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O que é?
Fé reformada é a herança doutrinária oriunda do movimento conhecido como
Reforma Protestante, ocorrido no século XVI. Os preponentes da Reforma
sentiram-se impelidos a transformar litúrgica, dogmática, política e socialmente a
realidade onde o magistério e o clero da Igreja Romana detinham poder
exacerbado e se utilizavam disso para oprimir o povo. Essa Reforma pretendia
olhar para a Bíblia somente, contrariando assim, a tradição católica que conferia
igual valor e importância também ao Papa e a tradição eclesiástica da
Igreja Romana.
Cenário atual
Em certo sentido, o contexto evangélico brasileiro contemporâneo não se
encontra diferente. Uma parcela dos evangélicos se submete aos gurus da fé
que escravizam, bestializam e oprimem seus fiéis, tanto quanto o clero católico
romano do século XVI. Tais homens usam ferramentas como o medo do inferno,
a culpa proveniente do pecado e a ganância por bens materiais para manobrar
as massas. Outra parcela da liderança evangélica adota a prática de inúmeras
crendices e bizarrices em nome de Jesus, afim de aproximar os fiéis do cenário
religioso predominante no Brasil, que é fartamente nutrido pelo sincretismo e pela
necessidade de símbolos e imagens tangíveis que alimentem a fé do indivíduo.
Por fim, há uma última parcela ainda, vagando pelas mais diversas formas
metodológicas de liturgia e evangelização que aparecem e que desaparecem
com o mesmo ímpeto e velocidade com que são disseminadas no Brasil,
fazendo com que de tempos em tempos uma nova onda se autoproclame:
‘’avivamento’’.
Decepção
Toda essa confusão gerou um grande número de pessoas decepcionadas.
Perceberam que as promessas de prosperidade não seriam cumpridas pelo
movimento neopentecostal, que as metodologias das igrejas emergentes são
frágeis e os movimentos forjados pelo sincretismo religioso se parecem mais
com ritos pagãos históricos do que com o evangelho de Cristo.
Contudo, há uma celeuma nessa migração, pois nem todos enxergam um lugar
seguro para onde ir. Uma parcela procura reuniões pós-denominacionais, outros
vão para os movimentos pára-eclesiásticos, alguns compram a ideia liberal por
serem persuadidos pela boa retórica e vasto material acadêmico desta vertente
de teólogos e por fim, um expressivo grupo decide se manter longe da igreja
institucional, são os chamados: desigrejados.
Um caminho
O que gostaria de lhes propor é que com base numa simples análise, pode-se
notar que a melhor opção a se adotar frente a possíveis decepções com a igreja
evangélica brasileira, é se reformar, e a compatibilidade dos contextos históricos
apontam para isso.
A tradição reformada preza pelo sentido único de cada texto, e estimula que seus
ministros orem e labutem incansavelmente atrás desse sentido, que fora
pretendido pelo autor bíblico e inspirado pelo Espírito Santo de Deus. Isso faz
com que na fé reformada não haja espaço para achismos humanos ou novas
revelações, visto que Deus se revelou de maneira plena na Escritura, com isso
aumenta-se em grande escala a precisão da interpretação bíblica.