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SEG10DEZ
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
Ano 43 • N.º 15473

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

LUANDA ARRECADA 80 MILHÕES DE KWANZAS

NESTA EDIÇÃO

VIVALDO EDUARDO
“Operação Resgate” ajuda
O Desporto
e a Reforma Educativa
OPINIÃO • 7

RUI FALCÃO
a legalizar comércio de rua
O atendimento de cidadãos nas instituições
públicas em Luanda teve um forte impulso
desde o início, a 6 de Novembro, da “Operação
Resgate”, destinada a legalizar o comércio
de rua e a combater transgressões adminis-
trativas e a venda desordenada no país. De
acordo com o Governo Provincial de Luanda,
no mês de Novembro foram encaminhados
mais de 1.500 vendedores de rua para os
mercados oficiais. Os serviços de saúde emi-
tiram mais de mil documentos, entre atestados
médicos, certificados de habitabilidade e
de sanidade, contra 60 do mês de Outubro.
No sector dos Transportes, foram emitidos
820 livretes e 476 licenças de condução de
motociclos, 1003 licenças de veículos de
transporte de passageiros e licenciadas 60
empresas, entre oficinas, stands e escolas
de condução. Este conjunto de acções permitiu
arrecadar para os cofres do Estado cerca de
80 milhões de kwanzas. SOCIEDADE • 24

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

“Vamos pôr termo AFRICANO DE ANDEBOL

à alta corrupção”
POLÍTICA • 2

NIGÉRIA
Mais armas
para combater
Angola joga com
o Boko Haram
ÁFRICA • 8

ANGOLANOS EM PORTUGAL
os Camarões
a meia-final
Angola qualificou-se ontem
para a meia-final do Cam-
peonato Africano das Nações
(CAN) de andebol sénior
feminino, que decorre no
Congo-Brazzaville, ao der-
Propósitos opostos rotar ontem a Argélia por
e os mesmos ideais 41-17. Ao vencer ontem a
DESTAQUE • 4 | 5 equipa do Congo, por 22-21,
os Camarões e Angola vão
ACTO INÉDITO reeditar hoje a meia-final
Igreja Católica beatifica de 2016. DESPORTO • 30
bispos e monges em Argel
ÁFRICA • 8

PROCURADOR MUELLER DECLARAÇÃO UNIVERSAL FOI ADOPTADA HÁ 70 ANOS

Campanha de Trump

Direitos Humanos em tempos de nacionalismos

ainda sob investigação
MUNDO • 9

BIÉ ESPECIAL • 3
Escola Técnica de Saúde
em estado de degradação
REGIÕES • 23 MINISTROS REUNIDOS NO CAIRO AZANCOT DE MENEZES “ACTO 5”
MALANJE
Encerradas mais de 30 Comércio livre junta Viriato da Cruz “Coletes Amarelos”
seitas religiosas
SOCIEDADE • 24 africanos no Egipto foi o “cérebro” fazem novas exigências DR

VOZ E VIOLÃO Os ministros africanos para acelerar a imple- do MPLA MUNDO • 9

do Comércio reúnem- mentação da Zona de
se na quarta e quinta- Comércio Livre Conti- O livro “Percursos da luta
feira, no Cairo, Egipto, nental (ZCLC). ECONOMIA • 11 de libertação nacional – via-
gem ao interior do MPLA,
memórias pessoais”, auto-
FÁBRICAS NO LUBANGO biografia de Hugo Azancot
de Menezes, aponta o nacio-

N’gola e Coca-Cola nalista Viriato da Cruz como

Totó ST em concerto
intimista no Centro
Cultural Português
CULTURA • 29
o “cérebro” e “motor do
MPLA”. A obra reflecte a
despedem operários história do MPLA desde a
sua criação, em Conakry,
A cervejeira N’gola e a a despedir trabalhadores, por Viriato da Cruz, Mário
fábrica de refrigerantes num processo que vai até Pinto de Andrade, Lúcio
Coca-Cola, detidas há ao final desta semana dei- Lara, Hugo de Menezes,
cinco anos pelo grupo xar no desemprego 94 Eduardo Macedo dos Santos
francês BGI, começaram operários. ECONOMIA •11 e Matias Miguéis. POLÍTICA • 2
2 POLÍTICA
RUI FALCÃO
“Vamos pôr termo à alta
corrupção neste país”
Primeiro secretário do MPLA em Benguela diz que um
dos principais erros foi na distribuição da riqueza
MPLA realizou actos políticos em várias províncias para assinalar o 62º aniversário
Jesus Silva | Lobito
O primeiro secretário do MPLA em Ben-
guela, Rui Falcão, garantiu que o partido
vai trabalhar para pôr termo à alta cor-
rupção, custe o que custar.
“Vamos pôr termo, principalmente, à
alta corrupção neste país, custe o que
custar, pois não podemos ter uma Angola
melhor enquanto continuarmos a ter os
desequilíbrios que temos”, disse Rui
Falcão, ao discursar sábado no acto pro-
vincial antecipado para a assinalar o 62º
aniversário da fundação do MPLA, que
se assinala hoje.
Temos que pôr todos os recursos de Angola
ao serviço do nosso povo, melhorando as
nossas escolas, hospitais e a qualidade de
vida das nossas famílias, em detrimento de
alguns encherem os bolsos com o sacrifício
dos outros, sublinhou.
“Não podemos trair a memória daqueles
que deram a sua vida pela nossa inde-
pendência, na convicção de que seriamos
um povo livre e feliz, um povo digno da
pátria que tem”, frisou.
O político garantiu que não se pode
recuar perante esse desafio, nem ter medo
de ninguém, porque não há dinheiro que
pague a consciência dos milhões de mili-
tantes. “Alguns podem ter muito dinheiro,
mas não têm dinheiro suficiente para cor-
romper as nossas mentes”, sublinhou.
Rui Falcão reconheceu que um dos
principais erros que o partido cometeu
foi na distribuição da riqueza. O programa
do MPLA, disse, sempre visou atingir a
independência nacional e conquistar a
independência económica.
“Ninguém queria que fóssemos eco-
nomicamente independentes, que tivés-
semos angolanos ricos que pudessem
dirigir a nossa economia, mas o MPLA
decidiu que tínhamos que ter empresários
ricos, cidadãos que pudessem guiar a eco-
nomia do país, para não estarmos depen-
dentes de terceiros e particularmente de
estrangeiros”, salientou.
Começamos bem, adiantou, “mas man-
tivemos a riqueza nas mãos de meia dúzia
de pessoas, esse foi o grande erro porque
se tivéssemos cumprido o programa, hoje
teríamos muitos mais empresários ricos,
mais emprego e estaríamos muito melhor”.
Rui Falcão exortou aos militantes a
HUGO DE MENEZES
Livro aponta
Viriato da Cruz
como cérebro
do MPLA
O livro “Percursos da luta de
libertação nacional – viagem
ao interior do MPLA, memó-
rias pessoais”, autobiografia
de Hugo Azancot de Menezes,
JESUS SILVA |LOBITO | EDIÇÕES NOVEMBRO aponta o nacionalista Viriato
da Cruz como o “cérebro” e
“motor do MPLA”.
A obra, resultante das
memórias de Hugo Azancot
de Menezes, um dos funda-
dores do MPLA, reflecte a
história do MPLA desde a sua
criação e génese, em Conakry,
p e l o s s e i s f u n d a d o re s ,
nomeadamente Viriato da
Cruz, Mário Pinto de Andrade,
Lúcio Lara, Hugo de Menezes,
Eduardo Macedo dos Santos
e Matias Miguéis.
Na cerimónia de apresen-
tação, que teve sala cheia,
com a presença de académi-
cos, estudantes, governantes,
artistas e membros do MPLA,
foram lembrados momentos
marcantes da vida do general
Hugo Azancot Menezes por
amigos e família.
Em declarações ao Jornal
de Angola, Ismael Mateus,
que fez a apresentação do
livro, considerou a obra como
combaterem o nepotismo e a deixarem uma “contribuição histórica
de proteger as pessoas que lhes são pró- de um dos fundadores do
ximas, apenas, por serem próximas, valo- MPLA que dá a sua versão
rizando o mérito dos que merecem estar sobre importantes aconte-
nos lugares certos, em detrimento dos cimentos da vida do partido,
bajuladores que só querem se aproveitar o papel de cada um dos acto-
da militância. res principais com base nas
“Têm que ser os nossos militantes a memórias pessoais”.
escolher os nossos candidatos, aqueles A história sobre a fundação
em quem o povo se revê pela sua hones- do MPLA, disse, como um
tidade, humildade, sua maneira de ser e dos pontos mais relevantes
de do livro, onde Azancot de
Menezes defende a ideia de
Temos que pôr todos os que o MPLA não foi fundado
recursos de Angola ao serviço em 1956, mas sim em 1960,
do nosso povo, melhorando pela mão de Viriato da Cruz.
as nossas escolas, hospitais e Considerou a obra como
a qualidade de vida das um livro cheio de vida, subli-
nossas famílias - Rui Falcão nhando contudo que não se
deve esquecer “nem perder
de vista que é uma perspec-
tiva individual e a história
estar na vida, pela dedicação ao partido é feita sempre de pequenas
e não os oportunistas que só surgem contribuições individuais e
quando está lá o tacho”, recomendou.
Na Huíla, o primeiro secretário do MPLA
na Huíla, Luís da Fonseca Nunes, reafirmou
nesse caso é uma excelente
contribuição”.
Presente na cerimónia, o
que as áreas da educação, saúde, habitação,
a auto-suficiência alimentar e o combate
à pobreza como prioritárias na agenda de
secretário-geral do MPLA,
Boavida Neto, referiu que o
partido “é um movimento
governação do partido. que foi criado com um pro-
Luís da Fonseca Nunes, que falava no pósito de luta e libertação
acto de massas realizado no município do do povo e teve várias facetas
Chipindo, para assinalar os 62 anos de exis- e actores”.
tência do MPLA, reconheceu que há enga- “É bonito que cada um
jamento para a recuperação da economia, retrate a história do MPLA,
com a busca do crescimento e a diversificação vamos juntar e fazer a his-
da produção de bens e serviços. tória final do nosso movi-
“O estilo de construção da nova Angola, mento”, frisou.
definido pelo MPLA, assenta em agregar Boavida Neto destacou que
todos na constante busca das realizações o mais importante é a com-
sociais e, por isso, seguimos interligados preensão da dimensão que as
aos ideais do nosso partido, para colo- pessoas têm em perdoar o
carmos a nossa província no lugar que passado e viver o presente.
merece”, disse. “Estamos muito satisfeitos
O político referiu que as reformas que com a obra que vai enriquecer
o MPLA está a introduzir nos diversos sec- a história de Angola e do nacio-
tores da vida nacional, visam aumentar o nalismo com protagonistas
grau de inclusão da sociedade e fazer com falando na primeira pessoa”.
que todos tenham oportunidades iguais, Aida Menezes, filha de Hugo
prosperem na vida e que seja garantido o Menezes, disse que o lança-
bem-estar e a felicidade dos cidadãos. mento do livro foi muito espe-
O MPLA continua comprometido com rado por todos os membros
as preocupações do povo, para que seja da família. “Vimos o meu pai
efectivamente corrigido o que está mal e a escrever a vida toda, em
melhorar o que está bem, frisou. bocadinhos de papel”.
Edna Dala |
MALANJE E LUNDA-SUL
Na cidade de Malanje foram distribuídas centenas de cartilhas
Cidadãos sensibilizados
sobre ética nas instituições
Luisa Victoriano | Malanje
As delegações provinciais
da Justiça e dos Direitos
Humanos e do Interior, em
parceria com a Procuradoria
Geral da República, promo-
veram sábado, na cidade de
Malanje, uma campanha de
sensibilização e distribuição
de cartilhas visando a pro-
moção de valores éticos para
o combate à corrupção, bran-
queamento de capitais e con-
flitos de interesse.
Durante a campanha, que
decorreu em todo o país, sob
o lema “ Corrupção, um com-
bate de todos e para todos”,
foram distribuídas cerca de
quatrocentas cartilhas, trans-
mitindo a mensagem aos
cidadãos sobre transparência,
lealdade e rigor.
O delegado da Justiça em
exercício, Nelson Lages, disse
que a campanha enquadra-se
nos festejos do Dia Internacional
da Luta Contra a Corrupção,
assinalado ontem, e visou des-
pertar a sociedade sobre os peri-
gos que a corrupção representa.
Nelson Lages acrescentou
que a actividade permitiu
igualmente encorajar os cida-
TERTÚLIA NO IFAL
Especialistas analisam
finanças autárquicas
Edna Dala
O núcleo de especialistas
em Finanças Autárquicas
promoveu sábado, na sede
do IFAL, uma tertúlia para
reflectir sobre os desafios
financeiros actuais e futuros
no âmbito da realização das
locais autarquias gerais pre-
vistas para 2020.
A vice presidente da Comis-
são Administrativa de Luanda
para a Área Económica, Finan-
ceira e Orçamental, Amélia
Rita, disse que o encontro per-
mitiu reflectir sobre o finan-
ciamento local e como é que
se processa a atribuição dos
recursos aos municípios.
A responsável reforçou que
a interacção entre as admi-
nistrações municipais, gover-
nos provinciais e o Governo
central na distribuição dos
recursos financeiros para se
fazer face às despesas de carác-
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
EDIÇÕES NOVEMBRO
dãos a denunciar as práticas
de corrupção em várias ins-
tituições públicas e privadas.
“Temos constatado que as
reclamações registadas na
nossa instituição são feitas de
forma informal e muitos cida-
dãos não têm tido coragem
de denunciar sobre os actos
de corrupção”, sustentou.
Pretende-se, com a cam-
panha, disse, elevar o nível
de consciência dos cidadãos
sobre os perigos da corrup-
ção, combater e prevenir a
referida prática.
Na Lunda-Sul, o procurador
provincial pediu o engajamento
de todos no combate à corrup-
ção, mediante a obediência à
lei, com o objectivo de promover
a cultura de transparência, inte-
gridade e resgatar a confiança
das instituições.
Em declarações à imprensa,
na abertura da campanha pro-
movida pela PGR, José Umba
valorizou a estratégia de actuar
na prevenção, dentro dos esfor-
ços de combate à corrupção.
Sem avançar números,
referiu que a PGR trabalha
em vários casos de corrupção,
que ainda estão em segredo
de Justiça.
ter local, deve afinar um meca-
nismo funcional e abrangente.
Em declarações ao Jornal
de Angola, Amélia Rita disse
q u e a s p e s s o a s q u e re m
conhecer como é que decorre
o processo de desconcen-
tração e descentralização
administrativa e financeira,
visando a implementação
das autarquias.
O núcleo, informou, mani-
festou interesse em saber
como é que isso vai se pro-
cessar. “De que forma é que
o poder local está a reagir
para a recepção destas novas
responsabilidades e como é
que o Governo Central está
a lidar com a situação derivada
da cedência de algumas com-
petências na afirmação do
poder local?”, questionou.
Toda a mudança gera alguma
resistência e vão surgir alguns
constrangimentos, referiu
Amélia Rita.
ESPECIAL Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 3
DR
Osvaldo Gonçalves

