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Aluno Nº 20001106
RESUMO: Este trabalho pretende dar uma visão geral da Gestão Integrada dos
Recursos Humanos no seio organizacional, nomeadamente aludir a algumas técnicas de
gestão mais frequentes. É também focada neste trabalho a cronologia e as suas diversas
fases de desenvolvimento. Aborda-se o papel do gestor de RH, explicando-se numa
visão simplificada o seu trabalho e as ferramentas de que dispõe. Por fim, o trabalho
pretende mostrar que a Gestão Integrada de RH é uma temática em pleno
desenvolvimento e expansão devido à competitividade da Economia global.
MAIO DE 2007
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ÍNDICE :
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
5. CONCLUSÃO....................................................................................15
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
Face aos desafios económicos, sociais e tecnológicos dos anos 90, a qualidade da
gestão de recursos humanos (GRH) é um factor-chave, essencial para o sucesso.
(Peretti, 1998)
A gestão de recursos humanos evoluiu, em certa medida, ao longo do séc. XX em
articulação estreita com a teoria e os comportamentos organizacionais, partilhando os
pontos altos e baixos da evolução desta ciência dedicada ao estudo das organizações.
Do ponto de vista conceptual, a designação gestão de recursos humanos, que
descende do conceito de gestão de pessoal, antes dominante na literatura, está longe de
apresentar um campo estabilizado de conhecimentos. Falta realmente uma teoria geral
explicativa do papel das pessoas na eficácia organizacional e no desempenho das
empresas. (Bilhim, 2006)
Na gestão de recursos humanos encontramos conceptualizações psicológicas,
sociológicas, económicas, jurídicas e até oriundas da ciência política, que lhe conferem
um carácter eclético, não dispondo, deste modo, de uma base de conhecimentos
fortemente integrada e consistente. Todavia, este ecletismo não enfraquece a sua
posição actual onde todos, em geral, reconhecem, à gestão de recursos humanos, um
papel estratégico.
Fruto desta articulação, as pessoas que trabalham nas organizações têm sido
encaradas de diversas e opostas maneiras. Assim, passaram de “máquinas” a cidadãos,
parceiros activos e são agora elevados a factor estratégico. Este carácter estratégico
atribuído ao factor humano traduz o aspecto mais relevante da GRH na actualidade.
As actividades de gestão de recursos humanos (GRH) possuem um impacto
muito significativo no desempenho e no desempenho individual e, por conseguinte, na
produtividade e na realização global de qualquer organização. A sua capacidade de
inovação depende da criação de um ambiente propício e de apoio que por sua vez
depende da existência de pessoas inovadoras. Por outro lado, a qualidade das decisões
estratégicas está ligada à qualidade dos recursos humanos existentes, bem como o
sucesso da implementação dos objectivos estratégicos é função, em grande medida, do
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sistema de GRH (selecção, avaliação, compensação e desenvolvimento de
competências). (Bilhim, 2006)
Neste novo contexto de gestão estratégica, importa salientar que, ao contrário
daquilo que prevaleceu até aos anos setenta do século passado, tal como constava ainda
em Levitt, não há uma melhor maneira de gerir recursos humanos. À velha perspectiva
one best way sucedeu a nova perspectiva contigencial da gestão dos recursos humanos.
Figura 1: Gestão estratégica de recursos humanos (Perreti, 1998)
Assim, o gestor ou técnico de recursos humanos actua nos campos: da procura, onde
através do recrutamento e selecção tenta atrair pessoas com o perfil adequado aos
objectivos da empresa; do desenvolvimento pessoal, nomeadamente a nível das aptidões
e conhecimentos; da compensação, gerindo o sistema de recompensas de forma
adequada e equitativa; da integração, onde ajuda na reconciliação dos interesses
individuais, da sociedade e da organização; da manutenção, a nível da intervenção na
comunicação, segurança e saúde no trabalho e no campo da separação, onde gere as
reformas, os despedimentos e o outplacement. (Montes, Gutiérrez, Fernandez, 2004)
Ir-se-á então de seguida, detalhar cada uma destas funções, para permitir uma
perspectiva mais alargada.
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A análise de funções pode ser conduzida de acordo com os seguintes métodos:
observação; entrevista; questionário; incidentes críticos.
As técnicas de análise de funções mais utilizadas são:
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uma análise insuficiente da função, do seu ambiente e da sua informação, transmitida ao
candidato. (Bilhim, 2006)
A triagem inicia-se com a análise das cartas de candidatura. Uma primeira
confrontação das características apresentadas nas cartas com as exigências da função
(idade, formação, experiência), leva à eliminação de muitos candidatos.
O curriculum vitae (CV) deve espalhar a reflexão que o candidato faz da sua
experiência passada, na relação com o posto de trabalho para que concorre. Na triagem,
o técnico de GRH deve ter muito bem presente a avaliação desta relação. Pode haver
CV excelentes em si e nada relevantes para o caso em concreto.
A entrevista tem lugar após o estudo do CV, e tem por objectivo: clarificar e
aprofundar pontos do CV; fornecer informações sobre a empresa e sobre o posto de
trabalho; fornecer informação sobre o nível de vencimento e benefícios sociais.
