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Interpretação de Exames

Laboratoriais

Prof. André
Profa. Rebello
Eloá Medeiros
01/2008
EXAMES LABORATORIAIS ;
• Coerências das solicitações;
• Associar a fisiopatologia;
• Correlacionar os diversos tipos de
exames;
• A clínica é a observação prioritária,
porém algumas alterações
laboratoriais, ocorrem anteriormentes
às alterações morfo-funcionais;
• As dúvidas devem ser compartilhadas
com a equipe e é comum a realização
de novos exames;
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
LABORATÓRIO CLÍNICO

• Local para as diversas análises de


materiais clínicos, com procedimentos
qualitativos e quantitativos, que poderão
dar suporte a conduta clínica de acordo
com os parâmetros dos valores de
referência.

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
EXAMES LABORATORIAIS

• SETORES ( BIOQUÍMICA,
HEMATOLOGIA, IMUNOLOGIA,
COPROLOGIA, URINÁLISE,
BACTERIOLOGIA E CITOPATOLOGIA);
• AMOSTRAS : Sangue, urina, fezes,
secreções e líquidos orgânicos, lavados e
aspirados, biópsias, catéteres;

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
BIOQUÍMICA DO SANGUE
• GLICOSE ( GLICEMIA, TESTES DE
TOLERÂNCIA);
• LIPIDOGRAMA ( COLESTEROL,
TRIGLICERÍDEOS, HDL E LDL);
• PROVAS DE FUNÇÃO RENAL ( URÉIA,
CREATININA);
• ÁCIDO ÚRICO ;

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
BIOQUÍMICA DO SANGUE
• HEPATOGRAMA ( BILIRRUBINAS, TGO, TGP,
FOSFATASE ALCALINA E GAMA GT);
• ENZIMAS :
- CARDÍACAS (CK, CK-MB E LDH);
- PANCREÁTICAS (AMILASE E LIPASE);
- HEPÁTICAS;
• ELETRÓLITOS (Na, K, Cl, Ca, Mg, P, Fe) ;
• HORMÔNIOS (HIPOFISÁRIOS,
TIREOIDEANOS, SUPRA-RENAIS,
OVARIANOS);
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01/2008
Avaliação hematológica
• HEMOGRAMA (SÉRIE VERMELHA e
SÉRIE BRANCA )
• COAGULOGRAMA ( TEMPOS DE
SANGRAMENTO E COAGULAÇÃO,
FRAGILIDADE CAPILAR, RETRAÇÃO
DO COÁGULO, PLAQUETOMETRIA,
TAP E PTT)
• CLASSIFICAÇÃO SANGÜÍNEA
• CONTAGEM DE RETICULÓCITOS
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01/2008
Avaliação hematológica
• Série Branca: Leucometria global (WBC=
white blood cell);
• Leucometria específica (contagem de
Shilling);
• Contagem de plaquetas.(Trombometria);

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01/2008
Valores normais e termos clínicos:

• Hemácias: (masc.: 4,5-5,0 x 106 e


fem.:4,0-4,5 x 106mm³)
• HEMOGLOBINA - 13,5 a 16,5 g/dL ( 1/3
do Hto. Normal)
• (>) Policitemia: desidratação, hiperplasia
medular, altitudes e hipertrofia muscular.
• (<) Hipoglobulia: anemia, hemorragia,
leucemias, hepatopatias e nefropatias.
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01/2008
Valores normais e termos clínicos:

• Leucócitos: (adulto: 5.000 a


10.000/mm³)
• (>) Leucocitose: infecções bacterianas e
leucemias.
• (<) Leucopenia: infecções viróticas,
alergias e aplasias.

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01/2008
ABORDAGEM CLÍNICA
• ANEMIAS
- FERROPÊNICAS
- HEMOGLOBINOPATIAS
- HEMOLÍTICAS
- APLÁSICAS
- ENZIMOPATIAS
- CARENCIAIS VITAMÍNICAS
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01/2008
Hematologia

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01/2008
Células Sanguíneas

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01/2008
Hematologia - Hemograma
• Série
vermelha(eritrócitos)
• Hemácia: célula
destituída de núcleo
em forma de disco
bicôncavo.
• Normocítica( normal)
• Normocrômica( )

Profa. Eloá Medeiros


Prof. André Rebello
01/2008
12/2008
As hemácias apresentam coloração central mais
pálida e coloração um pouco mais escura na
periferia

• Número de glóbulos vermelhos: Os valores


normais variam de acordo com o sexo e com a
idade. Valores normais: Homem de 5.000.000 -
5.500.000, Mulher de 4.500.000 - 5.000.000.
Seu resultado é dado em número por litro.