A Declaração Universal dos

Direitos Humanos (DUDH),
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS ADOPTADA HÁ 70 ANOS
adoptada pela Assembleia
Geral da ONU a 10 de Dezem-
bro de 1948, completa hoje
70 anos num contexto som-
brio, marcado pela ascensão
de correntes nacionalistas e
por múltiplos ataques às ins-
tituições multilaterais.
Texto fundador do Direito
Internacional, a declaração,
resultante do trauma causado
Fundador
pela Segunda Guerra Mundial,
sofre hoje forte erosão devido
ao facto de governos e auto-
ridades políticas concentra-
rem-se cada vez mais em
interesses nacionalistas e
do Direito
estreitos, como recentemente
chamou a atenção a alta
comissária das Nações Unidas
para os Direitos Humanos,
Michelle Bachelet, ex-Pre-
sidente chilena.
Internacional
Com o fim da Segunda
Guerra Mundial, que se saldou
na morte de 50 milhões de
pessoas, e a criação da ONU,
a comunidade internacional
comprometeu-se a impedir
sob contexto
que tais atrocidades voltassem
a ter lugar, pelo que os líderes
mundiais decidiram com-
plementar a Carta das Nações
Unidas com um guião que
garantisse os direitos funda-
sombrio
mentais de cada indivíduo
em qualquer parte do Mundo.
Para a elaboração da Decla-
ração Universal dos Direitos
Humanos foi criada uma
Comissão de Direitos Huma-
nos, composta por 18 mem-
bros de diferentes contextos
políticos, culturais e religiosos,
presidida por Eleanor Roo-
sevelt, viúva do Presidente No seu primeiro artigo, a numa monarquia, ou numa ram foram os Estados”, por- aos artigos da Declaração, nas internacional ou põe-
americano Franklin D. Roo- DUDH, que relacciona, em ditadura militar. Francesca que são os governos, e não mas, os EUA, que desem- se tudo a perder”, afirma.
sevelt, e que contava com a 30 pontos, os direitos huma- Klug, renomada académica uma entidade global como penharam um papel de lide- Para ele, a União Europeia
participação de René Cassin, nos, civis, económicos, sociais britânica em matéria de direi- a ONU, que têm capacidade rança, com a chegada de é “o único candidato crível”
de França, que compôs o pri- e culturais, considerando-os tos humanos, disse recente- de implementá-los. Donald Trump à presidên- para substituir os norte-
meiro rascunho do docu- “inalienáveis” e “indivisíveis”, mente à agência France Press cia, com os seus ataques ao americanos nessa tarefa.
mento, o comissário Charles diz que “Todos os seres huma- que a declaração “foi escrita multilateralismo e a saída Michelle Bachelet mini-
Malik, do Líbano, o Vice-Pre- nos nascem livres e iguais em para um momento preciso Eleanor Roosevelt do Conselho de Direitos miza a ideia de que, para
sidente Peng Chung Chang, dignidade e direitos”. como o actual, quando a atrac- é ainda hoje Humanos da ONU, pôs fim que a Declaração Universal
da China, e John Humphrey, Dessa forma, a DUDH rea- ção do nacionalismo e o popu- reconhecida a este período. continue a ser relevante, é
do Canadá, director da Divisão gia ao argumento dos nazistas, lismo propagam-se mesmo como a grande “Os Estados Unidos aban- necessário o apoio de uma
de Direitos Humanos da ONU. acusados no julgamento de em nações democráticas”. impulsionadora donaram qualquer papel de superpotência.
Eleanor Roosevelt é ainda Nuremberga, que defendiam da Declaração defensor internacional dos “Os seus preceitos são tão
hoje reconhecida como a que os líderes de um Estado EUA na era Trump Universal dos direitos humanos, inclusive fundamentais que se podem
grande impulsionadora desta soberano que agem segundo O caso mais mediático é sem Direitos Humanos sobre uma base hipócrita”, aplicar a qualquer dilema
Declaração.O primeiro ras- o que consideram interesse dúvida os Estados Unidos afirmou Gearty, conside- novo”, incluindo mudança
cunho da Declaração foi pro- nacional não podiam ser agora na era Trump. Conor rando a chegada de Trump climática e inteligência arti-
posto em Setembro de 1948, declarados culpados de “cri- Gearty, da London School of O especialista adianta que como o ápice de uma reti- ficial, afirmou.
com mais de 50 Estados mes de lesa-humanidade”. Economics, afirma que, ainda a noção de direitos humanos rada que começou com a A DUDH “resistiu às provas
membros participantes na O texto procurou estabe- que a Declaração tenha sido universais avançou muito chamada “guerra global ao durante os anos passados”
elaboração da versão final. lecer os direitos que cabem criada para estabelecer os durante a segunda metade terrorismo” lançada depois destacou. “Acredito firme-
A Assembleia Geral, reunida a toda e qualquer pessoa, valores que deveriam trans- do século XX, com novos do 11 de Setembro de 2001. mente que seja tão relevante
em Paris, adoptou a Decla- independentemente de viver cender a soberania nacional, tratados multilaterais e legis- “Os direitos humanos pre- hoje como quando foi adop-
ração, com oito nações das numa república democrática, “os que realmente importa- lação nacional para dar corpo cisam de um poderoso mece- tada há 70 anos”, insistiu.
58 que então faziam parte da
organização a absterem-se, DR DR
mas nenhuma dissidência.
O texto final foi acordado em
menos de dois anos, numa
altura em que o mundo se
dividia em dois blocos: oriental
e ocidental, o que dificultou
ainda conseguir um compro-
misso sobre a essência do
documento. Hoje, essa decla-
ração histórica é o documento
mais traduzido do mundo,
estando disponível em mais
de 370 línguas e dialectos.
Alguns especialistas con-
sideram que, embora o movi-
mento mundial pelos direitos
humanos que nasceu após a
Segunda Guerra Mundial
esteja ameaçado, esta come-
moração pode ser uma ocasião
para reafirmar a utilidade da
Declaração. O texto buscava
então retificar a ideia, mantida
durante séculos, de que são
os Estados que devem garantir
os direitos aos cidadãos.
4 DESTAQUE Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO | PORTUGAL

O tempo esbateu
a dor. O sentimento
pela Pátria tocou
mais fundo no seu
coração. Hoje, em
nome de Angola,
trabalha a favor
da comunidade na
nova urbanização
da Quinta do
Mocho, onde
angolanos,
guineenses,
santomenses e
cabo-verdianos
habitam, com
dignidade, em
apartamentos
confortáveis
e coabitam
harmoniosamente

antiga, o Governo português

já tinha feito um levanta-
mento e registado 447 famí-
lias, entre cabo-verdianos,
santomenses e guineenses.
Os angolanos não estavam
incluídos, porque chegaram
depois. Criámos então a
União, para que, com poder
jurídico, pudéssemos intervir
junto das autoridades. Foi
assim que nos receberam
por duas vezes na Assembleia
da República. Fomos também
recebidos por grupos par-
lamentares de diversos par-
tidos portugueses. Foi nesta
altura que convidámos o então
embaixador José Patrício a
ADRIANO PEDRO E LUCAS PEDRO visitar a Quinta do Mocho e
a inteirar-se da nossa situação.
A partir daí, continuámos

Dois angolanos em Portugal: a fazer uma série de con-

tactos de modo formal, até
que, a 24 de Novembro de
1997, o Estado português
cedeu em fazer um outro

propósitos opostos e os mesmos ideais registo, antecedido da assi-

Rosalina Mateta | Lisboa
Lucas Pedro e Adriano Pedro
têm o mesmo apelido, mas
não são da mesma família.
São angolanos. Deixaram
Angola há mais de 30 anos,
rumo a Portugal. Chegaram
a Lisboa com propósitos dife-
rentes. O primeiro quis vencer
no atletismo e o segundo foi
“tentar a vida” nas obras de
construção civil, depois de
um episódio que o fez desa-
creditar no “projecto” Angola.
Durante estes anos, os
dois construíram as vidas
de maneiras distintas. Hoje,
ambos são activistas sociais.
Líderes nas suas comuni-
dades. Têm como missão
principal buscar parceiros
Activista social Adriano Pedro
EDIÇÕES NOVEMBRO e rumou a Portugal. O “El
dourado” que encontrou foi
a d e g ra d a d a Q u i n t a d o
Mocho, que era um conjunto
de edifícios inacabados. Ali,
abrigou-se, trabalhou nas
obras de construção civil,
constituiu família, ganhou
outras valências e estabele-
ceu-se em definitivo na nova
Quinta do Mocho, “num
digno apartamento que rece-
beu do Estado português”.
Aos 54 anos, considera que
a sua vida melhorou muito,
ao ponto de a considerar “está-
vel”. Tem esposa e três filhos,
dois rapazes e uma rapariga.
O tempo esbateu-lhe a dor.
O sentimento pela pátria tocou
mais fundo no coração. Hoje,
em nome de Angola, trabalha
a favor da comunidade na
nova urbanização da Quinta
do Mocho, onde angolanos,
guineenses, santomenses e
cabo-verdianos habitam,
com dignidade, em aparta-
mentos confortáveis e coa-
bitam harmoniosamente.
Activista social engajado
Adriano Pedro define-se
como um activista social.
Contesta muitas posições
de algumas instituições
angolanas, em Portugal e
em Angola. Está à frente da
associação União da Juven-
tude Angolana em Portugal
e do projecto “Comunidade
Activa”. Nestes mais de 30
anos que vive na Europa,
garante que, em prol da
comunidade, bateu-se por
várias causas, com destaque
p a ra a d ig n i d i d a d e d o s
compatriotas.
“Nos anos 1990, quando
os angolanos chegaram à
antiga Quinta do Mocho
natura de um protocolo que
incluiu os angolanos na lista
dos cadastrados. Em 2000,
começaram a ser realojadas
as primeiras famílias na nova
Quinta do Mocho. A nossa
grande luta foi sempre pro-
curar dar alguma dignidade
aos angolanos”, manifesta
Adriano Pedro.
Ultrapassada a questão
habitacional, a associação
continuou a resolver outras
questões dos angolanos, por-
que “o migrante angolano
foi sempre o mais desres-
peitado…”. O activista recor-
dou as dificuldades que os
angolanos passaram para
obter a documentação que
lhes permite viver em Por-
tugal legalmente.

pois já era professor e tinha

que os ajudem a dar aos
migrantes angolanos melho-
res condições de habitabi-
lidade, saúde, ensino e outro
tipo de assistência vinda
das autoridades angolanas
e associações portuguesas.
Abraçaram a causa de todos
como suas. Estão na luta
pela dignidade dos angola-
nos, de outros africanos e
de todos os migrantes na
diáspora portuguesa.
Em 1988, Adriano Pedro
foi apanhado pela rusga das
FAPLA. Era época de guerra
e rigoroso controlo do cum-
primento do Serviço Militar
Obrigatório. Havia muitos
jovens refractários. Não era
o seu caso, como garante,
beneficiado de adiamento
militar. Adriano disse que
ainda mostrou a cópia do
documento, mas “um mili-
tar rasgou. Fui espancado
e atirado para a carroçaria
de um Ural, onde já estavam
outros rapazes recolhidos
em diversa s zona s de
Luanda”, descreve.
Já num dos quartéis de
Luanda, um militar, aluno
seu, reconheceu-o. Escapou
da tropa, mas sentia-se
humilhado, como conta. “Fui
brutalmente agredido diante
da minha família e levado
de tronco nu…”. Magoado no
orgulho, no corpo e na alma,
Adriano Pedro, natural do
Rangel, decidiu deixar Angola
“Comunidade Activa” procura expansão
Conhecedor dos problemas que afectam
a comunidade angolana na Quinta do
Mocho, Adriano Pedro coordena um pro-
jecto denominado “Comunidade Activa”,
cujo objectivo é fazer passar outra ima-
gem daquela urbanização. “A Quinta
do Mocho teve a imagem de um bairro
problemático, onde tudo de mau acon-
tecia; delinquência e etc.”, esclarece.
A intenção dos mentores do projecto
é envolver toda a comunidade angolana,
e não só, na Quinta do Mocho. Vários
parceiros sociais apoiam a iniciativa, a
Câmara Municipal de Loures é a principal
aliada. A Junta de Freguesia de Sacavém
e todas as instituições que funcionam
na jurisdição também ajudam.
O projecto “Comunidade Activa” está
centrado numa revista que funciona
como veículo transmissor das boas prá-
ticas realizadas na Quinta do Mocho. A
publicação é bimensal e está na quarta
edição. 1.500 exemplares são distribuídos
gratuitamente, principalmente nas peni-
tenciárias de Lisboa, onde muitos mem-
bros daquela comunidade se encontram
a cumprir várias penas. “A nossa preo-
cupação é fazer-lhes perceber que, depois
de cumprirem as penas, precisam de se
reintegrar. A revista chega a todas as
cadeias, para que os jovens percebam
que a comunidade mudou”, justifica
Adriano Pedro.
A revista pretende ainda motivar qua-
dros angolanos, formados em Portugal,
a trabalhar em Angola.
"Nos últimos tempos, nota-se que
estes jovens, muitos deles nascidos em
Portugal, perderam a ligação a Angola
e até mesmo com o país em que nasceram.
Como exemplo, falo dos meus filhos,
que, já formados, estão em Londres a
trabalhar… É uma luta para que resga-
temos os jovens angolanos com formação
em Portugal e no resto da Europa, para
que venham, primeiramente, trabalhar
aqui e, depois, para Angola”, manifesta
Adriano. Pede, igualmente, o engaja-
mento, principalmente das instituições
angolanas, “para que se encontre uma
forma de estimular os jovens a prestar
o seu contributo”.
De acordo com o coordenador do
projecto “Comunidade Activa”, está em
curso a expansão da revista a outras
paragens da Europa. “ Pretendemos que
outros angolanos saibam o que estamos
a fazer, através da nossa revista. Porque
existem muitos jovens angolanos for-
mados e espalhados pelo mundo. Esta-
mos em sintonia com eles, mas o que
queremos mesmo é fazer a ponte com
Angola”, disse Adriano.
DESTAQUE Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 5
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO | PORTUGAL

Na diáspora, a história da vida
de Lucas Massokolo Pedro
começa com o desporto, passa
pela “pedreira”, formação
académica e pelo activismo
social. Chegou a Portugal em
1989, na altura praticava atle-
tismo no Petro de Luanda.
Era um atleta promissor. Por
isso mesmo, fazia parte da
Selecção Nacional. Aliás, já
tem no currículo uma pre-
sença em Jogos Olímpicos.
Antes da migração, já
tinha estado em Portugal, a
fazer umas provas de atle-
tismo e a sua prestação foi
c o nv i n c e n te . “ Q u a n d o
regressei, um antigo atleta,
António Andrade, contactou
o g e n e ra l N d a l u p a ra a
devida autorização militar,
para voltar a Portugal, para
o Benfica”, conta.
Com Lucas viajaram atle-
tas como António Santos,
João Ntyamba,Capindissa.
“Estive no Benfica, durante
sete ou oito anos. Depois,
arranjei uma namorada, ela
engravidou e comecei a des-
leixar-me. Ou seja, tinha
grandes qualidades, mas não
treinava como os outros…
Chegou uma altura em que
quase não ia treinar, só apa-
recia nos dias das provas,
mas ainda assim tinha alguns
rendimentos”, descreve.
Aos 22 anos, no meio desta
confusão de desejos que lhe
invadiu a vida, Lucas decidiu
voltar a estudar, para concluir
o ensino secundário. Porém,
Lucas, o atleta
da Selecção levado
pela corrente da vida
outro interregno viria a surgir:
a mulher engravidou pela
segunda vez. A solução para
sustentar a família foi recorrer
às obras de construção civil.
“Fui pintor. Andei muito
tempo a pintar…”. Outros sete
anos marcaram o fim do
“casamento”. Lucas foi viver
em casa da irmã, mas deci-
dido a fazer uma “virada ” na
vida. Para o atletismo não
mais. “Mantive-me na cons-
trução civil e fiz um plano de
vida: “tinha que juntar eco-
nomias para dar entrada para
uma casa”, pensou.
Enquanto reunia dinheiro
e recheio para a nova casa,
o barracão que ocupava
pegou fogo. “Não sei o que
aconteceu, aquilo era um
barracão mesmo. Queimou
completamente. Perdi tudo.
Os meus documentos e até
as minhas economias… Não
tenho recordações dos Jogos
Olímpicos em que participei.
Medalhas, diplomas, tudo
foi consumido pelo fogo”,
até hoje lamenta.
A viver uma sucessão de
tragédias, o pintor, por um
instante, pensou em regres-
sar a Angola. “Mas, como
tinha um foco, mesmo no
dia a seguir ao incêndio fui
trabalhar…”. Uma semana
depois deste revés, Lucas,
que só tinha ficado com um
carro e a “roupa do corpo”,
foi chamado pelo banco
onde já tinha dado entrada
dos documentos para a com-
pra de um apartamento. Por
sorte, era para assinar a Enquanto reunia
papelada que lhe garantia dinheiro e recheio
a compra do imóvel. “Feliz- para a nova casa, o
mente, assim aconteceu”, barracão que
recorda com um sorriso. ocupava pegou fogo.
Com a situação mais “Não sei o que
estável, voltou aos estudos; aconteceu; aquilo
chegou à universidade, era um barracão
licenciou-se em Serviço mesmo. Queimou
Social e fez pós-graduação completamente.
em Política Social. Actual- Perdi tudo. Os meus
mente, está no quarto man- documentos e até as
dato como juiz social, na minhas economias…
Lei Tutelar de Menores, na Não tenho
Câmara de Sintra. recordações dos
Do atletismo, apenas Jogos Olímpicos em
lembranças. Terá passado que participei.
ao lado de uma carreira aus- Medalhas,
piciosa? Lucas acredita que diplomas, tudo
sim. Mas está satisfeito com foi consumido
tudo o que conquistou. pelo fogo”

“Correr” na Estrela da Lusofonia a bem dos imigrantes

Lucas Pedro, em 2009, depois da formação KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO | PORTUGAL

académica, decidiu começar logo a trabalhar

na área de formação, para rentabilizar aquilo
que aprendeu. Fez um estágio num centro
social paroquial, na área de idosos, infância
e reinserção social de jovens.
“Dei conta de que aquela instituição tinha
uma génese… e pensei que, como já tinha uma
certa idade, ao invés de estar a enviar curriculum
para vários lugares, melhor seria criar uma ins-
tituição do género. Então, chamei várias pessoas
para formar os órgãos sociais. Muitas não
aceitaram, tive de arranjar outras e há nove
anos nasceu a Associação Estrela da Lusofonia”,
conta. Certamente, foi outra maneira que arranjou
para voltar a correr, mas a bem dos migrantes.
A organização tem 340 membros e o objectivo
é apoiar migrantes de toda a parte. Mas os
angolanos são os que mais solicitam ajuda.
Lucas Pedro, o presidente, desde a criação da
Estrela da Lusofonia que está à cabeça de
várias actividades.
Já concorreu ao fundo Europeu para finan-
ciamento de vários projectos. Registou-a no
Alto Comissariado Europeu para as Migrações,
foi à busca de parceiros, como a Câmara Muni-
cipal de Sintra, e engajou-se na abertura de
duas sedes em Lisboa, uma no Cacém e outra
no Lumiar.

