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I – CONSELHOS PRÁTICOS
2. Análise mental
– Evitar usar as letras no discurso, antes referir-se a
primeiro tema, secção central, retorno temático, etc.
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CLASSICISMO
Formações instrumentais
Orquestra e piano
Géneros
Essencialmente instrumentais (sonata para piano, quarteto de cordas, sinfonias),
ópera, missa, oratório, concerto, música de câmara
Formas
Forma-sonata
Procedimentos e característica da linguagem
Melodia predominante, acompanhamento em acordes, fraseado organizado em
períodos simétricos (antecedente e consequente), diversidade rítmica de
motivos e trabalho temático, harmonia simples repousando principalmente
entre tónica e dominante, desaparecimento do baixo contínuo, extensão das
modulações a tons mais afastados, desenvolvimento dramático
FORMAS PRINCIPAIS NO BARROCO
ORGANIZAÇÕES FORMAIS
Forma Apontamento Plano Exemplos
A A1 BACH: Courante da
||: A :||: B :|| Suite em Ré
Característica de diversos
Forma suite M: I V I BACH: Gavotte da
movimentos da suite
m: i V i Suite Francesa N.º 5
FORMA BINÁRIA
barroca
iii SCARLATTI: Sonata
em Ré (Tempo di ballo)
A2 BACH: Corais:
Estrutura das canções dos AAB Ach Gott, von Himmel,
Forma bar Minnesänger e Allein Gott in de Höh’ sei
Meistersinger medievais, (A) Stollen Ehr’
assim como de certos Schmücke dich, O Liebe
(B) Abgesang
corais. seele
:||
Scherzo-trio Beethoven como fine minueto Sinfonia N.º 3, III
substituto do minueto- da capo Sonata op. 106, N.º 29,
(sem
trio onde conserva o repetições)
II
plano e o compasso mas
em temo mais rápido
(compasso bate a 1)
B4. CHOPIN: Valsa op. 34,
Forma em arco N.º 1
Forma ternária com BRAHMS: Rapsódia
ABCDCBA
retorno simétrico. em Mib, op. 119, N.º 4
BARTOK: Quarteto a
cordas N.º 5, II
3
D D1 – Alternância de um BACH: Gavotte da
Caso geral refrão com estrofes Partita em mi para
diferentes em número violino solo
variável; MOZART: Sonata em
– Característico do Sib k333, III
último movimento da BEETHOVEN: Sonata
sonata e géneros para violino op. 23 N.º
aparentados. A B A C A D A... 4, III
movimentos centrais ou
terminais de uma sonata. A A’ A’’...
E2 E2.1. PURCELL: Lament
Variações Ground (Dido and Aeneas)
sobre um E2.2. BACH: Crucifixus, da
baixo ostinati Chaconne Missa en Si
E2.3. BACH: Chaconne para
Passacalha violino solo
BACH:Passacaglia
para órgão
BRAHMS: Sinfonia N.º
4, IV
4
F – Característica das SCHUBERT:
FORMA ESTRÓFICA peças vocais construídas Lieder: An Mignon,
sobre um texto estrófico; Der Fisher, An die
cada estrofe sob a Musik
mesma música, com AAA... CHOPIN: Preludio op.
algumas variantes, por 28, N.º 9
vezes;
– Frequente nas canções
populares.
G G1 BACH: Fantasia
Fantasia cromática
Toccata Todas formas fixas que LISZT: Prelúdios
Prelúdio não se enquadram nos Livre DEBUSSY: La Mer
Abertura esquemas anteriores STRAVINSKY: Le
Música Programática Chant du Rossignol
G2 LISZT: Rapsódias
Forma rapsódica Húngaras
Sem retorno temático
BARTOK: Rapsódias
para piano e violino
FORMA LIVRE
A B C D E. . .
G3 Sobretudo no repertório SCHUBERT: Der
Durchkomponiert vocal (contrário da Neugierige
forma estrofica) FAURÉ: Prison op. 83,
N.º 1
G4 BACH: Prelúdios e
Fugas e géneros aparentados Fugas do Cravo bem
Temperado
BACH: Arte da Fuga
BEETHOVEN:
Livre
Sonata op. 106, N. 29,
IV
BEETHOVEN:
Grande fuga para
quarteto de cordas
FORMA CARACTERÍSTICA CLÁSSICO (& ROMANTICO)
Caso geral Estrutura tripartida oriunda Exposição Desenvolvimento Reexposição Forma sonata monotemática:
de uma forma binária
alargada, construída sobre |: A :|: B A :| HAYDN: Quarteto de cordas op.
