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Livro Eletrônico

Aula 00

Biossegurança p/ HEMOCENTRO (Biomédico, biólogo, farmacêutico) c/ videoaulas

Professores: Poly Aparecida, Thaiana Cirqueira

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AULA 00: Biossegurança – Parte I

SUMÁRIO PÁGINA
1. Riscos Ocupacionais e Normas Básica de Biossegurança 02
2. Classes de Riscos Biológicos 07
3. Boas Práticas de Laboratório 15
4. Procedimento Operacional Padrão 21
5. Equipamentos de segurança 23
5.1. Equipamento de Proteção Individual 24
5.2. Equipamento de Proteção Coletivo 33
5.2.1. Classes de Cabines de Segurança Biológica 35
6. Lista de Questões Apresentadas 39
7. Gabarito 50
8. Referências Bibliográficas 50

Olá Concursandos,

Meu nome é Thaiana Cirqueira e irei acompanhar vocês no estudo da


Biossegurança! Sou Bacharel em Biomedicina pela Universidade Católica
de Brasília, especialista em Direito Sanitário e Mestranda em Hemoterapia
pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente trabalho na Secretaria
de Saúde do Distrito Federal exercendo atividades pertinentes as Análises
Clínicas e Hemoterapia. Obtive aprovação em cinco concursos na área de
Análises Clínicas e espero que com a minha experiência consiga ajudar
vocês a alcançar o objetivo tão almejado da aprovação.

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Vamos dar início a nossa aula!?

1. Riscos Ocupacionais e Normas Básicas de


Biossegurança

Bem, o que posso dizer sobre biossegurança se me pedissem para


resumir?
A biossegurança se compõe de ações voltadas para PREVENÇÃO,
MINIMIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO de riscos para a saúde, ajudando na
proteção do meio ambiente contra resíduos, além de conscientizar o
profissional da saúde.
De acordo a NBR 14785 de dezembro de 2001, a gestão de
biossegurança no laboratório clínico visa um conjunto de técnicas e
atividades administrativas, tendo como objetivo preservar a integridade
dos pacientes ou clientes, colaboradores do laboratório clínico e do meio
ambiente.
Dessa maneira, os profissionais do laboratório clínico devem zelar
pela sua segurança, de seus pacientes e do meio ambiente. Mas, e como
podem fazer isso?
Isso é feito de forma constante, com treinamentos e alertas para
aqueles que frequentam o ambiente laboratorial, sempre se preocupando
com a manutenção das condições de saúde no laboratório clínico e
observando os riscos potenciais associados ao trabalho.

Os riscos são possíveis danos pessoais, infecções ou outras


consequências negativas ao ser humano e ao meio ambiente.
Dentro do laboratório os profissionais estão expostos a alguns tipos
de riscos, e estes podem ser classificados em cinco grupos:

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Risco de acidente: é quando há um evento negativo e


indesejável, causando lesão pessoal ou dano material. Alguns
exemplos são: queimaduras, cortes e perfurações.

Risco ergonômico – é quando há qualquer fator interferente


na característica psicomorfológica do trabalhador, afetando sua
saúde. Por exemplo: transporte manual de peso, movimento
repetitivo, postura inadequada que pode gerar a LER (Lesão
por esforço repetitivo) ou DORT (Distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho), ritmo excessivo de trabalho, pausas
insuficientes para descanso, entre outros.

Risco físico – está relacionado a diversas formas de energia


que o trabalhador está submetido, como: pressões anormais,
temperatura extrema, ruído, vibrações, radiações ionizantes,
ultrassom, etc.

Risco químico – é a exposição a agentes ou substâncias


químicas presentes no ambiente ou processo de trabalho que
possam penetrar no organismo por via respiratória ou ser
absorvido pela pele ou mesmo por ingestão.

Risco Biológico – está associado ao manuseio ou contato com


materiais biológicos e/ou animais infectados com agentes
biológicos que possam produzir efeitos nocivos sobre os seres
humanos, animais e meio ambiente.

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Tabela 01 – Riscos em um ambiente laboratorial com suas especificidades.

Grupo Riscos Cor de Descrição


Identificação
1 Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões
umidades, radiações, vibrações,
etc.
2 Químicos Vermelho Poeira, fumos, gases, vapores,
etc.
3 Biológicos Marrom Bactérias, fungos, vírus,
parasitas, insetos, etc.
4 Ergonômicos Amarelo Levantamento e transporte
manual de pesos, repetitividade,
ritmo excessivo e posturas
inadequadas de trabalho, entre
outros.
5 Acidentais Azul Arranjo físico e iluminação
inadequados. Máquinas em más
qualidades, equipamentos sem
proteção, explosão, incêndio

As áreas de risco devem sempre ser identificadas e o pessoal deve


ser treinado e possuir instruções específicas, incluindo procedimentos de
emergência. Assim, deve ser elaborado um mapa de risco, identificando
os tipos de riscos ambientais existentes em cada área do laboratório.
Abaixo segue uma ilustração para exemplificar um mapa de risco:

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Imagem 1. Mapa de Riscos de um Laboratório.

A área técnica deve estar restrita às pessoas autorizadas e sempre


serem alertadas sobre os riscos, através de símbolos, que mais à frente irei
expor.

E é no RISCO BIOLÓGICO que a equipe do laboratório se encontra


mais suscetível. Portanto, vamos aprofundar um pouco mais neste tópico!

01) (BIO-RIO- IF/RJ – Fonoaudiólogo – 2015). O conjunto de ações


voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador, minimização de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde

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do homem e dos animais, a preservação do meio ambiente e a


qualidade dos resultados, denomina-se:
a) ergonomia.
b) ergometria.
c) biomedicina.
d) biotecnologia.
e) biossegurança

Comentário: A questão descreve perfeitamente a Biossegurança!


Resposta: Letra E.

02) (FUNIVERSA- SECTEC-GO – 2010) Biossegurança é o conjunto de


ações voltadas para prevenção e:
a) minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
trabalho, que possam comprometer a saúde do homem, dos animais
e do meio ambiente.
b) minimização ou também no aumento de riscos inerentes às
atividades de trabalho, que devem comprometer a saúde do homem,
dos animais e do meio ambiente.
c) maximização e não eliminação de riscos inerentes às atividades de
trabalho, que possam comprometer a saúde do homem, dos animais
e do meio ambiente.
d) minimização ou eliminação de riscos não inerentes às atividades de
trabalho. É uma sistemática para comprometer a saúde do homem,
dos animais e do meio ambiente.
e) conservação ou não eliminação de riscos inerentes às atividades de
trabalho, primando para comprometer a saúde do homem, dos
animais e do meio ambiente.

Comentário: A Biossegurança além de ser um conjunto de ações de


prevenção, também são ações com o intuito de MINIMIZAÇÃO ou
ELIMINAÇÃO dos riscos INERENTES, ou seja, que tem vínculo com a

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atividade de trabalho, com o que possam comprometer a saúde do


homem, dos animais e do meio ambiente, visando a proteção destes.
Resposta: Letra A.

2. Classes de Risco Biológico

Os riscos biológicos podem ser classificados de acordo com o risco


que eles apresentam para o profissional/indivíduo, meio ambiente e
comunidade:

- Classe de Risco 1: são agentes biológicos que representam baixo risco


para o indivíduo e para a comunidade. Este grupo inclui os microrganismos,
bactérias, fungos, vírus e parasitas que têm pouca probabilidade de causar
infecções no homem ou em animais e risco mínimo para o profissional do
laboratório e para o ambiente. Por exemplo: Lactobacillus, Escherichia coli,
B subtilis.

- Classe de Risco 2: são agentes biológicos que apresentam risco


moderado para o indivíduo/profissional e risco limitado (ou médio) para
a comunidade. Este grupo inclui os microrganismos, bactérias, fungos,
vírus e parasitas que podem provocar doenças em humanos ou em animais
saudáveis, mas que em circunstâncias normais não é provável que levem
a riscos mais graves aos envolvidos ou ao meio ambiente. No laboratório,

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quando expostos a esses agentes, raramente provoca infecções que levam


a doenças graves, as quais existem tratamentos eficientes e medidas
preventivas. São exemplos: o Toxoplasma spp, Clostridium tetani,
Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, EBV, herpes, Candida
albicans, Plasmodium, Schistosoma mansoni.