Projecto Estrela Social

Segundo Lucas Pedro, a Associação Estrela
da Lusofonia está envolvida em vários projectos
e conta com parcerias. Mas, individualmente,
tem os projectos “Estrela Social”, que apoia
a integração dos migrantes, o PAIR, que é o
Programa de Apoio aos Migrantes, e o NPT,
que significa Nacionais de Países Terceiros.
Gere ainda um gabinete de Saúde mental,
para cuidar destes estrangeiros.
As famílias carentes são apoiadas por uma
área específica da associação, denominada
“Cesta Básica”. O incentivo à prática de desporto,
como futebol, basquetebol e xadrez, é da res-
ponsabilidade da área “Viver com Saúde”.
A associação Estrela da Lusofonia “assiste,
maioritariamente, angolanos. Ajudamos, inclu-
sive, estudantes angolanos bolseiros de algumas
Várias associações filantrópicas estão envolvidas em projectos sociais que apoiam muitos migrantes angolanos radicados em Portugal
universidades de Lisboa”, confidencia, evitando
citar as instituições de ensino que apoiam.
De acordo com o presidente da associação,
o volume de trabalho que vão tendo só é
coberto graças às parcerias que têm princi-
palmente, com várias entidades públicas.
“O nosso maior parceiro é o ACM- Alto Comis-
sariado para as Migrações. Contamos também
com o Conselho Nacional dos Refugiados,
Câmara Municipal de Sintra, Junta de Freguesia
do Cacém, S. Marcos e Agualva.
Somos parceiros directos de vários pro-
jectos e fizemos parte da Câmara de Lisboa.
Nesta cidade, temos também uma sede”,
esclarece Lucas Pedro.
Família e carreira
Lucas Massokolo Pedro, 47 anos, pai de cinco
filhos, no dia 21 de Novembro, quando o entre-
vistámos, no Lumiar, considerava-se “um homem
feliz”. Em primeiro lugar, porque tem o que
sempre ansiou. “Os meus filhos estão todos
de saúde e integrados nas escolas; a minha
mulher é professora de Matemática. Os outros
dois filhos estão a estudar em França. Não faço
desporto, mas estou no ginásio, faço caminhadas
e procuro ter um estilo de vida saudável”.
Outra alegria para Lucas Pedro é interagir
com a comunidade e trabalhar em seu proveito.
Conhece bem as dificuldades que enfrenta. Em
relação aos angolanos, enumera a falta de docu-
mentos como o principal problema. Com o
intento de emprestar a sua colaboração, o pre-
sidente da associação Estrela da Lusofonia faz
parte do Concelho da Acção Social de Sintra e
das Juntas da mesma freguesia. Sente que é
indirectamente “ um representante das migrações
naquela zona”. Está integrado e o regresso defi-
nitivo para Angola foi adiado.
6 OPINIÃO Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

O Estado e os direitos
Edifícios classificados como património histórico e cultural situados na Baixa
de Luanda, e não só, deviam ser reabilitados pelo Estado
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

humanos
Os direitos humanos são um assunto incontornável em todo o mundo.
Hoje as sociedades estão atentas à violação dos direitos humanos e
as denunciam sob diversas formas e com muita frequência, sobretudo
por via da imprensa e de plataformas, como as redes sociais.
No mundo há ainda graves violações de direitos humanos, mas,
também, e felizmente, as sociedades se vão organizando, cada vez
melhor, para conter os abusos dos poderes públicos que atentam
contra a dignidade da pessoa humana.
Há ao nível do Direito Internacional instrumentos legais que contêm
normas de defesa dos direitos humanos, mas nem sempre elas são
eficazes para impedir que aconteçam casos de violações, tendo o
mundo, depois da adopção e proclamação da Declaração Universal
dos Direitos Humanos pela Assembleia Geral da ONU, em 1948, sido
marcado por actos de genocídio.
Setenta anos depois da adopção e proclamação da referida decla-
ração, assistimos ainda em várias partes do mundo, e mesmo em
países que se dizem democráticos, a violações dos direitos humanos,
o que tem sido uma das causas do surgimento de organizações que
se entregam à defesa intransigente de pessoas que, por exemplo, são
perseguidas, em virtude das opiniões que emitem e que não agradam
aos poderes públicos.
Muitos membros dessas organizações pagaram com a vida, em
várias partes do mundo, a sua entrega à luta pela defesa de homens
e mulheres que combatem pelos seus direitos . Trata-se de homens
e mulheres que resistem à opressão e à discriminação de qualquer
natureza para termos um mundo melhor.
Em Angola há uma estratégia nacional de médio prazo para os
direitos humanos, onde o próprio Estado vai criar mecanismos legais
e institucionais para a sua defesa. Um documento do departamento
ministerial que trata do assunto refere que Angola se quer “tornar
numa referência na garantia , respeito e defesa dos direitos humanos,
baseados nos princípios da dignidade da pessoa humana”. As autori-
dades angolanas estão dispostas a trabalhar com parceiros da
sociedade civil no sentido da promoção da dignidade, justiça, trans-
parência e humanismo.
O facto de o Estado, no nosso país, decidir empenhar-se numa es-
tratégia de defesa dos direitos humanos, considerando-a matéria de
segurança nacional, deixa prever mudanças substanciais no tratamento
de um assunto que suscita acesas discussões na sociedade angolana.
Num Estado de Direito, este produz leis a que também se deve
submeter. O Estado não deve estar acima da lei, praticando actos
lesivos aos direitos e interesses dos cidadãos.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE

CARTAS DOS LEITORES
Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Cassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 A Livraria Lello autoridades competentes des- EleiçõesnoCongoDemocrático
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 Tenho saudade da Livraria Lello sem uma explicação sobre as Sou angolano e vivi na Repú-
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
que vendia livros de diversa na- razões por que muitas obras blica Democrática do Congo
tureza. A Livraria Lello fechou, andam paradas. Há ainda os durante muitos anos. Saí de An-
não sei por que razão, e se trans- casos de edifícios que já foram gola devido à repressão colonial
formou num depósito de lixo. Não uma referência em Luanda, co- e refugiei-me no Congo Demo-
DIRECTOR: Isaquiel Cori (editor) consigo acreditar que num país mo o Hotel Panorama, mas não crático (que então se chamava
Víctor Silva Edna Cauxeiro (sub-editora),
DIRECTOR-ADJUNTO:
Ferraz Neto (sub-editor) e Pereira Dinis que precisa de bons quadros não foram reabilitados ou privati- Zaire). Estudei e trabalhei no
Caetano Júnior
EDIÇÕES ESPECIAIS: se incentiva a expansão de livra- zados. Se o Estado não tem ca- Congo Democrático e muito do
DIRECTOR EXECUTIVO: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Guilhermino Alberto Leonel Kassana e Yara Simão rias. A Livraria Lello era visitada pacidade, por exemplo, para que sei hoje devo-o ao que
EDITOR EXECUTIVO:
por muita gente. Moro próximo reabilitar o Panorama ou um aprendi em escolas deste país.
Diogo Paixão FOTOGRAFIA: da ex-Livraria Lello e fiquei triste novo Hotel Turismo, deve pro- Escrevo esta carta para apelar
Francisco Bernardo (editor-chefe),
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa Rogério Tuti (editor), quando este estabelecimento en- mover concurso público para aos irmãos do Congo Democrá-
José Cola, Adérito Cortez, Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro,
João Gomes, José Soares, Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, cerrou as portas. Temos no país que algum privado possa fazer tico para se unirem no sentido
Nuno Flash, Paulo Mulaza, Kindala Manuel, Santos Pedro;
GRANDE REPÓRTER: poucas livrarias. Dizem-me que aquilo que as autoridades não de organizarem eleições livres e
Luísa Rogério
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: devo ir a superfícies comerciais estão em condições de fazer. O transparentes, com vista a que
Adão Diogo (Lunda Sul),
EDITORIAS:
POLÍTICA: Alberto Coelho (Cabinda), comprar livros. Estado não deve fazer tudo. Sei haja definitivamente estabilidade
Vladimir Prata (Namibe),
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e Bernardino Manje (sub-editor) Esídoro Natalício (Cuanza-Norte), Será que essas superfícies comer- que há um programa para pri- política na RDC.
Jaime Azulay (Benguela),
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala
e Garrido Fragoso Jesus Silva (Lobito), ciais têm os livros de que eu preciso? vatizar empresas públicas. Sem estabilidade política não se
Estanislau Costa (Huíla),
OPINIÃO: João Mavinga (Zaire), Será que uma superfície comercial Que o Estado se livre de acti- pode resolver outros problemas.
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (sub-ditor) Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
SOCIEDADE: Silvino Paulo (Uíge), entende de livros? Que eu saiba vidades para as quais não está É necessário que as instituições
Lourenço Manuel (Cuando Cubango), Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Nhuca Júnior (editor),
Alberto Pegado (editor), Noé Jamba (Bengo), os livreiros têm um conhecimento vocacionado. Temos de ter um do país funcionem com norma-
Quinito Kanhamei (Cunene),
José Meireles (editor),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes, Samuel António (Moxico), específico sobre livros. Que se in- Estado que não intervenha de- lidade, para se fazer face aos
Fernando Cunha (Huambo),
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão, Carla
Bumba e Mazarino da Cunha Francisco Curinhingana (Malanje) centive os empresários a apostar masiado na economia e deixar complexos problemas que o Con-
REGIÕES: no negócio dos livros, para bem que os privados aqueçam a go Democrático enfrenta. O Con-
Sérgio Chivaca (editor-chefe), PAGINAÇÃO E ARTE:
Béu Pombal (sub-editor), Eugenia Victor, Adilson Santos, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Soares Neto, dos nossos estudantes e quadros economia, por via de empresas go Democrático é um país com
Filipe Eduardo Ana Dinamene, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele,
ECONOMIA:
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, Saldanha Pedro já formados. Já agora gostava rentáveis. Estamos numa eco- grande potencial económico.
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Cristóvão Neto (editor-chefe),
Armando Estrela (sub-editor),
Armando Pululo, Casemiro Pedro que os governantes pensassem na nomia de mercado, em que o Havendo paz no Congo Demo-
e Edna Mussalo
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino Joaquim redução dos impostos que recaem Estado deve deixar de ser tam- crático, o seu povo poderá cons-
MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa COPY DESK:
sobre a importação de livros. bém empresário ou comercian- truir um país próspero.
DESPORTO:
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo Soares, Esperança Vieira Dias, João Sá. FILOMENA JOÃO te. O Estado deve concentrar- Que os políticos congoleses te-
Amândio Clemente (editor-chefe), Ingombota
Anaximandro Magalhães (sub-editor), António Cristóvão, se na edificação e reabilitação nham consciência de que é ele-
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,
António de Brito e Honorato Silva
O Jornal de Angola
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina
de infra-estruturas, como es- vada a sua responsabilidade.
CULTURA: tradas, linhas férreas, pontes, O povo congolês e a comunidade
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (sub-editor),
Francisco Pedro (sub-editor), PUBLICIDADE: Obras inacabadas para que haja muita actividade internacional querem uma RDC
Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque Silva (+244) 926 406 929
GENTE E FIM-DE-SEMANA: (+244) 923 402 700 Temos em várias partes da ci- produtiva. com paz e segurança.
António Cruz (editor-chefe), e-mail: publicidade@jornaldeangola.com dade de Luanda obras que não GERVÁSIO ANTÓNIO EMÍLIO DONGALA
são concluídas. Era bom que as Rangel Bairro da Mabor
OPINIÃO Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 7
PERSPECTIVA ANÁLISE

Vivaldo Eduardo Eduardo Magalhães |*

CITAÇÕES
“O combate à

O desporto corrupção é de
todos e não
Angola na Feira Comercial
e a Reforma Educativa
apenas dos órgãos
de Justiça.”
Hélder Pitta Grós
Intra-Africana
Procurador Geral da República

