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Pistola Colt 1911 – Os Testes de 1907 (U.S. Trials)
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Nota do Autor: para maior compreensão e conhecimento, leia também nosso artigo sobre a História e
Desenvolvimento dessa famosa pistola.
Provavelmente nenhuma outra pistola semi‑automática seja mais conhecida e admirada do que a que
foi projetada por John Browning em 1911; a pistola Colt em calibre .45 (veja nosso outro artigo “Colt
1911 – História e Desenvolvimento”, neste site). Muitos colecionadores e amantes da história das
armas até sabem que essa arma foi adotada pelo Exército Norte‑Americano em 1911 e permaneceu
em serviço por 74 anos, mas talvez desconheçam o processo de seleção e os exaustivos testes que
foram executados a partir de 1907 no campo de provas do Exército, na cidade de Springfield, estado
de Massachussets, e que culminaram com a escolha dessa arma.
Os estudos sobre a adoção de uma nova arma para equipar o Exército Norte Americano tiveram
início em 1901, sendo que a participação efetiva na escolha de uma pistola semi‑automática iniciou‑se
em 1907 e terminou em 1911. Poucas grandes nações do mundo costumavam gastar tempo e dinheiro
para executar um teste tão abrangente, levado ao âmbito de fabricantes de diversos países que
decidiram participar do processo. Afinal de contas, o vencedor dessa contenda teria o privilégio e a
grande oportunidade de ter em mãos um negócio milionário, envolvendo o fornecimento de
armamento a um dos maiores exércitos do planeta.
OS PRIMEIROS TESTES
A partir de 1892, o Governo dos Estados Unidos tomou a descisão de aposentar os confiáveis mas
obsoletos revólveres Colt Single‑Action Army, em calibre .45 Colt, em serviço no Exército desde 1873,
pelos mais modernos e mais leves revólveres da Colt, em calibre .38 Long Colt, utilizando um sistema
de dupla‑ação e que foram denominados oficialmente de Army Revolver M1892.
Em relação ao venerável modelo Army de 1873, este novo revólver apresentava inúmeras vantagens,
dentre elas duas mais importantes:
a) sistema de dupla‑ação, que possibilitava que todos os disparos pudessem ser efetuados sem a
necessidade de se armar o cão manualmente, como ocorria com o sistema de ação simples,
possibilitando muito maior cadência de tiro;
b) tambor para seis cartuchos, com abertura no sistema “swing‑out”, ou seja, podia ser rebatido para
b) tambor para seis cartuchos, com abertura no sistema “swing‑out”, ou seja, podia ser rebatido para
o lado esquerdo da armação e com o auxilio de um extrator, todos os cartuchos vazios eram
expelidos ao mesmo tempo, ao contrário dos S.A. Army que possuíam um tambor fixo e cada
cartucho precisava ser inserido ou extraído da camara, um de cada vez, através de uma portinhola
lateral, o que causava uma operação de recarga muito demorada e trabalhosa.
O revólver Colt Single Action Army de 1873, em calibre .45 Colt, adotado pelo Exército Americano em 1873
Essas duas características citadas acima já eram razão suficiente para que o Governo dos USA
tomasse a decisão de substituir o revólver Colt S.A. Army pelo modelo 1892, o que ocorreu a partir
desta data, sendo rapidamente disseminado pelas tropas e participando de conflitos armados de
grande importância, como a Guerra Hispano‑Americana de 1898. Porém, alguns incidentes sérios
começaram a ser reportados por oficiais que alegavam falta de potência no cartucho .38 Long Colt.
Esses eram inicialmente carregados com pólvora negra, tal como os do S.A. Army em calibre .45.
Somente a partir de 1900 que passaram a ser carregados com pólvora sem fumaça, melhorando
sensivelmente a potência do cartucho.
O mesmo problema tinha sido atribuído anteriormente aos calibres 7,63mm Mauser e .30 Mannlicher,
cujas respectivas armas, a pistola Mauser C96 e a Steyr‑Mannlicher de 1901 também foram testadas
por algumas unidades do Exército. Mas, o episódio que mais repercutiu negativamente contra o
calibre .38 foi o ocorrido na chamada Insurreição das Filipinas, ocorrida a partir de 1899 a 1902, onde
o revólver Colt M1892 foi considerado “insuficiente para derrubar, com um só tiro, os fanáticos Moros…“,
conforme relato de alguns oficiais combatentes.
Este fato, acrescentado de ocorrências similares na posterior guerra Hispano‑Americana, foi o tiro de
misericórdia para aquele revólver: provocou o retorno imediato ao serviço dos antigos Colt Single
Action Army, em calibre .45. Aliás, também no campo das armas longas, comentava‑se que até os
fuzis de repetição Krag‑Jorgensen, que utilizavam o cartucho .30‑40 Government, não executavam o
serviço a contento.
Revólver Colt D.A. Model 1892 em calibre .38 Long Colt, adotado pelos USA a partir de 1892
Mediante esse quadro desolador, o governo Norte‑Americano iniciou um processo para a adoção de
uma nova arma curta, de uso individual, para substituir os revólveres em uso, fossem eles os Army
em calibre .45 ou os M1892 em calibre .38 Colt. Para tanto, em 1901 foi criada uma comissão para
organizar os chamados U.S. Trials, estabelecida na cidade de Springfield, tendo sido designados para
sua coordenação o Coronel Louis LaGarde, membro do Corpo Médico do Exército e o Coronel John
Thompson, do Departamento de Ordenança. O Coronel Thompson foi quem, alguns anos mais tarde,
desenvolveu a famosa sub‑metralhadora que leva seu nome. O Coronel LaGarde era um especialista
em ferimentos à bala e seu controvertido tratado “Gunshot Injuries” (Ferimentos por Arma de Fogo),
publicado em 1914, descreve em detalhes como foram feitos os experimentos, nos quais foram
utilizados cerca de 10 cadáveres, bem como alguns cavalos e porcos.
