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Questão 1
Algumas células do corpo humano são circundadas por paredes revestidas externamente por uma película com
carga positiva e, internamente, por outra película semelhante, mas com carga negativa de mesmo módulo.
Considere sejam conhecidas: densidades superficial de ambas as cargas σ = ± 0,50 × 10–6 C/m2;
ε0 ≅ 9,0 × 10–12 C2/Nm2; parede com volume de 4,0 × 10–16 m3 e constante dielétrica k = 5,0. Assinale, então, a
estimativa da energia total acumulada no campo elétrico dessa parede.
A) 0,7 eV
B) 1,7 eV
C) 7,0 eV
D) 17 eV
E) 70 eV
Resolução
Aproximando-se a situação apresentada à de um capacitor de placas planas e paralelas, a energia acumulada
Q ⋅U
é dada por W = , sendo:
2
Q= σ ⋅ A, A é a área da placa
σ V
U = E ⋅ d, com E = ed= , V é o volume da película. Então:
k ⋅ ε0 A
σ⋅A σ V σ2 ⋅ V
W= ⋅ ⋅ ∴ W=
2 kε0 A 2 ⋅ k ⋅ ε0
( 0,5 ⋅ 10 –6 )2 ⋅ 4 ⋅ 10 –16 1
W= = ⋅ 10 –17 J
2 ⋅ 5 ⋅ 9 ⋅ 10 –12 9
Questão 2
Uma haste metálica de comprimento 20,0 cm está situada num plano xy, formando um ângulo de 30° com
relação ao eixo Ox. A haste movimenta-se
→
com velocidade de 5,0m/s na direção do eixo Ox e encontra-se imersa
num campo magnético uniforme B , cujas componentes, em relação a Ox e Oz (em que z é perpendicular a xy)
são, respectivamente, Bx = 2,2 T e Bz = – 0,50 T. Assinale o módulo da força eletromotriz induzida na haste.
A) 0,25 V
B) 0,43 V
C) 0,50 V
D) 1,10 V
E) 1,15 V
→ →
v = 5 m/s v = 5i → →
→
B = 2,2i – 0,5k
→ cm
j 20
30º
→
k → x
i
V2 d = l ⋅ sen30º
cm 1
20 d d = 0,2 ⋅
2
30º
V1 d = 0,1m
Questão 3
À borda de um precipício de um certo planeta, no qual se pode desprezar a resistência do ar, um astronauta
mede o tempo t1 que uma pedra leva para atingir o solo, após deixada cair de uma de altura H. A seguir, ele
mede o tempo t2 que uma pedra também leva para atingir o solo, após ser lançada para cima até uma altura h,
como mostra a figura.
Assinale a expressão que dá a altura H.
t12 t 22 h h
A) H =
2( t 22 – t12 ) 2
t1 t 2 h
B) H = H
4( t 22 – t12 )
2 t12 t 22 h
C) H =
( t 22 – t12 ) 2
4 t1 t 2 h
D) H =
( t 22 – t12 )
4 t12 t 22 h
E) H =
( t 22 – t12 ) 2
v0 = 2gh (3)
Da expressão (1), tem-se:
2H
g= (4)
t12
Substituindo-se (3) e (4) em (2), obtemos:
4 t12 t 22 h
H=
( t 22 – t12 )2
Resposta: E
▼
Questão 4
Uma gota do ácido CH3(CH2)16COOH se espalha sobre a superfície da água até formar uma camada de moléculas
cuja espessura se reduz à disposição ilustrada na figura.
ácido
hidrogênio
carbono
oxigênio
água
Uma das terminações deste ácido é polar, visto que se trata de uma ligação O—H, da mesma natureza que as
ligações (polares) O—H da água. Essa circunstância explica a atração entre as moléculas de ácido e da água.
Considerando o volume 1,56 × 10–10 m3 da gota do ácido, e seu filme com área de 6,25 × 10–2 m2, assinale a alter-
nativa que estima o comprimento da molécula do ácido.
A) 0,25 × 10–9 m D) 4,00 × 10–9 m
B) 0,40 × 10–9 m E) 25,0 × 10–9 m
C) 2,50 × 10–9 m
Resolução
A ilustração da figura sugere que a espessura do filme de ácido coincide com o comprimento da molécula do ácido.