- Classe de Risco 3: são agentes biológicos que apresentam risco


individual elevado (ou alto) e risco comunitário baixo. Este grupo inclui
os microrganismos, bactérias, fungos, vírus e parasitas que normalmente
provocam infecções graves ou letais no homem e nos animais, mas que
normalmente não se disseminam através do contato eventual entre
indivíduos, ou que podem ser tratados através de agentes antimicrobianos
ou antiparasitários. Em outras palavras: existem medidas de tratamento e
prevenção. Por exemplo: Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci,
Mycobacterium tuberculosis, hepatite B e C, HTLC 1 e 2, febre amarela,
dengue, Blastomyces dematiolis, Histoplasma, Echinococcus, Leishmania,
Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi.

- Classe de Risco 4: são agentes biológicos que apresentam elevado risco


individual e comunitário. Este grupo inclui os microrganismos, bactérias,
fungos, vírus e parasitas que normalmente provocam doenças muito graves
em humanos e animais e que são facilmente transmitidas de um indivíduo
para o outro, ou de animais para humano, ou vice-versa, por contato direto,
indireto ou eventual. Sendo assim, têm grande poder de transmissão via
aerossol ou com riscos de transmissão desconhecido. Neste caso NÃO HÁ
medida profilática ou terapêutica. Quer um exemplo deste? O Vírus Ebola
e os vírus de febres hemorrágicas.

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Classe de Risco Biológico e grau de risco

1 - agentes de baixo risco para indivíduo e comunidade.

2 - agentes de risco moderado para o indivíduo/profissional e risco médio


para a comunidade.

3 - agentes de risco individual alto e risco comunitário baixo, que há medida


preventiva e terapêutica.

4 - agentes de alto risco individual e comunitário, transmissão por aerossol


ou desconhecida. Não há medida preventiva e terapêutica.

O Laboratório Clínico, normalmente é classificado na classe de


risco 2, entretanto, neste ambiente é trabalhado com materiais biológicos
que podem potencialmente conter microorganismos contaminados e
classificados nos níveis 3 e 4, com por exemplo vírus de hepatite B e C,
CMV (citomegalovírus), HIV e outros patógenos que podem ser
transmissíveis pelo contato com o sangue e fluidos corporais.

Para isso, o laboratório deve ter procedimentos de segurança adequados


para a proteção do pessoal que manuseia estes materiais.

As amostras sempre devem ser consideradas potencialmente


contaminadas pelo vírus da hepatite B e C, CMV e HIV. Isso deve ser
seguido, pois dessa forma é capaz de prevenir o aparecimento de doenças
profissionais no pessoal que trabalha no laboratório clínico; aplicar a

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imunização ativa ou passiva sempre que houver indicação; providenciar o


diagnóstico precoce dos casos de infecção laboratorial e avaliar a eficácia
do equipamento e das medidas de proteção.

03) (COTEC - UNIMONTES - Farmacêutico – 2014). A biossegurança


é um conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização e
eliminação de riscos para a saúde, ajuda na proteção do meio ambiente
contra resíduos e na conscientização do profissional da saúde.
Considere a informação abaixo:

Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos


animais, cujo risco de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, não constituindo em sério risco a quem os
manipula em condições de contenção, pois existem medidas terapêuticas e
profiláticas eficientes. Exemplo: Toxoplasma spp.
Qual a classe de risco biológico descrita acima?
A) Risco 2.
B) Risco 1.
C) Risco 4.
D) Risco 3.

Comentário: Bom, aqui podemos tirar informações essenciais sobre o


agente biológico em questão, basta desmembrar as informações da
afirmação:
- provoca infecção no homem ou animais.
- risco de propagação a comunidade é limitado.
- em condições de contenção não é um risco para quem o manipula.
- Existe medida PROFILÁTICA e TERAPÊUTICA eficiente.

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Pronto! Aqui podemos concluir que a banca se refere ao agente biológico


classe de risco 2.
Tranquilo, não?
Resposta: Letra A.

04) (IADES – EBSERH -Hospital Universitário Professor Edgard


Santos da Universidade Federal da Bahia - Farmacêutico – 2014).
Biossegurança pode ser definida como a condição de segurança alcançada
por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal, vegetal e o ambiente. A avaliação de risco incorpora ações
que objetivam o reconhecimento ou a identificação dos agentes biológicos
e a probabilidade do dano proveniente destes.

BRASIL, Ministério da Saúde. Classificação de risco dos agentes


biológicos. Brasília, DF 2006, com adaptações.

Com base nas informações contidas no texto apresentado e no que se


refere à classificação de risco dos agentes biológicos, é correto afirmar que
a classe de risco:

a) 1 representa os agentes biológicos que incluem os agentes biológicos


conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais
adultos sadios, apresentando assim baixo risco individual e coletivo.
Exemplo: Escherichia coli.
b) 2 inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou
nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de
disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem
medidas terapêuticas e profiláticas eficazes, representando assim
moderado risco individual e limitado risco para a comunidade.
Exemplo: Schistosoma mansoni.
c) 3 inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de

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transmissão por via tópica e que causam patologias humanas ou


animais para as quais existem usualmente medidas de tratamento e
(ou) de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a
pessoa. Exemplo: Lactobacilos spp.
d) 4 inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade
por via respiratória ou de transmissão desconhecida e para os quais
ainda não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz.
Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta
capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente.
Essa classe inclui principalmente os protozoários. Exemplo:
Plasmodium falciparum.
e) 5 inclui os agentes biológicos que não possuem a capacidade de
causar patologias humanas ou nos animais, cujo potencial de
propagação é inexistente, não sendo necessárias medidas profiláticas
e terapêuticas. Essa classe inclui principalmente vermes. Exemplo:
Taenia spp.

Comentário: Então, essa questão está um pouco mais trabalhosa, pois


precisamos pensar nos exemplos que a banca nos dá a respeito de cada
classe de risco biológico.

Na letra “a” ela afirma que o agente biológico de classe de risco 1 NÃO
causa doenças em indivíduos sadios e é o que deixa a questão errada, pois
sabemos que nesta classe HÁ o risco de contaminação, porém este risco é
BAIXO.

A letra “b” está exatamente como vimos acima na teoria, o que a deixa
correta. Mas mesmo assim, continuaremos a ler e comentar as outras
alternativas, ok?

A letra “c” afirma que a classe de risco 3 possui transmissão por via
tópica! Ok, mas NÃO somente dessa forma, certo? E ao continuar a ler, a
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banca afirma que um exemplo para essa classe é Lactobacilos spp. Para
tudo! Nem precisamos ficar mais na dúvida, né? Sabemos que o
Lactobacillus pertence a classe de risco biológico 1.

A letra “d” afirma que a classe de risco 4 tem transmissão por via
respiratória ou transmissão desconhecida! Ok! Mas um exemplo, que a
banca dá, não são de forma alguma os protozoários, que muitas vezes tem
medidas profiláticas e terapêuticas. Nesta classe não se inclui o
Plasmodium, este pertence a classe de risco 2.

Já na letra “e” ao ler que se refere a classe de risco biológico 5, paramos


por aí mesmo, certo? Vimos que o risco biológico é classificado em QUATRO
classes!

São pequenos detalhes, mas que ao entendermos com o que cada classe
de risco está relacionada podemos tirar de letra. Resposta: Letra B.

Vamos para mais uma questão:

05) (FUNIVERSA - Governo do Estado do Amapá - Biomédico 2014).