Para evitar a banalidade da entrevista, esta terá de ser preparada, nomeadamente, quanto
a: acolhimento do candidato; procura de informação; apresentação do posto de trabalho.
(Bilhim, 2004)
Os testes são aplicados aos candidatos que tenham passado o “crivo” anterior da
entrevista. Por norma, em Portugal, apenas um terço dos candidatos que foram enviados
a testes passa sem reservas. Há testes de conhecimentos, de aptidão, testes de
personalidade, provas de situação. O tipo de testes a aplicar varia com a organização em
causa e em função do perfil profissional que se está a seleccionar.
A decisão final tem lugar após a conclusão de todas as fases descritas. Quando
os processos de recrutamento e ou selecção foram solicitados a empresas especializadas
externas, em geral, para candidatos não quadros, é fornecida uma lista com candidatos
aprovados sem reservas, com algumas reservas e recusados.
Quando se trata de quadros/chefias, as empresas apresentam em geral três nomes
capazes de preencher o posto de trabalho e pedem que a gestão de topo da empresa
cliente os entreviste e escolha um. (Perreti, 1998)
É necessário, depois de ter tomado a decisão de seleccionar um candidato,
assegurar, nas melhores condições, o seu acolhimento e a sua integração. O sucesso da
integração recai sobre a qualidade dos procedimentos de acolhimento e de
acompanhamento da integração.
A socialização, incluindo os processos formais de acolhimento, é a primeira
ferramenta para transformar o recém-chegado num novo membro. Entende-se a
socialização como o processo pelo qual indivíduo adquire os conhecimentos sociais
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necessários para desempenhar correctamente um determinado papel social/organizacional.
(Bilhim, 2004)
As práticas de acolhimento integram: entrevistas com o responsável hierárquico,
informação oral sobre a empresa e o departamento, visita a diversos locais da empresa,
entrega de um manual de acolhimento, informação sobre segurança, apresentação aos
quadros e restantes trabalhadores, informações sociais, eco no jornal da empresa,
formação específica, entre outros.
Nas entrevistas de recepção dos novos empregados, devem ser dados a conhecer
ao novo empregado: breve explicação sobre a história da organização; aspectos mais
importantes desta; serviço de informação a que poderão recorrer; assistência médica e
social; regalias sociais; normas e regulamentos internos; costumes.
Uma vez concluída a entrevista, o novo empregado deverá ser apresentado ao
seu chefe directo, que lhe fornecerá informações mais detalhadas sobre os aspectos
concretos do trabalho a realizar.
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A “gestão” diz respeito ao grande objectivo de qualquer sistema de avaliação de
desempenho. A avaliação não deve ser apenas uma medida da realização passada que
permita elogiar ou criticar um indivíduo pelo trabalho desenvolvido, mas deve
sobretudo estar voltada para o futuro, identificando o que os trabalhadores têm de fazer
para atingir o máximo do seu potencial. Isto significa que os gestores/avaliadores devem
informar, treinar e apoiar os seus colaboradores, de forma a obterem os mais elevados
níveis de realização.
Muitas organizações desejam determinar a qualidade e a quantidade de
realização dos seus membros, diagnosticando o seu potencial futuro e identificando
áreas fracas que possam ser objecto de formação profissional. Por isso a avaliação de
desempenho pode ter duas grandes funções: administrativa e de desenvolvimento. A
função administrativa prende-se com a utilidade dos resultados da avaliação, para outras
técnicas de GRH, tais como a remuneração e a promoção, entre outras; a função de
desenvolvimento de potencial liga-se à formação destinada a aumentar as competências
do trabalhador.
A avaliação de desempenho é a pedra angular de qualquer sistema eficaz de
gestão de recursos humanos. A avaliação de desempenho fornece a informação
necessária para a tomada de decisões estratégicas ao diagnosticar o grau de adaptação
entre o sistema actual de GRH e o que é exigido pela mudança de direcção estratégica
da organização. Serve ainda como um sistema de controlo estratégico para medir o
desempenho actual relativamente aos objectivos estratégicos já fixados. (Bilhim, 2004)
capazes. Possui um enfoque mais amplo, um horizonte temporal mais alargado, e uma
finalidade mais larga que tem a formação. O desenvolvimento deve ser a chave da
estratégia de negócio para a sobrevivência de qualquer organização que opera numa
envolvente altamente competitiva e global.
O desenvolvimento de carreira deve passar por três fases: diagnóstico, direcção e
desenvolvimento. Na primeira fase, são identificadas as capacidades, os interesses e os
valores dos trabalhadores. Na segunda, determina-se o tipo de carreira que o trabalhador
quer e os passos que deve dar para tanto. Nesta fase, os trabalhadores podem ter
aconselhamento individual e informação de uma enorme variedade de fontes. Na
terceira fase, são implementadas as acções necessárias para criar ou aumentar as
capacidades do trabalhador. Os programas mais usados são de orientação dos juniores
pelos seniores, rotação por diversas posições horizontais e aconselhamento periódico
por um tutor.