O filme terá a forma de um paralelepípedo de base A = 6,25 ⋅ 10 –2 m2, volume V = 1,56 ⋅ 10 –10 m3 e altura d.
Então:
1,56 ⋅ 10 –10
V = A ⋅ d → d= ∴ d = 2,5 ⋅ 10 – 9 m
6, 26 ⋅ 10 –2
Resposta: C
B
R
→
v
A
Resolução C
B
R
→
v
A
• Se o campo magnético for paralelo ao plano do anel, não haverá fluxo magnético no circuito ABC e, por-
tanto, também não haverá corrente induzida nesse circuito.
Conseqüentemente, o fio AC não estará submetido à força magnética e seguirá em MRU.
• Se o campo magnético for perpendicular ao plano do anel e o anel e o fio forem condutores, o fluxo mag-
nético variável no circuito ABC induzirá corrente no circuito ABC.
Conseqüentemente, o fio AC estará sujeito a uma força magnética no sentido de frear o avanço do fio.
Resposta: D
▼
Questão 6
Uma estação espacial em forma de um toróide, de raio interno R1, e externo R2, gira,
com período P, em torno do seu eixo central, numa região de gravidade nula. O R1
astronauta sente que seu “peso” aumenta de 20%, quando corre com velocidade
→
constante v no interior desta estação, ao longo de sua maior circunferência, con-
forme mostra a figura. Assinale a expressão que indica o módulo dessa velocidade.
2π R 5 2π R R2
6
A) v = – 1
P
2
D) v = + 1 2
5 6 P
5 2π R2 6 2π R
B) v = 1 – E) v = – 1 2
6 P 5 P
2π R
5
C) v = + 1 2
6 P
2πR2
v0 =
P
Ao correr com velocidade escalar constante v em relação ao “chão” da estação, passará a receber uma compressão:
(v0 + v)2
N’ = m ⋅ = 120% N = 6 N (II)
R2 5
v0 + v
6 v20 m( v0 + v)2 6
m = → v0 = v0 + v
5 R2 R2 5
De onde concluímos que:
6 6
v= v0 – v0 = – 1 v0
5 5
6 2πR2
ou v = – 1
5 P
Resposta: A
▼
Questão 7
Um bloco de gelo com 725 g de massa é colocado num calorímetro contendo 2,50 kg de água a uma tem-
peratura de 5,0°C, verificando-se um aumento de 64 g na massa desse bloco, uma vez alcançado o equilíbrio
térmico. Considere o calor específico da água (c = 1,0 cal/g°C) o dobro do calor específico do gelo, e o calor la-
tente de fusão do gelo de 80 cal/g. Desconsiderando a capacidade térmica do calorímetro e a troca de calor com
o exterior, assinale a temperatura inicial do gelo.
A) – 191,4°C D) –24,3°C
B) – 48,6°C E) – 14,1°C
C) – 34,5°C
Resolução
Dados:
1442443
1442443
mg = 725 g mA = 2500 g
cg = 0,5 cal/g°C cA = 1 cal/g°C
gelo θ0 = t Lsolidificação = – 80 cal/g
água
θ = 0°C θ0 = 5°C
θ = 0°C
Questão 8
Numa aula de laboratório, o professor enfatiza a necessidade de levar em conta a resistência interna de amperíme-
tros e voltímetros na determinação da resistência R de um resistor. A fim de medir a voltagem e a corrente que
passa por um dos resistores, são montados os 3 circuitos da figura, utilizando resistores iguais, de mesma resistência
R. Sabe-se de antemão que a resistência interna do amperímetro é 0,01R, ao passo que a resistência interna do
voltímetro é 100R.
R R R
+ + + A
– ε R
– ε R V – ε V
R
A
(1) (2) (3)
Resolução
No esquema (2), o amperímetro mede a soma das correntes do resistor e do voltímetro, e o voltímetro mede a
ddp do resistor.
UR U
∴ R2 = R =R (1)
iR + iV iR
No esquema (3), o voltímetro mede a soma das ddps do resistor e do amperímetro, e o amperímetro mede a
corrente do resistor.
