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Centro de Educação a Distância do Ceará – Rua Iolanda Barreto, 317 - Derby Clube - Sobral/CE

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MÓDULO I
Introdução à
Educação em Autora:
Valesca Gomes Rios
Direitos Humanos
em Gênero e
Sexualidade

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INTRODUÇÃO Á EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS EM
GÊNERO E SEXUALIDADE
.....................................................................................................................................
1.1 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Valesca Gomes Rios1

Fonte: http://envolverde.cartacapital.com.br/direitos-iguais-dia-internacional-da-mulher-2017/

Ao falar de gênero e, principalmente, sexualidade, pode-se estabelecer


diferentes abordagens, sendo uma das mais comuns a biológica. Essa abordagem
entende a separação dos corpos feminino e masculino como algo meramente
ligado às diferenças dos órgãos sexuais, hormonais e outras implicações, a
sexualidade relacionado às mudanças físicas do período conhecido como
puberdade e as doenças sexualmente transmissíveis. Apesar de reconhecer a
importância dessa abordagem, é pela perspectiva dos direitos humanos que se
propõe a problematizar as construções histórica e culturais e defender a garantia
de direitos a todos os grupos.

1 Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará, especialista em História do Brasil pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos em História e Gênero
(UFC) e técnica pedagógica da equipe de Educação, Gênero e Sexualidade na Escola da Coordenadoria de
Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem (CODEA) – Diversidade e Inclusão (Secretaria de
Educação do Estado do Ceará).
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Ao pensar os Direitos Humanos como perspectiva
para gênero e sexualidade, não se tem a intenção de
invisibilizar as diferenças com o discurso da igualdade, mas sim
pensar que todos tem suas individualidades e que isso não
deve ser um argumento para a diminuir ou ser diminuído por
isso. Boaventura de Souza Santos (2003, p. 56) traduz o debate
com a afirmação de que “temos o direito a ser iguais sempre
que a diferença nos inferioriza. Temos o direito a ser
diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”.

Para Benevides, os Direitos Humanos tem características importantes


como:
Os direitos humanos são naturais e universais, pois independem de qualquer ato
normativo, e valem para todos, além fronteiras; são interdependentes e indivisíveis,
pois não podemos separá-los, aceitando apenas os direitos individuais, ou só os
sociais, ou só os de defesa ambiental. Essa indivisibilidade é importante porque
temos exemplos históricos, também no século XX, de regimes políticos que
valorizaram exclusivamente os direitos sociais, como o regime soviético, em
detrimento da liberdade; assim como temos vários regimes liberais que pregam a
liberdade, mas descartam a obrigatoriedade dos direitos sociais. Direitos humanos
são históricos, pois foram sendo reconhecidos e consagrados em determinados
momentos, e é possível pensarmos que novos direitos ainda podem ser
identificados e consolidados. (BENEVIDES, p. 5)

Entendendo os Direitos Humanos como indivisíveis. É coerente uma defesa


total desses Direitos, uma vez que a divisibilidade desses direitos colocaria em
risco sua própria existência. Desse modo, os Direitos Humanos se torna uma
responsabilidade de todos.

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Recomenda-se a leitura do texto “Educação em direitos
humanos e formação de educadores” para pensar a cercas das
práticas acerca dos direitos humanos dentro da Secretaria de
Educação do Estado do Ceará.

Quais políticas públicas da Secretaria do Estado do Ceará podem ser vistas


dentro das perspectivas apresentadas pelas autoras? Explique essa associação.
Que outras estariam ao alcance da SEDUC ou dos professores para a educação
em Direitos Humanos? Você percebe outros desafios para além dos enumerados
pelas autoras? Explique.

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BIBLIOGRAFIA

BENEVIDES, Maria Victoria. Educação em Direitos Humanos: De que se


trata? Palestra de abertura do Seminário de Educação em Direitos Humanos, São
Paulo, 18/02/2000. Disponível em:
<http://www.hottopos.com/convenit6/victoria.htm>. Acessado em: 23 de Abril de
2018.
CANDAU, Vera Maria e SACAVINO, Suzana. Educação em direitos
humanos. Educação. Porto Alegre (impresso) v. 36, n. 1, p. 59-66, jan./abr. 2013
Disponível em
<https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&u
act=8&ved=0ahUKEwjp_KXUudDaAhXBG5AKHWhfDTUQFggnMAA&url=http%3A
%2F%2Frevistaseletronicas.pucrs.br%2Fojs%2Findex.php%2Ffaced%2Farticle%2
Fdownload%2F12319%2F8741&usg=AOvVaw0auXnOTCms1EIQ4wJlACAJ>
Acessado em: 23 de Abril de 2018.