Os riscos biológicos são decorrentes da exposição a agentes do reino
animal, vegetal e de micro-organismos ou de seus subprodutos. Tais
agentes podem estar presentes, veiculados sob diversas formas que
oferecem risco biológico, como aerossóis, poeira, alimentos, instrumentos
de laboratório, água, cultura, amostras biológicas, entre outros. Os germes
patogênicos que costumam provocar doença grave em seres humanos ou
animais, propagada de um hospedeiro infectado ao outro. Porém, existem
medidas profiláticas e de tratamento bem esclarecidas. Considerado de alto
risco individual e de baixo risco para a comunidade. Esse tipo de agente é
incluído no grupo de risco:

a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

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Comentário: Ao lermos o texto, logo nos remete a teoria vista


anteriormente: alto risco individual e de baixo risco para a comunidade. De
acordo com esta afirmação, podemos acertar mais uma questão.
Resposta: Letra D.

06) (IBFC - EBSERH/CHC-UFPR - 2015). A Organização Mundial de


Saúde (OMS) estabeleceu medidas de segurança em laboratórios de
Microbiologia, classificando os micro-organismos infectantes segundo os
riscos que apresentem. O risco 3 corresponde a:
a) Os agentes patogênicos com elevado risco individual e risco limitado
para a comunidade; geralmente causam doenças graves ao homem ou aos
==0==

animais e podem representar um sério risco a quem o manipula.


b) Os agentes patogênicos deste grupo não provocam graves moléstias
humanas e nos animais, dificilmente propagam-se facilmente de um
indivíduo para outro direta ou indiretamente.
c) Neste grupo estão incluídos os micro-organismos que têm baixas
probabilidades de provocar moléstias humanas e são de pouca importância
veterinária.
d) Estão aqui agrupados os agentes patogênicos que podem provocar
moléstias humanas, mas que têm baixas probabilidades de causar perigo
grave para o pessoal do laboratório e a comunidade, animais de criação ou
para o meio ambiente.
e) A exposição no laboratório pode provocar infecção grave, mas, são
disponíveis medidas eficazes de tratamento e prevenção, limitando assim,
o risco de propagação.

Comentário: Essa é fácil né? A classe 3 classifica-se agentes de risco


individual alto e risco comunitário baixo, que há medida preventiva e
terapêutica. Logo o item que se enquadra essa classificação é o item A.
Resposta: Letra A.

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3. Boas Práticas de Laboratório

Por termos vários fatores de risco, o pessoal do laboratório deve ter


um cuidado especial em todos os procedimentos, incluindo até mesmo o
descarte de materiais. Sendo assim, alguns comportamentos e as regras
devem ser seguidas e fazem parte do que chamamos de Boas práticas de
Laboratório – BPL.

A BPL consiste em um conjunto de regras e procedimentos de


segurança que visam a eliminar ou minimizar os acidentes e agravos de
saúde relacionados ao trabalho em laboratórios e em outros serviços de
saúde.
O pessoal que trabalha no laboratório clínico deve estar treinado para
interromper quaisquer atividades que ofereçam risco imediato; identificar
e registrar qualquer problema relativo à segurança; iniciar, recomendar
ou providenciar ações corretivas para eventuais situações de risco
identificadas; participar e acompanhar a implementação das ações
corretivas.

interromper atividade de risco, identificar e


registrar o risco, recomendar, providenciar e implementar ação
corretiva!

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Todas as atividades internas do laboratório devem ser registradas e


armazenadas, como: registro de doenças profissionais, de acidentes e
incidentes, de treinamento, de avaliação de risco ambiental e de auditorias
internas cobrindo a área de segurança.

Alguns cuidados, ou melhor, exigências são cobrados da equipe de


trabalho no laboratório, como:

Higiene pessoal

Os cabelos longos devem estar sempre presos, as unhas limpas e


curtas, os calçados fechados, deve-se evitar lente de contato (ou estas
devem ser protegidas com óculos protetor), não se deve utilizar cosméticos
na área laboratorial e todas as joias e adereços devem ser retirados.

Cuidados gerais

Cuidar ao levantar pesos e realizar transportes para não gerar lesões,


utilizar escada para acessar prateleiras mais altas, deixar os objetos mais
pesados nas prateleiras mais baixas, não sobrecarregar os fichários e não
deixar gavetas abertas.

Proibições na área analítica

Pipetar com a boca, beber, fumar, comer, armazenar alimentos, usar


equipamentos da área analítica para aquecer alimentos, manter objetos
pessoais, coletar amostras de pacientes nesta área, usar ventilador,
plantas, animais e presença de pessoas estranhas.

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Imunização

O profissional de saúde sempre deve estar em dia com a vacinação.


As vacinas indicadas para estes profissionais, de acordo com a NR32 são:
tétano, difteria, hepatite B e os estabelecido no PCMSO (Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional). Normalmente são indicadas:
hepatite A e B, tétano e difteria (dupla tipo adulto), tétano, difteria e
coqueluche (tríplice bacteriana tipo adulto), varicela (catapora), influenza
(gripe), meningite C, sarampo, caxumba e rubéola.

De acordo com a NBR 14785, os profissionais que tem contato com


sangue humano, no mínimo, deve ser vacinado contra a hepatite B e o
tétano!

07) (BIORIO – Fundação Saúde/RJ – Biólogo / Biomédico /


Farmacêutico – Análises Clínicas / Citogenética – 2014). É altamente
recomendado que os profissionais que atuam em laboratórios de análises
clínicas estejam imunizados contra:

(A)hepatite B (B) hepatite A (C) hepatite C (D) HIV (E) Ebola

Comentário: As vacinas recomendadas aos trabalhadores dos serviços de


saúde, de acordo com a NR32 são: tétano, difteria, hepatite B e os
estabelecidos no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional). Apesar de outras vacinas serem recomendadas aos
trabalhadores, se levarmos em consideração a NBR 14785, primeiramente
deve-se priorizar a imunização com a vacina de hepatite B. Resposta:
Letra A.

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Lavagem das mãos

Lavar regularmente as mãos com água e sabão para descontaminar


e quando houver situações de maior risco utilizar sabão germicida. As
torneiras devem ser acionadas com o pé ou de forma automática, porém
se não estiver disponível fechar a torneira com papel toalha.
Utilizar a técnica abaixo para lavar as mãos:

Imagem 2. Técnica de lavagem das mãos.

O uso de antissépticos são preparações contendo substâncias


microbicidas (que destroem microrganismos ativos) ou microbiostáticas
(que inativam microrganismos em forma vegetativa), destinadas ao uso
tópico na pele, mucosa e ferimentos.
Tendo este conceito, a antissepsia das mãos deve ser realizada após
a lavagem das mãos, com álcool a 70%, glicerinado ou não.

08) (AOCP – EBSERH – Enfermeiro – 2015). A ação considerada uma


das mais importantes para reduzir a taxa de infecção no
ambiente hospitalar é:
a) manter o setor em ordem.
b) fazer desinfecção dos leitos com álcool 70%
c) manusear com cuidado os materiais contaminados.
d) lavar as mãos com técnicas corretas.

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e) descartar os resíduos hospitalares.

Comentário: Nesta questão todos os itens são ações importantes


para se reduzir as taxas de infecção em um ambiente hospitalar, entretanto
a boa prática MAIS importante, em qualquer área de atuação é o uso da
técnica de lavagem das mãos de maneira correta. O fato de se lavar as
mãos é uma prática essencial no combate as infecções hospitalares.
Resposta: Letra D.

Superfícies
0

As bancadas devem ser limpas e descontaminadas antes e após os


trabalhos e sempre após algum derramamento, principalmente quando por
material biológico potencialmente contaminado e substâncias químicas.

09) (AOCP - EBSERH/HE – UFPEL – 2015). Considerando as boas


práticas laboratoriais e as regras de biossegurança, é proibido dentro do
ambiente laboratorial:
(A) lavar as mãos antes de iniciar o trabalho.
(B) utilizar equipamentos de proteção individual.
(C) alimentar-se ou fumar.
(D) utilizar cabelos presos.
(E) usar sapatos fechados.

Comentário: Creio que a respeito dessa questão não é preciso nenhum


comentário, não é mesmo? Bem tranquila! Resposta: Letra C.