UR + UA U
∴ R3 = R =R (2)
iR iR
Resposta: C
Anteparo
Anteparo CD
Rede de difração
33mm
300 linhas/mm
100 mm
θ1 θ2
LASER
LASER
500 mm
74 mm
(1) (2)
1. O arranjo da figura (1), usando uma rede de difração de 300 linhas por mm, um LASER e um anteparo. Neste
arranjo, mediu-se a distância do máximo de ordem 0 ao máximo de ordem 1 da figura de interferência for-
mada no anteparo.
2. O arranjo da figura (2), usando o mesmo LASER, o CD e um anteparo com um orifício para passagem do
feixe de luz. Neste arranjo, mediu-se também a distância do máximo de ordem 0 ao máximo de ordem 1 da
figura de interferência. Considerando nas duas situações θ1 e θ2 ângulos pequenos, a distância entre duas
trilhas adjacentes do CD é de
A) 2,7 × 10 – 7 m
B) 3,0 × 10 – 7 m
C) 7,4 × 10 – 6m
D) 1,5 × 10 – 6 m
E) 3,7 × 10 – 5 m
Resolução
rede de
difração
MÁX
d θ
MÁX
anteparo
O fenômeno da interferência de ondas luminosas, quando elas atravessam uma rede de difração, pode ser
equacionada da seguinte maneira:
d ⋅ sen θ = m ⋅ λ (m = 0, 1, 2, ...) (I)
(condição para interferência construtiva, ou seja, um máximo de interferência).
Na equação, d é a distância entre duas fendas consecutivas da rede de difração que, nesse caso, vale:
1
d= mm.
300
Questão 10
Einstein propôs que a energia da luz é transportada por pacotes de energia hf, em que h é a constante de
Plank e f é a freqüência da luz, num referencial na qual a fonte está em repouso. Explicou, assim, a existência
de uma freqüência mínima fo para arrancar elétrons de um material, no chamado efeito fotoelétrico. Suponha
que a fonte emissora de luz está em movimento em relação ao material. Assinale a alternativa correta.
A) Se f = fo , é possível que haja emissão de elétrons desde que a fonte esteja se afastando do material.
B) Se f fo , é possível que elétrons sejam emitidos, desde que a fonte esteja se afastando do material.
C) Se f fo , não há emissão de elétrons qualquer que seja a velocidade da fonte.
D) Se f fo , é sempre possível que elétrons sejam emitidos pelo material, desde que a fonte esteja se afastan-
do do material.
E) Se f fo , é possível que elétrons sejam emitidos, desde que a fonte esteja se aproximando do material.
Resolução
Sendo faparente a freqüência da fonte de luz no referencial do material, tem-se, de acordo com o efeito Doppler
relativístico, que:
• para a fonte de luz se aproximando do material, faparente f.
• para a fonte de luz se afastando do material, faparente f.
Portanto, lembrando-se que fo é a freqüência mínima para arrancar elétrons de um material:
I) Se f fo e a fonte se afasta do material, faparente f. Portanto é impossível que haja emissão de elétrons.
II) Se f fo e a fonte se aproxima do material, faparente f. Portanto é possível que haja emissão de elétrons,
desde que faparente fo.
III) Se f = fo e a fonte se aproxima do material, faparente f. Portanto haverá emissão de elétrons.
IV) Se f fo e a fonte se afasta do material, faparente f. Portanto é possível que haja emissão de elétrons,
desde que faparente fo.
V) Se f fo e a fonte se aproxima do material, faparente f. Portanto haverá emissão de elétrons.
VI) Se f = fo e a fonte se afasta do material, faparente f. Portanto é impossível que haja emissão de elétrons.
Assim, a única alternativa correta é a E, de acordo com (II).
Resposta: E
A) A 2 f1 + f2 (f1 – f2)/2
B) 2A (f1 + f2)/2 (f1 – f2)/2
C) 2A (f1 + f2)/2 f1 – f2
D) A 2 f1 + f2 f1 – f2
E) A (f1 + f2)/2 f 1 – f2
Resolução
Sendo as equações das ondas:
y1(t) = Acos(2π f1t) e y2(t) = Acos(2π f2t)
A superposição das ondas resulta em:
y(t) = y1(t) + y2(t), substituindo y1(t) e y2(t):
y(t) = A [cos(2π f1t) + cos(2π f2t)]
Fazendo as transformações necessárias:
f –f f +f
y(t) = 2 ⋅ A ⋅ cos 2π 1 2 t ⋅ cos 2π 1 2 t
2 2
Quando duas ondas de frequências ligeiramente diferentes entre si se superpõem, temos como resultado o
fenômeno do batimento: uma onda cuja amplitude varia periodicamente com o tempo.