De início, a comissão adquiriu 1.000 pistolas Parabellum (Luger) da fábrica alemã D.W.M. (Deutsche
Waffen und Munitionsfabrik), em calibre .30 (7,65mm Parabellum) e que foram rapidamente
distribuídas à algumas tropas, para testes. O resultado destes testes, obtido através de relatórios dos
comandantes, não foi muito satisfatório. O maior problema que foi reportado era o fato do calibre ser
muito baixo e assim não possuía um poder de detenção (“stopping‑power”) aceitável. Cumpre
ressaltar aqui que as Parabellum haviam acabado de serem adotadas pelo Governo Suíço, em 1900,
neste mesmo calibre.
Ainda assim os testes prosseguiam, utilizando duas pistolas Luger, uma em calibre 7,65mm e outra
em 9mm, alguns revólveres em calibre .38 e .45, as pistolas semi‑automáticas da Colt em calibre .38
Auto e até mesmo um já obsoleto cartucho .476 do revólver inglês Enfield MK III, que foi eleito o
mais eficiente dos calibres testados. Porém, o Exército queria mesmo uma pistola semi‑automática e
os avaliadores, mesmo com algumas restrições ao calibre, gostaram muito da Colt .38 Auto, modelo
1900.
A pistola Colt 1900 am calibre .38 Auto, testada e bem avaliada em Springfield
Sabendo dessa preferência em pistolas, em abril de 1903 a D.W.M. ofereceu ao governo americano 50
pistolas Luger, mas agora em calibre 9mm, 0 famoso 9X19mm, que acabava de ter sido testado pelo
Exército Alemão. Georg Luger, em pessoa, trouxe em sua viagem diversas delas e com vários
comprimentos de cano.
Mediante esses testes, já por volta de 1905, o Departamento de Ordenança estabeleceu normas para
que qualquer arma a ser testada dali em diante tivesse que utilizar projéteis com, no mínimo, .45″
(11,43mm) de diâmetro. Antes dos testes oficiais que seriam levados a cabo em 1906, o Depto. de
Ordenança projetou, através do Arsenal de Frankfort, dois novos cartuchos baseados no calibre .45
(11,43mm): um para uso em revólveres com projétil de chumbo e cartucho com aro, e um outro
usando cartucho sem aro, com projétil encamizado, para as pistolas semi‑automáticas.
A Colt, por sua vez e já de olho nos testes da 1900, havia desenvolvido um cartucho próprio, pouco
mais longo do que o projetado pelo arsenal de Frankfort, e que não eram intercambiáveis. Entretanto,
após alguns testes com ambos os cartuchos, o próprio Depto. de Ordenança abriu mão do seu
cartucho em favor do que havia sido projetado pela Colt, que se tornou então o famoso .45 Automatic
Colt Pistol. Nesta oportunidade, Jonh Browning retornou aos Estados Unidos, de volta ao seu velho
emprego na Winchester onde, em colaboração com eles e com o Exército, finalizou o projeto desse
cartucho .45 a ser adotado definitivamente pelo Governo Americano.
A partir de 31 de janeiro de 1906, convites foram enviados pela Comissão a mais de 20 fabricantes
que desejassem participar dos testes. Inclusos nestes convite seguiram as especificações do cartuchos
desenvolvidos em Frankfort, ambos em calibre .45, e a oferta de que também os cartuchos poderiam
ser enviados aos interessados para auxiliar no desenvolvimento do projeto. Em 15 de janeiro de 1907
a Comissão tinha em mãos nove projetos, sendo tres de revólveres e seis de pistolas.
Os tres revólveres a serem submetidos aos testes compreendiam um modelo da Colt em dupla‑ação,
similar ao 1892 mas em calibre .45, um modelo da Smith & Wesson (o futuro S & W Double‑Action
1917) e um revólver semi‑automático inglês, o Webley‑Fosbery, o único revólver deste tipo que
obteve um relativo sucesso.
O revólver Webley‑Fosbery, semi‑automático, em calibre .455 Webley
Logo no início dos testes, o revólver Webley‑Fosbery, em calibre .455 Webley, foi rapidamente
descartado pela Comissão, pois seu mecanismo composto de diversas estrias externas no tambor,
destinadas a uma guia que o fazia girar a cada disparo, eram muito suscetíveis e demasiadamente
expostas à elementos nocivos, tais como lama e areia.
Entretanto, este revólver apresentava características interessantes: possuía uma trava de segurança,
algo inexistente em revólveres, além de funcionar em modo semi‑automático, com cadência mais
rápida que os revólveres tradicionais. Somente para o primeiro disparo se necessitava que o cão fosse
engatilhado. A partir daí, após cada disparo, o recuo do cano arrastava o conjunto cano e tambor para
trás, fazendo com que as ranhuras existentes no tambor, devidamente engatadas em um ressalto na
armação, o fizessem girar, alinhando o cartucho seguinte com o cano e com o percussor. O cão
também era engatilhado automaticamente, através deste mesmo movimento.
