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PROJETOS INDUSTRIAIS
TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA
• Engrenagens......................................................pág. 1
• CRITÉRIO DE PRESSÃO
• CRITÉRIO DE FLEXÃO
• CRITÉRIO DE PRESSÃO
MANCAIS DE DESLIZAMENTO.................................pág. 3
• Radiais
• Axiais
• Mistos
• MATERIAIS EMPREGADOS NA CONFECÇÃO DAS
BUCHAS............................................................pág. 4
• MANCAIS DE PTFE.............................................pág. 5
• TIPOS DE ROLAMENTOS....................................pág. 5
• Cargas..............................................................pág. 7
CÁLCULO DO ROLAMENTO....................................pág. 8
DIMENSIONAMENTO DE MÁQUINAS DE
LEVANTAMENTO...................................................pág. 11
• Verificação dos Grupos Mecânicos
• Classe de funcionamento
• Estado de solicitação
• Exercícios
• Mecanismos de levantamento.............................pág. 14
CABOS DE AÇO.....................................................pág. 15
• Propriedades dos cabos de aço
• Resistência à abrasão
• Posicionamento dos fios
• TIPOS DE ROLAMENTOS....................................pág. 17
• Cabos pré-formados
• Cabos anti-giratórios
• DIMENSIONAMENTO DO CABO DE AÇO..............pág. 18
Engrenagens
CRITÉRIO DE PRESSÃO:
dp =rpm Z . ms
Mt i ±1
bdp21 = 2 . f 2 . 1
.
p 2
.ϕ p i (cm3) 71620 . N
ϕ
1(2) adm MT =
n
Onde:
b = largura do pinhão (cm)
dp 1 = diâmetro primitivo do pinhão (cm) MT = momento torçor kgf. Cm
ƒ = fator que envolve características elásticas do par N = potência cv
N = potência em (cm) N = rpm
I = relação de multiplicação
P1 (2) = pressão admissível de contato (kg /cm2) MT
pU =
ϕp = fator de correção de hélice RP
n1 = rotação pinhão (r.p.m.)
PU = força tang kgf
O fator (ϕp) é dado em função de β o através
RP = raio primitivo
da seguinte tabela:
ϕp 1,0 1,11 1,22 1,31 1,40 1,47 1,54 1,60 1,66 1,71
βo 0º 5º 10º 15º 20º 25º 30º 35º 40º 45º
V7 - 1
Aplicação:
Dimensionar a ECDH para as seguintes condições:
Flexão e desgaste:
Dados: N = 10 cv Z = 19 material SAE 1045 beneficiado
n = 900 rpm βo = 20º uso 9 horas diária
i = 2,7 ϕo = 20º utilização e incidência de carga máxima.
Z 19 19
Zn = ∴ Zn = ∴ Zn = ∴ Zn = 22,89 ∴ Zn = 23 dentes
cos . β O
3 3
cos 20º 0,8297
N 10
dp = 288 3 ∴ dp = 288 3 ∴ dp = 64,26 mm
n 900
64,26
dp = Z . ms ∴ = ms ∴ ms = 3,38
19
mn mn
ms = ∴ 3,38 = ∴ mn = 3,17 ∴ Mn = 3,25 nomalizado
cos β cos 20º
mn 3,25
Recálculo de ms e dp ∴ ms = ∴ ms = ∴ ms = 3,45 ∴
cosβ cos20º
dp = Z . ms ∴ dp = 19 . 3,45 ∴ dp = 65,55 mm
71620 . N 71620 . 10
MomentoTor çor = MT = ∴ MT = ∴ MT = 795,77 kgf . cm
n 900
MT dp 795,77 6,555
PU = ∴ RP = [cm] PU = ∴ RP = ∴ RP = 3,2775 cm
RP 2 3,1775 2
PU = 242,79786 kg
PU . q 242,797 . 3,2 23
b= b= σfadm = = 15,33 kgf / mm 2
σ fadm . mn . e . ϕ R mm 15,33 . 3,25 . 0,8 . 1,35 1,5
9 horas uso
b = 14,43 mm a Flexão.
MT i + 1 [ kgf / cm2 ]
Padm = 2 . f2 . 2
.
b . dp , ϕ p i
795,77 2,7 + 1
Padm = 2 . 1512 2 . 2
.
