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ESCOLA DE ENGENHARIA DE PIRACICABA

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO

Grupo 2

Processos de Fabricação I
Processo de Fundição em Casca e Coquilha
Joaquim F. N. Jardim 250080601
Gustavo M. R. Kobayashi 250080574
Conrado A. Laperuta 250080569
Fernando Fischer 250080578
Marcos Aníbal Da Cunha 250080587
Leonardo Fenato Mariani 264080580
Silvio Alcantara de Almeida 250080592
Prof. Antonio Fernando Godoy

Relatório da Aula Prática de Fundição da Disciplina Processos de Fabricação I


Escola de Engenharia de Piracicaba

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1. Objetivos 5
2. Introdução 5
2.1 Processos de Fundição em Moldes Permanentes 5
3. Descrição da Prática 8
3.1 Equipamentos 8
3.2 Procedimento 8
4. Apresentação dos Resultados 9
5. Análise dos Resultado 10
6. Questões 11
7. Conclusão 12

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Lista de Figuras

Figura 2.1 – Foto de Vazão de Metal (http://www.aviationdream.net/... , 20 de


Novembro de 2010) 7
Figura 2.2 – Ilustração de Vazão e Desmolde (http://moldes-unisc.blogspot.com, 20
de Novembro de 2010) 7
Figura 4.1 – Foto de Bigorna Fundida em Molde Permanente (Foto tirada pelo grupo)
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Figura 4.2 – Foto de Águia Fundida em Molde Permanente (Foto tirada pelo grupo)
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Figura 3.1 – Foto de Águia Fundida em Coquilha (Foto tirada pelo grupo) 10
Figura 5.2 – Foto de Peça Fundida em Areia Endurecida (Foto tirada pelo grupo) 10

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1. Objetivos

- Mostrar aos alunos a diferença entre os processos de fundição com molde


permanente e molde colapsível;
- Apresentar todo o sistema de fundição, através dos procedimentos e cuidados
necessários quando utiliza-se coquilhas e moldes em areia endurecida por
aglomerantes/aditivos “inorgânicos”;
- Destacar o acabamento superficial e as tolerâncias dimensionais obtidas nos dois
tipos de processos;
- Mostrar a influência do material dos moldes no processo de solidificação de uma peça
fundida, assim como a importância dos canais auxiliares;
- Da mesma forma, mostrar a função das tintas refratárias nos processos de fundição
em moldes permanentes.

2. Introdução

2.1 Processos de Fundição em Moldes Permanentes

O processo de fundição é um dos processos mais antigos e utilizados hoje em dia.


A fundição em moldes permanentes é uma das mais utilizada para a fabricação de peças
de pequeno porte e peso, pois é limitada e pode influenciar nas propriedades mecânicas
das peças.
O processo começa pela escolha do molde da peça que será feito. Após a escolha
do molde, o metal líquido é despejado por uma cavidade até o seu resfriamento e
solidificação.
As vantagens de se utilizar este processo são:
- Obtenção de geometria complexa;
- Podem ser utilizados materiais ferrosos e não-ferrosos;
- Os moldes podem ser reutilizados muitas vezes.
As desvantagens de se utilizar este processo são:
- O tamanho das peças deve ser de pequeno porte;
- O peso da peça deve ser baixo.
O molde é fundamental para a qualidade da peça fundida. A qualidade da peça
fundida está diretamente ligada à qualidade do molde.
Molde Permanente ou Coquilha

