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FAZENDA PÚBLICA DO DF
URGENTE!
Processo nº. 0758368-14.2018.8.07.0016
HEITON LENO DOS SANTOS RIBEIRO, já qualificado nos autos, curador de seu genitor Sr. JOÃO
GALENO RIBEIRO GOMES, nos termos do art. 4º, III, do Código Civil, c/c o art. 72, I, do Código
de Processo Civil de 2015, também já devidamente qualificado nos autos, vem,
respeitosamente por intermédio de seu advogado, in fine assinado, procuração anexa, informar
e ao final requer a este r. JUÍZO em caráter de URGÊNCIA o:
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paciente veio a óbito! Ocorre, Excelência que a informação prestada é improcedente,
inverídica, mentirosa, pois, ainda que em estado grave o Sr. João Galeno está vivo!
– II –
DOS PEDIDOS
a) DETERMINE que o paciente Sr. João Galeno seja imediatamente transferido para UTI –
Unidade de Terapia Intensiva, a fim de que seja cumprida a decisão judicial elencada;
b) Seja aplicada a multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) em desfavor do GDF;
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ANEXOS
1. Procuração
2. DOC. 1 – Laudo Médico
3. DOC. 2 – Decisão Judicial
4. DOC. 3 - Decisão Judicial
5. DOC. 4 – Contestação - PGDF
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Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS
3JEFAZPUB
3º Juizado Especial da Fazenda Pública do DF
AUTOR: JOAO GALENO RIBEIRO GOMES REPRESENTANTE: HEITOR LENO DOS SANTOS
RIBEIRO
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
JOAO GALENO RIBEIRO GOMES e outros, neste ato representado por seu filho, HEITOR LENO DOS
SANTOS RIBEIRO, ambos qualificados na petição inicial, ajuizou a presente ação em desfavor de
DISTRITO FEDERAL.
De acordo com as aduções autorais, o postulante encontra-se internado no HRPa – Hospital Regional do
Paranoá, em estado crítico de saúde.
Após a descrição de seu quadro clínico, a parte autora suscita o dever do Estado de garantir o direito à
saúde a todos. Tece suas considerações de mérito. Requer, ao final, a concessão antecipada da tutela
perseguida, para que seja internado em UTI de hospital público ou particular, caso não haja vagas nos
hospitais distritais, e que os custos da internação dê-se às expensas do Distrito Federal.
No mérito, pleiteia a confirmação do provimento antecipatório da tutela pretendida.
Acosta aos autos documentos.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
Primeiramente, diante da gravidade dos fatos e da urgência verificada, nomeio o (a) Sr. (a) HEITOR
LENO DOS SANTOS RIBEIRO, como curador do ora requerente, especificamente para este feito, nos
termos do art. 4º, III, do Código Civil, c/c o art. 72, I, do Código de Processo Civil de 2015.
Prosseguindo, nos termos do artigo 300 do Novo Código de Processo Civil cabe ao juiz deferir a tutela de
urgência, entre elas a antecipação de tutela, desde que haja probabilidade do direito e perigo de dano.
Ambos encontram-se presentes na situação em apreço.
Quanto à probabilidade do direito, de acordo com o art. 196 da Constituição Federal, a saúde é direito de
todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
O direito à saúde encontra-se indiscutivelmente relacionado ao próprio direito à vida, bens jurídicos, a
toda evidência, de incomensurável valor, que devem, inclusive, ser preferidos a outros bens de somenos
importância.
Em casos similares ao daqui tratado, a jurisprudência desta i. Casa de Justiça respalda a tese autoral, a
exemplo do aresto a seguir, “in verbis”:
REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AÇÃO
OBRIGAÇÃO DE FAZER. PERDA DO OBJETO. AFASTADA. INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA (UTI). ALEGAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE LEITO NA REDE
PÚBLICA. SAÚDE. DEVER DO ESTADO. REMESSA OFICIAL CONHECIDA E NÃO PROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA.
1. Amorte do autor não implica em perda do objeto, tendo em vista que a confirmação da antecipação de
tutela, ou seja, a confirmação da obrigação do Distrito Federal em internar o autor em lei de UTI é
necessária e útil a fim de evitar qualquer ação regressiva contra os herdeiros.
2. Nos termos do art. 196 da Constituição Federal, a saúde é direito de todos e dever do Estado, o
qual deve garanti-la por meio de políticas sociais e econômicas.
