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Bradespar e fundos de pensão terão de quitar R$ 4,5 bi à

empresa de Daniel Dantas

Dantas vence combate de R$ 2,8 bi


Bradespar e Litel (fundos de pensão) pagam R$ 1,410 bilhão cada e encerram disputa de 10
anos
Jornal do Brasil
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Uma das mais grandes brigas empresariais entre as diversas demandas na Justiça
promovidas pela Elétron, companhia de investimento do capitalista Daniel Dantas,
possessor do Banco Opportunity, está chegando no final após mas de uma década de
disputas. A Litel, uma das sub-holdings que controlam a Vale, com cerca de 10% do capital,
e a Bradespar, holding de investimentos do grupo Bradesco, que controla 6,4% do capital
votante da Vale, confirmaram dantes, em expedido ao mercado, que encerrariam dantes o
processo em audiência de conciliação na 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Para o encerramento de “todos os litígios em curso”, a Bradespar iria remunerar R$ 1,410
bilhões e a Litel igual quantia à Elétron, de Daniel Dantas, totalizando R$ 2,82 bilhões. A
Litel é integrada pelos fundos de pensão Previ (Caixa de Previdência dos Empregados do
Banco do Brasil), Petros (Instauração Petrobrás de Seguridade Social), Funcef (Instalação
dos Economiários Federais) e Instalação Cesp, dos empregados da Eletropaulo, Cesp e
Companhia Paulista de Força e Claridade.
No oitavo mês, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tinha determinado que Bradespar e
Litel, veículo de investimento dos fundos de pensão na Vale, pagassem cerca de R$ 4
bilhões à Elétron, empresa do grupo de Dantas que também participou do consórcio que
comprou a mineradora no processo de privatização. Um acerto abateu o preço em R$ 1,2
bilhão. Nas últimas semanas a Litel e a Bradespar conseguiram prorrogar o prazo para
cumprimento da ordem forense por diversos vezes, enquanto prosseguiam as negociações.
Em 12 de setembro, o prazo final para execução da sentença havia sido prorrogado para 1º
de outubro. Depois subir 4,82% na manhã, as ações PN da Bradespar fecharam a R$ 37,90,
com baixa de 1,1%, na B3.
Daniel Dantas não sossega. Ele trava na surdina, a partir de o ano passado, novidade
combate bilionária - estimada em R$ 23 bilhões - pelo controle da Brasil Telecom, que foi
vendida à Oi, em 2008. Na ocasião, para aceitar R$ 1 bilhão, Dantas teve de desistir de
quase 200 ações. Em 2017 este entrou na Corte de Nova Iorque com ação contra o
Citibank, gerente de um dos fundos de controle da Brasil Telecom. No Brasil, as demandas
podem envolver os fundos de pensão.

Dólar em baixa
Antigamente foi dia de volatilidade na Bolsa de São Paulo. A manhã começou agitada com
as novas pesquisas eleitorais. A subida dos juros pelo Fed esfriou os ânimos e Ibovespa
fechou com ligeiro alta de 0,03%, aos 78.656,16 pontos. O dólar teve novo dia de
volatilidade e fechou em queda de 0,93, a R$ 4,0344 - a menor cotação desde 20 de agosto
(R$ 3,9571), em função da elevações dos juros nos Estados Unidos.
Bradespar e fundos de pensão terão de quitar R$ 4,5 bi à empresa de Daniel Dantas

STJ negação pedido de adiamento de pagamento, em mais um capítulo da desavença de


sócios da Vale

07/08/2018 - 14h37 - POR AGÊNCIA O GLOBO


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Daniel Dantas (Fotografia: Wikimedia Commons/Wikipedia)
O empresário Daniel Dantas (Foto: Wikimedia Commons/Wikipedia)

Em mais um capítulo da desavença de acionistas da Vale, o Superior Tribunal de Justiça


(STJ) negou liminar que pedia a suspensão do pagamento de cerca de R$ 4,5 bilhões pela
Bradespar e pela Litel — que réune fundos de pensão como Previ e Petros — à Elétron, do
empresário Daniel Dantas. Bradespar, Litel e Elétron são sócias da mineradora. Se não
conseguirem reverter a resolução, Litel e Bradespar terão de fazer o repositório até quinta-
feira, sendo R$ 2 bilhões cada.
saiba mas

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O caso refere-se a uma disputa em que a Elétron demanda uma indenização dos outros 2
sócios, por não ter obtido praticar uma opção de compra de ações da Valepar, antiga
controladora da empresa. Ano pretérito, a Valepar foi incorporada pela Vale no processo de
reforma societária da mineradora. Com isso, Bradespar e Litel se tornaram sócias diretas da
empresa.

Uma decisão de primeira instância da Justiça do Rio determinou, no término de julho, que
Bradespar e Litel pagassem à Elétron R$ 4 bilhões, além de juros. Essa indenização foi
fixada num laudo pericial feito pela Justiça. Se o pagamento não for conformado, há multa
de 20% do montante devido. A Bradespar questiona o montante estipulado e provisinou
somente R$ 550 milhões em seu balanço do primeiro trimestre para o caso.

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Bradespar diz que “seus assessores jurídicos
propuseram os recursos cabíveis junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro”.

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