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1.2. CONCEITO DE GÊNERO

Valesca Gomes Rios2

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/feminismos-para-que-e-
para-quem-1.1265625

A palavra “gênero” está sendo muito usada no cotidiano: jornais televisivos,


impressos e online, debates parlamentares, em redes sociais etc. Mas o sentido da
palavra se perde em divesos momentos, por conta do seu uso sem o devido
aprofundamento. Muitas vezes, esse uso leva a mera substiução da divisão entre
homens e mulheres por gênero feminino e gênero masculino e até mesmo
associado a manipulação em torno do que se entende tradicionalmente como
homem e mulher.
Guacira Lopes Louro vai tratar sobre o assunto, explicando a origem e os
questionamentos sobre o termo gênero. A categoria de análise está associada ao
movimento feminista, em especial da chamada “segunda onda” na década de
1970, em uma tentativa de dar complexidade as relações estabelicidas entre
mulheres e homens.

2 Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará, especialista em História do Brasil pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos em História e Gênero
(UFC) e técnica pedagógica da equipe de Educação, Gênero e Sexualidade na Escola da Coordenadoria de
Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem (CODEA) – Diversidade e Inclusão (Secretaria de
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A reivindicação da valorização da mulher, no singular,
principalmente na década de 1930, foi importante em sua época por
dar luz a outro sujeito que não o masculino, no entanto limitava-se a
tratar de mulheres brancas, heterossexuais e de classe média. A
década de 1970 traz o uso de “mulheres” como um modo de ampliar os
grupos dos quais se trata, levando em conta a experiência de mulheres
que também passam por outros preconceitos e expressões do
machismo.

O gênero vai surgir pouco depois para pensar homens e mulheres de modo
relacional, construindo a si mesmos. Apesar dessa explicação ser mais detalhada e
complexa no texto de Guacira – sugerido a leitura –, é importante resumí-la e
ressaltar que o uso de um termo não supera o outro. O debate continua em aberto,
seja na academia, seja no movimento feminista. Porém, adotando-se a perspectiva
do gênero, entende-se que:
Na sua utilização mais recente, o termo "gênero" parece ter feito sua
aparição inicial entre as feministas americanas, que queriam enfatizar o caráter
fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo. A palavra indicava uma
rejeição do determinismo biológico implícito no uso de termos como "sexo" ou
"diferença sexual". O termo "gênero" enfatizava igualmente o aspecto relacional
das definições normativas da feminilidade. Aquelas que estavam preocupadas pelo
fato de que a produção de estudos sobre mulheres se centrava nas mulheres de
maneira demasiado estreita e separada utilizaram o termo "gênero" para introduzir
uma noção relacional em nosso vocabulário analítico. Segundo esta visão, as
mulheres e os homens eram definidos em termos recíprocos e não se poderia
compreender qualqur um dos sexos por meio de um estudo inteiramente separado.
Assim, Natalie Davis afirmava, em 1975: "Penso que deveríamos nos interessar
pela história tanto dos homens como das mulheres, e que não deveríamos tratar
somente do sexo sujeitado, assim como um historiador de classe não pode fixar
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seu olhar apenas sobre os camponeses. Nosso objetivo é compreender a
importância dos sexos, isto é, dos grupos de gênero no passado histórico. Nosso
objetivo é descobrir o leque de papéis e de simbolismos sexuais nas diferentes
sociedades e períodos, é encontrar qual era o seu sentido e como eles
funcionavam para manter a ordem social ou para mudá-la" (SCOTT, 1991, p. 25)

Diante disso e da leitura do texto sugerido, como a


perspectiva de gênero na escola pode contribuir para o aprendizado e
a formação cidadã? Quais assuntos do cotidiano escolar podem (e
devem) passar por um questionamento pelo olhar do gênero? Como
essas questões de gênero revolucionam o pensamento científico e
político quando foram pensadas e na atualidade?

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BIBLIOGRAFIA

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Trad.
Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávilla, Recife, 1991, (mimeo), pp. 25 – 26.
LOURO, Guacira. Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma
perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, Editora Vozes, 1997, pp. 14 – 36.
Disponível em < https://www.mp.ba.gov.br/sites/default/files/biblioteca/direitos-
humanos/direitos-das-
mulheres/artigostesesdissertacoes/questoes_de_genero/guacira_lopes_genero_26
_ago_15.pdf> Acessado em: 24 de Abril de 2010.