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10) (IADES – EBSERH – 2014). Quanto à biossegurança, assinale a


alternativa correta.

a) O risco químico está relacionado a exposição dos trabalhadores a


ruídos, vibrações e radiações ionizantes.
b) Nunca pipetar com a boca, nem mesmo com água destilada.
c) A classificação do risco biológico está relacionada, exclusivamente,
ao modo de transmissão do patógeno.
d) O uso do jaleco só deve ser feito no momento de coletas diversas
e) As cabines de segurança podem ser utilizadas na manipulação de
produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos.

Comentário: Pipetar com a boca é uma proibição nos laboratórios, NUNCA


deve ser feito esta prática, pois há um grande risco de contaminação do
trabalhador nos casos da sucção não ser controlada devidamente, por isso
deve-se utilizar os materiais específicos para tal finalidade. Resposta:
Letra B.

11) (AOCP – UFGD – Farmacêutico – 2014). Sobre as medidas de


biossegurança em laboratório de análises clínicas, assinale a alternativa
correta.

a) Todas as amostras devem ser consideradas potencialmente


perigosas.
b) Em laboratório, os reagentes a serem utilizados devem ser todos
rotulados e datados. Reagentes vencidos não precisam ser rotulados,
uma vez que serão descartados.
c) Vidros quebrados removidos diretamente com as mãos devem ser
colocados em recipiente específico para perfurocortantes, devendo
passar por um processo de descontaminação antes de serem
desprezados.

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d) Água deionizada é o único item que pode ser pipetado com a boca
em laboratório. Se houver quebra de tubo com material biológico na
centrífuga, os cacos devem ser desprezados em coletor de
perfurocortantes, não sendo necessário realizar a descontaminação
da mesma

Comentário: Talvez seja a primeira regra que todos os profissionais de


laboratório ouçam, “Toda amostra deve ser tratada como potencialmente
infectante”, ou seja, deve-se tomar todos os cuidados que uma amostra
capaz de infectar o profissional que irá manuseá-lo. Resposta: Letra A.

4. Procedimentos Operacionais Padrão – POP

A equipe do laboratório sempre deve seguir protocolos que


descrevem de forma bem detalhada todas as atividades realizadas no
laboratório, conforme já falei acima. Logo, faz parte da BPL.

Para a biossegurança o POP é fundamental, pois padroniza todas as


ações para que diferentes pessoas possam compreender e executar da
mesma maneira uma determinada tarefa.

Os protocolos devem estar escritos de forma clara e completa, sendo


atualizados regularmente. Além disso o POP deve estar disponível em local
de fácil acesso e conhecido por todos os profissionais do laboratório.

Além disso, os procedimentos devem incluir itens para:

- identificação e monitorizaão dos riscos químicos;

- boas práticas no manuseio de substâncias químicas, requisitos sobre a


rotulagem, estoque e descarte adequados;
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- obtenção, manutenção e distribuição de instruções sobre a utilização do


material de proteção para o pessoal, de forma a garantir que todos tenham
acesso às informações durante todo o tempo de funcionamento do
laboratório clínico;

- desinfecção, limpeza e descontaminação de equipamentos e de


superfícies;

- casos de acidentes ou derramamento que contenha material biológico,


substância química ou radioativa;

- investigação de acidentes e doenças ocupacionais;

- estabelecer a necessidade de treinamento do pessoal e respectivo


registro.

Os manuais de Biossegurança são de responsabilidade de


comissões formadas, que preparam normas dentro da legislação vigente,
com revisões quando necessárias. São alguns setores envolvidos com o
desenvolvimento de manuais de biossegurança:

CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes): comissão criada por


funcionários de todos os níveis.

SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina


do Trabalho) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional): responsabilidade de um médico do trabalho. O SESMT
protege a integridade do trabalhador e promove sua saúde.

PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais): responsabilidade


direta da Comissão de Biossegurança, avaliando os riscos biológicos e o
local de trabalho.

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12) (AOCP – EBSERH/HU- UFJF 2015). Os protocolos que descrevem


detalhadamente cada atividade realizada no laboratório, desde a coleta até
a emissão de resultado final, incluindo utilização de equipamentos,
procedimentos técnicos, cuidados de biossegurança e condutas a serem
adotadas em acidentes são chamados:
(A) Resolução da Diretoria Colegiada (RDC).
(B) Classes de Risco (CRs).
(C) Comitê Interno de Biossegurança (CIB).
(D) Procedimento Operacional Padrão (POP).
(E) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Comentário: Acabamos de discutir o que é o POP e tenho certeza que essa


questão você tirou de letra, não é mesmo? Resposta: Letra D.

5. Equipamentos de Segurança

Outro tópico super relevante sobre o tema de biossegurança


laboratorial são os equipamentos de proteção individual e coletivo, que
contém as barreiras primárias, de forma a reduzir ou eliminar a exposição
da equipe do laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente aos
agentes potencialmente perigosos.

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5.1. Equipamentos de Proteção Individual – EPI

São equipamentos que servem para proteger o indivíduo de agentes


infecciosos, substâncias irritantes e também tóxicas, materiais
perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento.

Alguns procedimentos realizados produzem partículas que podem


entrar pelas vias aéreas e causar infecções ou contaminar roupas, bancadas
e equipamentos. Dessa maneira, o EPI é um direito do profissional da
saúde, sendo a instituição obrigada a fornecê-los. Mas também é muito
importante que o profissional use o EPI de forma correta. Pois nada adianta
o profissional coletar a amostra com luvas descartáveis e depois ao
transportá-la à área analítica fazer isso sem uso de luvas, não é mesmo?

Existem alguns EPIs que devem estar obrigatoriamente disponíveis


para os profissionais, são estes: jalecos, luvas, máscaras, óculos e
protetores faciais.

Professora, mas há algum requisito quanto a estes EPI’s?

Bem, vamos falar sobre algumas características específicas destes


EPI`s e quando e por qual motivo devem ser utilizados.

Jaleco

Deve ser utilizado somente na área técnica, afim de proteger a roupa


e pele do profissional de contaminação por sangue, fluidos corporais e
derramamentos de material infectado. Deve ser de tecido resistente à

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penetração de líquidos, seu comprimento deve ser abaixo do joelho, ter


mangas longas com elástico na extremidade, sendo descartável ou não. Se
não for descartável deve ser resistente à descontaminação e autoclavação.
A limpeza deve ser realizada sempre que sujar ou pelo menos uma vez por
semana.

Observação: Para os profissionais que trabalham com amostra


potencialmente contaminada, com agente biológico de classe 3 (Por
exemplo: Mycobacterium tuberculosis ou Histoplasma capsulatum) é
utilizado um jaleco exclusivo para a área restrita de manuseio destes
agentes, que deve ser descontaminado em autoclave antes da lavagem
normal.

Luvas

Temos três tipos de luvas que são comumente utilizadas no


laboratório:

Luvas descartáveis – que servem para manipular materiais infectantes. São


as luvas de procedimento, de látex (borracha natural) ou sintética (de
vinil), sendo esta última indicada para pessoas alérgicas, além de serem
mais resistentes aos perfurocortantes. Devem ser utilizadas em todos os
procedimentos, da coleta ao descarte das amostras biológicas, pois são
uma barreira.

Luvas de borracha – são grossas e antiderrapantes, utilizadas para


manipular resíduos, lavar materiais ou realizar procedimentos de limpeza
geral. Estas luvas podem ser reutilizadas!

Luvas resistentes à temperatura (alta e baixa): são utilizadas para


manipular materiais submetidos a aquecimento ou congelamentos, como
estufa, banho-maria, câmara fria e freezer. Estas luvas também podem ser
reutilizadas!

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Óculos de proteção

Protegem os olhos e são utilizados em atividades que possam ter


respingos, aerossóis, estilhados de quebra de materiais com risco químico
ou biológico e por exposição à radiação.

Protetor facial

Este pode proteger de forma completa o rosto do profissional.

Observação: tanto os óculos como o protetor facial podem ser reutilizados,


devendo apenas ser desinfetados, para tal: lavar com água e sabão ou com
solução desinfetante - hipoclorito a 0,1%.