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Os moldes permanentes dispensam o uso da areia e das misturas para sua
confecção. Os processos de fundição por molde permanente usam moldes metálicos para
a produção das peças fundidas. Por esses processos realiza-se a fundição por gravidade
ou por pressão. Usar um molde permanente significa que não é necessário produzir um
novo molde a cada peça que se vai fundir. A vida útil de um molde metálico permite a
fundição de até 100 mil peças. Um número tão impressionante deveria possibilitar a
extensão de seu uso a todos os processos de fundição.
A utilização dos moldes metálicos está restrita aos metais com temperatura de
fusão mais baixos do que o ferro e o aço. Esses metais são representados pelas ligas
com chumbo, zinco, alumínio, magnésio, certos bronzes e ferro fundido. O motivo dessa
restrição é que as altas temperaturas necessárias à fusão do aço, por exemplo,
danificariam os moldes de metal.
Os moldes são feitos de aço ou ferro fundido ligado, resistente ao calor e às
repetidas mudanças de temperatura. Moldes feitos de bronze podem ser usados para
fundir estanho, chumbo e zinco.
Os produtos típicos da fundição em moldes permanentes são: bases de máquinas,
blocos de cilindros de compressores, cabeçotes, bielas, pistões e cabeçotes de cilindros
de motores de automóveis, coletores de admissão. Esses produtos, se comparados com
peças fundidas em moldes de areia, apresentam maior uniformidade, melhor acabamento
de superfície, tolerâncias dimensionais mais estreitas e melhores propriedades
mecânicas.
Por outro lado, além de seu emprego estar limitado a peças de tamanho pequeno e
produção em grandes quantidades, os moldes permanentes nem sempre se adaptam a
todas as ligas metálicas e são mais usados para a fabricação de peças de formatos mais
simples, porque uma peça de formas complicadas dificulta não só o projeto do molde,
mas também a extração da peça após o processo de fundição.
Vazão por gravidade
Para fundir peças em moldes metálicos permanentes, pode-se vazar o metal por
gravidade. Nesse caso, o molde consiste em duas ou mais partes unidas por meio de
grampos para receber o metal líquido. Isso pode ser feito manualmente.
A montagem dos moldes também pode ser feita por meio de dispositivos
mecânicos movidos por conjuntos hidráulicos, que comandam o ciclo de abertura e
fechamento dos moldes. Tanto os moldes quanto os machos são cobertos com uma pasta
adesiva rala feita de material refratário cuja função, além de proteger os moldes e impedir
que as peças se grudem, facilitando a desmoldagem.

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Figura 2.4 – Foto de Vazão de Metal (http://www.aviationdream.net/... , 20 de Novembro de 2010)

Vazão sob pressão


A fundição com moldes metálicos também é feita sob pressão. Nesse caso, o
molde chama-se matriz.
O processo metal-mecânico no qual o metal líquido fundido é forçado sob pressão
para entrar na cavidade de vazamento da matriz, normalmente confeccionada em aço,
preenchendo-a e formando a peça desejada.
Ao entrar na cavidade da matriz o metal expulsa o ar lá contido por orifícios pré-
determinados, e preenche todos os espaços da matriz. Enquanto é injetado no molde, o
metal ainda recebe uma força de compactação para diminuir o volume das
microporosidades decorrentes da solidificação, densificando a peça.

Figura 2.5 – Ilustração de Vazão e Desmolde (http://moldes-unisc.blogspot.com, 20 de Novembro de 2010)

A qualidade superficial e estrutural obtida nas peças injetadas é bastante superior


se comparado ao processo convencional de fundição em areia e por gravidade, por
exemplo, proporcionando a produção de peças com elevada complexidade.
Os metais mais usados neste processo são os metais não ferrosos, tais como, o
alumínio, o magnésio, o cobre, as ligas zamak e o latão. Basicamente isso ocorre porque
a matriz é confeccionada em aço, e se o metal líquido injetado possuir a temperatura de
fusão muito próxima à da matriz, ele irá deformá-la.

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3. Descrição da Prática

3.1 Equipamentos

- Forno Elétrico
- Cadinho
- Equipamentos para Manuseio dos Cadinhos
- Molde Construído em Metal (Coquilha) e em Shell Molding
- Liga de Zinco, Alumínio, Magnésio e Potássio (ZAMAK)

3.2- Procedimento

O instrutor fez uma breve explicação sobre as vantagens (tolerâncias dimensionais e


excelente acabamento) e desvantagens (dimensão, peso) da utilização do processo de
fundição Shell molding e coquilha; alem disso no processo Shell molding e necessário ter
duas partes (metades) onde uma e colada com a outra. Comentou também sobre a areia
utilizada no processo Shell molding e o tipo de metais que geralmente são utilizados no
processo de fundição coquilha.

Procedimento para o modelo (Shell molding)

1- Aplicou-se um produto na placa do modelo; e utilizando um maçarico aqueceu a


placa ate uma temperatura de 200°c, após adicionou- se a areia com aglomerante
(poliéster), depois de alguns minutos removeu o excesso de areia virando a placa para
baixo, em seguida utilizando o maçarico aqueceu areia ate sua aglutinação completa.
Para facilitar remoção do molde foi aplicado pequenos golpes na placa do modelo.
2- Com as duas partes (metades) já coladas do molde fixaram o mesmo numa caixa
de areia e iniciou o vazamento do metal (ZAMAK). Depois de mais ou menos quinze
minutos removeu a peça quebrando o molde.

Procedimento para o molde construído em metal (Coquilha)

Apoiou-se o molde numa bancada e após iniciou o vazamento do metal. Depois de


alguns minutos com a solidificação do metal removeu a peça abrindo o molde

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manualmente através de alavancas fixadas no mesmo. Repetiu-se esse procedimento
para vários outros modelos de peças.