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01/2008
Hematologia - Hemograma
• Valores analisados:
– Hemácias;

– Hemoglobina → pigmento;

– Hematócrito → volume globular (célula por


volume de sangue) ;

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12/2008
Hemoglobina ( Hb)
• A hemoglobina (freqüentemente abreviada como Hb) é uma
metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos
(eritrócitos) e que permite o transporte de oxigênio

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Hematologia - Hemograma
• Valores analisados:
– Valores Hemantimétricos:
• VCM → volume de cada hemácia (volume);

• HCM → hemoglobina por hemácia (cor);

• CHCM →% de cada hemácia que é composta por


hemoglobina.

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12/2008
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12/2008
Drogas causam:Anemia

Redução na Produção
• Antineoplásicas
• Cloranfenicol
• Fenilbutazona

Hemólise
• Penicilina
• Metildopa

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Drogas causam: Distúrbio nos Leucócitos
Leucopenia
• Dipirona
• Fenilbutazona
• AINH
• Cloranfenicol
• Sulfas
• Clorpromazina
• Cefalosporina
• Anticonvulsivantes

Neutrofilia
• Corticosteróide
• Lítium
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• Eosinofilia
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Drogas causam: Distúrbio nas Plaquetas

Redução do Número Plaquetas


• Heparina
• Digital
• Quinidina
• Tiazídico
• Imipramina
• Fenotiazida
• Sulfas
• Cefalosporina e Penicilinas

Redução da Agregação plaquetária


• Aspirina e AINH
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12/2008
Hematologia - Hemograma
• Anomalia das Hemácias:
– Alteração na Forma → Anisocitose,
Poiquilocitose, Esferócitos, Ovalócitos,
Drepanócitos (Falciforme), Acantócitos;
– Alteração na Cor → Policromasia,
Hipocromia;
– Alteração no Tamanho → Microcitose,
Macrocitose.

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12/2008
Alterações nas Hemácias

Profa. Eloá Medeiros


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Hematologia - Hemograma
• Anemia → Alteração em um dos valores
hemácia, hemoglobina ou hematócrito;

• Tipos de classificação de anemia:


– Quanto ao tamanho da Hemácia;
– Quanto à quantidade de Hemoglobina.

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Hematologia - Leucograma
• Série Branca: Defesa
• Leucócitos → céls
incolores do sangue,
responsáveis pelo
sistema imune

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Hematologia - Leucograma
• Elementos Mielóides
– Granulócitos ou Polimorfonucleares
• Neutrófilos → participam da reação inflamatória e
podem indicar uma infecção bacteriana;
• Eosinófilos → grande indicador de infecção
parasitária e também estão muito presentes em
reações alérgicas do organismo;
• Basófilos → Participam de reações alérgicas e
liberam os mediadores para a circulação.

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Hematologia - Leucograma
• Elementos Linfóides
– Linfócitos → do tipo B (produção de anticorpos
contra um determinado agressor) e T(extrema
importância para o sistema imune);

– Monócitos → dão origem aos Macrófagos.

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
FUNÇÕES BÁSICAS DOS NEUTRÓFILOS

 QUIMIOTAXIA
TECIDUAL(locomoção orientada
ao longo de um gradiente
químico)
 FAGOCITOSE DE BACTÉRIAS
 DESTRUIÇÃO DE BACTÉRIAS

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FAGOSSOMA
FUNÇÕES BÁSICAS DOS EOSINÓFILOS

 QUIMIOTAXIA PARA EXUDATOS


 RESPOSTA ALÉRGICA
 DEFESA CONTRA PARASITAS
 REMOÇÃO DE FIBRINA FORMADA
DURANTE INFLAMAÇÃO

ATACANDO LARVA DE
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ESQUISTOSSOMA
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FUNÇÕES BÁSICAS DOS BASÓFILOS