“Se com poucos A presença de Angola na Feira Comercial Intra-Africana, primeiro

evento do género em África, é uma oportunidade que deve ser apro-
meios conseguimos veitada com a necessária valorização da presença do nosso país numa
Como qualquer processo pedagógico, o treino com os docentes de Matemática, Estudo do concluir processos plataforma com enorme potencial para que sejam compartilhadas in-
desportivo precisa de estar apoiado em fortes Meio, Inglês ou Língua Portuguesa a ensinarem complexos e formações relacionadas à economia, nomeadamente o comércio,
bases de sustentação. Estas, são adquiridas na os primeiros passos aos desportistas do futuro, mercado e investimento.
fase inicial da carreira dos praticantes, para que equivale mais ou menos a lançar sementes de introduzir em juízo,
A expectativa é a de que Angola possa ser vista como um país capaz
atinjam um alto nível de desempenho, na etapa feijão à terra e esperar que cresça batata. na medida em que de atrair potenciais investidores e, na medida do possível, possa ser
da máxima realização desportiva. Pela escola passa a maioria das crianças do os meios forem fornecedor de produtos e serviços, numa clara visão da actual
Ou seja, da mesma forma que reputamos es- país. As instituições de ensino constituem a aumentando vamos governação de fortalecer a produção nacional para atender demandas
sencial o ensino de base, para os futuros univer- maior amostra para garantir a formação dos interna e também externa. Para a apresentação desta Angola que está
sitários e profissionais dos mais distintos ramos desportistas. Embora, o acesso à escola fosse ter também um
a ser construída, um Pavilhão Multisectorial, ocupado por expositores
do saber, também os desportistas de eleição pre- menor para os autóctones, na era colonial, in- trabalho feito com devidamente credenciados, permitirá que os visitantes - compradores
cisam, salvo raríssimas excepções, da Educação dicadores sugerem que a progressão e afirmação melhor qualidade.” e vendedores, entre eles os investidores e países -, possam estar em
Física e do Desporto Escolar, na desportiva do país, no período Idem condições plenas para encontros, negociações e acordos diversos.
infância e na adolescência, para pós-Independência, esteve in- Estamos a falar de um evento que começa já esta terça-feira no
assegurarem a alfabetização
motora e proporcionar apren-
O tradicional timamente relacionada com
o espaço privilegiado que as
“Devemos encarar Cairo com a presença de mais de 1054 expositores, com um número
com seriedade a estimado de setenta mil visitantes, com um potencial para atingir o
dizagens específicas das distin- parente pobre, actividades físicas ocupavam
violência que Mercado Livre Africano, composto hoje por números substanciais
tas disciplinas desportivas.
É consensual, que todos es- no nosso sistema no sistema educativo portu-
guês. Daí, para frente, como paira no seio das
calculados em mais de 25 mil milhões de dólares norte-americanos.
A comitiva global angolana é composta por 120 delegados, preparados
ses conteúdos são melhor as- educativo, a Educação é sabido, diminuíram drasti- famílias. Por isso, para actuarem numa perspectiva de reforço do perfeito alinhamento
similados na chamada “idade camente os espaços reserva-
de ouro”, para aquisição de ha- Física é em teoria, dos à pratica desportiva nos
defendemos a do país a uma preocupação chave da União Africana: “vencer a falta
de relações comerciais entre países e actores africanos, bem como a
revisão da Lei
bilidades motoras. A Psicologia
do Desenvolvimento situa essa
uma disciplina bairros e nas escolas, sobre-
tudo, nas grandes cidades, on- contra a Violência
partilha de informações de mercado entre as suas nações”, como indica
a nota oficial sobre o evento.
idade entre os 8 e os 12 anos, consensualmente, de se concentra a maioria da Doméstica.” Este Pavilhão é plural e tem como objectivo mostrar todos os
precisamente, o escalão etário
que por norma não beneficia aceite como essencial população. Nas escolas, os
campos para prática da Edu-
Luísa Damião
Vice-presidente do MPLA
sectores do país, instituições e empresas de maneira que os produtos
e serviços tenham e suscitem potenciais oportunidades para transacções
de aulas de Educação Física, para a formação cação Física e do Desporto Es- comerciais e económicas. Esta característica plural revela uma das
no nosso país. colar foram substituídos ou “Somos um
Por via da Reforma Educa- do homem, deixaram de estar operacionais, sindicato que
marcas do ciclo político actual, a preocupação com o desenvolvimento
de todas as províncias do país.
tiva feita em 2004, pelo Minis-
tério da Educação da Repú-
em obediência por falta de manutenção. Pou-
cas são as novas instalações sempre reage às É expectável que através da partilha de informação, conhecimento
mútuo, acordos bilaterais ou de negócios possam ser celebrados e con-
blica de Angola, após a expe- ao axioma “mente sã escolares, de construção re- acções negativas. solidem a promoção do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
riência de 2002, as crianças
em corpo são”, cente, bem dotadas com áreas Creio que a Para isso, do ponto de vista da política externa, prevalece a clara intenção
passaram a contar com a cha- para as actividades físicas. sociedade sabe angolana no alinhamento ao Afreximbank e à União Africana para que
mada disciplina de “Expres- do poeta romano No essencial, foi desperdi-
como é que agimos se conquiste e consolide o acesso ao comércio e a informações de
são Motora”, como presumível çado o que tinha de bom e
substituta da Educação Física. Juvenal pouco ou nada se fez, para que quando há injustiças mercado no continente, condição indispensável para que - a partir desta
Feira bienal - Angola possa estar conectada aos compradores e vendedores
Houve, entretanto, a introdu- a base de formação dos des- em relação aos de todo o continente africano, pela via dos players angolanos.
ção da monodocência, ao portistas continuasse consoli- professores” Como sabemos, as oportunidades são também para os sectores
abrigo da qual um único pro- dada. Com a monodocência, públicos. Nesta vertente, o acesso a instituições públicas acompanha
Hermínia Ferreira do
fessor ministra todas as disciplinas à turma. ainda que a vontade e disponibilidade dos pro- Nascimento uma prática dinâmica que caracteriza o sector privado. Ambos sectores,
Ou seja, esta importante fase de desenvolvi- fessores doutras disciplinas para leccionar Edu- Secretária do Sindicato público e privado, passam a ter acesso a uma plataforma com a
Nacional dos Professores
mento dos futuros desportistas ficou entregue, cação Física seja total, só por milagre os resultados (Sinprof) presença de todos países Africanos e respectivos Chefes de Estado.
na maior parte dos casos, a professores sem for- serão iguais, ou melhores. O tradicional parente Apenas como referência da grandeza desta plataforma, podemos
mação na área da Educação Física. Em algumas pobre, no nosso sistema educativo, a Educação “Hoje está claro que citar que todos os países presentes vão ser “visitados” nos seus res-
instituições de ensino, juntam-se turmas em de- Física é, em teoria, uma disciplina consensual- aquilo que se dizia pectivos pavilhões pelas maiores potências económicas do planeta.
terminado horário, para um profissional de Edu- mente aceite como essencial para a formação da delapidação do Por tudo isso, devemos valorizar esta iniciativa e a maneira profis-
cação Física trabalhar com várias dezenas de do homem, em obediência ao axioma “mente sional como as instituições públicas e privadas estão a tratar esta
alunos ao mesmo tempo. sã em corpo são”, do poeta romano Juvenal. Na
erário público, das
que é, de longe, uma das maiores oportunidades para a prospecção
Independentemente dos benefícios que a re- prática, porém, as actividades físicas estão em burlas e do peculato, de negócios e acordos económicos e comerciais dos sectores público
forma trouxe ao sistema educativo do país, a al- segundo plano nas escolas. Com isso, inviabilizam já não é segredo e privado de Angola num mesmo ambiente, num mesmo evento.
teração condena, à partida, a qualidade dos fu- a progressão desportiva que o país tanto anseia para ninguém.” Que o optimismo que está a tomar conta de todos os países africanos
turos desportistas. Mesmo com os professores e afectam até o comum cidadão, que não possui Adérito Candambo presentes possa ser consolidado na forma de sucessivas celebrações
de Educação Física a dirigirem o processo, em qualidades para o Alto Rendimento Desportivo, Secretário provincial da UNITA de vários acordos e parcerias.
no Bié
condições normais o balanço era negativo, por ainda assim, precisa de desenvolver a cultura * Director nacional de Comunicação Institucional.
conta de instalações inadequadas e carência de de actividade física regular, para manter a saúde A sua opinião não engaja o MCS
material. Esperar, agora, por melhores resultados, e assegurar melhor desempenho intelectual. “Para o PAIGC, o DR
momento actual é
JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
de extrema
gravidade e exige
responsabilização
política e criminal,
razão pela qual o
procurador geral da
República e o
comissário geral da
Polícia de Ordem
Pública devem ser
imediatamente
demitidos”
Comunicado do PAIGC,
em reacção à
suspensão do
recenseamento eleitoral
decidida pelo Ministério
Público da Guiné-Bissau
8 ÁFRICA
LUTA CONTRA O BOKO HARAM
Apesar de intensificar o combate ao grupo, as tropas têm sofrido muitas baixas no terreno
Presidente Buhari ordena
a compra de mais armas
Face ao recrudescimento das acções do Boko Haram, o
Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, ordenou a
compra de equipamento militar adequado para combater
aquele grupo rebelde. O Chefe de Estado nigeriano
reconheceu que o Exército não tem armas adequadas para
devolver a paz e a tranquilidade à população, sobretudo no
norte e nordeste do país
Victor Carvalho
O Presidente nigeriano,
Muhammadu Buhari, assi-
nou, no fim-de-semana,
um despacho autorizar a
compra urgente de equipa-
mento militar para o Exér-
cito combater eficazmente
o grupo Boko Haram no
norte e nordeste, revelou a
imprensa, em Abuja.
De acordo com o ministro
da Defesa nigeriano, Mansur
Muhammad Dan Ali, a deci-
são foi tomada numa reu-
nião conjunta de emergência
com as altas patentes mili-
tares do país.
Na reunião foi feito um
balanço sobre os resultados
da luta contra o Boko Haram
e sublinhado o facto de o
grupo rebelde estar parti-
cularmente activo no norte
e nordeste do país, devido a
algum equipamento que
recebeu recentemente do
“Estado Islâmico”através de
canais com origem na Líbia.
Face ao balanço, consi-
derado altamente negativo
para as Forças Armadas, foi
decidido que a compra do
novo equipamento militar
será feita com carácter de
urgência e paga com verbas
inscritas no orçamento do
Governo federal para 2018,
no âmbito das relações bila-
terais que o país tem com
Estados fabricantes de armas.
Segundo as autoridades
nigerianas, foi com o arma-
mento enviado pelo “Estado
Islâmico” que os rebeldes
do Boko Haram consegui-
ram atacar recentemente
diversas bases militares.
No encontro foi também
decidido que o Chefe do
Estado-Maior das Forças
Armadas, Tukur Yusuf Bara-
tai, fique no nordeste do
país até que a situação militar
se altere.
No mesmo âmbito ficou
acordada a transferência
da sede do Quartel-Gene-
ral de Sokoto para Gusau,
responsável pelo aquar-
telamento das forças que
estão no terreno a com-
bater os rebeldes.
O ministro da Defesa e o
Chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas ficaram
ainda encarregados de pro-
ceder a mudanças nos
comandos a nível das dife-
rentes operações para per-
mitir uma resposta com
sucesso a ameaças e desafios
em termos de segurança nas
respectivas jurisdições.
Para que tudo isto seja
exequível, o Presidente
Muhammadu Buhari exigiu
a melhoria das condições
colocadas à disposição dos
soldados, particularmente
dos que se encontram envol-
vidos nas diferentes frentes
de combate.
DR
Ataque a mais uma base
Enquanto o Exército não se
arma eficazmente, os ataques
do Boko Haram prosseguem.
No fim-de-semana, enquanto
decorria a reunião das chefias
militares com o Presidente
da República, oito soldados
morreram em mais uma acção
contra uma base militar no
nordeste, segundo um comu-
nicado divulgado por um
porta-voz do Exército.
Um grupo de combatentes
do grupo Província da África
Ocidental do “Estado Islâmico”
(ISWAP), braço do Boko
Haram, atacou outra base mili-
tar em Buni Gari, povoação
isolada do Estado de Yobe (nor-
deste), provocando intensos
combates com os soldados.
“Oito dos nossos soldados
pagaram o preço supremo,
enquanto dez terroristas do
B o ko Ha ra m m o r re ra m
durante o confronto”, decla-
rou o porta-voz local do Exér-
cito, numa mensagem
enviada à agência AFP.
O grupo jihadista inten-
sificou, nos últimos meses,
os ataques contra posições
do Exército nigeriano nos
Estados de Borno e Yobe, os
mais afectados pela insur-
reição que deixou mais de
27 mil mortos na região desde
2009. Desde Julho foram con-
tabilizados 19 ataques contra
bases militares, na maioria
reivindicados pelo ISWAP.
Breves
CHADE
ANTIGO CHEFE REBELDE
CONDENADO A OITO
ANOS DE PRISÃO
O antigo chefe rebelde
chadiano, Abdel Kader
Baba Laddé, foi condenado
a oito anos de prisão pelo
tribunal penal de
Ndjamena. Preso na
República Centro Africana,
em Dezembro de 2014,
Baba Laddé foi processado
por assassinato, posse
ilegal de armas, associação
criminosa, rebelião,
incêndio voluntário de
aldeias, violações e por
colocar em perigo a vida
dos compatriotas.
Os advogados pediram a
sua libertação imediata, de
acordo com a Lei da
Amnistia assinada pelo
Chefe de Estado chadiano,
mas sem sucesso. Ex-oficial
da Polícia Nacional
chadiana, Baba Laddé
iniciou uma rebelião em
Darfur, em 1998, e chegou à
República Centro Africana
em 2008. Regressado ao
Chade em 2013, depois de
um acordo de paz, foi
nomeado assessor do
Primeiro-ministro, cargo
que ocupou pouco antes de
voltar para a RCA.
Regressou ao país pela
segunda vez em 2014, onde
foi nomeado prefeito do
Departamento de Grande
Sido. Demitido das
funções, decidiu fugir para
o norte da RCA, tendo sido
preso em Dezembro de
2014 e entregue a Bangui,
que o extraditou para
Ndjamena com base num
acordo de cooperação
judicial existente entre os
dois países.
JUSTIÇA FRANCESA
ACEITA EXTRADITAR
FRANÇOIS COMPAORÉ
A Justiça francesa aprovou
já a extradição para o
Burkina Faso de François
Compaoré, acusado de
envolvimento no
assassinato, em 1998, do
jornalista Norbert Zongo.
François Compaoré, irmão
mais novo de Blaise
Compaoré, ex-Presidente
burkinabe derrubado num
golpe de Estado em 2014,
após 27 anos no poder, é
suspeito de ser o
mandante do assassinato
do jornalista a 13 de
Dezembro de 1998.
Há quatro anos foram
lançadas suspeitas de que
uma intervenção das forças
especiais francesas
estacionadas no país
permitiu retirá-lo da prisão
em que se encontrava e
levá-lo para Marrocos de
onde seguiu para França,
onde havia pedido
asilo político.
DR
MARROCOS
Pacto para a migração
discutido em Marraquexe
Dois terços dos 193 países-
membros da ONU reúnem-
se hoje, em Marraquexe,
Marrocos, numa conferência
intergovernamental para
adoptar o primeiro pacto global
para a migração, patrocinado
pelas Nações Unidas.
A conferência intergover-
namental para adoptar o Pacto
Global para uma Migração
Segura, Ordenada e Regular
decorre até amanhã . Prevê-
se que o documento seja adop-
tado formalmente ainda hoje.
O documento, fruto de 18
meses de consultas e nego-
ciações entre os Estados-
membros da ONU, o primeiro
do género, tem como base
um conjunto de princípios,
como, por exemplo, a defesa
dos direitos humanos e das
crianças migrantes, bem
como o reconhecimento da
soberania nacional.
O texto também enumera
23 objectivos e medidas con-
cretas para ajudar os países
a lidarem com as migrações,
Número de migrantes está estimado em milhões no mundo
ARGÉLIA
Igreja Católica beatifica
bispos e monges em Argel
A Igreja Católica beatificou,
durante uma cerimónia
pública realizada em Argel,
19 servidores que foram mor-
tos durante a guerra civil.
Trata-se do primeiro evento
do género realizado pela
Igreja Católica numa nação
muçulmana. Na maioria fran-
ceses (15), entre os beatificados
estão sete monges trapistas e
um bispo. Os beatificados
incluem ainda dois espanhóis,
um tunisino e um belga.
Em mensagem lida durante
a cerimónia, o Papa Francisco
disse esperar que a beatifi-
cação dos 19 católicos possa
“servir de exemplo para a
criação de uma nova dinâmica
que permita aos argelinos
poderem viver juntos, mesmo
nas diferenças religiosas”. No
Vaticano, Francisco falou
também sábado, na Praça de
São Pedro, sobre estas bea-
tificações, dizendo que elas
podem ajudar a edificar um
mundo de fraternidade e soli-
dariedade entre todos os ser-
vidores de Deus. A Argélia
viveu uma sangrenta guerra
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
nomeadamente ao nível da
informação e da integração,
e para a promoção de “uma
migração segura, regular e
ordenada”.“É o primeiro
pacto negociado pela comu-
nidade internacional sobre
a temática da migração.
É um documento nego-
ciado que não é juridica-
mente vinculativo”, afirmou
Fouad Yazough, director-
geral das Relações Bilaterais
no Ministério dos Negócios
Estrangeiros marroquino.
Mesmo não tendo uma
natureza vinculativa, o docu-
mento está a dividir opiniões
e a suscitar críticas de forças
nacionalistas e antimigração
em vários países. EUA, Israel,
Polónia, Áustria e República
Checa estão entre os países
que rejeitam o pacto global
e já anunciaram que não vão
assinar o texto. O número de
migrantes no mundo está
estimado em 258 milhões, o
que representa 3,4 por cento
da população mundial.
DR
civil entre 1991 e 2002, que
opôs rebeldes islâmicos e o
Governo, provocando a morte
a cerca de 200 mil pessoas.
No filme francês “Homens
de Deus”, que venceu o
Grande Prémio de Cinema
de Cannes, em 2010, está
retratada a História em que
extremistas antigovernamen-
tais raptam e depois matam
um número indeterminado
de monges trapistas franceses,
levados de um mosteiro da
capital argelina, em 1996.
Resgate no mar
Também no fim-de-semana,
uma equipa de salvamento
marítimo resgatou 22 homens
de origem argelina que seguiam
numa balsa localizada a 50
milhas náuticas do Cabo de
Gata, em Almeria, Espanha.
Segundo a agência de notí-
cias espanhola Efe, a fragata
“Cristóvão Colombo” foi infor-
mada à noite da aproximação
à costa de uma balsa pelo que
a embarcação “Concepción
Arenal” saiu para a operação
de salvamento.
MUNDO Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
ÂNIMOS CONTINUAM EXALTADOS EM FRANÇA
Manifestantes prometem
regressar para “o acto 5”
Os “coletes amarelos”, que
começaram a sair à rua para
prote starem contra o
aumento dos impostos nos
combustíveis - exigência a
que o Governo já cedeu -
querem agora contra outros
impostos e exigem melhores
salários e menos precarie-
dade no emprego.
No total, estiveram no
sábado 125 mil pessoas nas
ruas em toda a França, dos
quais 10 mil em Paris. Um
total de 1.723 pessoas foram
identificadas e as autori-
dades fizeram 1.385 deten-
ç õ e s , d e a c o rd o c o m o
ministro do Interior.
Da parte do Governo, a
resposta aos manifestantes
surgiu, mais uma vez, pela
voz do Primeiro-Ministro,
Édouard Philippe, que referiu
que agora é “o momento
para o diálogo”, que ele pró-
prio iniciou ontem com os
“coletes amarelos” e que
“deve continuar”.
O Presidente Emmanuel
Macron, cuja demissão é
uma das exigências dos
manifestantes, continua a
não manifestar qualquer
posição acerca dos protestos.
Numa curta mensagem no
Twitter, o Chefe de Estado
gaulês deixou apenas uma
palavra à Polícia, agrade-
cendo a “coragem e profis-
sionalismo excepcionais”.
Os confrontos no centro
de Paris duraram várias horas
e obrigaram a Polícia a utilizar
gás lacrimogéneo e canhões
de água, para dispersar os
manifestantes. Várias mon-
tras de lojas foram partidas
e registou-se um ataque a
uma galeria comercial.
A presidente da Câmara
socialista de Paris, Anne
Hidalgo, lamentou “as cenas
de caos” na capital francesa
e os “danos incomensurá-
veis” para a economia e a
imagem da cidade, depois
dos protestos.
Uma situação que deve
voltar a acontecer na próxima
semana. Isto porque no Face-
book já se apela a um quinto
sábado de protestos, a acon-
tecer no dia 15 de Dezembro.
Milhares de manifestantes foram detidos em todo o país
“Acte 5: Pot De Départ De
Macron!” é o nome da ini-
c i a t iva , c u j o p r i n c i p a l
objectivo é a demissão de
Emmanuel Macron.
A manifestação dos “cole-
tes amarelos” não se ficou
apenas por França. Também
em Bruxelas, na Bélgica, 400
pessoas foram detidas e um
Polícia ficou ferido. A Polícia
foi igualmente forçada a
usar canhões de água e gás
lacrimogéneo para dispersar
os manifestantes.
Paris retoma a normalidade
Os pontos turísticos pari-
sienses reabriram ontem, os
vidros partidos das montras
foram substituídos e os donos
de lojas tentaram colocar a
capital francesa “de pé”,
depois da manifestação dos
“ c o l e t e s a m a re l o s ” n o
sábado, que fez 135 feridos.
O alvo da raiva dos mani-
f e s ta n te s , o P re s i d e n te
Emmanuel Macron, quebrou
o silêncio para colocar um
“post” na sua página na rede
social Twitter a elogiar o tra-
balho da Polícia durante a
noite, enquanto a pressão
continua a aumentar para
que avance com soluções
“para acalmar a raiva que
divide os franceses”.
A França mobilizou cerca
de 90 mil agentes da Polícia
para a quarta manifestação
dos manifestantes, que saí-
ram à rua com uma série de
exigências relacionadas com
o alto custo de vida e uma
sensação de que Emmanuel
Macron favorece a elite e
está a tentar modernizar a
economia francesa com
muita rapidez.
Cerca de 1.385pessoas foram
detidas em toda a França. A
Torre Eiffel e o Museu do
Louvre reabriram após o
encerramento no sábado e
as lojas também abriram
portas, depois do fecho no
auge da temporada de com-
pras natalícias.
Fortes ventos e chuva cas-
tigaram Paris durante a noite,
complicando os esforços para
limpar os destroços deixados
nas ruas da cidade.
DR
Breves
ACORDO DE PARIS
TRUMP SUGERE FIM DO
PACTO DE MUDANÇAS
CLIMÁTICAS
O Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
num comentário sobre os
confrontos entre a Polícia e
manifestantes dos “coletes
amarelos” em França,
disse que pode ser a
hora de acabar com o
acordo de Paris sobre
mudanças climáticas.
“Dia e noite muito tristes
em Paris”, escreveu o
Presidente dos EUA, numa
mensagem divulgada no
Twitter. “Talvez seja a hora
de acabar com o ridículo e
extremamente caro Acordo
de Paris e devolver o
dinheiro às pessoas na
forma de impostos mais
baixos”, afirmou.
Entre conversações cruciais
para revitalizar o Acordo de
Paris, negociadores de todo
o Mundo discutem, na
Polónia, como dividir o
custo da contenção do
aquecimento global.
O objectivo é cumprir um
prazo até ao fim do ano,
para serem formalizadas
em livro regras sobre a
aplicação dos limites ao
aquecimento global.
O desafio é garantir que
qualquer texto de regras
seja conseguido.
CRISE HUMANITÁRIA
FOME AMEAÇA MILHÕES
DE CRIANÇAS NO IÉMEN
O director da Organização
Não-Governamental
Save the Children, Tamer
Kirolos, alertou ontem que
o Iémen vive uma
catástrofe humanitária e as
crianças têm sido as
principais vítimas por
causa da destruição do país
pela guerra desde 2015,
que parece longe do fim.
“Estamos horrorizados que
cerca de 85 mil crianças no
Iémen podem ter morrido
por causa da fome extrema
desde o início da guerra.
Para cada criança morta
por bombas e balas,
dezenas morrem de fome e
isso é totalmente evitável”,
declarou a ONG.
Pela declaração de Kirolos,
o número de vítimas fatais
é maior do que os cerca
de 10 mil confirmados
pela Organização
Mundial de Saúde.
O universo de crianças
que já passa fome é de 11
milhões (num país c
om 28,5 milhões de
habitantes), o que deverá,
se nada for feito a curto
prazo, elevar ainda mais
o número de mortes.
A ONG clama por maior
número de doações, para
ajudar a diminuir o
problema. Neste momento,
a organização afirma que
cuida de quase 100 mil
crianças que sofrem de
desnutrição, por meio de
clínicas de saúde móveis
nas áreas mais remotas.
Mas o que tem prevalecido,
segundo a maioria das
entidades humanitárias,
é a letargia da comunidade
internacional em relação
à assistência às vítimas.
REVELAÇÕES DE EX-PROCURADOR ROBERT MUELLER
Russos propuseram sinergia
política à campanha de Trump
A investigação busca determinar o alcance da ingerência da
Russia na eleição norte-americana de 2016 e se houve algum
tipo de conluio entre funcionários daquele país e o comité da
campanha do actual Presidente dos EUA
Procurador especial dos EUA, Robert Mueller, apresentou resultado do inquérito
Um dirigente russo propôs,
em Novembro de 2015, à
c a m p a n h a e l e i t o ra l d e
Donald Trump, uma “siner-
gia política”, indica um docu-
m e n to ap re s e n ta d o e m
tribunal pelo procurador
especial Robert Mueller.
Robert Mueller está a
investigar um eventual con-
luio entre Moscovo e a cam-
panha eleitoral do então
candidato presidencial o
Presidente republicano,
Donald Trump.
Em sete páginas, o pro-
curador especial e ex-direc-
tor da Polícia Federal (FBI),
sublinhou que o ex-advo-
gado pessoal de Trump,
Michael Cohen, indicou que
esteve em contacto com um
russo, em Novembro de
2015, afirmando ser “uma
pessoa de confiança” do
Governo de Moscovo, a ofe-
recer à campanha de Trump
“uma sinergia política” e
“uma sinergia a um nível
governamental”.
As novas revelações ocor-
rem quando Trump não pára
de querer desacreditar o
inquérito liderado por Muel-
ler, considerando que a
investigação já durou muito
tempo e que não vai revelar
"qualquer conluio" entre a
sua campanha e os russos.
Ataque à Mueller
Desde as primeiras horas,
antes das revelações do pro-
curador especial dos EUA
sobre alegadas interferências
russas nas eleições presi-
denciais de 2016, o Presidente
norte-americano lançou,
na sua conta na rede social
Twitter, violentos ataques a
Robert Mueller, questionando
os “numerosos conflitos de
interesse” do procurador.
Mueller entregou na sexta-
feira os resultados da coo-
peração de dois colaboradores
próximos de Trump, Michael
Cohen e Paul Manafort, com
confissões de culpa e a admi-
tir que mentiram na fase ini-
cial do inquérito.
“Robert Mueller e o men-
tiroso James Comey são
melhores amigos, é apenas
um dos conflitos de interesse
de Mueller”, escreveu o Pre-
sidente na conta, referindo-
se às ligações entre o
procurador especial e o ex-
director do FBI, demitido do
cargo por Donald Trump, em
Maio do ano passado pelas
investigações que leva a cabo
sobre o caso.
Donald Trump reage
violentamente
ao caso, à medida
que o o procurador
especial apresenta
pormenores sobre
o inquérito
em curso
Minutos depois, Trump
voltou à carga, dizendo que
era falso, que o seu advogado,
Rudy Giuliani, não iria res-
ponder aos memorandos de
Mueller. Donald Trump reage
violentamente ao caso russo,
à medida que Robert Mueller
apresenta mais detalhes
sobre os inquéritos que
decorrem, alguns deles com
envolvimento de cinco pes-
soas que foram muito pró-
ximas do Presidente dos EUA.
Antes disso, Mueller já
tinha revelado dados sobre a
colaboração de Michael Flynn,
antigo assessor de Segurança
Nacional, que esteve apenas
24 dias no cargo, do qual foi
9
DR
afastado. Depois foi a vez de
dois memorandos, separa-
dos, sobre as informações
prestadas por Cohen e Mana-
fort, que também já fizeram
confissões de culpa que os
podem levar à prisão por
vários anos. Trump disse que
não estava fora de questão
um perdão presidencial a
Manafort e acusou Cohen de
mentir para reduzir a pena.
Michael Cohen já se decla-
rou culpado de oito acusações
criminais, incluindo evasão
fiscal e violação de regras de
financiamento da campanha
de Trump, que ele dirigiu.
Uma mulher russa foi acu-
sada de influenciar a opinião
pública norte-americana,
através dos "media", no caso
da alegada interferência
estrangeira nas eleições.
O Departamento de Justiça
norte-americano revelou a
acusação no mesmo dia em
que as agências de inteli-
gência daquele país, numa
rara declaração pública, afir-
maram que Moscovo, China,
Irão e outros países desen-
volveram esforços para
influenciar a política norte-
americana e os votantes antes
das eleições.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros russo, Sergei
Ryabkov, disse recentemente
que a Rússia não tem inten-
ção de interferir nas eleições
nos Estados Unidos ou nas
de outro país.
O Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, con-
tinua a rejeitar que tenha
havido interferência da Rús-
sia nas eleições de 2016, mas,
mais recentemente, mostrou
alguma abertura para essa
hipótese e também para uma
interferência da China e de
outros países.
10 Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