3. Eventuais limitações orçamentárias enfrentadas pelo Poder Público não justificam a omissão em
oferecer tratamento médico básico à população, especialmente às pessoas que se encontram em
estado grave de saúde e não dispõem de condições para arcar com os custos inerentes à rede
hospitalar privada.
4. Nesse contexto, impõe-se a manutenção da decisão que condenou o Distrito Federal a arcar com os
custos da internação do autor em Unidade de Terapia Intensiva de hospital particular.
5. Reexame necessário conhecido e não provido. Sentença mantida. (Acórdão n.923464,
20140110836258RMO, Relator: ROMULO DE ARAUJO MENDES, 1ª Turma Cível, Data de
Julgamento: 24/02/2016, Publicado no DJE: 07/03/2016. Pág.: 270)
A enfermidade de que sucumbe a parte autora encontra-se plenamente comprovada na petição inicial,
restando patente a caracterização do perigo de dano, fazendo-se a internação intentada o meio capaz de
salvaguardar a saúde do postulante. Registre-se, ainda, que a recomendação de internação em UTI ora
acostada é subscrita por médico da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal, Dra. Lara
Alchimim, CRM/DF 10.282.
Ante o exposto, DEFIROo pedido de antecipação de tutela, com vistas a determinar ao DISTRITO
FEDERAL a internação do autor em Unidade de Terapia Intensiva, de hospital público ou particular com
suporte que as suas necessidades (SUPORTE CORONARIANO). Caso não haja vagas nas unidades
hospitalares da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, deverá o réu providenciar a internação
do postulante em hospital particular conveniado ou não à rede pública de saúde, arcando com o necessário
e adequado tratamento médico.
Caberá ao réu arcar também com a pronta e imediata transferência do postulante para o respectivo
hospital, bem como com todas as despesas oriundas do tratamento dispensado ao autor.
INTIME-SEa Central de Regulação de Internação Hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde.
Cumpra-se a presente decisão no horário especial previsto no § 2º do art. 212 do Código de Processo Civil
de 2015, caso assim se necessite.
Advirta-se que, em caso de descumprimento desta decisão judicial, será apurada a responsabilidade
criminal por desobediência, sem prejuízo da eventual prisão em flagrante.
Por fim, defiro à parte autora os benefícios da gratuidade de justiça.
Intimem-se.
ATRIBUO À PRESENTE DECISÃO FORÇA DE MANDADO DE INTIMAÇÃO.
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3º Juizado Especial da Fazenda Pública do DF
AUTOR: JOAO GALENO RIBEIRO GOMES REPRESENTANTE: HEITOR LENO DOS SANTOS
RIBEIRO
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
JOAO GALENO RIBEIRO GOMES e outros, já qualificada nos autos, formula pedido de
cumprimento de decisão judicial em ação de obrigação de fazer ajuizada em face do Distrito Federal, que
antecipou os efeitos da tutela para deferir a sua internação em leito de UTI.
Em suas argumentações, aduz que o(a) autor(a) encontra-se esperando desde o dia 20/12/2018, a sua
internação em leito de UTI, em estado grave, com risco de morte.
A hipótese é de deferimento do pedido, haja vista que o prejuízo por eventual descumprimento da
decisão proferida anteriormente (comprovada pelos documentos acostados à peça petitória) é nefasto,
impondo-se medida mais enérgica para garantir a efetividade do provimento liminar, determinando-se ao
Distrito Federal realize o procedimento supracitado na rede pública, ou transfira o paciente para a rede
hospitalar privada, arcando com os custos necessários.
Nesse sentido, considerando que decisão deferida anteriormente não foi suficiente para coagir o Réu a
cumprir a determinação judicial, faz-se necessária a imposição de multa cominatória, de modo a garantir a
eficácia do provimento jurisdicional e da efetivação e cumprimento do mínimo existencial pelo Estado em
relação à sociedade.
Diante do que foi exposto, DETERMINO que o DISTRITO FEDERAL cumpra a tutela antecipada na
decisão anterior, preferencialmente em hospital particular, para internação do paciente, ora requerente, em
LEITO DE UTI, arcando o Distrito Federal com os custos decorrentes, SOB PENA DE MULTA
DIÁRIA DE R$ 5.000,00 (Cinco mil reais) até o limite de R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais).