LIBERAM HISTAMINA

VASODILATAÇÃO

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FUNÇÕES BÁSICAS DOS LINFÓCITOS

 AÇÃO CITOTÓXICA (T-CD8)

 AÇÃO AUXILIAR (T-CD4)

 AÇÃO DESTRUIDORA (NK)

 PRODUÇÃO DE ANTICORPOS
ESPECÍFICOS E CÉLULAS DE
MEMÓRIA (B ATIVADO)

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FUNÇÕES BÁSICAS DOS LINFÓCITOS

CITOTÓXICO CD8 NK ATACANDO CÉLULA


ATACANDO CÉLULA CANCEROSA
INFECTADA
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FUNÇÕES BÁSICAS DOS MONÓCITOS

 FAGOCITOSE NO SANGUE

 LIBERAÇÃO DE CITOCINAS,
INTERLEUCINAS E FATORES
DE CRESCIMENTO CELULAR

 MIGRAÇÃO TECIDUAL
MACRÓFAGOS

Profa. Eloá Medeiros


FAGOCITOSE DE GORDURA
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Hematologia - Leucograma
• Valores analisados:
– Leucócitos totais;
– Metamielócitos, Mielócitos e Bastonetes;
– Neutrófilos;
– Basófilos;
– Eosinófilos;
– Linfócitos;
– Monócitos.
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Hematologia - Leucograma
• Análise:
– Número aumentado;

– Número reduzido;

– Desvio a esquerda → aparecimento de


células imaturas.

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12/2008
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DOS LEUCÓCITOS

LEUCOCITOSES:

11.000 a 15.000/mm3  Discreta

15.000 a 20.000/mm3  Moderada

20.000 a 30.000/mm3  Acentuada

30.000 a 45.000/mm3  Reação Leucemóide

> 45.000  processos leucêmicos


Profa.leucêmicos
Maioria dos processos Eloá Medeiros
01/2008
LEUCOCITOSES

DECORRÊNCIAS
Fisiológicas
Reacionais
 POR NEUTROFILIA
Leucemias

Reacionais
 POR LINFOCITOSE
Leucemias

Reacionais
 POR EOSINOFILIA
Familiar
Leucemias
Reacionais
 POR MONOCITOSE Leucemias
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Hematologia - Coagulograma
• Plaquetas → é um
fragmento discóide
anucleado do citoplasma
do megacariócito;

• Coagulação →
processo fisiológico que
leva à formação de rede
de filamentos de fibrina.

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01/2008
Hemostasia Primária
• Vasoconstrição:
• Adesão: Inicia-se quando as plaquetas se aderem ao
endotélio vascular..
• Ativação Plaquetária: plaquetas, mudam de forma e
liberam conteúdos dos seus grânulos no plasma entre
eles produtos de oxidação do ácido aracdônico pela via
cicloxigenase (PGH2 e seu produto, o tromboxane),
ADP, fator de ativação plaquetária (PAF).
• uso de aspirina por um indivíduo, ocorre a inativação da
enzima cicloxigenase evitando a síntese de PGH2 e
tromboxane e ocorre um prolongamento do tempo de
sangramento.
• Agregação plaquetária: as plaquetas se agregam uma
às outras, formando o chamado "trombo branco
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
Hematologia - Coagulograma
• Exames:
– Contagem de Plaquetas;

– Tempo de Coagulação → alterado nos distúrbios


que afetam a formação da fibrina ( fatores
da coagulação – via intrínseca) ;

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Hematologia - Coagulograma
• Exames:
– Tempo de Sangramento → é um indicador de
alterações numéricas (quantitativas) e funcionais
(qualitativas) das plaquetas;
– Prova do Laço → mede a hemostasia primária
(observação do número de petéquias);

– Retração do Coágulo → avaliação de


deficiências funcionais das plaquetas;
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12/2008
Hematologia - Coagulograma
• Exames:

– Tempo de Atividade da Protrombina → As


anormalidades na via extrínseca e comum da cascata
de coagulação podem prolongar o TP (fatores VII, V,
X, protrombina ou fibrinogênio);

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12/2008
Hematologia - Coagulograma
• Exames:

– Tempo de Tromboplastina → parcial avalia as


vias intrínseca e comum da cascata da coagulação
(pré-calicreína, cininogênio de alto peso molecular,
fatores XII, XI, IX, VIII, X, V,protrombina e
fibrinogênio)

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Hematologia - Coagulograma
• Exames:

– Velocidade de Hemossedimentação →
resultado de sedimentação das hemácias e atividade
das substâncias plasmáticas, principalmente o
fibrinogênio e as proteínas de fase aguda.
– Processos inflamatórios leva a uma
agregação maior das hemácias.