A onda y(t) pode ser representada pelo gráfico abaixo:
TResultante
y(t)
TBatimento
TAmplitude
O período resultante é o intervalo de tempo entre duas cristas da onda resultante. A freqüência resultante
f1 + f2
associada é: fresultante =
2
O período de batimento é o intervalo de tempo entre dois instantes em que a amplitude é zero. Como a
f1 – f2
variação da amplitude se dá com a freqüência , e a cada período da variação da amplitude corres-
2
pondem 2 períodos do batimento: fbatimento = f1 – f2.
O produto dos cossenos varia entre – 1 e 1. Logo, a amplitude da onda resultante varia entre – 2A e 2A.
Portanto, a amplitude da onda resultante vale 2A.
Resposta: C
Resolução
• Cálculo da resistência interna da pilha:
E 1,5 3
icc = ∴ r= ⇒ r= Ω
r 20 40
• Cálculo da resistência da lâmpada, suposta constante:
U2 1 1
R= = ⇒ R= Ω
P 3 3
• Cálculo da resistência de cada fio da linha:
l 2
RL = ρ = 1, 7 ⋅ 10 – 8 ⋅ ≈ 1, 92 ⋅ 10 – 2 Ω
A –3 2
π ⋅ (1,5 ⋅ 10 )
4
E 1,5
i= = ∴ i ≈ 3, 36 A
r + R + 2RL 0, 446
• Logo, a potência na lâmpada é:
1
P = R ⋅ i2 = ⋅ (3, 36)2
3
P ≈ 3,7 W
Resposta: A
▼
Questão 13
A figura mostra uma placa de vidro com índice de refração nv = 2 mergulhada no ar, cujo índice de refração
é igual a 1,0.
Ar
60º Vidro
θe
Para que um feixe de luz monocromática se propague pelo interior do vidro através de sucessivas reflexões
totais, o seno do ângulo de entrada, sen θe deverá ser menor ou igual a
A) 0,18
B) 0,37
C) 0,50
D) 0,71
E) 0,87
1 2
Assim: sen r' = = ∴ r' = 45°
2 2
3 2 2 1
sen θe = 2 ⋅ ⋅ – ⋅
2 2 2 2
Fazendo-se as operações:
sen θe ≈ 0,37
Mas, para que ocorra a reflexão total em C, deve-se impor que
r’ L ⇒ r’ 45°
Como r + r’ = 60°, o aumento no valor de r’ impõe uma diminuição no valor de r.
Por outro lado, como uma conseqüência da lei de Snell, uma diminuição no valor de r só é possível com uma
diminuição no valor de θe.
Assim, conclui-se que, para a ocorrência da reflexão total, deve-se impor que:
sen θe 0,37
Resposta: B
▼
Questão 14
Um solenóide com núcleo de ar tem uma auto-indutância L. Outro solenóide, também com núcleo de ar, tem
a metade do número de espiras do primeiro solenóide, 0,15 do seu comprimento e 1,5 de sua seção trans-
versal. A auto-indutância do segundo solenóide é
A) 0,2 L D) 5,0 L
B) 0,5 L E) 20,0 L
C) 2,5 L
N2
L = µ0 ⋅A
l
Logo, para o segundo solenóide:
N2
N2
L’ = µ 0 4 ⋅ 1,5 A = 2,5 µ 0 A
0,15 l l
∴ L’ = 2,5 L
Resposta: C
▼
Questão 15
Um mol de um gás ideal ocupa um volume inicial V0 à temperatura T0 e pressão P0 , sofrendo a seguir uma
expansão reversível para um volume V1. Indique a relação entre o trabalho que é realizado por:
(i) W(i) , num processo em que a pressão é constante.