Intime-se o Distrito Federal e a Secretaria de Saúde, por meio do Núcleo de Judicialização, ou quem as
suas vezes fizer, assim como a CENTRAL DE REGULAÇÃO DE LEITOS DE UTI DO DF para garantir
a internação do paciente em Leito de UTI particular.
Quanto ao pedido para que o Secretário de Saúde seja intimado pessoalmente, deixo para o Juiz natural
analisar tal pleito, haja vista a inexistência de indicação do domicilio do precitado agente público.
(assinado eletronicamente)
PROCURADORI A-GERAL DO DI STRI TO FEDERAL
PROMAI - Grupo de Ações Comuns
Processo: 0758368-14.2018.8.07.0016
CONTESTAÇÃO
aos termos da inicial, aduzindo, para tanto, os fundamentos de fato e direito que passa a
expor.
Trata-se de ação proposta por JOÃO GAL ENO RI BEI RO GOM ES, neste
ato representado por seu filho, HEI TOR L ENO DOS SANTOS RI BEI RO, cujos
fundamentos encerram pretensão voltada a promoção, pela Secretaria de Estado de
Saúde do Distrito Federal, da internação em Unidade de Terapia Intensiva UTI da rede
pública, ou na sua impossibilidade, da rede privada, às suas expensas.
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Nos termos do art. 337, II e III, do NCPC, incumbe ao réu, antes de discutir o
mérito, alegar a incorreção do valor da causa e a incompetência absoluta e relativa.
Pois bem. In casu, foi atribuído à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais).
Em verdade, tais causas são de valor inestimável, pois seu objeto é a prestação
de um serviço público devido pelo Estado para a concretização da proteção à vida e
saúde; direitos fundamentais calcados no valor da dignidade humana, sem conteúdo
econômico-patrimonial e, portanto, não sujeitos à conversão em qualquer proveito
econômico.
M ister salientar que j á houve pr onunciamento expr esso sobr e o tema pelo
egr égio TJDFT. Com efeito, r estou fixada a tese or a defendida por este ente
feder ado no I RDR 20160020245629, de Relator ia do ilustr e Desembar gador
Gilber to Per eir a de Oliveir a, no sentido de que o valor da causa não é cr itér io
suficiente par a a definição da competência, in verbis
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Por outro lado, por se tratarem de direitos fundamentais, não há falar sequer na
possibilidade de opção dos autores pela conversão da obrigação em perdas e danos, para
o fim de pagamento dos dias de internação em UTI ou pagamento do equivalente aos
medicamentos, ao tratamento ou à realização do procedimento cirúrgico.
Como reforço da tese, deve-se lembrar que nesse tipo de demanda não há
sequer possibilidade de eventual expedição de precatório nem de requisição de pequeno
valor referentes à equivalência do serviço pleiteado. Isso reforça o entendimento de que
o valor da causa vem sendo incorretamente fixado pelas partes adversas com base em
inexistente “proveito econômico”.
XXVI . Dessa for ma, sej a por qual lado ou per spectiva se
investigue as demandas em apr eço, não há como fugir de
uma ver dade indelével, os valor es dados a esse tipo de causa
tem car áter mer amente estimativo, sej a por não poder
pr ecisar , de início, o exato valor dos tr atamentos, sej a pelo
obj eto pr incipal se subsumir a uma obr igação estatal,
consubstanciada na pr estação do ser viço público de saúde e,
não a pecúnia ou qualquer valor a título indenizatór io.
Noutro diapasão, cumpre salientar que não se pode falar em violação ao direito
à saúde por parte deste ente federado, que tem empreendido esforços de toda ordem
para levar a bom termo suas competências constitucionais e legais.
Internação Hospitalar CRIH, sendo responsável pela regulação dos leitos hospitalares dos estabelecimentos
assistenciais de saúde do DF, vinculados ao SUS, sejam próprios, conveniedos ou contratados.
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de Saúde do Distrito Federal, aprovou diretrizes e critérios para serem utilizados pela
Central de Regulação de Internação Hospitalar em relação aos pacientes a serem
internados nas UTI's Adulto, Pediátrica e Neonatal, da Rede SES/ Distrito Federal
(próprios, conveniados e contratados) quanto à:
1) Priorização da admissão de pacientes nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI)3;
2) Condições específicas ou patologias determinadas apropriadas
para admissão à UTI;
3) Critérios para a alta da UTI;
Observa-se, assim, que o Distrito Federal não se furta de seu dever legal de
assegurar o direito à saúde a todos de for ma igualitár ia - garantia constitucional
estabelecida no artigo 196 da CF/88 -, mas, ao contrário, prima pelo atendimento
igualitário e efetivo aos pacientes, com base nas diretrizes normativas e técnicas acima
citadas.