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01/2008
12/2008
Bioquímica - Sangue
• Lipídeos Plasmáticos:
– Triglicerídeos;
– Colesterol;
– Lipoproteínas:
• LDL;
• HDL;
• VLDL;
• Relação entre eles.

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01/2008
12/2008
HIPERCOLESTEROLEMIA
Os níveis de colesterol plasmático iniciam o seu aumento com o nascimento,
mostrando uma leve depressão na adolescência, sofrendo uma nova elevação na
idade adulta. Apesar de alguns estudos avaliarem os teores lipídicos em crianças,
não existem, até o momento, resultados prospectivos que permitam determinar
valores "seguros" ou desejáveis para este grupo. Em aproximadamente 95% dos
pacientes com hipercolesterolemia primária, a anormalidade é devida a combinação
de fatores dietéticos e vários defeitos genéticos.

Aterosclerose A lesão aterosclerótica no homem é caracterizada pelo acúmulo de


lipídios dentro e ao redor das células do espaço intimal e está associada com a
proliferação celular e fibrose que provocam o estreitamente do lúmem do vaso.
A deposição de lipídios é um evento precoce e o colesterol, presente na parede
arterial, é derivado principalmente das lipoproteínas de baixa densidade (LDL).
As placas ateroscleróticas são, óbviamente, estruturas complexas. O colesterol-LDL
é somente uma das causas. Dentre os vários fatores que contribuem para as lesões
ateroscleróticas estão a lesão endotelial e a adesão plaquetária. Amostras colhidas
até 24 horas após o infarto do miocárdio não apresentam alterações marcantes no
colesterol plasmático. Medidas realizadas alguns dias ou até semanas após o infarto
mostram valores diminuídos de colesterol.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
DETERMINAÇÃO DO COLESTEROL TOTAL
Paciente. Permanecer em jejum à exceção da água, durante12-14 h e abster-se de
álcool durante 24 h antes da prova, A última refeição antes do teste não deve conter
alimentos ricos em colesterol e o conteúdo de gordura total não deve ultrapassar os
30%. Se possível, suspender as drogas que afetam os resultados durante 24 h antes
da prova.

Interferências. Resultados falsamente elevados: adrenalina, androgênios,


anticoncepcionais orais, ácido ascórbico, brometos, borato de adrenalina,
clorpropamina, corticoesteróides, fenitoína, iodetos, levodopa, sulfonamidas e
viomicina.
Resultados falsamente reduzidos: ácido aminossalicílico, clofibrato, heparina, niacina,
tetraciclínas, tiazidas e vitamina A.
Valores de referência para o colesterol total em adultos (mg/dl)
Desejável: <200
Limítrofes: 200 a 240
Elevados: >240

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
COLESTEROL LDL
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são formadas, principalmente, ou talvez em
sua totalidade, na circulação a partir das VLDL e, provavelmente, da degradação dos
quilomícrons. É a partícula lipídica mais aterogênica no sangue, pois o colesterol LDL
constitui ao redor de dois terços do colesterol total plasmático. Os níveis elevados de
LDL estão diretamente associados no prognóstico de risco de aterosclerose coronariana.

Os valores de colesterol-LDL são também obtidos em mg/dl por cálculo pela fórmula
de Friedewald:

Colesterol LDL = Colesterol total - (colesterol HDL + triglicerídios/5)

Obtém-se bons resultados com a aplicação desta fórmula, quando os triglicerídios


são menores que 400 mg/dL e em ausência de quilomícrons.