Máscaras descartáveis

Normalmente utiliza-se as do tipo cirúrgico, sem sistema de filtro para


proteger o aparelho respiratório de material biológico. Porém existem tipos
de máscaras com maior ou menor retenção de partículas e a seleção é feita
considerando o agente biológico com o qual se vai trabalhar.

Por exemplo, profissionais que trabalham com amostras


potencialmente contaminadas com agentes biológicos de classe 3, utilizam
máscaras com sistema de filtração que retenha no mínimo 95% das
partículas menores que 0,3 (máscaras N95).

Respiradores

São dispositivos com sistema de filtros usados em áreas de alta


contaminação com aerossóis.

Observação: O uso de respirador NÃO dispensa o uso de capela de


segurança química ou da cabine de segurança biológica.

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Botas de borracha

Utilizadas para proteger os pés de atividades em áreas molhadas e


para limpeza geral. Sapatos fechados são recomendados para o trabalho
em áreas analíticas para proteção do pé e dorso do pé.

Gorro descartável

É usado para proteger o cabelo de aerossóis e salpicos, além de


proteger o experimento de contaminação.

Pró-pé

Recomendada para proteger os calçados em áreas contaminadas ou


para trabalhar em áreas estéreis.

Visto isso, podemos realizar algumas questões de prova, não é


mesmo?

13) (IBF - SSA-HMDCC - Biomédico – 2014). A venopunção, por ser


invasiva e expor tanto o flebotomista quanto o paciente a numerosos riscos,
não deve ser considerada procedimento simples. Por esse motivo, devem-
se seguir regras que minimizam a ocorrência de acidentes. A esse respeito,
assinale a alternativa correta.

a) O flebotomista deve estar paramentado com sapatos fechados, calças


compridas, avental de mangas longas e luvas descartáveis. As luvas devem
ser trocadas quando com perfurações visíveis, somente. As mãos enluvadas
devem ser lavadas com água corrente, com sabão antisséptico, e secas
com toalha de papel descartável.

b) Os materiais perfurocortantes utilizados nunca devem ser reencapados,


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mas sim quebrados e descartados em caixas apropriadas para esse fim.

c) Pedaços de algodão e gaze contaminados devem ser descartados em


sacos amarelos, com identificação de risco biológico.

d) Após o término das atividades, toda a estrutura ao redor do flebotomista


deve ser desinfectada.

Comentário: Bem, vamos analisar uma por uma. Como vimos o


profissional deve utilizar EPIs, como jaleco e luvas. Porém estas luvas
sempre devem ser trocadas a cada procedimento, principalmente
envolvendo coleta de sangue, para que não haja contaminação cruzada.
Ou seja, para que o profissional não seja o meio de contaminação, aquele
que leva a doença de um paciente para outro, sempre devem ser trocadas.
O ideal é que não ocorra nunca perfurações e se ocorrer, as luvas devem
ser imediatamente trocadas e o profissional tome as medidas em caso de
acidentes.

O flebotomista, profissional que coleta sangue do paciente, nunca


deverá reencapar agulhas e também não deve quebrar os frascos para
então desprezar em recipientes próprios. Devem ser descartados em
descartes de paredes rígidas para essa finalidade.

Na aula de “ Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde”


veremos que os resíduos biológicos devem ser desprezados em sacos
brancos com o símbolo de risco biológico.

Portanto, a única questão que afirma de forma correta é a letra “d”, que
afirma que o flebotomista deve desinfetar toda a área utilizada antes e após
o procedimento. Resposta: Letra D.

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14) (VUNESP – Prefeitura Municipal de São José dos Campos -


Biomédico-Bioquímico – 2015). Assinale a alternativa correta:

a) Avental de proteção de mangas longas e luvas não são equipamentos de


proteção individuais obrigatórios para o profissional do laboratório, no ato
da coleta.

b) na coleta de sangue venoso em sistema aberto, coleta com seringa e


agulha, o risco do coletador de sofrer acidente com perfurocortante é
similar ao risco na coleta de sangue a vácuo ou em sistema fechado.

c) Para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos subsequentes
na coleta de sangue venoso em um mesmo paciente, há sequência definida
e que deve ser respeitada.

Comentário: Bem, sabemos que jaleco e luvas são EPI`s obrigatórios e


são utilizados na hora da coleta. Mas atenção: não somente para este
procedimento, ok? No laboratório existem várias etapas que envolvem
sempre as amostras biológicas e que se deve utilizar EPI`s adequados para
minimizar os riscos possíveis.

Na coleta em sistema fechado o risco de acidente com


perfurocortante é bem menor do que quando realizada em sistema aberto.
Pois, em sistema aberto o flebotomista terá que retirar a agulha da seringa,
desprezá-la em local apropriado e então transferir o sangue da seringa para
os tubos com aditivos. Ao realizar essa transferência do sangue, o
flebotomista corre maior risco do que simplesmente coletar com o sistema
fechado, onde o sangue já vai para o tubo coletor automaticamente.

Há uma ordem nos tubos de coleta que deve ser seguida para que
não haja contaminação ao passar o sangue para os tubos respectivos na
hora da coleta. Resposta: Letra C.

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15) (AOCP - EBSERH - Hospital Escola da Universidade Federal de


Pelotas - Biomédico – 2015). Seguindo as normas de biossegurança nas
unidades hemoterápicas e laboratoriais, o biomédico deve tomar certas
medidas com relação ao uso dos EPI’s. Em relação ao assunto, assinale a
alternativa INCORRETA:

a) O biomédico deve fazer uso de luvas descartáveis para manipulação de


materiais potencialmente infectantes.

b) O biomédico deve fazer uso de todos os equipamentos de proteção


individual, sendo eles jaleco, luvas, óculos, máscara e botas de borracha
resistentes.

c) Não há necessidade do biomédico fazer uso de protetores de ouvido se


no ambiente de trabalho não tem equipamentos que emitem ruídos.

d) Há necessidade de o biomédico fazer uso de máscaras descartáveis e


óculos de proteção nas atividades que envolvam a formação de aerossol ou
suspenção de partículas.

e) O biomédico deve fazer uso de jaleco com comprimento até os joelhos


e mangas até o cotovelo.

Comentário: A resposta incorreta nesta questão é a letra E, já que


ele coloca que os jalecos devem ser até os cotovelos e como estudamos, o
jaleco deve ter o comprimento até os punhos com elástico nas
extremidades. Entretanto gostaria que observassem o item a, não está
incorreta, entretanto as botas de borracha devem ser utilizadas quando
necessário, para a rotina utilizamos os sapatos fechados. Resposta: Letra
E.

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16) (AOCP – EBSERH/HE UFSCAR – 2015). Em laboratórios de análises


clínicas, o uso de alguns equipamentos de proteção individual (EPI) são
obrigatórios. Assinale a alternativa que apresenta um EPI que NÃO é
obrigatório nestes locais.
(A) Luvas descartáveis.
(B) Jaleco de manga longa.
(C) Botas de borracha.
(D) Sapato fechado.
(E) Calças compridas.

Comentário: Coloquei essa questão para que você possa observar que a
mesma banca, a banca da sua prova, pode falar sobre a mesma coisa, e
confirmar meu comentário na questão anterior. E Thaiana, como vou saber
diferenciar isso na hora da prova? Bem, digo que apenas com interpretação
de texto. Você sabe quais são os EPI`s obrigatórios e sabe que quando a
área laboratorial estiver molhada, as botas de borracha podem fazer parte
desses EPI`s obrigatórios. Mas normalmente, considerando apenas
atividades laboratoriais, estas não são EPI`s obrigatórios. Logo, nessa
questão está errada a letra “c”, por mencionar as botas de borracha como
EPI obrigatório. Resposta: Letra C.

Vamos para a próxima questão:

17) (AOCP - EBSERH - HE - UFSCAR - Biomédico – 2015). Selecione


a alternativa que NÃO condiz com a biossegurança em um ambiente de
laboratório.

a) As luvas descartáveis servem para manipulação de materiais


potencialmente infectantes.

b) Jaleco, luvas, óculos, máscaras e botas de borracha resistentes são


todos equipamentos de proteção individual.

c) O comprimento do jaleco deve ser até o joelho e as mangas até o


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cotovelo.

d) As máscaras descartáveis e os óculos de proteção devem ser utilizados


em todas as atividades que envolvam a formação de aerossol ou suspensão
de partículas.

e) O descarte de material perfurocortante deve ser em recipientes


adequados, de preferência, de paredes rígidas.