76, N.º 3, I
um tema (monotemática) ou
a b a b C.P.E. BACH: 2.ª Sonata, I
sobre dois temas M: I V I __ HAYDN: Sinfonia Oxford, I
(bitemática), frequentemente i III I __
separados por uma transição. ou Forma sonata bitemática:
A forma-sonata clássica é V
geralmente bitemática e HAYDN: Sonata em Dó, N.º 5, I
• a e b – primeiro e segundo tema ou MOZART: Sonata em Fá, K332, I
FORMA SONATA
concerne, comummente, ao
grupo temático BEETHOVEN: Sonata op. 2, n.º 1,
primeiro andamento das
• O percurso tonal é absolutamente I
sonatas e géneros
imperativo na forma-sonata BEETHOVEN: Sinfonia n.º 4, I, II,
aparentados (daí comum a • As repetições são por IV
designação: allegro de • vezes omitidas
sonata).
Uma secção exploratória –
Desenvolvimento –, antecede
uma reexposição do
bitematismo apresentado.
Forma sonata Frequente no movimento Idem, sem o Desenvolvimento MOZART: Quarteto K. 387, II
sem lento da sonata e dos géneros MOZART: Abertura de “As Bodas
desenvolvimento aparentados. de Figaro”
BEETHOVEN: Sonata op. 2, N. 1,
ou
II
sonata-lied TCHAIKOVSKY: Abertura do
“Quebra-Nozes”
BINÁRIA
TERNÁRIA
Beethoven
A B A [B = Episódio contrastante]
A
— da capo A —
FORMA BINÁRIA
A B (A) —— A = Antecedente vs. B = Consequente
MOZART: Sonata n.º 6, em Ré maior, III.º andamento (Tema e variações)
THEMA
B
9
FORMA1
FORMA TERNÁRIA
A B A(‘)
Uma percentagem esmagadora de formas musicais é composta estruturalmente em três
partes, a terceira sendo, por vezes, uma repetição exacta da primeira (frequentemente
também sob a forma de repetição modificada).
Aparente derivação do antigo rondeau, em que os interlúdios eram inseridos entre as
repetições do refrão, a repetição faz o desejo de ouvir, novamente, aquilo que fora
assimilado numa primeira escuta, entretanto o contraste é útil a fim de contrariar a
monotonia.
As secções que produzem contrastes de vários tipos e graus são encontradas num grande
número de formas: por exemplo na pequena forma ternária (também conhecida por forma-
canção ternária), no minueto, no scherzo e em sonatas ou sinfonias.
1
Apontamentos extraídos do livro: SCHÖNBERG, Arnold, Fundamentos da Composição Musical
FORMA SONATA2
O termo forma sonata, faz referência à organização de um único andamento (e não ao
conjunto constituído por uma sonata, uma sinfonia ou uma obra de câmara de três ou quatro
movimentos).
Com apogeu do seu uso no fim do século XVIII, e apelidada também de allegro de sonata
ou de forma do primeiro movimento, consiste numa organização tripartida.
As três partes são Exposição, Desenvolvimento e Reexposição, contribuindo para a
clareza da sua estrutura a regular repetição da Exposição (as secções Desenvolvimento e
Reexposição repetem-se por vezes, ainda que com menos frequência).
2
Apontamentos extraídos do livro Sonata Forms, de Charles Rosen.
BEETHOVEN,
Bagatela
op.
119,
n.º
1,
em
Sol
m
Forma Forma ternária
Eixos
!
W.
A.
MOZART,
Sonata
nº
2,
K280
I.º
andamento
Assai
Allegro
—
Forma
sonata
—
SECÇÃO
EXPOSIÇÃO
[cc.
1‐56]
SUBSECÇÃO
1.ª
ÁREA
TEMÁTICA
2.ª
ÁREA
TEMÁTICA
[cp.
1‐26]
[cp.
27‐54]
CODETTA
PARTE
1.º
TEMA
2.º
TEMA
TEMA
[cp.
54‐56]
TRANSIÇÃO
—
PROPOSIÇÃO
—
—
PROPOSIÇÃO
—
CADENCIAL
COMPASSOS
1‐13
27‐43
13‐26
43‐54
54‐56
1‐7
7‐13
27‐34
35‐43
CADÊNCIA
CA(I)
CS
CAI
CAP
CAP
CAP
EIXO
TONAL
Fá
M
Dó
M
COMENTÁRIOS
Caracteristicamente
Tercina
marcam
a
Ascendente.
A
concluir
a
Cadência
alargada
Advém
do
2.º
tema
descendente.
diferença.