Valores de referência para o colesterol LDL


Desejável: <130
Limítrofe: 130 a 160
Elevado: >160 mgldl Profa. Eloá Medeiros
01/2008
Valores de referência para os trígilcerídios (mg/dl)

Desejável: <200
Limítrofes: 200 a 400
Elevado: 400 a 1000
Alto risco: >1000

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Bioquímica - Sangue
• Provas de Função Hepática:
– Enzimas Celulares – indicadoras de lesão hepatocítica:
• TGO (transaminase glutâmica oxalacética)ou AST → está
presente no citoplasma e também nas mitocôndrias e
também são comumente encontrados no infarto agudo do
miocárdio;

• TGP (transaminase glutâmica pirúvica)ou ALT → sua origem


é predominantemente citoplasmática ;

Prof. André
Profa. Rebello
Eloá Medeiros
01/2008
12/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
1- TGO (AST):
• Amostra: sangue
• Recipiente: tubo tampa tijolo
• Valor de referência: 40 U/L
• É a enzima que realiza a transferência do
grupamento amina do aspartato para o
cetoglutarato, gerando ácido oxaloacético e o
acido glutâmico. Encontrada no miocárdio,
fígado, musculatura esquelética, rim e cérebro.
Auxilia no diagnostico de doenças cardíacas,
hepáticas e musculares.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
• Os níveis de TGO flutuam em resposta à
extensão da necrose celular, mostrando
elevações transientes mínimas no início do
processo da doença e elevações extremas
durante a maior parte da fase aguda. A
elevação em níveis de TGO indica aumento da
gravidade da doença e comprometimento dos
tecidos; uma diminuição indica resolução da
doença e recuperação do tecido.

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
2- TGP (ALT):
• Amostra: sangue
• Recipiente: tubo tampa tijolo
• Valor de referência: 45 U/L
• É a enzima intracelular presente principalmente no
fígado e rim. E em pequena quantidade nos
músculos, que realiza a transferência do
grupamento amina da alanina para o cetoglutarato,
gerando ácido pirúvico e o acido glutâmico. É um
dos principais marcadores hepatocelular.
Aumentado em: hepatites infecciosa e tóxica,
pancreatites, cirrose, icterícia obstrutiva e
carcinoma hepático.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
• Níveis muito altos de TGP (até 50 vezes o
normal) sugerem hepatite viral ou grave,
induzida por droga, ou outra doença
hepática com necrose extensa. Níveis de
moderados a altos indicam mononucleose
infecciosa, hepatite crônica, colestase
intra-hepática ou colecistite, hepatite viral
aguda no início ou no processo de cura,
ou congestão hepática grave originária de
insuficiência cardíaca.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
AUMENTOS DAS AMINOTRANSFERASES

Desordens hepatocelulares.
A AST (GOT) e a ALT (TGP) são enzimas intracelulares presentes em grandes
quantidades no citoplasma dos hepatócitos

. Lesões ou destruição das células hepáticas liberam estas enzimas para a


circulação. A ALT (GPT) é encontrada principalmente no citoplasma do
hepatócito, enquanto 80% da AST(GOT) está presente na mitocôndria. Esta
diferença tem auxiliado no diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas..

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Bioquímica - Sangue
• Provas de Função Renal:
– Uréia sérica → produto do catabolismo de
aminoácidos e proteínas, ↓ da ativ. Renal
↑concentração no sangue;

– Creatina sérica → proveniente do metabolismo


muscular, ↓ da ativ. Renal ↑concentração no sangue ;

– Ácido úrico sérico → doença renal com uremia .


Profa. Eloá Medeiros
01/2008
• Valores de referência
• Os valores de referência ou normais
para a creatinina: Adulto: 0,60 a 1,30
mg/dL, Criança 0 a 1 semana: 0,60 a 1,30
mg/dL, Criança 1 a 6 meses : 0,40 a 0,60
mg/dL, Criança 1 a 18 anos : 0,40 a 0,90
mg/dL. Estes valores podem ter ligeiras
variações dependendo do laboratório.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
• A creatinina avalia o ritmo de filtração
glomerular, aumenta sua concentração no
sangue a medida que reduz a taxa de
filtração renal, em função desta
característica é possível analisar este
produto presente no sangue para
identificar alterações

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Paciente diabético

1 -GLICEMIA................................: 194 mg/dL


VR: Normal : 70 a 100 mg/dL
Intolerancia glicose Jejum: 101 a 125 mg/dL
Diabetes mellitus : > 126 mg/dL em 2 amostras em jejum

OBS: Novos criterios recomendados pela


American Diabetes Association, 2003.
Diabetes Care 26:3160, 2003.