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(100.187)
ECONOMIA
Cimeira do eGipto
ministro do Comércio, Joffre Van-dúnem, encabeça a delegação angolana ao grande evento
Zona de Comércio Livre
junta Governos africanos
O assunto é um dos principais temas agendados para a 7ª
Reunião dos Ministros Africanos do Comércio, que decorre
quarta e quinta-feira, na capital egípcia
Graciete Mayer
Os ministros africanos do
Comércio reúnem-se na
quarta e quinta-feira, na
cidade do Cairo, Egipto, para
traçar mecanismos de ace-
leração da implementação
da Zona de Comércio Livre
Continental (ZCLC).
Em nota distribuída à
imprensa, o Ministério do
Comércio informou que o
tema é um dos principais
assuntos agendados para a
7ª Reunião dos Ministros Afri-
canos do Comércio (AMOT),
que se realiza de 12 a 13, na
capital egípcia.
A reunião, que decorre à
margem da Primeira Feira
de Negócios Intra-Africana
2018, acontece depois da
Sétima Reunião dos Altos
Funcionários do Comércio
(STO), que começou ontem
e termina hoje, no Cairo.
O encontro de peritos está
a analisar os relatórios das 12ª,
13ª e 14ª Reuniões do Fórum
de Negociações da ZCLC. A
última servirá para finalizar
os calendários das concessões
tarifárias para o comércio de
mercadorias e o calendário
dos compromissos específicos
para o comércio de serviços.
Na 6ª Reunião da ZCLC as
discussões estavam centradas
na possibilidade de existência
de uma lista de exclusão de
produtos para a liberalização
tarifária, permanecendo
algumas divergências.
Ainda na 6ª reunião, foram
ERRATA
O Fundo Monetário Internacional (FMI)
anunciou que, depois da assinatura do
acordo sobre o pacote de ajuda financeira
a Angola destinado a apoiar o programa
de reforma económica e fiscal, vai “dis-
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
submetidos as listas de con-
cessões tarifárias e os custos
de compromisso específicos
sobre o comércio de serviços,
em conformidade com as
modalidades acordadas para
a sessão da Cimeira de Chefes
de Estado e do Governo afri-
canos, a realizar em Janeiro
de 2019.
Em Março deste ano rea-
lizou-se a Cimeira extraor-
dinária de Chefes de Estado
e de Governo da União Afri-
cana, em Kigali, capital ruan-
de sa , na q ual 4 4 do s 5 5
Estados membros subscre-
veram o acordo da criação
da ZCLC, sem o apoio da
Nigéria e da África do Sul,
que foram “fortemente” cri-
ticados por líderes empre-
sariais africanos.
A reunião, que
decorre à margem
da Primeira Feira de
Negócios Intra-
Africana 2018,
realiza-se depois da
Sétima Reunião dos
Altos Funcionários
do Comércio, que
começou ontem
e termina hoje,
no Cairo
A União Africana acredita
que o comércio intra-africano
pode aumentar 60 por cento
e abrir o mercado a 1,2 mil
milhões de pessoas, com a
possibilidade de gerar grande
riqueza para o continente,
acelerando o investimento,
ponibilizar imediatamente” 990,7 milhões
de dólares e não 990,7 mil milhões de
dólares, como noticiou o Jornal de Angola,
na sua edição de domingo. Aos leitores,
as mais sinceras desculpas.
DR
diversificando a economia
e aumentando o comércio.
Dados da União Africana
apontam que o Produto
Interno Bruto (PIB) do con-
tinente é 2.500 mil milhões
de dólares.
A ZCLC é uma iniciativa
prioritária da Agenda 2063
da UA, que visa a criação de
um único mercado continen-
tal de bens e serviços, bem
como estabelecer a livre cir-
culação dos homens de negó-
cios e abrir via à aceleração
da união aduaneira em 2022
e de uma comunidade eco-
nómica africana até 2028.
As negociações para a criação
de uma ZCLC foram formal-
mente lançadas em Junho de
2015, durante a cimeira da
União Africana em Joanesburgo.
Três anos depois, o pro-
jecto parece registar uma
aceleração. Estatísticas de
agências internacionais indi-
cam que o PIB total de África
é de apenas um por cento
do mundial e o continente
participa apenas com dois
por cento nas transacções
comerciais do mundo, num
movimento feito de dentro
para fora, não havendo trocas
comerciais significativas
entre os países do continente.
Os blocos regionais pro-
movem a integração econó-
mica dos países membros com
a criação de mercados comuns,
como é o caso do Comesa
(Mercado Comum da África
Oriental e Austral), que se
encontra em fase mais avan-
çada de implementação.
Despedimentos
Grupo bGi demite
trabalhadores
A cervejeira Ngola e a
fábrica de refrigerantes
Coca-Cola, ambas detidas
pelo grupo francês BGI,
desenvolvem desde quinta-
feira processos de rescisão
de contratos de trabalho,
que devem culminar no
final desta semana com
o despedimento de 94
trabalhadores. Segundo
a Angop, dos trabalhadores
abrangidos pela medida,
72 estão ligados à
cervejeira Ngola e 22 à
fábrica de refrigerantes.
Fontes ligadas ao sindicato
de trabalhadores das duas
fábricas disseram tratar-se
de um processo cujas
negociações decorrem
desde Agosto último
e que prevê um
pacote “especial” de
indemnizações, com
acréscimo de 30
por cento sobre os valores
estabelecidos por lei, em
casos de despedimento por
iniciativa do empregador.
A direcção de comunicação
e marketng, que responde
pelas duas empresas,
segundo a Angop,
recusou-se a falar sobre
o assunto, remetendo-o
à responsabilidade do
director-geral, João Águas
Lusa Pires, que se encontra
fora da província.
Em recente visita ao
Lubango, confrontado com
o problema, o secretário-
geral do Sindicato das
Indústrias de Bebidas
e Similares de Angola,
Gonçalves João
Brandão, admitiu que o
despedimento é uma má
opção.Gonçalves João
Brandão sublinhou que há
uma tentativa de diálogo
permanente com as
indústrias desde 2015,
para que em vez de
despedimentos colectivos
se procurem negociações
colectivas.Gonçalves
João Brandão admitiu
serem já “milhares”
os trabalhadores destas
indústrias despedidos.
Fruto dos despedimentos,
revelou Gonçalves João
Brandão, o número de
filiados no sindicato baixou
consideravelmente nos
últimos anos, tendo
passado de cerca de 15 mil
em 2014 para pouco mais
de seis mil.
DR
Cervejeira vai despedir 72
Localizada no bairro
da Mapunda, a Ngola
era detida pelo Estado
até à década de 1990.
No quadro do primeiro
processo de privatização de
empresas públicas passou
para gestão privada,
tendo já passado por
diversos titulares.
muniCípio do Chipindo
Exploração de ouro
reinicia em Janeiro
A exploração de ouro no
município do Chipindo, 456
quilómetros a norte da cidade
do Lubango, capital da pro-
víncia da Huíla, é retomada
em Janeiro de 2019, depois
de ter sido interrompida por
mais de 30 anos, anunciou
no sábado o administrador
local, Daniel Salupassa.
Falando à imprensa, no
quadro de uma visita que o
governador da Huíla, Luís
Nunes, efectuou à área que
vai ser explorada, Daniel Salu-
passa lembrou que os traba-
lhos de prospecção foram
concluídos em 2017 e desde
então decorrem estudos de
viabilidade económica.
A empresa concessioná-
ria, Demang-SA, segundo
o administrador do Chi-
pindo, já cumpriu com todas
as formalidades legais que
a habilitam a arrancar com
a empreitada, aguardada
com muita expectativa pela
comunidade local, sobretudo
os jovens ansiosos em encon-
trar o primeiro emprego.
O d i re c to r - ge ra l d a
Demang-SA, João Nunes,
revelou que os trabalhos de
actividades de exploração andam paralisadas há mais de 30 anos
oGe 2019
Província do Huambo
com menos dinheiro
A proposta de Lei do Orça-
mento Geral do Estado (OGE)
para 2019 prevê para a pro-
víncia do Huambo 108 mil
milhões, 703 milhões, 275
mil e 711 kwanzas, menos
6,66 por cento, comparati-
vamente ao montante cabi-
mentado em 2018.
Os números foram apre-
sentados na sexta-feira pelo
chefe do Departamento do
Orçamento da Delegação das
Finanças no Huambo, César
Augusto Mateus, no decurso
do IV Conselho Consultivo
da instituição, realizado na
cidade do Huambo.
Do montante global pre-
visto, 85 mil milhões, 126
milhões, 156 mil e 834 kwan-
zas serão alocados a despesas
correntes e 69 mil milhões,
778 milhões, 522 mil e 019
mil a despesas com pessoal.
Entre as despesas a efec-
tuar, César Augusto Mateus
destacou os gastos em bens
11
prospecção incidiram numa
área de 67 mil hectares, cor-
respondentes a 674 quiló-
metros quadrados e que a
empresa efectuou um inves-
timento de aproximada-
mente cinco milhões de
dólares norte-americanos
na compra de equipamentos,
a partir da África do Sul, que
estão a ser montados no local.
Numa primeira fase, adian-
tou João Nunes, o projecto
vai contar apenas com uma
linha de produção, com capa-
cidade para 100 a 150 gramas
por hora, resultados só pos-
síveis de alcançar com tec-
nologia de ponta.
No quadro da chamada
responsabilidade social, a
Demang-SA já anunciou que
as prioridades vão incidir no
apoio às autoridades nos
esforços de melhoramento
das rodovias, abastecimento
de água às populações e
saneamento básico.
A empresa, disse, vai aju-
dar a Administração local
na mehoria das rodovias,
saneamento básico e em
outras iniciativas de apoio
às comunidades.
DR
e serviços (23 mil milhões,
151 milhões, 536 mil e 144
kwanzas), as transferências
correntes (dois mil milhões,
797 milhões, 118 mil e 505
kwanzas) e a aquisição de
bens de capital fixo (15 mil
milhões, 347 milhões, 634
mil e 815 kwanzas).
Para o Programa de Inves-
timentos Públicos (PIP), o
OGE reserva dois mil milhões,
357 milhões, 317 mil e 898
kwanzas para 23 projectos,
a maioria dos quais no muni-
cípio do Huambo.
O PIP para 2019, de acordo
com César Augusto Mateus,
dá prioridade à construção
de escolas, reabilitação de
unidades hospitalares e
estradas secundárias, bem
como a conclusão de pro-
jectos pendentes.
César Augusto Mateus
recomendou aos gestores
públicos maior rigor nas
despesas a efectuar.
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ao trabalhador abaixo mencionado, que será declarado culpado
na situação de Abandono de Trabalho, conforme alínea c) do
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três ( 3 ) dias subsequentes à esta comunicação não fazer
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10 de Dezembro de 2018 17
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18 NECROLOGIA
FALECEU
ROQUE DE SOUSA E SILVA
Leocádia “Lé”, Aristóteles “Ary”, Roque
“Bebé” (filhos), genro, noras e netos
cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento do seu ente querido ROQUE
DE SOUSA E SILVA, ocorrido no sábado,
dia 8/12/2018, por doença. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (20.273)
MISSA
MARIA LUÍSA SILVEIRA
(Lizeth-Abi)
O tempo passou e a saudade é cada vez mais
forte. Faz um ano desde que partiste, mas a
tuamemóriacontinuaviva nosnossoscorações.
Recordamos-te com lágrimas e saudade com
a celebração da Missa do 1º Ano, em tua
memória, no dia 12/12/2018, às 18h30, na
Igreja da Sagrada Família. Recordam-te os
teus filhos, netos, bisnetos, genro, noras,
primos, sobrinhos, familiares e amigos.
(20.119)
MISSA
ANTÓNIO DE SÁ E
VASCONCELOS
Eulália Lopes da Silva de Sá e Vasconcelos
(esposa), Eduardo Vasconcelos, Cleusa
Vasconcelos, Joelson Vasconcelos, Zaida
Vasconcelos e Julce Vasconcelos (filhos)
comunicam que será rezada a Missa do
30º Dia, em memória do seu ente querido
ANTÓNIO DE SÁ E VASCONCELOS, hoje,
dia 10/12/2018, na Igreja da Praia do
Bispo, às 18h30. (20.244)
FALECEU
ESMERALDA CRISTINA
MATEUS
Adriano Mateus e Joaquina André Magingo
(pais), Walter André Mateus, Venceslau
André Mateus, Helena Quiavango Mateus
Santos, William da Conceição Vaz, Fátima
André Mateus (irmãos) comunicam o
falecimento da sua querida ESMERALDA
CRISTINA MATEUS, ocorrido no dia
7/12/2018. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente.(20.255)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
FALECEU
ROQUE DE SOUSA E SILVA
Arlindo, Paulina, Olímpio, Teresa, Sabino,
Manuel e Ezequiel (irmãos), cunhados,
sobrinhos e netos cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento do
seu ente querido ROQUE DE SOUSA E
SILVA, ocorrido no sábado, dia 8/12/2018,
por doença. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente.
(20.273a)
MISSA
MARIA LUÍSA SILVEIRA
(Lizeth-Abi)
Marinela Vicente, Mário Leonel, Filomena
Silveira e Teresa Silveira (filhos), Cristiana
Ribas, Mirco Martins, Edmilson Martins,
Moisés Silveira, Abraão Silveira, Tariny Correia,
Igor Correia, Ruca Correia, Mimi Silveira,
Petra Silveira, Marito Silveira e Mário Correia
(netos), genro, noras, bisnetos e familiares
comunicam que será rezada Missa do 1.º Ano,
na Igreja da Sagrada Família, no dia 12/12/2018,
às 18h30. (20.112)
FALECEU
RAÚL PEREIRA FONSECA
A família Tomás Famoroso cumpre o
doloroso dever de comunicar o falecimento
do seu ente querido, RAÚL PEREIRA
FONSECA, ocorrido no dia 7/12/2018,
por doença, no Hospital Militar Central
de Luanda. O funeral realiza-se amanhã,
dia 11/12/2018, partindo o préstito fúnebre
da sua residência, sita no Golf 2, Bairro
Maria Eugénia Neto, para o no cemitério
de Camama, às 10h00. (20.253)
RECORDAÇÃO
NEUSA PATRÍCIA AMADO
BRAVO DA ROSA
Querida filha, não há palavras para expri-
mir esta grande dor. Rezaremos a Missa
do 5º Ano, em sua memória, na Igreja
da Sagrada Família, dia 10 de Dezembro
de 2018, às 18h30. Recordam-te os teus
pais Carlos Bravo da Rosa (Escuro) e
Ana Paula Bravo da Rosa, irmãos, sobri-
nhos, tios, primos e toda a família.
(20.190)
FALECEU
LEANDRO LUDIWILSON
FERREIRA ZOMBO (Ludy)
As famílias Ferreira, Narciso, Saavedra
e Zombo cumprem o doloroso dever de
participar o falecimento do seu ente que-
rido LEANDRO LUDIWILSON FERREIRA
ZOMBO (Ludy), ocorrido no dia 7 de
Dezembro de 2018, pelas 13h00. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (20.231)
FALECEU
LEANDRO LUDIWILSON
FERREIRA ZOMBO (Ludy)
A família Ferreira: Manuel Ferreira (Nelito),
Maria Rosa (Nina), João Ferreira (Dafefa),
António Ferreira (Moca), Joaquina Ferreira
(Zinha), Ana Maria (Taninha), Luís Ferreira
(Man Loló) e primos comunicam o fale-
cimento de seu ente querido, LEANDRO
LUDIWILSON FERREIRA ZOMBO (Ludy),
ocorrido no dia 7/12/2018, pelas 13h00.
O funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (20.231a)
FALECEU
FELICIANO SERAFIM DIAS
DOS SANTOS (Tchutchu)
A família Dias dos Santos: Serafim, Sabino, Abel
Traça e Mangueira cumpre o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu ente querido
FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS
(Tchutchu), ocorrido no dia 7/12/2018, pelas
12h20, por doença. O velório realiza-se hoje,
dia 10/12/2018, no Velório do Governo da
Província de Luanda, às 18h00. O funeral rea-
liza-se amanhã, dia 11/12/2018, no cemitério
de Sant'Ana, às 10h00. (20.262)
MISSA
PAULO ANALIDE DE SOUSA
CAMPOS
Eduardo Campos e Manuela Campos
(pais) Jéssica e Edú (filhos), irmãos,
familiares e amigos comunicam que será
rezada Missa do 7º Mês em memória de
PAULO ANALIDE DE SOUSA CAMPOS,
hoje, segunda feira, dia 10 de Dezembro
de 2018, na Igreja do Carmo, pelas 18h30.
Paz à sua alma. (20.243)
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
FALECEU
FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS
(Tchutchu)
Maria Adelaide Sabino Dias dos Santos (esposa), Ronaldo Dias
dos Santos, Amélio Silva, Joaquim Dias dos Santos, Rui Dias dos
Santos, Celma Dias dos Santos, Fábio Dias dos Santos, Carmen
Maria Dias dos Santos (filhos) comunicam o falecimento de
FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS (Tchutchu), ocorrido
no dia 7/12/2018, pelas 12h20, por doença. O velório realiza-se
hoje, dia 10/12/2018, no Velório do Governo da Província de
Luanda, às 18h00. O funeral realiza-se amanhã, dia 11/12/2018,
no cemitério de Sant'Ana, pelas 10h00. (20.260)
FALECEU
FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS
(Tchutchu)
Antónia Serafim Dias dos Santos (Tó), Carmen Maria Abel Dias dos
Santos (Taita), Lauriano Gonçalves Dias dos Santos (Culuna), Mariana
da Conceição Mangueira Dias dos Santos "São" (irmãos), Cristino
Alberto Dias dos Santos Manuel (Cris), Paula Diany Dias dos Santos
Manuel e Sandra Zizela Dias dos Santos (sobrinhos) comunicam o
falecimento de FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS (Tchutchu),
ocorrido no dia 7/12/2018, pelas 12h20, por doença. O velório rea-
liza-se hoje, dia 10/12/2018, no Velório do Governo da Província
de Luanda, às 18h00. O funeral realiza-se amanhã, dia 11/12/2018,
no cemitério de Sant'Ana, às 10h00. (20.260a)
FALECEU RECORDAÇÃO
LEANDRO FERREIRA ZOMBO ANTÓNIO MANUEL
(Ludy Karamelo) FRANCISCO GUIMARÃES
Elias Zombo e Joaquina Ferreira Zombo (pais) Querido pai! Faz, hoje, 4 anos desde que
comunicam o falecimento de seu ente querido partiste e deixaste um buraco e feridas
filho, LEANDRO FERREIRA ZOMBO (Ludy que não sararam. Que a tua alma descanse
Karamelo), ocorrido no dia 7 de Dezembro em paz. Lembranças eternas da tua filha
de 2018. O funeral realizar-se-á em data a Suraya Guimarães. (20.236)
anunciar oportunamente. (20.230)
MISSA RECORDAÇÃO
KATYANA ANDREIA CARDOSO GERALDO DA CONCEIÇÃO DA
FRANCISCO “Andreia” SILVA FERREIRA (Dick)
Sebastião Augusto Francisco "Tião" (pai),
Pedro, Paulinho, Kelson, Rico, Patrick, Petra, Querido mano! A tua ausência dói na alma
Hutiano,Tilu,TivaneeNiti(irmãos)comunicam (quão indelével) durante o ano não foi
que será rezada a Missa de 1.º Ano em sua possível te esquecer. Que saudade irmão!...
memória, dia 10 de Dezembro, pelas 18h00, É com profunda tristeza, dor e amor que
na Igreja de S. Paulo. Que a sua alma descanse nos lembramos de ti diariamente. Jamais
em paz junto do Senhor Jesus Cristo. te esqueceremos mano. Lembrança da tua
(100.953) família. Descansa em paz. (20.248)
CONDOLÊNCIAS FALECEU
FELICIANO SERAFIM DIAS NASCIMENTO MARTINS
DOS SANTOS (Tchutchu) MENDES
Foi com profunda dor e consternação que a Beatriz Miguel (esposa), Rita Mendes,
Presidência do Conselho da Administração
Serafina Mendes, Elizabeth Mendes,
das empresas ADEBANKE - Consultoria e
Gestão, Lda., Sacrispal, Lda. e a Martchutchu Pascoal Mendes, Pedro Mendes (filhos),
Pescas tomou conhecimento do falecimento, Alfredo Martins, Paulo Martins e Miguel
de forma súbita, do seu conselheiro e sócio, Mendes comunicam o falecimnto do seu
FELICIANO SERAFIM DIAS DOS SANTOS ente querido, NASCIMENTO MARTINS
(Tchutchu), ocorrido no dia 7/12/2018. Nesta MENDES. O funeral realiza-se hoje,
hora de dor, tristeza e pela tamanha perda de
um dos maiores quadros nacional na arte de 10/12/2018, saindo o préstito fúnebre da
pescar. Endereça à família enlutada, as sentidas Igreja Metodista Unida, às 10h00, para o
condolências. (20.626a) Cemitério Municipal de Viana. (20.246)
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 19
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(100.937)
20 Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