4. Apresentação dos Resultados

Depois de retirada do forno a liga de zamak é colocada na coquilha e no Shell


molding, e ao se obter as peças seja em Shell molding ou em coquilha o acabamento das
mesmas deixam a desejar pois apresentam muita rebarba; no Shell Molding também
como não foi fixada uma parte do mesmo na outra metade a peça não se encaixou
perfeitamente e teria que ser dado um ótimo acabamento para que não se perdesse a
peça. Já na coquilha a rebarba apresentada era difícil de dar acabamento.
Nas Figuras 4.1 e 4.1 fotos de duas das peças fundidas em molde permanente.

Figura 4.1 – Foto de Bigorna Fundida em Molde Permanente (Foto tirada pelo grupo)

Figura 4.2 – Foto de Águia Fundida em Molde Permanente (Foto tirada pelo grupo)

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5. Análise dos Resultado

Figura 6.1 – Foto de Águia Fundida em Coquilha (Foto tirada pelo grupo)

Figura 5.2 – Foto de Peça Fundida em Areia Endurecida (Foto tirada pelo grupo)

Foram obtidas as peças utilizando os dois diferentes tipos de molde, o permanente


e o colapsível. Pôde-se notar que a qualidade dos resultados foi semelhante, porém, a
fundição com uso do molde em areia endurecida por aglomerantes e aditivos inorgânicos
mostrou-se mais trabalhosa e demorada, enquanto que a com o uso de coquilhas já pré-
moldadas foi muito mais rápida e prática.

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6. Questões

6.1- Dentre os processos de fundição em molde permanente, escolha 03 e faça uma


análise destacando os seguintes fatores: acabamento superficial, tolerância dimensional,
produtividade/produção, aplicações e custo/benefício.

Acabamento Tolerância Custo


Processo Produtividade Aplicações
Superficial Dimencional Benefício

Molde
lingotes e peças bom, para alta
Permanente Por menor menor alta
menos complexas produtividade
gravidade

Fundição Sob peças de moir bom, para alta


alta melhor melhor
Pressão complexidade produtividade

Fundiçao Por Para todos os bom, para alta


melhor boa alta
Centrifugação tipos de metais produtividade

6.2- Faça uma pesquisa sobre os tipos de tintas refratárias usadas na fundição,
destacando as suas funções.

Tipos de tintas refratárias usadas na fundição:


- Tinta a base de água
- Tinta a base de álcool
- Tinta de Zirconita
- Tinta de Silicato de Alumínio
- Tinta de Sílica
Funções:
- Melhora o acabamento Superficial
- Facilita desmoldagem e limpeza da peça fundida
- Reduz defeito originados na interface areia metal
- Fixar melhor o grão de areia do molde evitando inclusões no fundido
- Regular a permeabilidade
- Diminuir a evolução e a difusão de gases na interface areia / metal
- Reduzir trabalho de rebarbação
- Diminuir o refugo

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6.3- É possível utilizar ao mesmo tempo na fabricação de uma peça qualquer, processos
de fundição em molde permanente conjugado com processos de fundição em areia? Cite
algum exemplo, caso a resposta seja positiva.

Sim, é possível utilizar o processo de Fundição em Molde Permanente conjugado


com Fundição em Areia Verde. Esse tipo de processo se chama Fundição em Molde
Semipermanente. Ele é utilizado quando é necessário ter um canal na peça, mas a
geometria do canal é complexa impede a utilização de um macho de metal.

6.4- Faça uma análise e apresente justificativas relevantes para utilização de processos
em moldes permanentes na fabricação de uma peça qualquer.

• O molde pode ser reutilizado varias vezes, eliminando o trabalho de se preparar


um molde para cada vazamento

• Permite uma tolerância dimensional mais significativa

• Acabamento final melhor

7. Conclusão

Através da realização dessa prática, conseguimos compreender todas as etapas e


procedimentos que o processo de fundição necessita, desde a preparação da coquilha,
escolha do metal fundido, preparação do molde, até a obtenção da peça fundida.
Além disso, percebeu-se a necessidade dos equipamentos de segurança e de
todos os cuidados que se devem tomar tanto na boca do forno, quanto no vazamento do
metal, visando a integridade física do operador. Através de pesquisas bibliográficas, foram
conhecidos alguns outros processos de fundições, podendo se realizar uma análise entre
esses processos apresentados, comparando as características finais da peça, os custos
de cada processo, entre outras comparações.
A prática da fundição é muito antiga, mas ainda assim é muito utilizada, e há
muitos estudos realizados para cada vez mais aperfeiçoar esses processos.

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