3 PRI ORI DADE 01 Pacientes criticamente enfermos, em coma ou não, e instáveis que necessitam de cuidados de
Terapia Intensiva e monitoração que não pode ser provida fora do ambiente de UTI. Usualmente, esses tratamentos
incluem suporte ventilatório, drogas vasoativas contínuas, etc. Nesses pacientes, não há limites em se iniciar ou
introduzir terapêutica necessária. Exemplos destes doentes incluem choque ou pacientes com instabilidade
hemodinâmica, pacientes em insuficiência respiratória aguda necessitando de suporte ventilatório, inclusive
neonatal; prematuro abaixo de 1500g na primeira semana de vida.
PRIORIDADE 03 Pacientes criticamente enfermos mas que têm uma probabilidade reduzida de sobrevida pela
doença de base ou natureza de sua doença aguda. Esses pacientes podem necessitar de tratamento intensivo para
aliviar uma doença aguda, mas limites ou esforços terapêuticos podem ser estabelecidos como não intubação ou
reanimação cardio-pulmonar. Exemplos incluem pacientes com neoplasias metastáticas complicadas por infecção,
tamponamento ou obstrução de via aérea; prematuros extremos abaixo de 25 semanas e/ ou peso abaixo de
500g; mal formações incompatíveis com a vida; hemorragia intra/ peri/ ventricular de grande extensão.
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Único de Saúde - SUS, trouxe conceitos, ou, ao menos, indicativos que reforçam, in
casu, a observância das portarias supracitadas quanto à assistência terapêutica integral.
Confira-se:
“ Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a
alínea d do inciso I do art. 6o consiste em:
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a
saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as
diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a
doença ou o agravo à saúde a ser tratado ou, na falta do
protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P;
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar,
ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas
pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS,
realizados no território nacional por serviço próprio,
conveniado ou contratado.”
“ Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são
adotadas as seguintes definições:
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas
coletoras e equipamentos médicos;
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que
estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo
à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e
demais produtos apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a
serem seguidos pelos gestores do SUS.” (Grifo nosso)
Desse modo e até mesmo em respeito aos demais pacientes que aguardam
uma vaga de leito de UTI (princípio da isonomia art. 5º, caput, da CF/88) -, todos
deveriam se submeter à Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal, de maneira a evitar que aqueles que recorram ao Judiciário sejam
privilegiados em relação aos demais.
Mas a Carta Magna foi mais além. Afirmou, ainda, que o Poder Público tem
que cumprir esses deveres com base na Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade e Eficiência, bem como de forma econômica e com um orçamento
equilibrado. A Lei Maior também estabeleceu uma série de restrições de índole
material, formal e temporal na execução dos orçamentos públicos, tudo com vistas a
preservar o equilíbrio orçamentário e atuarial, evitando situações típicas de nosso
passado recente, em que se gastava mais do que se arrecadava e se emitia papel-moeda a
todo o tempo, gerando uma inflação galopante.
Pois bem. Para cumprir seus deveres constitucionais, o Estado elabora uma
série de políticas públicas, engendradas por profissionais especializados nas mais
diversas áreas do conhecimento humano, de modo a alcançar soluções coerentes e
ajustadas aos objetivos perseguidos. Especificamente na área da saúde, os agentes
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Ora, com base em um orçamento que é limitado, tanto por razões materiais
quanto jurídicas, é natural que se tenha que eleger prioridades, com lastro nas principais
necessidades da população local.
Neste diapasão, não é preciso muito esforço para constatar que apesar dos
milhões gastos pelo Estado na persecução do "bem comum", sempre surgirão avanços
tecnológicos cujos médicos particulares vão afirmar serem "de ponta", mas que na
verdade apresentam ganho terapêutico muito próximo ou pouco superior às terapias
convencionais.
DO PEDI DO
Protesta, por fim, provar o alegado por todos os meios em direito admitidos,
principalmente pela juntada de novos documentos.
N. Termos,
P. Deferimento.
Brasília, 26/12/2018
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