Essa arma havia sido desenvolvida pela Webley, sobre um projeto do coronel britânico George
Fosbery, que apresentou a idéia à empresa no final do século XIX. Em 1900, a arma foi para testes
mas nunca chegou a ser adotado pelo Exército Britânico, apesar de sua participação na Guerra dos
Boers. Entretanto, não sobreviveu à I Guerra, sendo deixado de ser produzido até 1918, com 5.000
unidades fabricadas. Hoje é peça cobiçada por colecionadores.
Smith & Wesson D.A. modelo 1917 em calibre .45 Auto ou .45AR – o Governo Brasileiro o adotou em 1937
Os revólveres apresentados pela Colt e pela S & W acabaram por ser aprovados de imediato e
adotados posteriormente, mas como armas alternativas às pistolas, tornando‑se então,
respectivamente, o Colt New Service 1917 e o Smith & Wesson D.A. 1917, ambos aptos a utilizar a
mesma munição .45 empregada na pistola Colt. Entretanto, para que esses dois revólveres pudessem
utilizar a munição feita para a pistola, lançavam mão de dois clipes em forma de meia‑lua, que
fixavam os cartuchos no tambor.
O revólver Colt New Service Double‑Action 1917, adotado como arma opcional juntamente com o revólver da
O revólver Colt New Service Double‑Action 1917, adotado como arma opcional juntamente com o revólver da
Smith & Wesson
Posteriormente foi desenvolvida uma variante deste calibre, para uso sem necessidade dos clipes; era
o cartucho denominado de .45 AR (Auto Rim), que já possuía um aro externo (rimmed) para a
retenção e extração das camaras no tambor.
Comparativo de 3 cartuchos de calibre .45, da esquerda para a direita: .455 Webley, usado no revólver Webley‑
Fosbery, o .45 ACP e o .45AR, este último desenvolvido a fim de evitar o uso dos clipes meia‑lua nos revólveres
Colt New Service 1917 e S&W DA 1917, necessários quando usados com munição para a pistola.
As pistolas semi‑automáticas apresentadas para os testes de 1907 foram as seguintes:
1 – Bergmann, fornecida por Theodor Bergmann de Gaggenau, Alemanha.
2 – Knoble, fornecida em duas versões, uma de dupla‑ação e outra de ação simples, projetada pelo
engenheiro do mesmo nome, de Washington, DC.
3 – White‑Merrill, projetada por Joseph White e Samuel Merrill, de Boston, Massachussets.
4 – Parabellum (Luger), fornecida pela Deutsche Waffen und Munitionsfabrik (D.W.M.), Alemanha.
5 – Savage, do fabricante norte‑americano do mesmo nome, tradicional fabricante de armas.
6 – Colt, inicialmente com o modelo 1905, fornecida por Colt Firearms, de Connecticut.
Posteriormente, mesmo após a definição da Colt como arma de dotação do Exército, testes adicionais
foram realizados nas seguintes pistolas:
1 – Schouboe, fornecida pela DRS (Dinamarca) e projetada por Jens Schouboe.
2 – Remington‑Pedersen, fornecida pela Remington Firearms.
3 – Grant Hammond, de Hartford, Connecticut.
As avaliações que se sucederam com cada exemplar examinado são as seguintes:
1 – Bergmann
Chega a ser surpreendente como tudo deu errado com esta pistola durante os testes. A arma da qual
Chega a ser surpreendente como tudo deu errado com esta pistola durante os testes. A arma da qual
essa variação, em calibre .45, foi desenvolvida, era a Bergmann‑Mars em calibre 9mm Bergmann, e
que já fazia um relativo sucesso na Europa e tinha a fama de ser muito bem construída, com materiais
e acabamento de primeira linha. Aparentemente o protótipo apresentado não havia sequer disparado
o cartucho fornecido para os testes, e o pessoal que a assistia nos testes parecia não familiarizado com
o funcionamento da arma.
A Bergmann em calibre .45
O projeto básico da pistola era de Theodor Bergmann, tradicional fabricante de armas em Gaggenau,
fábrica que empregou durante certo tempo outro famoso projetista, Louis Schmeisser. Sua arma foi
uma das primeiras pistolas bem sucedidas da história. A Espanha já a havia adotado em 1905 e
haviam contratos firmados com a Dinamarca e Grécia. O que ficou até hoje sem resposta é porque um
nome do calibre de Bergmann permitiu o envio de uma arma para testes importantíssimos sem antes
tê‑la testado na fábrica; além disso, o porque ter enviado pessoas aparentemente desqualificadas para
apresentar o projeto em Springfield. Foi uma das primeiras armas descartadas do teste.
2 – Knoble
W. B. Knoble, de Tacoma, USA, teve um pouco mais de sorte, que infelizmente durou pouco. A
comissão manifestou assim seu veredicto: ” Grandes esforços foram dispendidos para se disparar a
quantidade necessária de cartuchos nessa arma, mas era tão tosca e mal fabricada que não valeu todo o nosso
empenho…” Knoble começou a trabalhar com seus projetos em 1904 e na época dos testes, enviou
duas amostras: uma com sistema de dupla‑ação (a única com essa característica no teste) e outra de
ação simples. A primeira chamou muito a atenção da comissão, pois até aquela data não se tinha
conhecimento de pistolas semi‑automáticas com aquele recurso.
A pistola Knoble na opção de dupla‑ação
O interesse de Knoble era de que suas armas fossem representadas nos testes pela conceituada firma
Von Lengerke & Detmold, de Nova York. Porém, essa empresa já representava a Mauser com sua C‑
96, arma que não se cogitou a participação nos testes. Mais uma vez, o pessoal técnico enviado por
Knoble não estava devidamente preparado para isso e a arma foi descartada logo no início dos testes.