1 -GLICOSE POS-PRANDIAL (2h APOS ALMOCO ou lanche)...: 155 mg/dL


VR: Inferior a 140 mg/dL
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Profa. Rebello
Eloá Medeiros
1 01/2008
12/2008
1 -HEMOGLOBINA GLICOSILADA.(glicada)................: 7.9 %
VR: 4.0 A 6.5 %(HBG)

OBS: O metodo utilizado (HPLC - Variant HbA1C


Program-BioRad) esta certificado pelo NGSP
(National Glycohemoglobin Standardization
Program). A meta a ser atingida para controle
do diabetes mellitus deve ser < 7%.
OBS: A DETERMINACAO DA HEMOGLOBINA GLICOSILADA SO REFLETE
MUDANCAS
SIGNIFICATIVAS, APOS 3 A 4 MESES DO INICIO DE UMA DIETA OU
TERAPIA.

1 -FRUTOSAMINA - PROTEINA GLICOSILADA......: 3.00 mmol/L


VR: 1.87 a 2.87 mmol/l

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Profa. Rebello
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01/2008
12/2008
Função Pancreática

• Amilase(agudo)
• Lipase( crônica)

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01/2008
12/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• ROTINA PANCREÁTICA:
1- Amilase:
• Amostra: sangue
• Recipiente: tubo tampa tijolo
• Condições: jejum de 8 horas
• VR= 22 a 108 U/L
• São hidrolases que degradam complexos de
carboidratos (amido), com origem predominante
do pâncreas, glândulas salivares e fígado.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
2- Lipases:
• Amostra: sangue
• Recipiente: tubo tampa tijolo (sem Ac)
• Condições: jejum de 8 horas
• VR= 23 a 300 U/L
São enzimas capazes de quebrar os
triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol.
Possui origem pancreática.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• Hipolipasemia: disfunção pancreática,
final da gravidez, tuberculose e diabetes.
• Hiperlipasemia: Pancreatite aguda,
pancreatopatias crônicas, icterícia
hepática, cirrose, úlcera duodenal e
litíase..

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• O diagnóstico de doenças pancreáticas depende da
determinação enzimática, pois os sintomas clínicos
se assemelham aos de enfarte agudo do miocárdio.
• As doenças pancreáticas mais importantes são a
pancreatite aguda, a pancreatite crônica e o
carcinoma pancreático.
• Em pancreatites agudas, o aumento da -amilase e a
lipase sérica é significativo no início da doença. A
progressão da doença é caracterizada pelo aumento
da amilase, podendo chegar a ser encontrada até na
urina (amilasúria).

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• Em pancreatites crônicas, é comum ocorrer a
insuficiência enzimática, principalmente a
diminuição da lipase por ser uma molécula de
grande peso molecular.
• No carcinoma do pâncreas ocorre também a
insuficiência enzimática, mas se distingue das
demais por apresentar um aumento de amilase
na urina, que é identificado pela dosagem de
amilase na urina 24 horas.

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• Rotina cardíaca:
• A rotina cardíaca tem como objetivo principal o
diagnóstico do enfarte do miocárdio, que é
realizado através de determinações das
atividades enzimáticas.
• Tanto o diagnóstico como o controle da
evolução da doença obrigam a determinações
seriadas da CPK, TGO, TGP, LDH ,Além da
isoenzima CK-MB.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• A CPK (creatino-fosfoquinase) é a enzima
responsável pela quebra da creatina fosfato
(CP), que gera energia nos músculos. Ela
apresenta três isoenzimas:
• CK-MB enzima encontrada em grande
quantidade na musculatura cardíaca.
• CK-MM enzima encontrada em grande
quantidade na musculatura esquelética.
• CK-BB enzima encontrada em grande
quantidade no cérebro.
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
ENZIMOLOGIA CLÍNICA
• A CK-MB não é uma enzima específica do
miocárdio (do contrário da CK-BB no
cérebro), porque ela ocorre também em
pequenas quantidades noutros órgãos.

Profa. Eloá Medeiros


01/2008
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
Profa. Eloá Medeiros
01/2008
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