Comentário: Observem como as questões se repetem! Essa foi uma


questão bem tranquila, até por já termos discutido em outras questões. O
jaleco deve ser até o joelho, mas com mangas até o punho, certo!?
Resposta: Letra C.

18) (AOCP – EBSERH – Enfermeiro – 2015). As exigências de


isolamento de patógenos variam de acordo com a via pela qual são
eliminados. As precauções padrão procuram cobrir todas estas
possibilidades e para viabilizar a operacionalização, existem procedimentos
de segurança e barreiras individuais. São eles:

a) avental, máscara, termômetro e óculos de proteção.


b) luvas, avental, máscara e óculos de proteção.
c) luvas, estetoscópio, máscara e óculos de proteção.
d) luvas, avental, máscara e ambu.
e) luvas, avental e máscara.

Comentário: O item que contempla alguns dos equipamentos de proteção


individual, EPI’s, é o item “b”, são eles: luvas, avental (jaleco), máscara e
óculos de proteção. Resposta: Letra b.

Vamos dar continuidade a teoria com os equipamentos de proteção


coletivo...

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5.2. Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC

São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do


trabalhador, meio ambiente e do produto. Abaixo descrevo alguns EPCs que
mais são utilizados:

Microincinerador de alça de transferência metálica – utilizado


para esterilizar alças de cromo-níquel, substituindo a flambagem em
chama de bico de Bunsen. Possuem anteparos e formam menos
aerossóis.

Alças de transferência descartáveis – são de material plástico e


estéril, descartáveis e dispensam a flambagem. Ideais para cabine de
segurança biológica e após o uso são desprezadas como resíduo
contaminado.

Anteparo para microscópio de imunofluorescência – dispositivo


para proteção contra a radiação da luz ultravioleta, sendo acoplado
ao microscópio.

Capela de segurança química – cabine de exaustão que protege o


profissional da inalação de vapores e gases liberados por reagentes
químicos, evitando a contaminação do ambiente. O exaustor vai
expulsar para o exterior os vapores gerados na manipulação.

Chuveiro de emergência – utilizado em casos de acidentes em que


haja projeção de grande quantidade de sangue, substâncias químicas
ou outro material biológico sobre o profissional. O jato deve ser forte
e acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos.

Lava-olhos – para acidentes na mucosa ocular, por derrame de


material nos olhos. Estes devem ser lavados por no mínimo 15
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minutos.

Kit de primeiros socorros – com material necessário para


pequenos ferimentos na pele, desinfecção e descontaminação.

Extintor de incêndio – usados para acidentes envolvendo fogo.


Podem ser de vários tipos, dependendo do material envolvido no
incêndio.

Tabela 2. Tipos de extintores e seu uso.

Tipos de extintores Utilizar em Não utilizar em

Extintor de água Fogo em papel e Equipamentos


madeira elétricos,
inflamáveis e metais
em combustão

Extintor de dióxido de Líquidos inflamáveis e Metais alcalinos


carbono metais e incêndios em
equipamentos
elétricos

Extintor de pó químico Líquidos e gases Pode ser utilizado,


seco inflamáveis, metais mas só apaga fogo
alcalinos e incêndio em de superfície
equipamento elétrico

Extintor de espuma Líquidos inflamáveis Equipamentos


elétricos.

Extintor de halon Líquidos inflamáveis e Papel e madeira,


incêndio em pois só apaga fogo
equipamentos em superfície.
elétricos

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Manta ou cobertor - serve para abafar ou envolver a vítima de


incêndio.

Balde de areia ou absorvente granulado - é derramado sobre


substâncias químicas perigosas como álcalis para neutralizá-lo.

Caixa descartável resistente para perfurocortantes – são caixas


de paredes rígidas e que “isolam” o material perfurocortante, como
agulhas, lancetas e vidros quebrados, do profissional que irá
manuseá-la para o descarte final e também para que não haja
acidentes com o próprio pessoal do laboratório, em suas atividades
diárias.

Cabines de Segurança Biológica – CSB (Fluxo Laminar) - São


equipamentos utilizados para proteger o profissional e o ambiente
laboratorial de aerossóis potencialmente infectantes, que podem se
espalhar durante a manipulação. Através de sistemas de filtração de
ar. Existem alguns tipos de cabine que protegem também o produto
a ser manipulado do contato com o meio externo, evitando
contaminações.

Vamos estudar as classes das cabines de segurança!?

5.2.1. Classes de Cabines de Segurança Biológica

As Cabines são providas de filtros de alta eficiência, normalmente


filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air, que quer dizer nada mais que:
alta eficiência para partículas de ar).

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Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos complexos, de


acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser manipulado
em cada cabine. São classificadas em três tipos:

- Classe I

- Classe II, subdividida em II A, II B1, II B2, II B3

- Classe III.

Classe I – esta cabine possui abertura frontal e o ar que sai passa


através de um filtro HEPA. Este ar é eliminado no ambiente livre das
partículas contaminadas. Esse tipo de cabine protege tanto o manipulador
quanto o ambiente, porém não evita a contaminação do material que está
sendo manipulado. É recomendada para trabalho com agente de risco
biológico baixo e moderado.

Classe II – esta cabine possui abertura frontal e o ar é filtrado


também por filtros HEPA, mas neste caso antes de entrar e antes de sair
da cabine, chamado de fluxo laminar unidirecional. Manipula-se
materiais biológicos ou estéreis que não podem sofrer contaminação do
meio ambiente. Pode garantir que o manipulado (experimento) não irá
contaminar o operador e o meio ambiente.

O fluxo laminar faz com que o experimento seja varrido por uma
corrente de ar limpo, assim os contaminantes produzidos na área de
trabalho são retirados em uma direção determinada pelo sentido do fluxo
de ar.

Classe II A – protege tanto o operador como o produto.


Microrganismos de risco biológico I e II podem ser manipulados em
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pequenas quantidades. NÃO é utilizada envolvendo substâncias tóxicas,


explosivas, inflamáveis ou radioativas.

Classe II B1 – utilizada para operações de risco moderado com


materiais químicos e voláteis e com agentes biológicos tratados com
mínimas quantidades de produtos químicos ou tóxicos. Protege o operador,
o produto e o ambiente. Microrganismos de classes I, II e III podem ser
manipulados. RECOMENDADA para equipamentos que homogeneízam,
agitam ou centrifugam materiais biológicos.

Classe II B2 - para agentes biológicos tratados como produtos


químicos e radioativos e em operações de risco moderado, incluindo
materiais voláteis, podendo ser usada para materiais que liberam odores.
Protege o operador, o produto e o ambiente. Microrganismos de risco
biológico I, II e III podem ser manipulados. RECOMENDADA para
equipamentos que homogeneízam, agitam ou centrifugam materiais
biológicos.

Classe II B3 – semelhante a cabine classe II A, mas usada para


pequenas quantidades de materiais químicos voláteis, químicos tóxicos e
radioativos. Protege o operador, o produto e o meio ambiente.
Microrganismos de classes I, II e III podem ser manipulados.

Classe III – cabine com contenção máxima, totalmente fechada,


com ventilação própria, construída em aço inox, a prova de escape de ar,
operando com pressão negative O trabalho é efetuado com luvas de
borracha acopladas a cabine. Indicada para microrganismos de risco
biológico classe III e principalmente IV, como os arbovírus Machupo, Lassa
e Marburg, vírus de febres hemorrágicas, além de ser usada para pesquisa
de DNA de alto risco.

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19) (IBFC - EBSERH/CHC-UFPR - 2015). Dos equipamentos abaixo, não


é considerado um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC):
a) Microincinerador
b) Caixa descartável de perfurocortante
c) Lava olhos
d) Dosímetro para radiação ionizante
e) Extintor de incêndio

Comentário: Super fácil não é mesmo? Todos os EPC`s citados na questão


foram discutidos acima e dessa forma, você provavelmente conseguiu
realizar a questão com êxito, não é mesmo? Resposta: Letra D.