EMPRESA PÚBLICA DE ÁGUAS, EPAL-E.P.

CONTRIBUINTE N.º 5410001109

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

CORRECÇÃO DO ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO N.º 1/2018

Considerando que foi aberto o CONCURSO PÚBLICO PARA A EMPREITADA E PARA A FIS-
CALIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO E LIGAÇÕES DOMICILIA- 4, anteriormente denominado de Lote B8;
de bombagem, edifícios auxiliares e redes de distribuição associada, Lote B3 do Sistema

RES NAS ZONAS DE INFLUÊNCIA DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA 4 –

POJECTO BITA, autorizada por Despacho Presidencial n.º 140/18 de 15 de Outubro, publicado ● Implementação de Redes de Distribuição e Ligações Domiciliares associada ao Centro
no Jornal de Angola do passado dia 1 de Agosto de 2018; de Distribuição da Zona Verde/Cabolombo, associada à Construção do Centro de Distri-

Considerando que o referido concurso continha algumas imprecisões relativamente às denomi-

buição da Zona Verde/Cabolombo, composto por reservatórios, tanque elevado, incluindo

nações dos projectos do concurso, associados aos Lotes do Sistema 4 – Bita, nomeadamente, B4 do Sistema 4, anteriormente denominado de Lote B9;
a estação de bombagem, edifícios auxiliares e redes de distribuição associada, do Lote

B1, B2, B3, B4, B5, B6 e B7;

● Implementação de Redes de Distribuição e Ligações Domiciliares associada ao Centro
Havendo a necessidade da correcção das denominações dos projectos do Concurso Público as-
sociados aos lotes do Sistema 4 do Projecto Bita, vem, a Empresa Pública de Águas - EPAL-
de Distribuição do Ramiros, associada ao Projecto da Construção do Centro de Distribui-

EP., pela presente, comunicar aos concorrentes do concurso sobre a correcção das
ção (CD Ramiros), composto por reservatórios, tanque elevado, incluindo a estação de
denominações do Concurso Público n.º 1/2018, publicado no Jornal de Angola do dia 1 de Agosto
anteriormente denominado de Lote B10;
bombagem, edifícios auxiliares e redes de distribuição associada, Lote B5 do Sistema 4,
de 2018, passando a ter as seguintes denominações:
● Implementação de Redes de Distribuição e Ligações Domiciliares associada ao Centro
CONCURSO PÚBLICO PARA A EMPREITADA E PARA A FISCALIZAÇÃO DA IMPLEMEN-
de Distribuição da Ilha do Mussulo/Cazanga associada à Construção do Centro de Distri-
FLUÊNCIA DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DO SISTEMA 4 – BITA, sendo:
TAÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO E LIGAÇÕES DOMICILIARES NAS ZONAS DE IN-
buição de (CD Ilha do Mussulo/Cazanga), composto por reservatórios, tanque elevado, in-

Lote B6 do Sistema 4, anteriormente denominado de Centro de Distribuição Mundial - Lote B11.

cluindo a estação de bombagem, edifícios auxiliares e redes de distribuição associada,
● Melhoria das Redes de Distribuição nas Zonas do Camama, associada ao Projecto de

A Empresa Pública de Águas - EPAL-EP., informa que as correcções das denominações do con-
Implantação de Condutas Adutoras Eta Bita/CD – Camama, CD – Camama/CD – Cabo-

Lote B2 do Sistema 4, anteriormente denominado de Lote B12; curso realizado não alteram os projectos submetidos a concurso, nem os procedimentos reali-
lombo, CD – Cabolombo/CD – Ramiros, CD – Ramiros/CD – Ilha do Mussulo - Cazanga, do

zados e em curso.
● Melhoria das Redes de Distribuição na Zona do Benfica II, associada ao Projecto de Im-
Para qualquer esclarecimento adicional, as empresas concorrentes podem contactar o Departa-
mento de Estudos e Projectos da EPAL-EP, para os devidos esclarecimentos.
plantação de Condutas Adutoras Eta Bita/CD – Camama, CD – Camama/CD – Cabolombo,

B2 do Sistema 4, anteriormente denominado de Lote B13;

CD – Cabolombo/CD – Ramiros, CD – Ramiros/CD – Ilha do Mussulo - Cazanga, do Lote

Luanda, aos 28 de Novembro de 2018.