Tema
no
baixo.
proposição,
com
sequência
(diminuído
Motivo
a)
(altura
fixa):
Não
modulatória
Motivo
rítmico
do
1.º
recuperação
das
melódica
(modelo
parcialmente)
(mantém‐se
Fá
M).
tema,
agora
com
tercinas
da
de
3
tempos)
Cp.
18‐22:
Sequência
arpejo
ascendente
transição
diatónica
encaminha
(contrário
do
1.º
(unindo‐se
Motivo
b)
ao
final
em
64
tema):
assim
o
2.º
com
o
(descendente):
cadencial
(em
Fá
M).
1.º
temas)
que
contrapõe
com
linha
descendente
em
semicolcheias
(cp.
28)
Modulação
da
transição
anterior
subentende‐se
nos
três
primeiros
compassos
do
2.º
tema
‐
Si
natural
surge
apenas
fim
do
cp.
29
(3.º
cp.
do
2.º
tema)
1
W.
A.
MOZART,
Sonata
nº
2,
K280
I.º
andamento
Assai
Allegro
—
Forma
sonata
—
SECÇÃO
DESENVOLVIMENTO
[cc.
56‐82]
PARTE
A
B
C
COMPASSOS
57‐66
67‐75
75‐82
CADÊNCIAS
CS
(CS)
CS
EIXO
TONAL
Dó
M
Ré
m
COMENTÁRIOS
Introdução
de
motivo
secundário
(x):
Sequência
em
5.as
descendentes
Inicio
com
sequência
em
5.as
(cp.
75‐
—
Ré
–
Sol
–
Dó
–
Fá
—
77),
com
harmonias
6.ª#
alemã
(1.º
com
motivo
do
2.º
tema
(com
função
de
tempo
do
cp.
75),
64
cadencial
(cp.
76),
tonicizações)
V/V
(cp.
77)
e
V
(cp.
78).
Prepara
modulação
a
Ré
m.
Preparatório
da
Reexposição
(importância
da
tensão
com
a
pedal
em
Lá
–
dominante
de
Ré)
SECÇÃO
REEXPOSIÇÃO
[cc.
83‐108]
SUB‐SECÇÃO
1.ª
ÁREA
TEMÁTICA
2.ª
ÁREA
TEMÁTICA
[cp.
1‐26]
[cp.
109‐141]
CODETTA
PARTE
1.º
TEMA
2.º
TEMA
TEMA
[cp.
142‐144]
TRANSIÇÃO
(Proposição)
(Proposição)
CADENCIAL
COMPASSOS
83‐95
109‐130
95‐108
131‐54
54‐56
83‐89
89‐95
109‐122
123‐131
CADÊNCIA
CAP
CS
CAI
CAP
CAP
CAP
EIXO
TONAL
Fá
M
COMENTÁRIOS
Textual
com
a
primeira
Cp.
95‐100
textual
Agora
na
tónica
(Fá)
Na
tonalidade
da
Na
tonalidade
da
Igual
à
da
Exp.,
apresentação
na
com
a
Exp.,
e
com
membro
tónica
–
Fá,
com
tónica,
mesma
agora
em
Fá.
Exposição.
alterações
nos
cp.
alargado
(14
a
mesma
extensão
que
101‐103
(harmónicas
compassos
ao
invés
extensão
da
aquela
da
Exp.
e
acrescento
de
dos
8
na
E
xp.)
apresentada
na
motivo
no
agudo),
Exp.
novamente
textual
nos
cp.
104‐108).
2
ANÁLISE MUSICAL | BREVE GLOSSÁRIO
Abgesang (al.) Secção conclusiva de cada estrofe nas melodias dos Minnesänger e
Meistersinger (Bar) e, mais geralmente, segundo elemento da forma bar.
Air 1. Melodia;
2. Composição vocal ou instrumental de carácter melódico;
3. Air de cour: canção poética francesa (fim XVI – XVII), estrófica, a
uma ou mais vozes, com superius predominate para inteligibilidade
da palavra; a partir de 1600, a uma voz com acompanhamento.
Bar (al., masc.) Canto dos Minnesänger e Meistersinger e, por extensão, nome da
forma (estrutura formal) das suas canções.
Barroco Época bastante viva na música, do extremo do fim do século XVI até
à primeira metade dó séc. XVII e que corresponde à época do baixo
contínuo.
Stollen (al.) Primeira secção de cada estrofe nas melodias dos Minnesänger e
Meistersinger (Bar) e, mais geralmente, primeiro elemento da forma
bar.
1