diane (2013). Dez datas que todo católico deveria conhecer . Rio de Janeiro: Castela. p. 137.ISBN 978-85-
64734-02-9
5. Moczar, 2013, p. 150.
6. Cronologia da batalha de Lepanto(http://www.lepanto.com.br/historia/cronologia-da-batalha-de-lepanto/). Lepanto
7. PINHO, António Brandão de (2017).A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses(https://www.
chiadoeditora.com/livraria/a-cruz-da-ordem-de-malta-nos-brasoes-autarquicos-portugueses) . Lisboa: Chiado Editora.
426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017
8. Pearce, Joseph (22 de junho de 2017).«St. Pius V and the Battle of Lepanto»(http://www.theimaginativeconservativ
e.org/2017/07/st-pius-v-battle-lepanto-joseph-pearce.html) . The Imaginative Conservative(em inglês)
9. Moczar, 2013, p. 151
10. Moczar, 2013, p. 153.
11. Moczar, 2013, p. 154
12. Pust, Klemen. (2012). Defending the Christian Faith with Our Blood’. The Battle of Lepanto (1571) and theenetian
V
Eastern Adriatic: Impact of a Global Conflicton the Mediterranean Periphery (http://www.academia.edu/1824132/The
_Battle_of_Lepanto_1571_and_the_Venetian_Eastern_Adriatic_Impact_of_a_Global_Conflict_on_the_Mediterranea
n_Periphery_PDF_version_). Athens: ATINER'S Conference Paper Series. 14 páginas. ISSN 2241-2891 (https://ww
w.worldcat.org/issn/2241-2891). MDT2012-0036
13. Stewart, Jon B. (2009).Kierkegaard and the Renaissance and Modern T raditions: Literature, drama, and music.(http
s://books.google.com.br/books?id=k8gMCABQM98C&pg=P A13&lpg=PA13&dq=lepanto+battle+music&source=bl&ot
s=T6cVfni0G3&sig=yzGMetEFkbBj6ai4D3HvAuMbn7U&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwikhOni5-XV AhUBEJAKHW3
cAY8Q6AEIVDAG#v=onepage&q=lepanto%20battle%20music&f=false)Padstow: Ashgate Publishing, Ltd. p. 13.
ISBN 9780754668206
14. Check, Christopher (21 de fevereiro de 2017).«The Battle of Lepanto»(http://www.aquinascollege.edu/calendar-eve
nt/christopher-check-catholic-answers-battle-lepanto/) . Aquinas College (em inglês)
15. Chesterton, G.K. (2004).Lepanto. São Francisco: Ignatius Press.ISBN 9781586170301
16. Wright, Elizabeth R. (2009).«Narrating the Ineffable Lepanto: The Austrias carmen of Joannes Latinus (Juan
Latino)» (https://muse.jhu.edu/article/259818/pdf). Hispanic Review. 74: 71-92. ISSN 1553-0639 (https://www.worldc
at.org/issn/1553-0639). doi:10.1353/hir.0.0042 (https://dx.doi.org/10.1353%2Fhir.0.0042)

Ligações externas
Cronologia da Batalha de Lepanto
Lepanto (Chesterton) no Wikisource em inglês.

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