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CURSO DE
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL
1.1 ORIGENS
1.1.1 As quatro forças da Psicologia
1.1.2 A Transcendência
1.1.3 Psicologia Transpessoal – A Quarta Força
1.2 RELAÇÕES ENTRE PSICOTERAPIA HUMANISTA E PSICOTERAPIA
TRANSPESSOAL
MÓDULO II
2 RECURSOS TÉCNICOS EM PSICOTERAPIA TRANSPESSOAL
2.1 O TRABALHO COM SONHOS
2.2 O TRABALHO COM MEDITAÇÃO
2.3 O TRABALHO COM SÍMBOLOS
MÓDULO III
3 SISTEMAS PSICOTERAPÊUTICOS ESPECÍFICOS
3.1 A TERAPIA DA QUATERNIDADE
3.2 O CURSO DOS MILAGRES
3.3 A HIPERVENTILAÇÃO
3.4 A PSICOSSÍNTESE
3.5 MEDITAÇÃO TRANSPESSOAL
3.6 TERAPIA TERMINAL
MÓDULO IV
4 AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA TRANSPESSOAL PARA A
PSICOTERAPIA
4.1 A VISÃO HOLÍSTICA DA PSICOTERAPIA
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4.1.1 Características de uma nova psicologia
4.1.2 A Visão de Homem na Psicologia Transpessoal
4.1.3 O Terapeuta Transpessoal
4.2 A PSICOTERAPIA TRANSPESSOAL: CONTEÚDO, CONTEXTO E PROCESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
A Psicologia Transpessoal é uma abordagem bem recente que teve seu início
nos anos 60. Surgiu nos Estados Unidos, sendo conhecida na Psicologia como a
“quarta força”, após o Behaviorismo, a Psicanálise e a Psicologia Humanista. Pode
ser conceituada como a abordagem que estuda a consciência humana,
considerando-a de uma forma ampla em sua totalidade.
Assim, para um maior entendimento sobre o âmbito de atuação da Psicologia
Tranpessoal, serão abordados os seguintes pontos:
O Primeiro Módulo trata de suas origens históricas, relações com as
abordagens da psicologia e suas diferenças, a Transcendência, e a Psicologia
Transpessoal propriamente dita, assim como uma relação entre a psicologia
Humanista e a Psicologia Transpessoal.
No Segundo Módulo, temos os recursos técnicos utilizados na psicoterapia
transpessoal. Entre estes recursos estão: o trabalho com os sonhos, o trabalho com
a meditação e o trabalho com os símbolos.
Já no Terceiro Módulo temos especificamente os Sistemas Psicoterapêuticos
Específicos: a terapia da Quaternidade, o curso dos Milagres, a Hiperventilação, a
Psicossíntese, a Meditação Transpessoal e a Terapia Terminal.
No Quarto Módulo consideramos as principais contribuições da Psicologia
Transpessoal para a psicologia, a visão Holística da Psicoterapia. A Psicoterapia
Transpessoal em relação ao Conteúdo, Contexto e o seu Processo. Por fim, temos
uma explanação geral sobre a visão de homem na Psicologia transpessoal, bem
como sua forma de agir e suas exigências como Terapeuta Transpessoal.
Com todo este conteúdo, tem-se uma introdução aos conteúdos ligados a
Psicologia Transpessoal.
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1.1 ORIGENS
Organizada nos Estados Unidos no início do século XX, fazia uma oposição
entre as ideias de subjetividade e interioridade. O Behaviorismo Metodológico de
Watson foi uma das grandes influências, utilizando-se do positivismo e do
pragmatismo. Seu objeto de estudo é o comportamento como um todo, atacando a
introspecção e tudo no ser humano que levasse a pensar em uma vida interior
(ALVES, AZEVEDO & TAVARES, 2010).
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Outra grande influência foi o Behaviorismo radical de Skinner. Considerado um
avanço em relação às ideias de Watson por aceitar questões ligadas aos estados
internos, colocava-se de forma fiel ao comportamento observável como objeto de
estudo da Psicologia. Porém havia interesse somente nas variáveis que afetam o
comportamento sem levar em conta os significados e símbolos.
Os estudos de Watson aceitavam apenas o que pudesse ser observado em
laboratório, mensurável ou até mesmo o que poderia ser reaplicado. Assim, apenas
o comportamento poderia ter validade científica. Mesmo que estes estudos, com o
passar dos anos, tenham sido percebidos como incorretos em alguns aspectos,
foram de extrema importância para o progresso da Psicologia (ALVES, AZEVEDO &
TAVARES, 2010).
