A história dos Refrigerantes

O desenvolvimento da América e o crescimento da indústria de refrigerantes

A América crescia. Junto, crescia a sede pela bebida que já virara febre. Após o sucesso
das tampas crown e a possibilidade de levar a bebida para consumo em casa ou onde
quer que fosse, a demanda crescera enormemente.

Para matar a sede por refrigerantes de um país em expansão, seriam necessários mais
do que simples plantas engarrafadoras. Até 1890, a indústria de refrigerantes não
passava de operações manuais. As garrafas de vidro eram sopradas individualmente,
enquanto que o processo de engarrafamento, fechamento, mistura e embalagens eram
operações totalmente manuais. O crescimento não poderia ocorrer sem a automação dos
processos.

As mudanças entre 1890 e 1910 foram grandes. Máquinas automatizadas foram

desenvolvidas, tornando o processo de refrigerantes mais eficiente e produtivo. O
número de engarrafadoras de refrigerantes aumentou de 1377 para 4916 e as vendas
explodiram. A era industrial estava se transformando e a população americana
aumentando enormemente a demanda por refrigerantes. A indústria de refrigerantes
entrava na era da produção de massa e do marketing. Equipamentos modernos
permitiram uma maior uniformidade de produto e o aumento da produção.

As ações em pontos-de-venda e facilidades para o consumidor começaram a aparecer.

Estratégias foram criadas pelas indústrias para forçar a venda de volumes maiores nos
pontos-de-venda. As hom-paks, lançadas em 1920, precursoras dos six-packs, foram as
primeiras caixas de papelão ou madeira, para tornar o manuseio das garrafas mais
fáceis. Este foi um fator determinante para o aumento de popularidade dos refrigerantes
pelos Estados Unidos.
Outro fator de grande impacto no desenvolvimento da indústria foi aparecimento dos
automóveis. A substituição de carroças, tracionadas a cavalos, por caminhões, trouxe
uma nova dinâmica para a logística industrial e distribuição. Este fato foi o início de uma
nova etapa. Junto com as estradas, lojas começaram a surgir ao longo destas. As
estações de serviços, postos de combustíveis e restaurantes eram mais pontos de vendas
de refrigerantes.

O aparecimento de máquinas automáticas, as vending machines, em 1920 também

foram relevantes na oferta e aumento de consumo das bebidas. As vending machines e
os dispensers de águas carbonatadas foram mais uma maneira de escoar os volumes da
produção industrial. Os americanos poderiam agora, consumir sua bebida em casa ou no
local de trabalho.

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Autor: Jorge Fantinel