● Implementação de Redes de Distribuição e Ligações Domiciliares associada ao Centro
de Distribuição do BITA, na zona de influência do Projecto da Construção do Centro de O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
(100.922)
Distribuição de (CD Bita) composto por reservatórios, tanque elevado, incluindo a estação Manuel Silva Lopes da Cruz

(400.095)
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 21
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Radical Investiments (pty) Ltd. t/a

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EMPRESA PÚBLICA DE ÁGUAS, EPAL-E.P.

Contribuinte n.º 0.005.679/00.1

AVISO
A EMPRESA PÚBLICA DE ÁGUAS, EPAL-E.P. informa que no âmbito da
reconciliação de contas referente ao ano de 2018, pretende reconciliar as suas
contas até 30 de Setembro de 2018.

Para tal, serve-se do presente para levar ao conhecimento do público em geral,

que remeta as seguintes informações:
Empresa Angolana do Ramo Editorial, pretende admitir pessoal com o
seguinte perfil: - Os extractos de contas de fornecedor com saldo credor e/ou devedor a 30 de
Setembro de 2018.
PAGINADOR
Função: - As facturas em aberto e respectivas taxas de câmbio caso extracto esteja em
• Criação de layout e Paginação de obras de livros, jornais e revistas. moeda estrangeira a 30 de Setembro de 2018.
Perfil/Requisitos:
• Disponibilidade e vontade para aperfeiçoar conhecimento; Idade com- A informação em causa deverá ser remetida à Direcção de Contabilidade e Fi-
preendida entre 20 e 30 anos; Ser organizado; Ser capaz de executar nanças da EPAL, Via G3A G1 8143, junto ao SIAC, Talatona, num prazo de 30
dias, a partir da data da publicação, pelo que a EPAL declinará toda e qualquer
trabalhos sob pressão; Ser observador e detalhista; Ter Sensibilidade Es-
responsabilidade pela não apresentação no prazo estipulado.
tética e Artística; Ser criativo e ousado.
Competência e Qualificações Profissionais:
• Experiência em Design Gráfico, Editorial ou Informática; Domínio ou co- Contacto: 997464405 | 995369561 | 997464489| 945432806 | 991500001
nhecimento dos softwares da Adobe, In-Design, Photoshop, Ilustrator e |930563651
Acrobat Pro; Conhecimentos de Língua Inglesa; Domínio de Informática
Emails:Adalgisa.barros@epal.co.ao;adalgisaramiro1@hotmail.com;Mariafer-
na óptica do utilizador.
nanda.Miranda@epal.co.ao;mariafernandamiranda720@gmail.com;nata-
Os candidatos deverão enviar o curriculum vitae e portfolio, até ao dia niel.campos@epal.co.ao
14/12/18, para o e-mail:
recrutamentopageditorial@gmail.com A Direcção de Contabilidade e Finanças da EPAL-E.P., em Luanda, aos 4 de
Luanda, 7 de Dezembro de 2018. Dezembro de 2018.

A Direcção de Recursos Humanos (20.205) (100.943)

22 Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA
ANÚNCIO DE ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO
Concurso Público N.º 04
1- O MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA DE ANGOLA vem tornar público, nos termos do disposto no n.º 1, do art. 69.º
da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho de 2016 - Lei dos Contratos Públicos, que está aberto o Concurso Público para a
CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS. O presente Procedimento tem por objecto a fixação dos termos e condições
para a Concessão, Projecto, Construção, Gestão e Exploração de um Parque Industrial Integrado, incluindo a
elaboração dos projectos associados, construção e conservação das infra-estruturas, promoção e atracção de in-
vestidores e acesso ao financiamento para investimento, através da cedência do direito de superfície, adquirindo
este em contrapartida, o direito de proceder, durante o tempo fixado no contrato, à respectiva exploração, com-
preendendo o de construir e manter a obra, dividir ou lotear, com a intenção de arrendar ou transmitir o direito de
superfície dos lotes, a título oneroso, com a prestação ou fornecimento de serviços associados, conforme porme-
norizados no Caderno de Encargos.

a) Lote 1 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial do Lucala (Kwanza-Norte) (150 ha)
b) Lote 2 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial do Cunje (Bié) (200 ha)
c) Lote 3 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Saurimo (Lunda-Sul) (146 ha);
d) Lote 4 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Malange (Malanje) (117 ha)
e) Lote 5 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Porto Amboim (Kwanza-Sul) (100 ha)
f) Lote 6 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial do Soyo (Zaire) (100 ha)
g) Lote 7 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála (Huambo) (108 ha)
h) Lote 8 - Parque Industrial Integrado no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Negage (Uíge) (210 ha)

1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC).

1.1 Ministério da Indústria

1.2 Endereço: Rua Cerqueira Lukoki, N.º 25,
1.3 Localidade Luanda
1.4 Província: Luanda
1.5 Telefone: + 244 222 338 492/ +244 948 150 958
1.6 Correio Electrónico/Endereço internet (URL):geral@idia.co.ao
1.7 Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: O Ministério da Indústria, abreviadamente designado
por “MIND”, é o Departamento Ministerial Auxiliar do Presidente da República e Titular do Poder Executivo nas fun-
ções de Governação e de Administração, que tem por missão propor a formulação e a condução, execução, ava-
liação e controlo da política do Executivo no domínio da indústria transformadora e da prestação de serviços
industriais.

1.8 A EPC está a contratar por conta de vontade de outras entidades? Não
2. Informações relativas ao contrato
2.1 Designação dada ao Contrato pela EPC: Contrato para Escolha de Co-contratante Privado
2.2 Tipo de Contrato
- Concessão de Obras Públicas
2.3 O Concurso implica a celebração de um contrato público: Sim
2.4 O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Sim
2.5 Prazo de execução do contrato: 30 anos
3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas
3.1Documentos de habilitação:
(400.059) a) Certidão comercial actualizada;
b) Cópia da Publicação do Pacto Social em Diário da República;
c) Cópia do cartão de contribuinte da sociedade.
d) Certificado de Registo Estatístico;
e) Certificado de Registo Criminal do(s) representante(s) legal da sociedade;
f) Declaração na qual o concorrente indica o nome do seu representante legal, número do contribuinte, número
do Bilhete de Identidade ou do Passaporte, ou número de pessoa colectiva;
g) Comprovativos da regularização da situação tributária perante o estado angolano;
h) Comprovativos da regularização da situação relativa às contribuições para a segurança social em Angola,
dos últimos 3 anos,(caso seja estrangeiro deverá ser comprovada ao Estado de que o concorrente é nacional);
i) Comprovativo da titularidade de habilitação profissional, (caso seja estrangeiro deverá ser comprovada ao
Estado de que o concorrente é nacional);
O CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL INFORMA QUE as ins- j) Declaração de aceitação do Caderno de Encargos.

crições para os Cursos de Especialização para Enfermeiros Licenciados e para 3.2 Admissão de propostas variantes: Sim
Técnicos Médios de Enfermagem, para o Ano Académico 2019, terão lugar no 3.3 Exigência de caução provisória: Sim
Valor: 3% do valor do da proposta
período de 7 a 21 de Janeiro de 2019.
4. Prazo da manutenção da proposta
Serão abertas inscrições para os Cursos de Pós-Licenciatura de Especialização
4.1 Os Concorrentes ficam obrigados a manter a sua Proposta durante um período de 60 dias contados da data do
em: acto público.
• Enfermagem Médico-Cirúrgica; 5. Critério de adjudicação
• Enfermagem de Saúde Comunitária; 5.1 Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enunciados no Programa do Concurso.
• Enfermagem de Saúde Materno-Infantil. 6. Processo
E para os Cursos de Especialização para Técnicos Médios de Enfermagem 6.1 Condição para obtenção das peças do procedimento:
em: 6.1.1 Prazo para recepção de pedido das peças do procedimento ou para aceder aos documentos:

• Anestesia; - Data: até ao dia 19 de Dezembro de 2018, às 15 horas e 30 minutos, no endereço abaixo indicado.

• Cuidados Intensivos; 6.1.2 Preço e condições de obtenção das peças do procedimento

• Instrumentação;
• Nefrologia.
Os Exames de Acesso fazem-se por prova escrita, a decorrer uma única vez (no
dia 28 de Janeiro às 9 horas) e por entrevista (dias 30 e 31 de Janeiro). Tanto
as Inscrições, como os Exames de Acesso, terão lugar no Centro de Formação
de Saúde Multiperfil, Morro Bento, Luanda.
O Centro de Formação de Saúde Multiperfil informa, ainda, que a lista de candi-
datos admitidos aos cursos será afixada no dia 5 de Fevereiro, as matrículas
serão de 18 a 22 de Fevereiro e os cursos terão início no dia 25 de Fevereiro
de 2019.
- Preço: Kz 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil Kwanzas), a ser paga na Conta Única do Tesouro, junto das
repartições fiscais.
- Condições: os interessados devem fazer prova do pagamento do valor previsto, mediante apresentação do
comprovativo do depósito do Documento de Arrecadação de Receita (DAR) – emolumentos e taxas diversas,
no valor de Kz 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil Kwanzas), a liquidar na conta única do tesouro, junto das
repartições fiscais.
6.2 Prazo para apresentação das propostas
- Data: até ao dia 26 de Dezembro de 2018, às 15 horas, no endereço abaixo indicado.
6.3 Valor da caução definitiva: 3% (três por cento) do valor da proposta.
7. Informações Complementares
7.1 Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais, as peças de procedimento
e enviadas as propostas:
7.1.1 Designação oficial

Poderão ser obtidas mais informações no site da instituição MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA

www.cfsmultiperfil.co e nos seguintes contactos: e-mail: cfs@multiperfil.co.ao 7.1.2 Endereço Rua Cerqueira Lukoki, N.º 25, - 8.º andar (Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola – IDIA)
7.1.3 Localidade Ingombota.
e telefone (+244) 938726103. 7.1.4 Província Luanda
7.1.5 Telefone + 244 222 338 492/ +244 948 150 958
7.1.6 Correio electrónico: geral@idia.gov.ao
7.2 As propostas serão abertas no dia 27 de Dezembro de 2018, pelas 9 horas.
8. Ponto Focal da EPC
Rua Futungo de Belas, S/N.º, Morro Bento/Samba, Luanda-Angola - Nome: Luís Manuel Dias Ribeiro. Telefone: 926163616
Tel.: (+244) 938 726 103 - e-Mail luis.ribeiro@idia.gov.ao
Email: cfs@multiperfil.co.ao Luanda, 29 de Novembro de 2018.
(100.937) MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA (16.370)
REGIÕES Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 23
ADMINISTRAÇÕES MUNICIPAIS EXERCÍCIO ILEGAL
DR

Namibe Farmácias e padarias

JOVENS INCENTIVADOS
A ADERIR AOS CURSOS
TÉCNICO-PROFISSIONAIS
O governador da província
do Namibe, Carlos Cruz,
incentivou sexta-feira,
na cidade de Moçâmedes,
os jovens a aderirem aos
cursos dos centros e
pavilhões do Instituto
Nacional de Emprego e
Formação Profissional
(INEFOP), para terem
uma profissão.
O governante lançou esse
repto quando discursava
numa cerimónia de
encerramento de um ciclo
formativo do INEFOP, tendo
referido que os jovens com
formação mais facilmente
conseguem emprego.
Vista parcial da cidade do Lubango onde foram empossados novos administradores municipais Sugeriu também aos jovens
a criarem pequenas
empresas de prestação
encerradas no Huambo
Mário Clemente |Huambo
Pelo menos, seis farmácias
e uma padaria, situadas nos
bairros Benfica Cardoso, Ben-
fica Colemba, Benfica Fre-
derico, São Pedro Suburbano
e Pilha Seca, na província do
Huambo, foram encerradas,
no âmbito da Operação Res-
gate, por falta de requisitos
legais e condições necessárias
para a continuidade da acti-
vidade comercial.
Os estabelecimentos tive-
ram as actividades suspensas
temporariamente, por falta
de ar condicionado para a
conservação de medicamen-
tos, espaço inadequado,
reconhece a irregularidade
pela qual a sua actividade
foi suspensa, garantindo
retomá-las quando estive-
rem as condições reunidas,
mas disse ser preciso que
o governo crie condições
para abolir a venda de forma
anárquica nas praças e nos
carros de mão, visto que
esta prática causa prejuízos
aos estabelecimentos legais.
“Nos mercados o preço
dos medicamentos é mais
barato. Mas há o risco de
serem, em muitos casos,
remédios expirados ou dete-
riorados. Esta acção, de
exercício de actividade à
margem da lei, chega a ser

Áreas Social e Económica de serviços, depois

da sua formação, para
contribuírem na geração de
novos postos de trabalho e
exercício ilegal da função,
falta de documentos,de
higiene e salubridade no local
de trabalho, estando, para
injusta para nós que con-
tribuímos com o pagamento
de impostos para os cofres
do Estado”, disse.

são prioritárias na Huíla na arrecadação de receitas

para o Estado. O chefe
dos serviços provinciais
do INEFOP, António Dala,
breve, o encerramento de
mais cinco farmácias.
Julino Delfino, proprie-
tário de uma farmácia, que
O c i d a d ã o Vi c t o r i n o
Umu e n h o c o n s i d e ra o
encerramento de farmácias,
por ausência de requisitos,
Novos administradores esperam contar com a participação disse à Angop que os em tempos já tinha fechado como uma medida correcta,
de todos os munícipes na resolução dos principais problemas alunos estão aptos para o seu estabelecimento para que os proprietários
o mercado de trabalho. devido à concorrência des- c r i e m c o n d i ç õ e s pa ra
leal e venda de medicamen- comercializarem produtos
A mediação de conflitos de terras, educação, vias secundárias e terciárias também mere- EDIÇÕES NOVEMBRO
tos no mercado informal, com qualidade.
saúde, agricultura, pecuária e mineração cerão atenção especial, para facilitar o escoa-
constam das prioridades dos novos admi- mento dos produtos.
nistradores municipais da Humpata, Chibia, Já o administrador municipal da Chibia, BIÉ
Quilengues e Cuvango, empossados pelo Sérgio da Cunha Velho, apontou como prio-
governador provincial da Huíla, Luís Nunes. ridade os sectores da Educação, Saúde, Agri-
Trata-se de Rita Miranda Soma (Humpata),
Sérgio da Cunha Velho (Chibia), Adriano
Alberto Pedro (Quilengues) e Luís Marcelo
cultura, pecuária e mineração, apesar da
base económica da província e da maior
parte dos municípios serem os sectores
Escola Técnica de Saúde
Ndala (Cuvango).
Em declarações à imprensa, à margem
agrícola e pecuário.
O governador da Huíla, Luís Nunes, pediu
em estado de degradação
da cerimónia de tomada de posse, a nova aos recém-empossados total colaboração, DR

administradora da Humpata, Rita Miranda sempre com transparência, honestidade e

Soma, disse que vai dar continuidade aos
projectos deixados pela sua antecessora,
no âmbito do plano de desenvolvimento
local, com um olhar ao conflito de terras
existente na circunscrição.
“Vamos velar pela cadeia de produção
agrícola, pois a Humpata tem um potencial
agropecuário muito forte, com realce para
a hortofrutícola e manter parcerias com a
comunidade académica, para melhor desen-
volvermos o município, com o apoio dos
empresários, sociedade civil, autoridades
eclesiásticas e tradicionais”, aludiu. Sublinhou
que a gestão ambiental e a melhoria das
CACOLO NA LUNDA-SUL
acima de tudo com muita humildade.
“Temos a consciência de que a tarefa não
é fácil, mas eu julgo que, com muita dedicação ENSINO ESPECIAL
e profissionalismo, juntos poderemos fazer TEM MAIS SALAS
um grande trabalho”, enfatizou. A escola do ensino especial
Na sua quarta alteração na estrutura do na província do Bengo,
governo, desde que assumiu o cargo, em construída na localidade
Setembro último, Luís Nunes nomeou ainda da Açucareira, município do
14 administradores municipais adjuntos para Dande, com capacidade
as áreas Financeira e Orçamental, substituiu para albergar mil alunos, foi
a liderança do Gabinete da Saúde e indicou concluída e aguarda apenas
uma nova gestão para o Hospital Central do a inauguração,
Lubango e o Gabinete de Comunicação Ins- a ser feita este mês, para
titucional e Imprensa. começar a funcionar em
2019. O facto foi dado
a conhecer sexta-feira, à
balho, apreciando o curso Angop, pelo subdirector
de água cristalina, sob uma Pedagógico da referida Ângulo da escola que sem capacidade para mais alunos
rocha enorme elevada de escola, Agostinho Muginga,