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1.3. CONCEITO DE SEXUALIDADE

Valesca Gomes Rios3

Fonte: https://medium.com/@Dikata/a-sexualidade-e-o-tabu-2018-com-cara-de-sei-l%C3%A1-
quando-a-c-5d87287d38ae

A sexualidade é histórica e política. É isso que Jeffrey Weeks defende em


seu texto “sexualidade e corpo”. Apoiando-se nas ideias de Foucault, Weeks
entende que se coloca sobre os atos sexuais significados diversos ao longo da
história, passando por vários conhecimentos, como a religião, a filosofia, a
medicina, a psicologia, todos com vontade de verdade. Ou seja, diferentes áreas
do conhecimento fazem parte da construção de um discurso sobre o sexo e a
sexualidade, de modo que, todos esses conhecimentos estão em relação de poder,
tentando se afirmar necessário e verdadeiro.
Pensando a partir de Guacira, a necessidade de que se trabalhar gênero e
sexualidade na escola é o entendimento de que essas questões não saem dos
corpos de alunos e professores. Os corredores, banheiros, intervenções em sala,
apelidos e brincadeiras, espaços de convivência falam muito dessa histórica
significação dos corpos.
Thomas Laqueur pesquisou sobre como ao longo dos séculos houve um
esforço em entender cada aparência, órgão, hormônio que diferenciava homens e
mulheres – para isso valorizando algumas “provas” em detrimento de outras. Por

3 Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará, especialista em História do Brasil pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos em História e Gênero
(UFC) e técnica pedagógica da equipe de Educação, Gênero e Sexualidade na Escola da Coordenadoria de
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mais que de fato essas diferenças existam, são os significados dados a isso que
marcam as questões de gênero e sexualidade. Laqueur estuda especificamente os
estudos que diferenciam homens e mulheres. Mas, quantos outros estudos
existentes buscam as diferenças entre heterossexuais e homossexuais, pessoas
cis e pessoas trans, brancos e negros? Pesquisas essas que são motivadas ou que
acabam por motivar relações sociais assimétricas e justificativas para tratamentos
discriminatórios.

PARA ESSE TÓPICO, INDICA-SE O TEXTO DE JEFFREY WEEKS


(disponível em:
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/32200931/guacira_lopes_lour
o__o_corpo_educado_%28pdf%29_%28rev%29.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWO
WYYGZ2Y53UL3A&Expires=1524593953&Signature=qge0rAfdv4g9fFTwC0KIpcM
K12Q%3D&response-
contentdisposition=inline%3B%20filename%3DO_CORPO_EDUCADO.pdf#page=2
4)
Para a reflexões sobre as seguintes questões: Weeks questiona “Podemos,
então, com justiça, descrever, sem nenhum problema, o comportamento sexual
como 'natural' ou 'não-natural'?” e responde imediatamente que acha que não.
Diante da leitura do texto, por quê Weeks teria essa opinião? No que interessa
saber que a sexualidade e os entendimentos que se tem sobre os corpos são
construções históricas?

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BIBLIOGRAFIA

FOUCAULT, M. A história da sexualidade, v. 1: A vontade de saber. 11a ed.


Rio de Janeiro: Graal, 1993.
LAQUEUR, Thomas; Inventando o sexo: corpo e gênero, dos gregos a
Freud. Rio de Janeiro: Relumo-Durama, 2001.
WEEKS, Jeffrey. O corpo e a sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes
(Org.). O corpo educado – pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica,
2000

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1.4. O QUE ASSEGURA GÊNERO E SEXUALIDADE?

Valesca Gomes Rios4

“Pautas conservadoras ganham apelo no Legislativo”.


Diário do Nordeste, 21 de abril de 2018.
“Câmara rejeita incluir debate sobre sexismo nas escolas”.
O povo online, 21 de setembro de 2017.

Fonte: http://www.onumulheres.org.br/areas-tematicas/fim-da-violencia-contra-as-mulheres/evaw-
educacao/

Cada vez mais existe uma tentativa de podar quem discute gênero, em
especial na escola. Professores são expostos ao medo, à insegurança, à
fiscalização cotidiana de colegas de trabalho, ao questionamento continuo de suas
ações. A busca por identificar e questionar quem apoia gênero atinge ao professor,
mas a própria instituição que se coloca favorável ao debate.

4 Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará, especialista em História do Brasil pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos em História e Gênero
(UFC) e técnica pedagógica da equipe de Educação, Gênero e Sexualidade na Escola da Coordenadoria de
Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem (CODEA) – Diversidade e Inclusão (Secretaria de
Educação do Estado do Ceará).
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Sob a invenção do termo “ideologia de gênero”, setores mais
conservadores divulgam indiscriminadamente um suposto
questionamento a heterossexualidade em favor de uma imposição
da homossexualidade, assim como, uma imposição a
transsexualidade, o que traria uma confusão aos alunos sobre si
mesmos. Porém, nenhuma autora ou nenhum autor pensa os
estudos de gênero ou de sexualidade de modo impositivo ou
manipulador.