Knoble se decepcionou tanto com o resultado que abandonou definitivamente o projeto de suas
pistolas.
3 – WhiteMerrill
Podia também utilizar tanto carregadores de 10 cartuchos do tipo removível como clipes de
alimentação superior, ao estilo das Mauser C96. A placa lateral da empunhadura era feita de um
material translúcido que permitia ao atirador verificar a quantidade de cartuchos existente no
carregador.
Joseph C. White e Samuel Merrill, mesmo com a eliminação da arma dos testes, continuaram
Joseph C. White e Samuel Merrill, mesmo com a eliminação da arma dos testes, continuaram
trabalhando no projeto de uma arma similar em calibre .38, mas que também não obteve sucesso
comercial.
4 – Parabellum (Luger)
Desta vez, como já havia participado dos testes anteriores ao de 1907 e tinha uma certa experiência, a
DWM enviou pistolas Parabellum (Luger) em calibre .45. Foram produzidas duas pistolas (supõe‑se
que podem ter sido até cinco), numeradas 01 e 02, com fabricação supervisionada pessoalmente por
Georg Luger. Foram praticamente feitas artesanalmente. Era a única pistola em teste que possuía
uma trava de segurança na empunhadura, opção que depois foi incorporada pela Colt e pela Savage,
por exigência da comissão. Georg Luger trouxe pessoalmente as pistolas de número 01 e 02 para os
testes, sendo a de número 02 reservada para qualquer emergência. Acredita‑se que a número 01,
depois de fatigantes e exaustivos testes, deve ter sido descartada pois não existem mais provas de sua
existência.
A pistola Parabellum (Luger) da firma alemã DWM, enviada para os testes já adaptada para uso do cartucho
.45ACP. Acredita‑se que somente dois exemplares foram produzidos e um tenha sobrevivido nas mãos de
colecionador norte‑americano, a da foto acima.
A maior objeção da comissão em relação às Lugers era o seu sistema de culatra “toggle‑joint”, ou
ação de joelho, com uma série de articulações de ajustes precisos mas com grande facilidade de
travamentos por excesso de sujeira e poeira. Apesar disso, as Lugers foram adotadas pelo Exército
Alemão em 1908 e ficaram em serviço até 1942, o que por si só prova que a arma não era tão
problemática como apregoavam. O sistema exige, para seu bom funcionamento, munição com cargas
de alta pressão. Mesmo assim, a DWM enviou alguns cartuchos de fabricação própria mas a comissão
utilizou também os cartuchos desenvolvidos em Frankfort.
Foram disparados 1022 cartuchos de ambas as origens e vários problemas ocorreram, que segundo os
técnicos, eram devidos ao sistema de culatra. Neste tipo de sistema, o ponto crítico é o fechamento
total da arma, que só acontece em razão do retorno do ferrolho partindo de sua posição máxima. A
mola recuperadora, por si só, não é suficiente para trancar a arma totalmente. Entretanto, em razão
mola recuperadora, por si só, não é suficiente para trancar a arma totalmente. Entretanto, em razão
da própria deficiência de vários outros contendores, a Luger teve sua segunda chance. A Comissão
resolveu autorizar a compra de mais 200 peças, bem como a fabricante Savage, outra participante. A
Colt atendeu prontamente a requisição mas a Savage e a DWM apresentaram várias desculpas para
atenderem a esse pedido: a Savage não possuía estrutura para suprir essa produção extra e a DWM
estava agora ocupadíssima com seus contratos na Europa, inclusive com a eminente adoção da
pistola em calibre 9mm pelo Exército Alemão, que ocorreu no ano seguinte, em 1908.
A DWM alegou ainda que as diferenças de construção da pistola Luger em calibre .45 em relação às
em calibre 9 mm eram muito grandes, o que iria gerar um investimento enorme em ferramental. A
desistência da DWM de continuar participando dos testes foi alentadora para a Savage, que repensou
em sua decisão e voltou atrás.
5 – Savage
Arthur Savage fundou a Savage Arms Company em Utica, estado de Nova York, em 1894, quando
tinha 37 anos de idade, dedicando‑se na fabricação de rifles e carabinas. Em 1905, decidiu investir em
nova linha de produtos, as armas curtas. Aproximou‑se de Elbert H. Searle, inventor e engenheiro de
Filadélfia, que aceitou a proposta para trabalhar no projeto de uma pistola. Quando os testes de 1907
foram anunciados, Savage decidiu que participaria com seu produto e se inscreveu. O sistema de
fecho de culatra desta pistola utilizava a rotação do cano, provido de ressaltos em forma helicoidal,
que girava 5 graus para que o ferrolho fosse liberado. O sistema era muito similar ao que a austríaca
Steyr‑Hahn usaria posteriormente, em seu modelo 1911 (veja artigo aqui neste site). Esse sistema viria
a se tornar o calcanhar de Aquiles desta arma.
Com apenas 34 peças, a Savage era a arma mais simples da competição. Contava com detalhes que
Com apenas 34 peças, a Savage era a arma mais simples da competição. Contava com detalhes que
agradaram a comissão, como o botão retém do carregador acionado pela mesma mão que
empunhava a arma. O balanço e o ângulo da empunhadura eram pontos fortes. Os modelos
posteriores que participaram do final dos testes incorporaram uma trava de empunhadura, solução
inspirada nas Luger e que a Colt também adotou. Um fato desagradável que ocorreu nos testes foi
um provável roubo de duas das primeiras armas testadas, em seu retorno para a fábrica para serem
avaliadas.