(ii) W(ii) , num processo em que a temperatura é constante.
(iii) W(iii) , num processo adiabático.
P
(i)
P0
(ii)
(iii)
V0 V1 V
P
(i)
P0
(ii)
(iii)
V0 V1 V
P
(i)
P0
(ii)
(iii)
V0 V1 V
P
(i)
P0
(ii)
(iii)
V0 V1 V
P
(i)
P0
(ii)
(iii)
V0 V1 V
Resolução
Nas 3 transformações, o trabalho que as forças exercidas pelo gás realizam contra as paredes do recipiente,
durante a expansão, pode ser calculado pela área sob o gráfico P × V:
P P P
(i)
P0 P0 P0
(ii)
Wi (iii)
Wii
Wiii
V V V
Observação: A relação Wiii Wii Wi é verdadeira para o gráfico da opção C, pois trata-se de trabalhos
negativos. Apesar disso, não deve ser levada em consideração, pois o gráfico representa uma compressão, e
não uma expansão.
Resposta: D
2 cm
anel
10 cm
Considerando que a mola não se deforma quando o anel se encontra na posição P e que a velocidade do anel
seja a mesma nas posições P e Q, a constante elástica da mola deve ser de
A) 3,0 × 103 N/m
B) 4,5 × 103 N/m
C) 7,5 × 103 N/m
D) 1,2 × 104N/m
E) 3,0 × 104 N/m
Resolução
As forças que agem no anel entre os pontos P e Q são Peso, Normal e Felástica.
Como o τN = 0, então ∑τF.N.Cons = 0 e, portanto, o sistema é conservativo.
P
14444244443
1442443 123
l0 = 8cm
123
2cm
h = 20 cm
l = 12cm
Q P. H . R .
εPmec = εQmec
123
vP = vQ
mvP2 mv2Q kx2
+ mgh = +
2 2 2
x = l – l0 = 4 cm = 0,04 m
k ⋅ 0, 04
2
30 ⋅ 0, 2 =
2
k = 7500 N/m
Resposta: C
▼
Questão 17
No modelo proposto por Einstein, a luz se comporta como se sua energia estivesse concentrada em pacotes
discretos, chamados de “quanta” de luz, e atualmente conhecidos por fótons. Estes possuem momento p e
energia E relacionados pela equação E = pc, em que c é a velocidade da luz no vácuo. Cada fóton carrega uma
energia E = hf, em que h é a constante de Planck e f é a freqüência da luz. Um evento raro, porém possível, é
a fusão de dois fótons, produzindo um par elétron-pósitron, sendo a massa do pósitron igual à massa do
elétron. A relação de Einstein associa a energia da partícula à massa do elétron ou pósitron, isto é, E = mec2.
Resolução
Como os fótons, antes da colisão, possuem momentos lineares de mesma intensidade e sentidos opostos, o mo-
mento linear do sistema antes da colisão é nulo. Dessa forma, após a colisão o momento linear do sistema tam-
bém é nulo, já que ele se conserva. A menor freqüência dos fótons corresponde à sua energia mínima. Já que
essa energia é mínima, ela deve ser suficiente para formar o par elétron-pósitron, com energia cinética nula.
Assim, temos:
εfótons = εassociada ao pósitron + εassociada ao elétron
2 ⋅ h ⋅ f = mp ⋅ c2 + me ⋅ c2
Como mp = me:
2 ⋅ h ⋅ f = me ⋅ c2 + me ⋅ c2
me ⋅ c 2
∴ f=
h
Resposta: B
▼
Questão 18
Uma espira retangular é colocada em um campo magnético com o plano da espira perpendicular à direção do
campo, conforme mostra a figura. Se a corrente elétrica flui no sentido mostrado, pode-se afirmar em relação
à resultante das forças, e ao torque total em relação ao centro da espira, que
i →
B
Resolução
A direção e o sentido de cada uma das forças magnéticas que agem na espira podem ser determinados pela regra
da mão direita número 2 e estão indicados na figura.