Fonte: https://abalamagica.wordpress.com/2011/07/01/o-kit-escola-sem-homofobia/

Desse modo, diante de perseguições – não necessariamente concretas,


mas de todo modo amedrontadoras – é necessário se apropriar daquilo que ainda
está dentro da legalidade para respaldar tais discussões. Por exemplo, a
Constituição Federal traz alguns pontos que valorizam os direitos humanos, outros
documentos importantes são o Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de
Educação, onde estão expressos de forma direta a preocupação com questões de
sexualidade. Mas para além desse documento, é uma estratégia a apropriação de
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brechas em favor das questões de gênero e sexualidade. Indica-se, então, a leitura
dos anexos de alguns trechos do Plano Nacional de Educação (PNE) – Meta 3,
estratégia 3.13; Meta 7, estratégia 7.23 e do Plano Estadual de Educação (PEE) –
Meta 8, estratégia 8.8. Após essa leitura, seguem algumas questões para
apreciação.

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BIBLIOGRAFIA

PAUTAS conservadoras ganham apelo no Legislativo. Diário do Nordeste,


Fortaleza, 21 de abril de 2018. Disponível em:
<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/politica/pautas-
conservadoras-ganham-apelo-no-legislativo-1.1927486>. Acesso em: 16 de abr.de
2018.
CÂMARA rejeita incluir debate sobre sexismo nas escolas. O povo,
Fortaleza, 21 de setembro de 2017. Disponível em
<https://www.opovo.com.br/jornal/politica/2017/09/camara-rejeita-incluir-debate-
sobre-sexismo-nas-escolas.html> . Acesso em: 16 de abr. de 2018.
BRASIL. Constituiço da República Federal do Brasil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 16
de abr. de 2018.
BRASIL. Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>
Acesso em: 16 de abr. de 2018.
CEARÁ. Lei nº 16.025 de 30 de maio de 2016. Disponível em:
<http://www.seduc.ce.gov.br/images/PEE/do20160601p01.pdf >. Acesso em: 16 de
abr. de 2018.

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ANEXO 1

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

[…]
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.

ANEXO 2

LEI Nº 13.005 de 25 de junho de 2014

Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência
por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas
ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.
Art. 2o São diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção
da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;

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VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à
diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
[...]
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de
vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%
(oitenta e cinco por cento).
[...]
3.13) implementar políticas de prevenção à evasão motivada por
preconceito ou quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra
formas associadas de exclusão;
[…]
Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir
as seguintes médias nacionais para o Ideb:
IDEB 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5
Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2
[…]
7.23) garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo
desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção
dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a
adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz
e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

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ANEXO 3

LEI Nº16.025, 30 de maio de 2016.

DISPÕE SOBRE O PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (2016/2024).


O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber que a
Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art.1º Fica instituído, na forma do anexo único, o Plano Estadual de
Educação do Ceará - PEE, com metas e estratégias fixadas para o período de
2016 a 2024, na área da educação, como resultado da participação da comunidade
escolar e da sociedade civil.
Art.2º O Plano Estadual de Educação é o instrumento balizador e
norteador das políticas públicas relacionadas à educação no Estado do Ceará, o
qual contempla metas e estratégias a serem viabilizadas pelo Estado e por seus
municípios, em colaboração com a União e guardando conformidade com o Plano
Nacional de Educação, aprovado pela Lei Federal nº13.005, de 24 de junho de
2014, e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei Federal
nº9.394, de 20 de dezembro de 1996
[...]
Meta 8: Elevar, até 2024, em regime de colaboração, a escolaridade média
da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no
mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano, para as populações do campo, os
povos tradicionais, e demais segmentos populacionais que sofrem preconceitos e
opressões em razão de sua nacionalidade, condição social e local de nascimento,
raça, cor, religião, origem étnica, convicção política ou filosófica, deficiência física
ou mental, doença, idade, atividade profissional, estado civil, classe social, sexo,
orientação sexual e moral familiar, respeitando-se a orientação dos pais e/ou
responsáveis, e os 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a
escolaridade média entre negros e não negros, declarados à Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Estratégias:
[…]

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8.8. garantir a formação inicial e continuada de professores, gestores e
demais profissionais da educação para desenvolver uma cultura de acolhimento,
respeito, inclusive quanto a todos os preconceitos e opressões em razão de sua
nacionalidade, condição social e local de nascimento, raça, cor, religião, origem
étnica, convicção política ou filosófica, deficiência física ou mental, doença, idade,
atividade profissional, estado civil, classe social, sexo, orientação sexual e moral
familiar, respeitando-se a orientação dos pais e/ou responsáveis;

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