Das 200 peças fabricadas adicionalmente, quando enviadas ao campo de Springfield, cinco delas não
chegaram. Após alguns incidentes de tiro devido aos carregadores, as 195 peças foram enviadas de
volta à fábrica e mais 72 delas sumiram no percurso. Comentava‑se na época que era bem provável a
participação de agentes secretos estrangeiros nestes incidentes.
O sistema de tranca de culatra não demonstrou muita eficiência durante as provas. O recuo da arma
era desconfortável e começou a afetar algumas peças internas, causando quebras. Os técnicos
costumavam dizer que 500 disparos efetuados com a Savage equivaliam a 2.000 disparos com as
pistolas Colt, a única rival que ainda participava dos testes nesta altura. O veredicto final veio com
um terrível teste de durabilidade, de 6.000 disparos, efetuado em Março de 1911.
A Savage teve seu teste interrompido por volta de 1.000 disparos, devido à quebras de peças. A Colt,
com o seu inventor John Browning, então com 56 anos e presente no ato, disparou os 6.000 cartuchos
sem nenhum incidente de grande importância. Apesar disso, a Savage provou a si mesma que seu
projeto era viável, mas decidiu dedicar‑se a fabricar modelos similares ao .45 em calibres menores,
como o 7,65mm Browning e o .380, vendidos satisfatoriamente no mercado norte‑americano. A
empresa está em franca atividade até hoje e mantém‑se no topo da lista dos mais importantes
fabricantes de armas no mundo.
6 – Colt Military Model 1905
Os exemplares enviados pela Colt, destinados aos testes iniciais de 1907 eram, na verdade, quase
idênticos ao modelo 1902, mas adaptados para o uso com o novo cartucho desenvolvido pela própria
Colt, e que também tinha sido aceito pelo governo. Em relação ao modelo 1902, o comprimento do
cano foi reduzido para 5″, pois havia um consenso geral entre o pessoal de testes que o cano de 6″
provocava demasiado peso na frente, deixando a arma desbalanceada e com tendência a disparar
tiros instintivamente para baixo.
O modelo da Colt de 1905, já em calibre .45 ACP, destinada para os testes do campo de provas de Aberdeen em
1906 e 1907.
Tendo em mente que a Colt pretendia vencer de qualquer maneira a competição dos U.S.
Trials, todos os esforços de John Browning e a equipe de engenheiros foram dedicados
exclusivamente à essa missão. Sendo assim, nos anos de 1907 até 1910 a fábrica apresentou ao pessoal
do Comission Board vários modelos, cada um com mais alguma inovação ou com correções de
defeitos detectados nos campos de prova. Com o tempo, as demais pistolas participantes do evento
foram sendo eliminadas uma a uma e a Colt já deslumbrava uma vitória garantida.
Pistola Colt modelo 1909 enviada para os testes: ainda usando o ferrolho com retém, cano com dois balancins
Pistola Colt modelo 1909 enviada para os testes: ainda usando o ferrolho com retém, cano com dois balancins
mas com já com a trava de empunhadura, uma exigência do pessoal da Comissão.
O fato da fábrica da Colt não se situar muito longe dos campos de prova e levando‑se em conta que
não havia, na época, nenhum grande contrato de fornecimento a ser cumprido e a produção estava
relativamente ociosa, a Colt tinha plenas condições de atender rapidamente as necessidades dos
testes, o que não era o caso das demais concorrentes, principalmente as armas fabricadas no exterior.
Sendo assim, a Colt apresenta em 1910 a sua versão quase definitiva, chamada por alguns autores
como modelo 1910 mas que na verdade, já era o que viria a ser a definitiva 1911, com as seguintes e
principais mudanças: ferrolho redesenhado, agora com a parte frontal inteiriça, abrigando o retém
da mola recuperadora e eliminado a chaveta deslizante que servia de retém do ferrolho; mudança na
inclinação da empunhadura, possibilitando uma “caída” mais natural na mão do atirador, bem como
alargamento da sua base, melhorando a ergonomia geral; adição de duas travas externas de
segurança; além de se manter o percussor inercial; dispositivo de retenção do ferrolho “hold‑open”
redesenhado, possibilitando ser desarmado usando o dedo polegar, posicionado bem acima do
gatilho; retém do carregador, antes uma tecla na base da empunhadura que forçava o uso das duas
mãos para se retirar um carregador, agora dispunha de um botão convenientemente colocado logo
atrás do gatilho, podendo ser pressionado pelo polegar da mão direita; gatilho alongado, para
aumentar a distância entre a tecla e a parte posterior da empunhadura e eliminação de um dos dois
balancins do cano, utilizando‑se agora só um, traseiro, cuja articulação aproveita o mesmo pino
usado para a articulação da tecla do “hold‑open”, que atravessa o corpo da arma de um lado a outro.
Acima, o modelo 1909 e abaixo o 1911, na forma como foram apresentados e testados no campo de provas de
Springfield, e onde se pode avaliar com mais detalhes as diferenças implementadas. Com excessão de algumas
peças internas quase iguais, pode‑se dizer que se trata de uma nova arma.
O cartucho que era originalmente usado até agora também sofreu modificações; o peso do projétil
O cartucho que era originalmente usado até agora também sofreu modificações; o peso do projétil
passou de 200 para 230 grains com diferença também no tipo e peso da pólvora. Com esses detalhes,
a potência do cartucho foi aumentada consideravelmente, o que também deve ter influído na decisão,
acertada, de se redesenhar o ferrolho.