1.443 . 6,555 . 1,40 2,7
Padm = 4572288 . 9,16743 . 1,3703704
V7 - 2
Determinação da vida em horas:
49 . HB
Padm = ∴ HB = 185 kgf/ mm 2
w 16
49 . 185 49 . 185
7578,95 = ∴ w 16 = w 16 = 1,1960745
w 6
1 7578,95
w = 1,1960745 6 ∴ W = 2,9278
h = 54,219
w . 10 6 2,9278 . 10 6
tendo : h = ∴h= ∴ muito curta
60 . n 60 . 900
Para 2 anos de uso que dureza deverá ter 6570 horas de uso :
w 16 = 6
w ∴ w 16 = 6
354,78 ∴ W 1/6 = 2,66
OBS.: O material deverá ser tratado termicamente pelo processo de tempera por
chama ou por indução.
HB ≅ 411,42 kgf /mm2 que eqüivale a 44 HRC.
V7 - 3
Dependendo do tipo esforços aplicados os mancais são:
RADIAIS: Forças preferencialmente radiais.
FR >>>Fa
MANCAIS DE DESLIZAMENTO
São do tipo:
Bronze:
V7 - 4
¾ Liga cobre - estanho 78 –7 chumbo15 – contendo 75,0 a 80,0% de cobre, 2,0 a
8,0% de estanho, 1,0% máximo de zinco e 13,0 a 16,0% de chumbo;- empregada
para pressões médias, em mancais para automóveis.
¾ Liga cobre - estanho 70 –5 chumbo 25 – contendo 68,0 a 73,0% de cobre, 4,0 a
6,0 de estanho, 1,0% máximo de zinco e 22,0 a 25,0% de chumbo;- empregada
em mancais para altas velocidades e pressões baixas.
¾ O limite de resistência à tração dessas ligas para mancais varia de 10,0 kgf/ mm2,
para as que contém maior teor de chumbo, a 18,0 kgf/ mm2.
¾ Adiciona-se chumbo para melhorar as propriedades lubrificantes ou de antifricção
das ligas, além da usinabilidade. O zinco é igualmente eventualmente adicionado,
atuando como desoxidante em peças fundidas e para melhorar a resistência
mecânica.
¾ Também podemos fabricar mancais de : ligas de alumínio, ferro fundido, ligas de
zinco, ligas de magnésio, madeira, borracha, vidro, material porcelanizado,
carbetos duros, buchas grafitadas (até 300ºC) .
¾ Podemos também, fabricar mancais com PTFE.
MANCAIS DE ROLAMENTO
TIPOS DE ROLAMENTOS:
V7 - 5
Cada tipo de rolamento tem propriedades características que o tornam particularmente
apropriado para certas aplicações. Entretanto, não é possível estabelecer regras
rígidas para a seleção do tipo de rolamento, já que para isso tem que ser considerados
diversos fatores.
As recomendações que são dadas a seguir, servirão para indicar, em uma
determinada aplicação, os detalhes de maior importância para efetuar a seleção do
tipo de rolamento mais adequado.
Espaço disponível
Na maioria dos casos, pelo menos uma das dimensões principais do rolamento,
geralmente o diâmetro do furo, é determinada pelas características do projeto da
própria máquina.
Normalmente são selecionados rolamentos rígidos de esferas para eixos pequenos
diâmetro, enquanto que para eixos de grandes diâmetros podem ser escolhidos os
rolamentos rígidos de esferas, os de rolos cilíndricos ou os auto-compensadores de
rolos.
Quando o espaço radial é limitado, deverão ser selecionados rolamentos de pequena
seção, por exemplo gaiolas de agulhas, rolamento de agulhas com ou sem anel
interno, certas séries de rolamentos auto-compensadores de rolos.
Quando o espaço axial é limitado e são necessários rolamentos particularmente
estreitos, para cargas radiais ou combinadas, podem ser utilizadas algumas séries de
rolamentos de uma carreira de rolos cilíndricos ou rígidos de esferas e, para cargas
axiais, gaiolas axiais de agulhas e algumas séries de rolamentos axiais de esferas.
V7 - 6
Cargas
DIREÇÃO DA CARGA
Carga radial
Carga Axial
Carga combinada
A carga combinada consiste de uma carga radial e uma axial que atuam
simultaneamente.
Para suportar cargas combinadas são utilizados principalmente os rolamentos de
esferas de contato angular de uma ou duas carreiras, e os rolamentos de rolos
cônicos. Também são utilizados os rolamentos rígidos de esferas e os rolamentos
auto-compensadores de rolos.
Quando a componente axial representa uma grande parcela da carga combinada,
pode ser aplicado um rolamento axial separado para suportá-la, independentemente
da carga radial.
Além dos rolamentos axiais, para suportar cargas puramente axiais podem também
ser utilizados rolamentos radiais adequados, por exemplo rolamentos rígidos de
esferas ou rolamentos de esferas de quatro pontos de contato. Para se ter a certeza
de que esses rolamentos são submetidos somente a carga axial, os anéis externos
devem ser montados com folga radial no alojamento.