20) (AOCP– EBSERH/HU- UFJF – 2015). Dentre os equipamentos


listados a seguir podem ser considerados Equipamentos de Proteção
Coletiva em ambiente de laboratório de análises clínicas apenas:
(A) jalecos.
(B) óculos de proteção.
(C) luvas.
(D) máscaras.
(E) cabines de segurança biológica.

Comentário: Nessa questão todas as outras afirmativas se tratam de


EPI`s, o único item que apresenta um equipamento de proteção coletiva
foi o item E (cabines de segurança biológica). Resposta: Letra E.

21) (AOCP– EBSERH/HDT-UFT - 2015). Um técnico de laboratório está


apresentando sintomas de intoxicação respiratória e irritação nos olhos
após manipular alguns ácidos na bancada. Este acidente poderia ser
evitado se ele tivesse usado:
(A) uma capela química.
(B) um jaleco.
(C) um máscara.
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(D) um óculos.
(E) um lava olhos.

Comentário: Todos já sabemos a respeito dos EPI`s e quando falei sobre


este assunto deixei bem explícito que o uso de óculos e máscaras não
substitui o uso da capela de exaustão/química. Então, nessa questão logo
percebemos o que poderia ter evitado o acidente do profissional.
Resposta: Letra A.

6. Lista de Questões Apresentadas

01) (BIO-RIO- IF/RJ – Fonoaudiólogo – 2015). O conjunto


de ações voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador,
minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços, visando à saúde do homem e dos animais, a preservação
do meio ambiente e a qualidade dos resultados, denomina-se:

A) ergonomia.
B) ergometria.
C) biomedicina.
D) biotecnologia.
E) biossegurança

02) (FUNIVERSA- SECTEC-GO – 2010) Biossegurança é o


conjunto de ações voltadas para prevenção e:

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a) minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de


trabalho, que possam comprometer a saúde do homem, dos
animais e do meio ambiente.
b) minimização ou também no aumento de riscos inerentes às
atividades de trabalho, que devem comprometer a saúde do
homem, dos animais e do meio ambiente.
c) maximização e não eliminação de riscos inerentes às atividades
de trabalho, que possam comprometer a saúde do homem, dos
animais e do meio ambiente.
d) minimização ou eliminação de riscos não inerentes às atividades
de trabalho. É uma sistemática para comprometer a saúde do
homem, dos animais e do meio ambiente.
e) conservação ou não eliminação de riscos inerentes às atividades
de trabalho, primando para comprometer a saúde do homem, dos
animais e do meio ambiente.

03) (COTEC - UNIMONTES - Farmacêutico – 2014). A


biossegurança é um conjunto de ações voltadas para prevenção,
minimização e eliminação de riscos para a saúde, ajuda na
proteção do meio ambiente contra resíduos e na conscientização
do profissional da saúde. Considere a informação abaixo:

Aplica-se a agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos


animais, cujo risco de propagação na comunidade e de disseminação no
meio ambiente é limitado, não constituindo em sério risco a quem os
manipula em condições de contenção, pois existem medidas terapêuticas e
profiláticas eficientes. Exemplo: Toxoplasma spp.
Qual a classe de risco biológico descrita acima?
A) Risco 2.
B) Risco 1.
C) Risco 4.

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D) Risco 3.

04) (IADES – EBSERH -Hospital Universitário Professor Edgard


Santos da Universidade Federal da Bahia - Farmacêutico – 2014).
Biossegurança pode ser definida como a condição de segurança alcançada
por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal, vegetal e o ambiente. A avaliação de risco incorpora ações
que objetivam o reconhecimento ou a identificação dos agentes biológicos
e a probabilidade do dano proveniente destes.

BRASIL, Ministério da Saúde. Classificação de risco dos agentes


biológicos. Brasília, DF 2006, com adaptações.

Com base nas informações contidas no texto apresentado e no que se


refere à classificação de risco dos agentes biológicos, é correto afirmar que
a classe de risco:

a) 1 representa os agentes biológicos que incluem os agentes


biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou
animais adultos sadios, apresentando assim baixo risco individual
e coletivo. Exemplo: Escherichia coli.
b) 2 inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem
ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de
disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais
existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes,
representando assim moderado risco individual e limitado risco
para a comunidade. Exemplo: Schistosoma mansoni.
c) 3 inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de
transmissão por via tópica e que causam patologias humanas ou
animais para as quais existem usualmente medidas de tratamento
e (ou) de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa
a pessoa. Exemplo: Lactobacilos spp.
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d) 4 inclui os agentes biológicos com grande poder de


transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão
desconhecida e para os quais ainda não há nenhuma medida
profilática ou terapêutica eficaz. Causam doenças humanas e
animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação
na comunidade e no meio ambiente. Essa classe inclui
principalmente os protozoários. Exemplo: Plasmodium falciparum.
e) 5 inclui os agentes biológicos que não possuem a capacidade de
causar patologias humanas ou nos animais, cujo potencial de
propagação é inexistente, não sendo necessárias medidas
profiláticas e terapêuticas. Essa classe inclui principalmente
vermes. Exemplo: Taenia spp.

05) (FUNIVERSA - Governo do Estado do Amapá - Biomédico 2014).


Os riscos biológicos são decorrentes da exposição a agentes do reino
animal, vegetal e de micro-organismos ou de seus subprodutos. Tais
agentes podem estar presentes, veiculados sob diversas formas que
oferecem risco biológico, como aerossóis, poeira, alimentos, instrumentos
de laboratório, água, cultura, amostras biológicas, entre outros. Os germes
patogênicos que costumam provocar doença grave em seres humanos ou
animais, propagada de um hospedeiro infectado ao outro. Porém, existem
medidas profiláticas e de tratamento bem esclarecidas. Considerado de alto
risco individual e de baixo risco para a comunidade. Esse tipo de agente é
incluído no grupo de risco:

a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

06) (IBFC - EBSERH/CHC-UFPR - 2015). A Organização Mundial de


Saúde (OMS) estabeleceu medidas de segurança em laboratórios de

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Microbiologia, classificando os micro-organismos infectantes segundo os


riscos que apresentem. O risco 3 corresponde a:
a) Os agentes patogênicos com elevado risco individual e risco limitado
para a comunidade; geralmente causam doenças graves ao homem ou aos
animais e podem representar um sério risco a quem o manipula.
b) Os agentes patogênicos deste grupo não provocam graves moléstias
humanas e nos animais, dificilmente propagam-se facilmente de um
indivíduo para outro direta ou indiretamente.
c) Neste grupo estão incluídos os micro-organismos que têm baixas
probabilidades de provocar moléstias humanas e são de pouca importância
veterinária.
d) Estão aqui agrupados os agentes patogênicos que podem provocar
moléstias humanas, mas que têm baixas probabilidades de causar perigo
grave para o pessoal do laboratório e a comunidade, animais de criação ou
para o meio ambiente.
e) A exposição no laboratório pode provocar infecção grave, mas, são
disponíveis medidas eficazes de tratamento e prevenção, limitando assim,
o risco de propagação.

07) (BIORIO – Fundação Saúde/RJ – Biólogo / Biomédico /


Farmacêutico – Análises Clínicas / Citogenética – 2014). É altamente
recomendado que os profissionais que atuam em laboratórios de análises
clínicas estejam imunizados contra:

(A)hepatite B (B) hepatite A (C) hepatite C (D) HIV (E) Ebola

08) (AOCP – EBSERH – Enfermeiro – 2015). A ação considerada uma


das mais importantes para reduzir a taxa de infecção no
ambiente hospitalar é:
a) manter o setor em ordem.
b) fazer desinfecção dos leitos com álcool 70%
c) manusear com cuidado os materiais contaminados.
d) lavar as mãos com técnicas corretas.
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e) descartar os resíduos hospitalares.