O autor acima citado divide o Behaviorismo em três movimentos:
- O Primeiro, classificado como Psicologia Comportamental Clássica com a
Análise Experimental do Comportamento de B. F. Skinner. Seu objeto de estudo
estava no condicionamento e modificação de comportamentos indesejáveis;
- O Segundo, a Psicologia Cognitivo-comportamental, com a influência da
Psicologia Cognitiva de Aaron Beck, que possui o foco de alteração de
comportamentos indesejáveis, com maior ênfase na mudança dos pensamentos que
podem ser prejudiciais ao indivíduo;
- O Terceiro movimento chama-se Terapia do Compromisso pela Aceitação, de
Steven Hayes, psicólogo que amplia técnicas dos movimentos anteriores, iniciando o
uso de meditação do Budismo como prática terapêutica.
Este último movimento, por meio do uso da meditação, aproxima a primeira
força da espiritualidade estudada na Psicologia Transpessoal.
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O estudo e a prática da livre associação possibilitaram ao Freud a construção
da metapsicologia, com questões ligadas ao inconsciente e seu desenvolvimento, e
também o papel da sexualidade nas neuroses:
Alves, Azevedo & Tavares (2010 p. 28), comentam que o pensamento freudiano
contribuiu por meio de três enfoques para o pensamento transpessoal. São eles:
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2. Conceito de transcendência;
3. A possibilidade de aceitação de características de outras culturas,
assim como a cultura ocidental para influenciar no decorrer do trabalho
clínico;
4. A percepção que a cura e o crescimento acontecem a partir de
experiências simbólicas e estados alterados da consciência, que não
podem ser racionalizados.
Surgiu nos Estados Unidos e na Europa nos anos 50, “como reação explícita
ao Behaviorismo e à analogia entre o Ser Humano e a máquina e que colocava a
margem seu objeto de estudo os fatores afetivos e emocionais” (SIMÃO, 2010 p.
509). Os humanistas consideravam a emoção fundamental para o indivíduo
diferentemente de outras opções metodológicas. O humanismo percebe o Ser
Humano como um ser criativo, com possiblidades de reflexão, decisões e valores.
Abraham Maslow é precursor deste movimento. Ele acreditava que é
necessário considerar também os aspectos que saudáveis do indivíduo assim
perceberia o sentido da vida, diferente de Freud que analisava apenas a doença.
“adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas, muitas vezes, por
bloquearmos elementos saudáveis” (SIMÃO, 2010 p. 509)
Carl Rogers é considerado um dos principais teóricos da Psicologia
Humanista, mas também é responsável por ampliações no campo da pesquisa
psicológica. Ele valoriza ideias sobre questões internas do indivíduo, seus poderes
psicológicos e as capacidades psíquicas de cada um (ALVES, AZEVEDO &
TAVARES, 2010).
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Assim podemos dizer que,
1.1.2 A Transcendência
Era uma área de pesquisa “pessoal”, mas que ia além dos limites usuais da
investigação científica. Além disso, a nova área diferia de maneira
significativa do trans-humanismo pelo fato de enfatizar principalmente o
indivíduo experienciador mais do que a raça humana como um todo. Por
isto que é bastante natural que a nova área recebesse o Título de
“Psicologia Transpessoal”.
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1.1.3 Psicologia Transpessoal – A Quarta Força
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O estudo e a aplicação dos diferentes níveis da consciência em direção à
unidade fundamental do ser. A visão de mundo, na transpessoal, é a de um
todo integrado, em harmonia, onde tudo é energia, formando uma rede de
inter-relações de todos os sistemas no universo (SALDANHA, 2008 p. 35).
A quarta força em psicologia percebe o Ser Humano como único, pois nunca
pode ser comparado a outro, isto se dá de acordo com os grupos que se está
inserido, por isso sua grande importância. Assim, nada nem ninguém está em
condição de superior ao outro e os poderes e desejos não podem ser conquistados
à custa dos outros. A Psicologia Transpessoal acredita na importância de se viver de
igual para igual, sem rótulos e sem agir de forma rígida.
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FIGURA 1 – O SER HUMANO, O SER ÚNICO
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Tabone (2011) comenta que a Psicologia Transpessoal apresenta
características próprias que a diferenciam das outras três forças. Porém a diferença
é menos visível quando tratamos de uma abordagem humanista. As duas teorias
acreditam que é muito importante modificar o foco na patologia, percebendo o
indivíduo como um todo em relação à saúde.
De acordo com Boainain (1995) a Psicologia Transpessoal não surge em
oposição à psicologia humanista. Esta última acaba sendo considerada uma fase
transitória para chegar à quarta força. O autor comenta que
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deve suprir necessidades de ordem espiritual além das necessidades básicas como
comer, dormir, se relacionar, etc. Isto para que o homem tenha um nível adequado
de funcionamento e uma saúde psicológica.
FIM DO MÓDULO I
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