Fs = 2,0 Ft = 1,0
Fr = 655 kgf Fs = 2
Po . Fr 655 . 2
Co = ⇒ Co = ⇒ Co = 1310 kgf ou
Ft 1
Co = 12838 N
Lh . n . 60
C = P. P*
106
V7 - 8
Onde:
C = capacidade de carga dinâmica.
P = carga dinâmica equivalente [N].
Lh = vida nominal expressa em horas
n = rotação [rpm].
*P = 3 para rolamento de esfera.
*P = 10/3 para rolamentos de rolos.
Onde:
Fr = Carga Radial
Fa = Carga Axial
x = Fator Radial
y = Fator Axial
Para carga e rotação variável segue a fórmula:
q1 n2 q2 n q
P = 3 P13 . n1 . + P23 . . + ... Pn 3 . N . N
nm 100 nm 100 nm N 10
Rotação média
q1 q2
nm = n1. + n2 . + ... [rpm]
100 100
Para cargas sujeitas a alterações, mas a rotação permanecer constante
obteremos:
q1 q2
P = 3 P13. + P23. + ...
100 100
Pmin + 2 . Pmáx
P=
3
Lh . n . 60
C = P. P*
106
P = x . Fr + y . Fa
V7 - 9
Neste momento faremos uma pré-escolha utilizando um rolamento de diâmetro
40mm que se encontra no catálogo SKF-página 118, entre o máximo e o
mínimo valor para fazermos o pré-cálculo da capacidade dinâmica.
Observação:
P = x . Fr + y . Fa
Verificando Fa/ Fr, obtemos o valor de 0,33, que por sua vez é menor do que e,
portanto o catálogo (SKF) nos fornece valor de x = 1 e y = 0.
P = x . Fr + y . Fy
P = 5880 N
Lh . n . 60 20000 . 800 . 60
C = P. P* 6
⇒ C = 5880 . 3 =
10 106
C ≅ 58005,3 N
V7 - 10
Verifique-se que o rolamento escolhido não atende a solicitação devida de
20000 h e carga dinâmica de 58005,3N pois o rolamento resiste a C =16.800N.
Solução:
1962N
Temos: Fa/Co = = 0,054
36.500N
Valores para x e y:
x = 0,56 y = 1,6
P = 0,56 . 600 + 1,6 . 200 P = 6428,8N
20000 . 800 . 60
C = 6428,8 . 3 ⇒
106
C = 63419,1 N
CLASSE DE FUNCIONAMENTO
V7 - 11
C. F. Tempo (horas) Duração Total (horas)
diário
V0,25 < 0,5 800
V1 > 1 e ≤ 2 3200
V2 > 2 e ≤ 4 6300
V3 > 4 e ≤ 8 12500
V4 > 8 e ≤ 16 25000
V5 > 16 50000
ESTADO DE SOLICITAÇÃO
ES 1:
ES 2:
ES 3:
V7 - 12
Combinando a classe de funcionamento com o estado de solicitação, selecionamos o
grupo mecânico:
C. F. V0 , 25 V0 , 5 V1 V2 V3 V4 V5
E. S.
1 1MB 1MB 1MB 1MA 2M 3M 4M
2 1MB 1MB 1MA 2M 3M 4M 5M
3 1MB 1MA 2M 3M 4M 5M 5M
Exercícios:
02. Para se verificar que tipo de polias móveis se colocaria em um moitão de uma
ponte rolante foram fornecidos os seguintes dados: trabalhará em média 5 h/ dia
e estima-se que em 50% de sua vida trabalhará a plena carga. Qual seu grupo
mecânico?
V7 - 13
PELA DIN (DIN – 15020)
MECANISMOS DE LEVANTAMENTO
V7 - 14
1: MOTOR ELÉTRICO
Geralmente assíncrono de indução de anéis, cuja característica deve ser a de partir a
plena carga.
2: LUVA ELÁSTICA
Esta luva serve para dar proteção ao motor, tanto pelo alinhamento como para
conseguir com êxito a rotação constante entre o motor e o redutor.
3: REDUTOR DE VELOCIDADE
É necessário devido a rotação em que se encontra o motor e a velocidade que se
deseja dar à carga no movimento de subida e descida.
4: TAMBOR
Serve para armazenar o cabo de aço. O tambor pode ser liso ou ranhurado.
5: FREIO
O freio, quando se trata de pequenas e médias intermitências, será eletromagnético e
para grandes intermitências, eletrohidráulico. Quando se trata de motor de corrente
contínua, teremos freio a disco.