Dada a simetria da espira, é imediato concluir que:
F1 = F3 e F2 = F4
→
F1
→ O →
F2 F2
→
F3
Resposta: B
▼
Questão 19
Sejam o recipiente (1), contendo 1 mol de H2 (massa molecular M = 2) e o recipiente (2) contendo 1 mol de He
(massa atômica M = 4) ocupando o mesmo volume, ambos mantidos a mesma pressão. Assinale a alternativa
correta:
A) A temperatura do gás no recipiente 1 é menor que a temperatura do gás no recipiente 2.
B) A temperatura do gás no recipiente 1 é maior que a temperatura do gás no recipiente 2.
C) A energia cinética média por molécula do recipiente 1 é maior que a do recipiente 2.
D) O valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 1 é menor que o valor médio da velocidade das
moléculas no recipiente 2.
E) O valor médio da velocidade das moléculas no recipiente 1 é maior que o valor médio da velocidade das
moléculas no recipiente 2.
Resolução
A energia interna de um gás ideal pode ser calculada por:
Monoatômico Diatômico
3 3 5
U1 = PV U2 = PV + PV = PV
2 2 2
123 123
translação rotação da
da molécula molécula
U2 U
Como os dois gases possuem o mesmo volume, pressão e número de mols, concluímos que 1 e assina-
n n
lamos a alternativa C.
Entretanto, o valor médio quadrático da velocidade das moléculas está associado apenas ao seu movimento
de translação. Logo, para ambos os gases podemos afirmar que:
3 3 1
Utranslação = PV = n εc ⇒ PV = n m v 2
2 2 2
3PV
= m v 2
n
Como a massa molecular do H2 é menor, a velocidade quadrática média do H2 é maior que a do He. Podemos
assim, também, assinalar a alternativa E.
Resposta: C, E
s d
Y X
v0
h
Y
Com o choque, o objeto Y atinge o solo no ponto P. Chamando µk o coeficiente de atrito cinético entre o obje-
to X e o piso, g a aceleração da gravidade e desprezando a resistência do ar, assinale a expressão que dá a
distância d.
2
1 v 2 – s g
A) d =
2 µ k g 2 h
0
–1 2 s 2 g
B) d = v0 –
2 µ k g 2 h
– v0 g
C) d = v0 – s
2 µ k g 2 h
2
1 2v 2 – s g
D) d =
2 µ k g 2 h
0
– v0 g
E) d = v0 – s
µ k g 2 h
Resolução
A situação descrita no enunciado está representada nas figuras a seguir:
(I) (II)
v0 vY = 0 vX
X Y X
(III) (IV)
vY’ vX’
s
Y X
Y
P
Entre as situações (II) e (III) ocorre um choque, logo a quantidade de movimento do sistema se conserva:
m vX + mvY = m v’X + m v’Y
vX = v’X + v’Y (2)
Entre as situações (III) e (IV) ocorre um lançamento horizontal; o tempo de queda é dado por:
1 2 2h
g t queda = h ⇒ t queda =
2 g
Considerando o movimento na horizontal:
s = v’Y ⋅ tqueda
g
v‘ Y = s (3)
2h
Substituindo (3) em (2):
g
vX = v’X = s ⋅ ( 4)
2h
Finalmente, substituindo (4) em (1):
1 s2 ⋅ g g
⋅ v0 – – v‘ X
2 2
d= – 2 v‘ X ⋅ s ⋅
2µk g 2h 2h
A velocidade v’X do corpo X não pode ser obtida, pois nada foi dito sobre o tipo de choque. Dessa forma, a
questão não tem resposta.
Só é possível encontrar uma alternativa correta se supusermos que o choque é perfeitamente elástico. Nesse
caso, v’X é nulo e encontra-se a expressão dada na alternativa A:
1 s2 ⋅ g
d= ⋅ v20 –
2µk g 2h
Sem reposta
Questão 21
Considere uma pessoa de massa m que ao curvar-se permaneça com a coluna vertebral praticamente nivelada
2 1
em relação ao solo. Sejam m1 = m a massa do tronco e m2 = m a soma das massas da cabeça e dos braços.
5 5
Fd 2d/3 Fm d/3
β α
d/2 d/2
m1g m2g
Resolução
Na figura está representada a situação descrita no enunciado.