Como já dissemos acima, os testes se prolongaram até março de 1911, quando finalmente a Comissão
decidiu que a última série de testes seria executado com somente duas armas: a Colt e a Savage. Esta
última sofreu nos derradeiros testes com a quebra de algumas peças enquanto a Colt suportou cerca
de 6.000 tiros sem ocorrer nenhum problema, evento esse que foi assistido em pessoa por John M.
Browning.
No nosso artigo “A Colt 1911 – História e Desenvolvimento”, neste site, o leitor encontrará os
detalhes mais específicos que envolveram a dotação desta pistola pelas Forças Armadas dos Estados
Unidos.
DEPOIS DOS TESTES
Com o término dos testes em Springfield e a adoção oficial da pistola Colt modelo 1911 pelo Governo,
foi posto um fim nas intenções do Depto. de Ordenança de desenvolver uma arma por sua própria
conta, o que ocorreu entre 1907 e 1909 com a pistola Pearce‑Hawkins, projeto nascido no arsenal de
Springfield. Com a finalização dos testes, esse projeto foi devidamenet arquivado, visto que a arma
não possuía as qualidades que foram detectadas nem na Colt e nem na Savage, as últimas
contendoras.
Outra pistola desenvolvida em Springfield foi a Phillips, com o sistema de trancamento do ferrolho
acionado à gas. Após alguns protótipos construídos e testados, chegaram também à conclusão que
era insano prosseguir com esse projeto.
A SCHOUBOE
Mesmo assim, em 1912, outra pistola foi submetida aos testes do Exército, que embora sem chances
de ser utilizada, tinha algumas particularidades interessantes. Desde 1904 pequenas quantidades da
pistola dinamarquesa Schouboe haviam sido produzidas com o calibre 11.35mm. Essas armas eram
feitas pela Dansk Rekylriffel Syndikat (DRS) de Copenhagen. Seu projetista era Jens Schouboe,
engenheiro‑chefe da DRS. Iniciaram a produção com uma arma em 7,65mm, em 1903, e depois
partiram para o projeto do calibre maior. O problema era que, com o novo calibre, o sistema “blow‑
back”, ou seja, ferrolho sem trava de culatra, era fraco demais para suportar a pressão do cartucho.
Com a intenção de testar a arma nos Estados Unidos da forma como estava, a saída foi utilizar um
cartucho especial, com um projétil usando uma camisa de liga cobre‑níquel mas com núcleo de
madeira. A base do projétil era então protegida com uma fina folha de alumínio. O peso do projétil
era de só 63 grains contra os 230 grains do projétil usado na Colt. Com isso, a velocidade atingia 1.600
pés por segundo e o recuo era bem reduzido em virtude do baixo peso do projétil.
A dinamarquesa Schouboe em calibre 11.35 mm
Embora a arma tenha se comportado bem nos testes, o interesse dos técnicos residiu somente na alta
velocidade do projétil, a ponto de produzirem alguns com núcleo de madeira que foram testados nas
Colt 1911. Comprovou‑se aí uma medíocre precisão nos disparos e o projeto foi rapidamente
abandonado. A pistola Schouboe nunca foi popular, nem mesmo na Dinamarca. Quando Jens
Schouboe se retirou da DRS em 1917, o projeto da pistola foi encerrado definitivamente. Não há,
provavelmente, mais de 500 ou 600 pistolas desse tipo em calibre 11.35mm existentes.
A REMINGTON PEDERSEN
Com a I Grande Guerra atormentando a Europa, cresceu o interesse de desenvolver novas armas por
diversos fabricantes. Nos USA, em 1917, a tradicional Remington Arms Company decidiu apresentar
ao Governo uma pistola em calibre .45 projetada por John D. Pedersen, de Wyoming. Inicialmente foi
introduzida na Marinha, onde foi bem recebida e elogiada, gerando um início de negociações e a
assinatura de um contrato. Entretanto, nesta mesma época, os Estados Unidos entraram na guerra.
Com a real necessidade de produção em massa de armamento, ao invés de produzir a pistola
Pedersen, a Remington ganhou um contrato do Governo para produzir a Colt 1911 e assim, se tornou
uma das tres fornecedoras dessa arma para o Governo Americano, juntamente com a própria Colt e o
Arsenal de Springfield. Foram produzidas 21.676 pistolas 1911 na fábrica da Remington até o final do
contrato.
A Remington Pedersen em calibre .45 testada pela Marinha dos Estados Unidos em 1917
A Remington Pedersen, mesmo com o término da guerra em 1918, nunca mais foi produzida. Invés
disso, uma versão civil da pistola, em calibre .32 Auto e 380 ACP foi lançada comercialmente, com
razoável aceitação no mercado. Apesar de serem concorrentes, a Remington nunca mais “enfrentou”
a rival Colt no campo das pistolas de calibres mais altos.
A GRANTHAMMOND
No verão de 1917 surge uma nova arma no cenário americano: a pistola Grant‑Hammond, fabricada
em Hartford, Connecticut. O projeto procurou cuidadosamente, e de diversas formas, não se parecer
em nada com a vencedora dos testes de 1911, a Colt cal. 45. A idéia era apresentar um projeto
totalmente novo e com características bem distintas e diferenciadas.