Para Edgar Schein (1978; cit in Bilhim, 2004), a carreira consiste em diversos
estágios reconhecidos tanto pela pessoa como pela sociedade. O tempo de permanência
de estádio para estádio sofre alguma variância de acordo com o tipo de ocupação.O
autor identificou dez estádios na carreira de um indivíduo, que acabei por simplificar na
seguinte tabela:
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Características (s)
Estádio correspondente Nome do estádio
preponderantes
Associado ao primeiros
anos de existência, em que
Estádio 1 Crescimento
a carreira não passa de uma
vaga ideia.
À medida que os
objectivos profissionais
Estádio 2 Educação e formação vão ganhando forma, há
diversos momentos de
escolha.
Fase teste do sujeito
Entrada no mundo do relativamente às suas
Estádio 3
trabalho motivações, talentos e
valores.
A organização passa a
exigir mais e este é levado
Estádio 4 Socialização a decidir se deve ou não
permanecer na ocupação e
na organização onde está.
Clarificam-se,
aprofundam-se os motivos
e valores profissionais,
Estádio 5 Ser membro começando o indivíduo a
ter uma ideia mais
adequada das suas forças e
fraquezas.
Corresponde aos primeiros
Estádio 6 Membro permanente
5 a 10 anos.
Corresponde a uma espécie
Estádio 7 Crise de reavaliação da carreira,
passados cerca de 10 anos.
Continuar, recuperar ou O indivíduo decide por si o
Estádio 8
abandonar futuro da sua carreira.
Passa agora a estar menos
envolvido com a carreira e
Estádio 9 Desimpedimento
começa a pensar na
reforma.
É o momento do confronto
Estádio 10 Reforma
com o inevitável.
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4.5. Sistemas de recompensas
Atrair e reter empregados exige que a organização use bem o mecanismo das
compensações. Há ma espécie de harmonia entre o tipo de candidato a atrair ou reter e a
qualidade da compensação a atribuir.
O comportamento dos empregados tem tendência a seguir o estímulo provocado
pelas compensações. É, porém, necessário que os sistemas estejam concebidos de forma
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a estimular os comportamentos adequados e a dissuadir os impróprios para a
organização.
Os sistemas de recompensas constituem um factor pesado na estrutura de custos,
podendo conforme o sector de actividade atingir 70% da estrutura de custos da
organização (sectores de trabalho intensivo, como por exemplo os correios). Por isso,
um bom sistema de recompensas terá de ser concebido de forma a equilibrar os custos
com os proveitos. (Câmara, 2000)
5. CONCLUSÃO
Conforme salientam Sparrow e Marchington (cit in Bilhim, 2004), «as tarefas que
os profissionais dos recursos humanos enfrentam para o novo milénio são cada vez
mais difíceis porque muito do seu arsenal é baseado e orientado para sistemas
baseados em funções».
De facto, se há quase 20 anos atrás as funções, sobretudo nas grandes empresas
industriais e nas grandes empresas administrativas, se encontravam bem definidas e
permaneciam com um desenho mais ou menos estável ao nível das suas missões,
atribuições, responsabilidades e conhecimentos exigidos, durante alguns anos,
facilitando o trabalho técnico da aplicação das metodologias mais clássicas da
descrição, análise e qualificação das funções, os cenários que anteriormente foram
caracterizados no horizonte social e empresarial modernos, pulverizaram
completamente essa estabilidade e instalaram definitivamente a ambiguidade e a
incerteza como a única coisa verdadeiramente certa.
As técnicas e os instrumentos da gestão de recursos humanos, desenhados como
base no paradigma das funções, tornaram-se rapidamente arcaicos e incapazes de
responder aos novos desafios, isto devido às constantes mutações político-sociais e a
dinâmica competitiva dos mercados. Cada vez menos, numa empresa concreta, as
funções permanecem com o mesmo desenho funcional, com as mesmas atribuições.
Não é já somente o enriquecimento das tarefas que é necessário; é mesmo a reconversão
das funções, é fazer coisas diferentes com instrumentos diferentes.
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A gestão integrada de recursos humanos, arquitectada no seu modelo clássico, como
um «puzzle» onde peças diferentes se encaixavam harmoniosamente num todo, que
tinha como base as funções e as suas características, desmorona-se à medida que as
funções se tornam mais fluidas, convertendo-se cada vez mais em missões e atribuições,
muitas vagas, e cedendo o passo aos comportamentos e às competências. (Bilhim, 2004)
Neste contexto, os critérios de eficácia profissional passam a estar cada vez mais na
capacidade evidenciada de resposta das pessoas, que utilizam o seu conhecimento e a
sua inteligência, seu «capital intelectual» na produção de cognições. Os critérios de
sucesso, que na visão clássica se consolidam no correcto desempenho das tarefas
descritas nas funções, passam a estar associadas à capacidade desenvolvida por cada
pessoa em compreender o que é verdadeiramente necessário fazer para atingir elevados
níveis de performance.
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6. BIBLIOGRAFIA
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