Fm
Pólo
A α
β 1 mg
5
Fd
2 mg
5
3
Fm sen α = mg (1)
5
2) (∑F)p/ cima = (∑F)p/ baixo
2 1
Fm ⋅ sen α = Fd ⋅ sen β + mg + mg
5 5
3
Fd sen β = Fm sen α – mg (2)
5
Como β = 0,
Fd = Fm ⋅ cos α (3)
Será feita a consideração de que o valor de Fm é conhecido e o valor de α não. Elevando as equações (1) e (3)
ao quadrado e somando-as:
3 2
F2m ⋅ sen2 α + F2m cos2 α = F2 + mg
d 5
Portanto
2
3 2
Fd = Fm – mg
5
ri
+ V farol
ε
– motor
Calcular a corrente que passa pelo motor de arranque quando os faróis estão acesos.
Resolução
A f.e.m. (E) da bateria pode ser determinada a partir do circuito com apenas os faróis acesos:
i = 10 A
r = 0,05Ω
U = 12 V Faróis RF = 1,2 Ω
+
E
–
E
i= ⇒ E = 10 ⋅ (1,2 + 0,05) ∴ E = 12,5 V
RF + r
I
r = 0,05Ω
12,5 – 9, 6
E – rI = RF ⋅ IF ⇒ I = ∴ I = 58 A
0, 05
sentido do
movimento
C
0,6 m
2,0 m 1,4 m
Resolução
Na figura estão indicadas as forças externas que agem no veículo.
Como não há rotação em torno do centro de massa, a soma dos momentos das forças em relação a esse ponto
é nula.
Logo,
A1 ⋅ 0,6 + N12 = N2 ⋅ 1,4 (1)
Mas
N1 + N2 = P (2)
e, na condição limite,
A1 = µN1 = 0,75 N1 (3).
Substituindo (2) e (3) em (1), obtemos:
1, 4
N1 = P ≈ 0, 36 P ( 4)
3, 85
sentido do
movimento N2
N1
C
0,6 m
A1 P
2,0 m 1,4 m
feixe λ λ feixe
incidente refletido
a
θ θ
a a
θ
a
(1) (2)
Resolução
De acordo com a lei de Bragg, temos:
2 ⋅ a ⋅ sen θ = m ⋅ λ
Do enunciado, a = 0,3 ⋅ 10– 9 m e λ = 1,5 ⋅ 10– 10 m.
Dessa forma:
2 ⋅ 0,3 ⋅ 10– 9 ⋅ sen θ = m ⋅ 1,5 ⋅ 10– 10
m
sen θ =
4
como sen θ 1:
m
1
4
m4
Portanto, a ordem máxima da difração observável será 4.
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Questão 25
A figura mostra um capacitor de placas paralelas de área A separadas pela distância d. Inicialmente o dielé-
trico entre as placas é o ar e a carga máxima suportada é Qi. Para que esse capacitor suporte uma carga má-
xima Qf foi introduzida uma placa de vidro de constante dielétrica k e espessura d/2. Sendo mantida a dife-
rença de potencial entre as placas, calcule a razão entre as cargas Qf e Qi.
A
d ar ar
vidro
Questão 26
Uma partícula de massa m carregada com carga q 0 encontra-se inicialmente em repouso imersa num campo
gravitacional e num campo magnético B0 com sentido negativo em relação ao eixo Oz, conforme indicado na
figura. Sabemos que a velocidade e a aceleração da partícula na direção Oy são funções harmônicas simples. Disso
resulta uma trajetória cicloidal num plano perpendicular à B0. Determine o deslocamento máximo (L) da partícula.
y
→
B0
O x
L
Resolução
y
→
g →
B0 PHR
x
O
L
B
v
O sistema é conservativo, pois τFmag = 0. Adotando como plano horizontal de referência o plano que passa pelo
→
eixo x, temos:
εBm = εm
O
→ εBc + εBp = εO
c + εp
O
mv2
+ mg (– L ) = 0 → v = 2 gL
2
Fmag
→
v
m v2
Então = qvB – mg
r
m ⋅ 2 gL
= q ⋅ 2 gL ⋅ B0 – mg
2L
2 mg = q ⋅ 2 gL ⋅ B0
2 4 m2g2 = q2 ⋅ 2 g L ⋅ B20 ∴
2m2g
L=
q2 B20
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Questão 27
Calcule a área útil das placas de energia solar de um sistema de aquecimento de água, para uma residência
com quatro moradores, visando manter um acréscimo médio de 30,0ºC em relação à temperatura ambiente.