A pistola Grant‑Hammond em calibre .45
A Grant Hammond utilizava um cano totalmente exposto, um ferrolho embutido na armação e com
formato cilíndrico. De modo geral, a arma se assemelhava à White‑Merrill, testada nos campos de
prova em 1907 e reprovada. O que mais chamava a atenção nesta arma era o sistema de ejeção
automática do carregador, algo que soa um pouco novelístico. Após o último disparo, um intrincado
mecanismo liberava o carregador sem a intervenção do atirador, e o mesmo era expulso da armação,
obviamente caindo ao chão. Depois de vários testes efetuados pela Comissão de Springfield, a arma
foi considerada não apta para serviço.
Depois de 1930, a Hammond se associou à High‑Standard, ainda hoje uma conceituada e tradicional
fabricante de pistolas para uso esportivo.
RESUMO
Pode‑se tirar várias lições dos testes de 1907 a 1911 em Springfield, mesmo das armas que foram
reprovadas. Muitas soluções de grande interesse e utilidade foram apresentadas e isso só serviu para
aperfeiçoar o desenvolvimento das pistolas semi‑automáticas em todo o mundo.
Das pistolas Parabellum (Luger) aproveitou‑se o excelente sistema de ejeção do carregador através de
um botão na altura do polegar do atirador, bem como a eficiente e segura trava de empunhadura. O
sistema de armar com uma só mão empregada na White‑Merril chegou a ser copiado na Europa,
como se nota recentemente nas pistolas Heckler & Koch modelo P9S e no modelo P7. Culatras que
são operadas através da tomada direta dos gases são hoje utilizados nas Desert‑Eagle e Wildey. O
sistema de carregador bifilar utilizado pela Savage é hoje um padrão na indústria. O sistema de
dupla‑ação, pioneiro nas pistolas de Knoble, foi usado tres décadas depois pela Walther PP e Mauser
HSc na Alemanha, e é hoje empregado com algumas modificações na maioria das pistolas
produzidas.
A Colt 1911, por sua vez, vive até hoje seus momentos de glória, avaliada como uma das melhores
A Colt 1911, por sua vez, vive até hoje seus momentos de glória, avaliada como uma das melhores
pistolas semi‑automáticas já produzidas, com seu sistema de cano basculante exaustivamente
copiado e adaptado pela grande maioria das armas da atualidade, um exemplo ímpar no mundo, no
campo de desenvolvimento e da fabricação de armas curtas.
Wriኮen by Carlos F P Neto
27/04/2011 às 16:50
25 Respostas
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Carlos estava dando um leve grimp, e como o cano original esta bem usado creio que não faz
diferença a ponto de travar, mas com o cano novo o grimp por mais leve que seja deve estar
dando problema, vou usar um die mais antigo porém em condições , porque ele não permite a
grimpagem, mas tão somente encosta o cartucho no progetil e trava o mesmo não permitindo que
fique solto, vou tentando mesmo porque acredito que não seja problema no cano, vou
aprendendo cada dia mais um pouco. abraço.
Gil Cesar Dompieri
02/12/2014 at 11:34
Gil, ao que tudo indica eu creio que o problema está mesmo na recarga. Verifique bem esse
detalhe. Você está crimpando os cartuchos?
Carlos F P Neto
01/12/2014 at 11:30
Carlos, fumeguei o cano no trancamento e na biela, aparentemente esta tudo correto, só que notei
que no cano original que esta aproximadamente com 30.000 tiros a munição recarregada entra
com um pouco de folga e no cano standard é muito justa, porém observado a munição recarregda
no dies da Lee, pude perceber que no grimp ele faz um pequeno estufamento na junção do
cartucho com o projetil, e usando um outro jogo de dies não existe grimp mas tão somente
encosto do cartucho no projetil, parece que o problema esta não no cano mas na recarga com o
dies Lee que esta um pouco gasto, Vou tentar novamente pra ver se a solução do problema e com
o dito die. abraços
Gil Cesar Dompieri
01/12/2014 at 11:26
Gil, pode ser só no trancamento e embaixo, perto da biela. Talvez vc consiga ver se os lugs de
trancamento estão se ajustando corretamente.
Carlos F P Neto
21/11/2014 at 11:45
Bom dia Carlos, vc fala em fumegar o cano mas somente na parte do trancamento? ou no cano
Bom dia Carlos, vc fala em fumegar o cano mas somente na parte do trancamento? ou no cano
todo?
Abraço. Gil
Gil Cesar Dompieri
21/11/2014 at 11:29
Gil, uma dica não muito “limpa” mas que funciona para se verificar interferências é fumegar o
cano com chama de vela de parafina, pretejando‑o por fora e depois verificando aonde pode
alguma coisa estar pegando…
Carlos F P Neto
19/11/2014 at 15:50
Sim empurrando o ferrolho sinto como se fosse um degrau e depois ele fecha, vou tentar usar
uma mola mais forte para ver de da resultado, o interessante é que quando uso o cano original
não tem problema algum, usei um pouco de graxa nos ressaltos do ferrolho para ver se no cano
aparecia algum ponto em que não encostasse, mas deu pra ver que encaixa perfeitamente, vou
tentar a mola, grato.
Gil Cesar Dompieri
19/11/2014 at 14:23
Bom dia Carlos, sim quando o ferrolho não fecha, coisa de 3 ou 4 milimetros dando um pequeno
tranco no mesmo é fechado, não parece ser do cartucho, vou tentar colocar uma mola
recuperadora mais forte e tentar ver o funcionamento, se não der certo vou verificar o encaixe do
ferrolho com o cano, na biela e no encosto do cano na base do ferrolho esta normal. Grato.