09) (AOCP - EBSERH/HE – UFPEL – 2015). Considerando as boas


práticas laboratoriais e as regras de biossegurança, é proibido dentro do
ambiente laboratorial:
(A) lavar as mãos antes de iniciar o trabalho.
(B) utilizar equipamentos de proteção individual.
(C) alimentar-se ou fumar.
(D) utilizar cabelos presos.
(E) usar sapatos fechados.

10) (IADES – EBSERH – 2014). Quanto à biossegurança, assinale a


alternativa correta.

a) O risco químico está relacionado a exposição dos trabalhadores a


ruídos, vibrações e radiações ionizantes.
b) Nunca pipetar com a boca, nem mesmo com água destilada.
c) A classificação do risco biológico está relacionada, exclusivamente,
ao modo de transmissão do patógeno.
d) O uso do jaleco só deve ser feito no momento de coletas diversas
e) As cabines de segurança podem ser utilizadas na manipulação de
produtos tóxicos ou compostos carcinogênicos.

11) (AOCP – UFGD – Farmacêutico – 2014). Sobre as medidas de


biossegurança em laboratório de análises clínicas, assinale a alternativa
correta.

a) Todas as amostras devem ser consideradas potencialmente


perigosas.
b) Em laboratório, os reagentes a serem utilizados devem ser todos
rotulados e datados. Reagentes vencidos não precisam ser rotulados,
uma vez que serão descartados.

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c) Vidros quebrados removidos diretamente com as mãos devem ser


colocados em recipiente específico para perfurocortantes, devendo
passar por um processo de descontaminação antes de serem
desprezados.
d) Água deionizada é o único item que pode ser pipetado com a boca
em laboratório. Se houver quebra de tubo com material biológico na
centrífuga, os cacos devem ser desprezados em coletor de
perfurocortantes, não sendo necessário realizar a descontaminação
da mesma

12) (AOCP – EBSERH/HU- UFJF 2015). Os protocolos que descrevem


detalhadamente cada atividade realizada no laboratório, desde a coleta até
a emissão de resultado final, incluindo utilização de equipamentos,
procedimentos técnicos, cuidados de biossegurança e condutas a serem
adotadas em acidentes são chamados:
(A) Resolução da Diretoria Colegiada (RDC).
(B) Classes de Risco (CRs).
(C) Comitê Interno de Biossegurança (CIB).
(D) Procedimento Operacional Padrão (POP).
(E) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

13) (IBF - SSA-HMDCC - Biomédico – 2014). A venopunção, por ser


invasiva e expor tanto o flebotomista quanto o paciente a numerosos riscos,
não deve ser considerada procedimento simples. Por esse motivo, devem-
se seguir regras que minimizam a ocorrência de acidentes. A esse respeito,
assinale a alternativa correta.

a) O flebotomista deve estar paramentado com sapatos fechados, calças


compridas, avental de mangas longas e luvas descartáveis. As luvas devem

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ser trocadas quando com perfurações visíveis, somente. As mãos enluvadas


devem ser lavadas com água corrente, com sabão antisséptico, e secas
com toalha de papel descartável.

b) Os materiais perfurocortantes utilizados nunca devem ser reencapados,


mas sim quebrados e descartados em caixas apropriadas para esse fim.

c) Pedaços de algodão e gaze contaminados devem ser descartados em


sacos amarelos, com identificação de risco biológico.

d) Após o término das atividades, toda a estrutura ao redor do flebotomista


deve ser desinfectada.

14) (VUNESP – Prefeitura Municipal de São José dos Campos -


Biomédico-Bioquímico – 2015). Assinale a alternativa correta:

a) Avental de proteção de mangas longas e luvas não são equipamentos de


proteção individuais obrigatórios para o profissional do laboratório, no ato
da coleta.

b) na coleta de sangue venoso em sistema aberto, coleta com seringa e


agulha, o risco do coletador de sofrer acidente com perfurocortante é
similar ao risco na coleta de sangue a vácuo ou em sistema fechado.

c) Para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos subsequentes
na coleta de sangue venoso em um mesmo paciente, há sequência definida
e que deve ser respeitada.

15) (AOCP - EBSERH - Hospital Escola da Universidade Federal de


Pelotas - Biomédico – 2015). Seguindo as normas de biossegurança nas
unidades hemoterápicas e laboratoriais, o biomédico deve tomar certas
medidas com relação ao uso dos EPI’s. Em relação ao assunto, assinale a
alternativa INCORRETA:

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a) O biomédico deve fazer uso de luvas descartáveis para manipulação de


materiais potencialmente infectantes.

b) O biomédico deve fazer uso de todos os equipamentos de proteção


individual, sendo eles jaleco, luvas, óculos, máscara e botas de borracha
resistentes.

c) Não há necessidade do biomédico fazer uso de protetores de ouvido se


no ambiente de trabalho não tem equipamentos que emitem ruídos.

d) Há necessidade de o biomédico fazer uso de máscaras descartáveis e


óculos de proteção nas atividades que envolvam a formação de aerossol ou
suspenção de partículas.

e) O biomédico deve fazer uso de jaleco com comprimento até os joelhos


e mangas até o cotovelo.

16) (AOCP – EBSERH/HE UFSCAR – 2015). Em laboratórios de análises


clínicas, o uso de alguns equipamentos de proteção individual (EPI) são
obrigatórios. Assinale a alternativa que apresenta um EPI que NÃO é
obrigatório nestes locais.
(A) Luvas descartáveis.
(B) Jaleco de manga longa.
(C) Botas de borracha.
(D) Sapato fechado.
(E) Calças compridas.

17) (AOCP - EBSERH - HE - UFSCAR - Biomédico – 2015). Selecione


a alternativa que NÃO condiz com a biossegurança em um ambiente de
laboratório.

a) As luvas descartáveis servem para manipulação de materiais


potencialmente infectantes.

b) Jaleco, luvas, óculos, máscaras e botas de borracha resistentes são

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todos equipamentos de proteção individual.

c) O comprimento do jaleco deve ser até o joelho e as mangas até o


cotovelo.

d) As máscaras descartáveis e os óculos de proteção devem ser utilizados


em todas as atividades que envolvam a formação de aerossol ou suspensão
de partículas.

e) O descarte de material perfurocortante deve ser em recipientes


adequados, de preferência, de paredes rígidas.

18) (AOCP – EBSERH – Enfermeiro – 2015). As exigências de


isolamento de patógenos variam de acordo com a via pela qual são
eliminados. As precauções padrão procuram cobrir todas estas
possibilidades e para viabilizar a operacionalização, existem procedimentos
de segurança e barreiras individuais. São eles:

a) avental, máscara, termômetro e óculos de proteção.


b) luvas, avental, máscara e óculos de proteção.
c) luvas, estetoscópio, máscara e óculos de proteção.
d) luvas, avental, máscara e ambu.
e) luvas, avental e máscara.

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7. Gabarito

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E A A B D A A D C B

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
A D D C E C C B D E A

8. Referências Bibliográficas

1. ABNT / NBR 7500 de junho de 2004.


2. ABNT / NBR 14785 de dezembro de 2001.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Biossegurança em
laboratórios biomédicos e de microbiologia / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – 3. ed. em português rev. e atual. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2006.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Biossegurança em unidades
hemoterápicas e laboratórios de saúde pública. Programa Nacional de
DST e Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
5. FREIRE G. E MARCHI A. Manual de Exames. Laboratório Hermes
Pardini- Medicina e Bem-estar. P. 86/87. 2015/2016.
6. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bios
eguranca.html. Acessado em 11/15.
7. Normas CNEN. (NN 3.01; 3.02; 3.05; 7.01; 8.01 e 8.02).
8. NR 32 de novembro de 2005.
9. MANUAL DE BIOSSEGURANÇA. Edição 01. LACEN – SUS/ SC.
10.PENNA, T. C.V. Desinfecção e esterilização química. Departamento
de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutico. Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.
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11.RDC, no 306, 2004. ANVISA.


12.ZOCHIO, L.B.; Biossegurança em Laboratório de Análises Clínicas
AC&T Científica. São José do Rio Preto, 2009.

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