Considere que cada pessoa gasta 30,0 litros de água quente por dia e que, na latitude geográfica da residên-
cia, a conversão média mensal de energia é de 60,0 kWh/mês por metro quadrado de superfície coletora.
Considere ainda que o reservatório de água quente com capacidade para 200 litros apresente uma perda de
energia de 0,30 kWh por mês para cada litro. É dado o calor específico da água c = 4,19 J/gºC.
Resolução
A partir do enunciado, podemos estabelecer as seguintes conclusões:
1) Consumo mensal de água para a família, em litros
dias
Vtotal = 30 ⋅ 30 L ⋅ 4 moradores = 3 600 L
mês dia mês
2) Cálculo da perda total de energia, ao mês, para o volume total de água.
14243
kWh
1L 0,30
mês
200 L ∆εperdida
∴ ∆εperdida = 60 kWh
mês
5) Cálculo da quantidade total de energia que deve ser fornecida para a água
∆εtotal = ∆εútil + ∆εdissipada
∆εtotal = 125,7 + 60
kWh
∆εtotal = 185,7 mês
6) Cálculo da área total das placas, para captar essa quantidade de energia
kWh
14243
1 m2 60
mês
kWh
A 1 85,7
mês
∴ A ≈ 3,1m2
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Questão 28
Num meio de permeabilidade magnética µ0 , uma corrente i passa através de um fio longo e aumenta a uma
taxa constante ∆i/∆t. Um anel metálico com raio a está posicionado a uma distância r do fio longo, conforme
mostra a figura. Se a resistência do anel é R, calcule a corrente induzida no anel.
i
a
r
Resolução
A f.e.m. induzida na espira, pela lei de Faraday é:
| ∆Φ |
|εind | =
∆t
em que a variação de fluxo magnético (∆Φ) na espira de raio a, considerado muito menor que r, pode ser es-
crita por:
∆Φ = ∆B ⋅ A
µ 0 ∆i
∆Φ = ⋅ πa2
2πr
Logo, a corrente induzida no anel fica determinada:
|εind |
iInd =
R
µ 0 ∆ia2
∴ iind =
2Rr ∆t
Resolução
D2 h = 5,0 m
p2, V2
h=0
p1, v1 D1
π D12 π D22
v1 ⋅ = v2 ⋅
4 4
D 2 2 2
∴ v2 = v1 ⋅ 1
⇒ v 2 = 2 ⋅ = 8,0 m/s
D2 1
Desprezando-se as perdas por efeitos da viscosidade, pode-se aplicar a equação de Bernoulli:
p1 v12 p v2
+ + g ⋅ h1 = 2 + 2 + g ⋅ h2 ,
d1 2 d2 2
em que p é a pressão e d é a densidade da água, 1000kg/m3, e h é a altura em relação a uma referência colocada
na linha de centro do tubo de entrada.
Substituindo os valores numéricos:
5 ⋅ 105 22 p 82
+ +0= 2 + + 10 ⋅ 5
103 2 103 2
p2
∴ = 500 + 2 – 32 – 50
103
p2 = 4,2 ⋅ 105 Pa
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Questão 30
Vivemos dentro de um capacitor gigante, onde as placas são a superfície da Terra, com carga – Q e a ionosfera, uma
camada condutora na atmosfera, a uma altitude h = 60km, carregada com carga +Q. Sabendo que nas
proximidades do solo junto à superfície da Terra, o módulo do campo elétrico médio é de 100V/m e considerando
h << raio da terra ≅ 6400km, determine a capacitância deste capacitor gigante e a energia elétrica armazenada.
Considere 1/(4 πε0) = 9,0 × 109 Nm2/C2.
|Q | |Q |
E=K⋅ ⇒ 102 = 9 ⋅ 109 ⋅
R 2
(6, 4 ⋅ 106 )2
| Q | = 4,5 ⋅ 105 C
A energia no capacitor é:
Q 4,5 ⋅ 105
C= = ∴ C = 75 mF
U 6 ⋅ 106