6: MOITÃO
É o nome dado à série de polias responsável pela subdivisão da carga em diversas
ramais de sustentação.
7: CABO DE AÇO
Este elemento de tração serve para elevar ou descer a carga.
Começaremos agora a estudar com mais detalhes cada um desses componentes e
verificando como dimensioná-los se for o caso.
CABOS DE AÇO
Os cabos de aço são formados por diversos fios, de bitola, em geral entre 0,4 a 5 mm
aproximadamente, que se enrolam helicoidalmente. São fabricados com Aço ABTN
1060 ou 1070.
Obs: Podemos encontrar na praça, cabos com acabamento galvanizado (tratamento
com zinco à quente), usado para equipamentos que trabalham em atmosferas
corrosivas. Este tratamento fornece ao cabo uma resistência final de
aproximadamente 10% menor que o comum.
V7 - 15
- VANTAGENS DA ALMA DE FIBRA:
1. O cabo é mais flexível possível;
2. A alma se comporta como uma esponja, ou seja, retém o lubrificante, liberando-o a
medida do necessário.
- VANTAGENS DO A. A.
1. Maior resistência ao amassamento ( ideal no caso de enrolamento no tambor liso
em mais de uma camada).
2. Resistência à ruptura (τ rup)
- DESVANTAGENS DO A. A.
1. Menor flexibilidade que o de A. F. exigindo diâmetro de enrolamento maior para
uma mesma durabilidade.
2. Maior peso que o A. F.
RESISTÊNCIA À ABRASÃO
Quanto maior a bitola dos arames da camada mais externa das pernas de um cabo de
aço, maior será a sua resistência à abrasão ao passar por polias, tambores, etc.
A - SEALE
- O número de fios na primeira camada é igual ao número de fios na Segunda
camada em cada perna.
- Características:
⋅ Elevada resistência à abrasão e pouca flexibilidade.
- Aplicações típicas:
⋅ Equipamentos de mineração em geral, cabo de arraste de caçamba em
escavadeiras.
V7 - 16
B - WARRINGTON
- Um arame central + 6 arames finos na primeira camada + 6 arames finos e 6
grossos na segunda camada por perna.
- Características:
⋅ Elevada flexibilidade devido às colocações de fios finos na periferia das pernas.
⋅ Baixa resistência à abrasão.
- Aplicações:
⋅ Sistema de elevação de talhas, ponte rolante, etc.
C - FILLER
Composto de um arame central + 6 fios finos na primeira camada + 6 fios finos na
segunda camada + 12 fios grossos na terceira camada.
- Características:
⋅ Intermediária entre dois anteriores.
- Aplicações:
⋅ Em geral, guindastes e escavadeiras.
TIPOS DE ROLAMENTOS
A - LANG
Nos cabos com enrolamento tipo LANG, o sentido do enrolamento dos fios que
compõe as pernas e das pernas que compõe o cabo coincidem. Portanto, podemos ter
cabos com enrolamento tipo LANG nos dois sentidos.
B - REGULAR
Nos cabos com enrolamento tipo REGULAR os sentidos de enrolamento são
contrários.
Obs.: No tipo LANG o cabo é mais flexível e tem maior tendência de giro que o
REGULAR.
Vantagens:
CABOS ANTI-GIRATÓRIOS
Contém duas camadas de pernas enroladas em sentidos opostos com efeitos opostos
de giro. Como conseqüência, são extremamente rígidos só justificando a sua
aplicação em guindastes que trabalham com um único cabo de elevação.
V7 - 17
DIMENSIONAMENTO DO CABO DE AÇO
- PELA ABNT
Fórmula:
dc min = Q . Fmax [mm]
Onde:
dcmin = diâmetro do cabo mínimo possível
Q = coeficiente em função do grupo do mecanismo
Fmax = Força máxima de tração na região mais solicitada do cabo [kgf]
Grupo mecânico Q Q
Cabo comum Cabo Anti-Giratório
1MA 0,265 0,280
1MB 0,280 0,300
2M 0,300 0,335
3M 0,335 0,375
4M 0,375 0,425
5M 0,425 0,475
Fmax [mm]
Fórmula: (k) Ver página V10-8
dc min = k
Onde:
K = coeficiente em função do grupo mecânico (vide tabela I pg V10-10)
O valor obtido nesta fórmula deve ser comparado aos valores pré-estipulados para o
mecanismo de acordo com a tabela de C. S.
Frup
C.S =
Fmáx
Frup = valor tabelado para o cabo escolhido – vide tabela de cabo de aço.
Fmáx = valor calculado.
V7 - 18