Gil Cesar Dompieri
19/11/2014 at 7:28
Gil, quando ocorreu o não trancamento completo, e que me parece o suficiente para nem liberar o
desconector do gatilho (o que é bom pois poderia disparar com o ferrolho destrancado), você
tentou empurrar o ferrolho com a mão e sentir se a resistência vem do cartucho? Consegue
experimentar uma mola recuperadora mais forte? Pode estar havendo interferência nesse ajuste,
entre cano e ferrolho.
Carlos F P Neto
18/11/2014 at 15:25
Sim, o cano acopla perfeitamente no ferrolho trancando cano.
gil cesar dompieri
18/11/2014 at 15:00
Gil, o trancamento entre cano e ferrolho funciona perfeitamente quando a arma está
desmuniciada?
Carlos F P Neto
18/11/2014 at 13:28
18/11/2014 at 13:28
Bom dia Carlos, vou socorrer‑me novamente, tenho uma colt 45 combat commander com cano de
4 1/4, e adquiri um cano americano de 5 1/2, levei a um armeiro de rio preto, mas estamos
apanhando para tentar fazer funcionar adequadamente, o armeiro fez ajustes junto a biela e no
encaixe do frame com mesmo, manualmente funciona beleza com qualquer tipo de munição,
porém no tiro real o ferrolho não fecha por completo ficando uma pequena abertura o que impede
de atirar, recarreguei com pontas ogival, semi canto vivo e cone truncado, no cano original não
tem problema algum, porém no cano ajustado as vezes funciona, mas na maioria das vezes não,
com munição original também funciona precariamente, portanto não é a recarga, medimos a
profundidade da câmara e esta dentro do preconizado pelo SAAMI ( acho que é assim), medimos
com o cano original e esta idêntico, você tem alguma ideia do que pode estar acontecendo? Grato,
abraços Gil
Gil Cesar Dompieri
18/11/2014 at 11:27
Sérgio, parabéns pela aquisição, realmente ótima escolha!
Carlos F P Neto
07/10/2014 at 19:51
Este mês compro a minha Taurus modelo 1911 cal .45, vai ser a arma de minha aposentadoria na
PCPE, tive um anos atrás e depois que fiz uso deste cal e modelo, não vejo outra na minha frente
Sergio Olimpio de Souza Barros
07/10/2014 at 17:06
Obrigado, caro Jozinaldo.
Carlos F P Neto
25/01/2014 at 22:14
Recentemente descobri o site e adorei. Não possuo armas, mas, fico maravilhado com as
informações sobre elas e leio atentamente todos os artigos. Já me inclui no Rol dos Seguidores do
site. Parabéns e que o Grande arquiteto do Universo o ilumine sempre.
JOZINALDO VITURINO DE FREITAS
21/01/2014 at 8:50
Marco, saudações. Esta é realmente uma “via crucis”, mas que tendo‑se paciência, têm‑se o
resultado. A primeira coisa a se fazer é conversar com o pessoal do SFPC de sua região. A fim de
você tomar um pouco mais de conhecimento sobre os trâmites, dê uma lida nisso aqui:
hኮp://www.dfpc.eb.mil.br/index.php/comercio‑exterior.
Veja bem, o caminho é longo; muita gente lança mão de despachantes porque a importação de
armas tem que passar obrigatoriamente pelo DFPC, em Brasília, o que talvez exija que você vá lá
pessoalmente, caso não nomeie um procurador. Há despachantes em Brasília que fazem o
trabalho que é necessário lá, e depois encaminham à você ou a seu despachante local. Entre em
contato de novo, para que possamos trocar outras idéias.
Carlos F P Neto
Carlos F P Neto
23/09/2013 at 16:14
Bom dia , Carlos.
Gostaria de informações sobre a importação de armas de fogo, de maneira legal, pois sou
apaixonado pelo modelo SAKO TRG 22 RH cal .308 win.
Achei esta arma a venda num site de Portugal, e gostaria de adquiri‑la com toda a segurança e
dentro da lei.
Como devo proceder?
Abraço e aguardo informações.
marco antonio ribeiro
23/09/2013 at 9:47
Parabéns, estou aprendendo muito com seus artigos.
Joaquim do Prado
12/05/2013 at 18:32
Everaldo, qual a vantagem e desvantagem em relação ao que? Lembre‑se que a 1911 da Taurus só
está disponível para venda diretamente da fábrica, só para CACs.
Carlos F P Neto
18/03/2013 at 11:13
Olá, estou interessado em comprar uma Taurus 1911, é boa também?
Qual a vantagem e desvantagem?
everaldo
18/03/2013 at 9:45
Pois é, caro Adhemar, não é à tôa que ela ficou 70 anos em serviço !!!
Carlos F P Neto
09/01/2013 at 8:28
6.000 tiros sem falhas! Qual arma hoje conseguiria realizar este teste? Acho difícil…
Adhemar Moreira
08/01/2013 at 21:37
Pablo, o revólver Webley‑Fosbery foi um dos raros exemplares dessa espécie, desenvolvidos até
hoje e mesmo assim, não gozou de boa reputação. Não existe nenhuma razão técnica que
justifique um revólver semi‑automático. Provavelmente nunca mais existirá outro.
Carlos F P Neto
18/10/2012 at 13:47
gostaria de saber se existem outros modelos de revolveres semiautomaticos???
gostaria de saber se existem outros modelos de revolveres semiautomaticos???
Pablo Plínio M. De Aguiar
18/10/2012 at 0:59