Potencial turístico forma artística”, devido à

falta de acesso.
Ao descrever o cenário
tendo dito que no presente
ano lectivo estudaram na
instituição 309 alunos, dos
Delfina Victorino | Cuito de técnicos formados, Alfredo
Satchama disse que 1.845

sem investimentos da pedra, a autoridade tra-

João Salvo | Cacolo
A identificação de quatro
pontos turísticos represen-
tados por duas grutas, cata-
rata e uma lagoa podem
tornar-se pontos de atracção
de turistas no município de
Cacolo, na província da
Lunda-Sul, segundo o direc-
tor do Gabinete Municipal
da Cultura, Turismo, Juven-
tude e Desportos.
Amaral Sakuila defende a
necessidade de investimentos
no sector do Turismo, tendo
em conta a presença de inú-
meros recantos naturais na
região, bem como na produ-
ção de energia eléctrica, apro-
veitando as quedas de água
que se registam em troços da
trajectória de alguns rios da
região. Precisou que a difi-
culdade de acesso às célebres
Grutas de Cacolo, a cerca de
35 quilómetros da vila sede,
condiciona a presença de
pessoas interessadas na busca
de novidades.
Uma lagoa, escondida na
selva, numa região que con-
fina Cacolo com a comuna
de Alto Chicapa, é outro
encanto esquecido.
O regedor Armindo Fer-
nando Sachicapo notou que
até mesmo para a localidade
Txizanda, situada a escassos
oito quilómetros da vila de
Cacolo, as pessoas “não con-
seguem deslocar-se, para
desanuviar a pressão do tra-
dicional ressaltou que à
entrada tem o formato de
uma casa com varanda, pos-
suindo no interior compar-
timentos que podem albergar
até 100 pessoas. No passado,
acrescentou,“serviu de
esconderijo das populações
por causa da guerra”.
A autoridade tradicional
defende a reabilitação das
vias de acesso, para facilitar
a circulação de pessoas e
bens e atrair turistas aos
locais históricos.
O director do Gabinete
P ro v i n c i a l d a C u l t u ra ,
Turismo, Juventude e Des-
portos, Gabriel Txiema,
garante que parte dos pontos
turísticos identificados cons-
tam entre as prioridades de
investimento definidas pelo
Governo da Lunda-Sul.
quais 275 foram avaliados
da 1ª à 9ª classe, por um
total de 25 professores.
Considerou satisfatório o
aproveitamento dos alunos
no presente ano lectivo,
em que 210 aprovaram,
65 reprovaram e 34
desistiram (dos quais 11
meninas). Apontou como
causas da desistência a
gravidez precoce, a débil
condição económica e
financeira de algumas
famílias e a falta
da merenda escolar,
que considera um elemento
chave no estímulo do
estudante. Agostinho
Muginga criticou alguns pais
e encarregados de educação
pelo facto de deixarem toda
a responsabilidade de
acompanhamento dos
menores para a instituição.
A Escola de Formação de Téc-
nicos de Saúde (Comandante
Bula), no Cuito, província do
Bié, está em avançado estado
de degradação. Fissuras nas
paredes e no tecto facilitam
a entrada de água em algumas
salas de aula, o que condiciona
a entrada de novos alunos no
próximo ano lectivo, alertou
o director da escola.
Alfredo Satchama disse
que, além desta situação, há
muitos problemas na estrutura
física, daquela que é a primeira
escola técnica de saúde no
país “Nem todas as salas de
aula estão em perfeitas con-
dições para albergar novos
alunos”, aclarou.
A escola possui dois edi-
fícios e o que possui o maior
número de salas de aula está
em estado avançado de degra-
dação. Sem avançar o número
alunos foram matriculados
durante o ano em curso.
A escola tem 15 salas de
aula, para 30 turmas em
dois períodos, para tentar
satisfazer a procura.
“Não há espaço para rece-
bermos novos alunos, tendo
em conta o excesso de 60 alu-
nos em cada turma, o que
dificulta o processo de ensino
e aprendizagem”, disse Alfredo
Satchama, acrescentando que
a escola conta com 56 pro-
fessores angolanos e cinco de
nacionalidade cubana.
O director da Escola Técnica
de Saúde explicou que a falta
de orçamento para sustentar
as despesas das residências
dos professores cubanos, ape-
trechamento de laboratórios
e materiais específicos para
os cursos existentes têm criado
muitos constrangimentos.
24 SOCIEDADE Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

EM APENAS UM MÊS DA “OPERAÇÃO RESGATE” EM LUANDA PROCLAMAÇÃO FEIRA DO EMPREENDEDORISMO

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Comunicólogos
Emissão de documentos apostam na
criação de um
aumenta de 60 para mil observatório
A Associação de Comuni-
Foram emitidos 820 livretes, 476 licenças de motociclos cólogos Angolanos vai apos-
tar na promoção da
e 1.003 licenças de veículos de transporte de passageiros investigação científica, bem
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO como a criação de um
observatório de comunica-
ção social, deu a conhecer,
em Luanda, o presidente Pavilhão montado no Largo do Soweto, no Rangel
da agremiação.
André Sibi, que falava
durante a cerimónia de pro-
clamação da Associação de
Valor do microcrédito
Comunicólogos Angolanos,
disse que numa primeira
fase vai trabalhar para a con-
vai crescer em 2019
solidação da estrutura a nível
nacional e internacional, Edivaldo Cristóvão
bem como o estabelecimento
de parcerias com as organi- O Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP)
zações congéneres, com des- vai aumentar, a partir do próximo ano, a capacidade
taque para as da lusofonia. formativa, o valor e a disponibilidade de microcréditos
Promover a qualificação para os formandos, deu a conhecer o director-geral,
dos membros, assim como Manuel Mbangui.
estágios profissionais para O programa de microcrédito deve beneficiar seis mil
diminuir a distância entre pessoas, ao invés de três mil, como vinha acontecendo
a teoria e práticas profis- até agora, e ao mesmo tempo é aumentado o valor até
sionais, constam igualmente 20 mil dólares, visto que anteriormente eram pagos
entre as acções a desenvol- aos formandos de mil a cinco mil dólares, equivalentes
ver pela organização. em kwanzas.
O outro segmento que o Manuel Mbangui explicou que a visão estratégica
líder considerou necessário do Inefop para o próximo ano é estar alinhado com o
Em apenas trinta dias, os cofres do Estado arrecadaram o total de 80 milhões de kwanzas desenvolver são as linhas de Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, que
pesquisa, nas diferentes dis- tem duas acções prioritárias, o reforço da capacidade
ciplinas da comunicação. do Sistema Nacional de Formação Profissional e a pro-
A emissão de atestado e escolas de condução, que No âmbito da Operação Para tal, numa primeira fase, moção da empregabilidade.
médico, certificado de habi- funcionavam à margem da Resgate, foram desactivados, vai apostar na organização O director-geral do Inefop disse que a promoção da
tabilidade e de sanidade, para lei. Na área da Saúde, foram durante o mês de Novembro, de conferências, palestras, empregabilidade está enquadrada em diversos programas,
diversos fins, cujo número inspeccionados 619 estabe- locais de comércio ilegal, workshop, tertúlias e semi- concretamente, na intensificação do microcrédito, no
de solicitação, nas diversas lecimentos, entre farmácias, com realce para os mercados nários destinados a reflectir relançamento do fomento ao auto-emprego, na atribuição
estruturas do Governo Pro- colégios e clínicas, sendo de peças de automóvel dos sobre as questões do sector, de “kits” para os formandos e na disseminação do
vincial de Luanda, cresceu que desse total 68 instituições Correios, no Kilamba Kiaxi, assim como as oportunidades Programa Avanço.
de 60 para mais de mil no foram classificadas como Kianda e Cerâmica , em de negócio. A Feira do Empreendedorismo e Formação Profissional
mês de Novembro, permitiu irregulares por estarem a Cacuaco, do bairro PIV, em VASCO GWINHO | EDIÇÕES NOVEMBRO realizada, em Luanda, superou as expectativas, com a par-
a arrecadação de 80 milhões funcionar à margem da lei. Viana e Gajajeira, no distrito ticipação de 25 centros de Luanda, Benguela, Bengo, Cunene
de kwanzas,no âmbito da Uma equipa multissecto- urbano do Rangel, cuja acção e Cuanza-Sul, tendo registado nove mil visitantes.
“Operação Resgate”. rial composta por elementos ainda se encontra em curso. Manuel Mbangui disse que no primeiro dia a feira
De acordo com o Governo afectos à Polícia Nacional, O Governo da Província registou 3.000 visitantes, no segundo 4.000 e no terceiro
Provincial de Luanda , SIC, SME, Fiscalização, AGT, de Luanda encoraja os ven- mais de duas mil pessoas, o que dá motivação para que
durante este mês, registou- ENDE, EPAL, Comércio e dedores, com destaque para no próximo ano haja melhor organização e preparação
se, no domínio dos trans- Indústria, Transporte, Cultura, as mulheres, a licenciarem de representações das províncias.
portes, uma grande procura Ambiente e Saúde registou as suas actividades junto das O Pavilhão de Artes e Ofícios da Camuxiba foi premiado
dos serviços de licencia- 64 infracções em 143 esta- administrações municipais com 500 mil kwanzas, ao vencer a categoria de "Melhor
mento de motociclos, veí- belecimentos comerciais de e distritais, para não serem Organização e Higiene", o Centro de Formação de Cons-
culos de passageiros, oficinas, natureza diversa na capital. impedidas de desenvolverem trução Civil de Viana recebeu o prémio "Inovação e
stands de viaturas e escolas Essas infracções deram as suas actividades. Qualidade", enquanto que a menção honrosa foi atribuída
de condução, que até ao lugar a 15 notificações e 13 O Governo Provincial de a um formando do Cunene.
momento estavam ilegais. advertências para a regula- Luanda, na nota enviada ao Parte dos membros da
Na sequência disso, foram rização da situação comercial, Jornal de Angola, agradece Associação de Comunicólogos
emitidos 820 livretes e 476 a aplicação de dez multas e a colaboração e o bom senso
licenças de condução de o encerramento de dois esta- dos cidadãos que aderiram A participação de mem-
motociclos, 1.003 licenças de
veículos de transporte de pas-
belecimentos comerciais que
se encontravam a exercer a
à causa, dando sugestões e
denunciando comporta-
bros em conferências nacio-
nais e internacionais, PERISCÓPIO
sageiros e 60 empresas licen- actividade comercial ilegal- mentos que ferem as leis constitui um caminho a
ciadas, entre oficinas, stands mente na província. em vigor no país. seguir, dada a necessidade
dos quadros angolanos toma-
rem parte das várias discus-
Bom senso
Encerradas mais de 30 seitas em Malanje sões sobre a comunicação
um pouco por todo o mundo.
Estão inscritos na organi-
Luciano Rocha temente feitos reparos a todas
incongruências de Luanda. E
Venâncio Victor| Malanje órgãos competentes. turismo nos municípios resultaram na aplica- zação 287 membros, entre Luanda está cada vez mais mesmo que possa parecer
Além de praticarem de Malanje, Cacuso e ção de 14 multas, no docentes universitários, pen- suja, com o lixo, em várias zonas, que estamos a perder tempo,
Mais de 30 seitas, que actos de forma ilícita, Marimba, por exercí- montante de 644.352 sadores nas áreas de Comu- a transbordar dos contentores a “pregar no deserto”, havemos
realizavam ilegalmente alguns destes templos cio de actividade ile- kwanzas. nicação Social, Jornalismo, imundos, num atentado à esté- de prosseguir este combate
cultos em Malanje, não dispunham de con- ga l e a p l i ca d a s 3 5 Ta m b é m f o r a m Relações Públicas e Marke- tica e saúde pública, com res- até que o sentido de impuni-
foram encerradas dições para a realização multas no montante encerradas 12 oficinas, ting, Cinema e TV, Língua ponsáveis pela situação com dade de que se julgam reves-
desde o início da “Ope- de cultos. de dois milhões e 781 quatro recauchuta- Portuguesa e Comunicação, funções e nomes definidos. tidas aquelas pessoas, no
ração Resgate”, infor- Foram realizadas mil kwanzas. gens, parque de carga formados no país e no exterior. O desmazelo a que a capital mínimo, se esbate e com ele
m o u o d i r e c to r d o acções de fiscalização No município de e descarga, embarque Além da capital do país, do país e o resto da província a incompetência.
Gabinete de Comuni- em 168 estabelecimen- Kiwaba-Nzoje, as auto- e desembarque de tenciona formalizar a aber- que lhe dá o nome estão vota- O que os luandenses não
cação Institucional e tos de diversos ramos ridades desactivaram passageiros, por exer- tura de núcleos nas provín- das, além do aspecto indeco- podem é continuar a ver cága-
Imprensa do Governo d e a ct i v i d a d e n o s uma praça de rua, tendo cerem actividades sem cias do Bié, Huíla e Uíge. roso que lhes dá, faz delas dos em cima de paus a fingirem
local. municípios de Malanje, encaminhado os ven- autorização. O presidente da Associa- focos privilegiados de doenças, terem asas. Sem o consegui-
Custódio Fernando, Cacuso, Marimba e dedores para o mercado Duas empresas de ção dos Comunicólogos é de a que é urgente pôr cobro. rem, como é evidente, por
que fazia o balanço de Kiwaba-Nzoje, que cul- municipal. segurança privada, por opinião que é chegado o Não é por falta de alertas muito que se pavoneiem. De
30 dias da operação, minaram com o encer- Na província, foram falta de escritório, paga- momento de se criar uma que a situação se agrava dia- livre vontade, já se percebeu,
disse que tais denomi- ramento de noventa e ainda encerradas nove mento de impostos e plataforma destinada a con- riamente. Neste e noutros não deixam os poleiros. Pelo
nações religiosas foram sete empreendimentos. farmácias, um centro comprovativo do Ins- gregar todos aqueles que espaços deste matutino, cum- que é premente, a bem da
encerradas por exerce- As autoridades encer- médico e um labora- tituto Nacional de Segu- fazem da comunicação como prindo, aliás, uma das funções saúde pública - e da moral -
rem actividades de culto raram 37 estabeleci- tório de análises clí- rança Social também área de conhecimento. do jornalismo, são constan- que os tirem.
sem autorização dos mentos de hotelaria e nicas, cujas infracções foram fechadas. Gabriel Bunga
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 25
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Serviço de Tecnologia de Informação e

Comunicação das Finanças Públicas

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Anúncio de Abertura de Procedimento de Concurso Público

Concurso Público n.º 1 /SETIC-FP/2018

O Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas vem tornar público, nos termos do disposto no
n.º 1 do artigo 69.° e do Anexo VI, da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho - Lei dos Contratos Públicos, que está aberto de 07 a 27 de
Dezembro de 2018, o Concurso Público para a Aquisição de Consumíveis de Impressoras.

1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC)
1.1. Designação (UO/OD): Serviço de Tecnologias de Infor-
mação e Comunicação das Finanças Públicas.
1.2. Endereço: Edifício B das Torres Dipanda, 8.º andar, Largo
1.º de Maio.
1.3. Localidade: Luanda.
1.4. Província: Luanda.
1.5. Telefone: 002 44 (222 706 437).
1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL):
concurso.setic@minfin.gov.ao
1.7. Tipo de entidade contratante e suas principais activida-
des: UO.
Estabelecer normas e padrões às infra-estruturas tecnológi-
cas para o desenvolvimento, contratação, homologação e
gestão dos sistemas de informação das finanças públicas,
que assegura a confiabilidade, integridade e confidencialidade
dos dados, com vista à promoção de uma visão integrada da
informação.
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades?
Não
2. Informações relativas ao contrato
2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: Contrato de
Aquisição de Consumíveis de Impressoras.
2.2. Tipo de contrato: Aquisição de bens móveis.
2.3. Local da entrega dos bens: Sede do Serviço de Tecnolo-
gias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas.
2.4. O concurso implica a celebração de um contrato público:
Sim.
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades es-
trangeiras: Sim.
2.6. Breve descrição das prestações objecto do contrato:
2.8. Prazo de execução do contrato: 6 Meses
3.1.3. Comprovativo da titularidade de habilitação profissional.
3.1.4. Certificado de Registo Estatístico.
3.1.5. Cópia autenticada dos Documentos de Arrecadação de
Receitas (DAR).
3.1.6. Certidão Contributiva original ou cópia autenticada –
Emitida pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
3.1.7. Certidão Fiscal original ou cópia autenticada – Emitida
pela Repartição Fiscal.
3.1.8. Comprovativo da entrega da declaração fiscal mais re-
cente.
3.1.9. Comprovativo de contabilidade organizada.
3.1.10. Registo Comercial de Constituição e das alterações
do Pacto Social.
3.1.11. Cópia da Publicação do Pacto Social em Diário da Re-
pública ou contrato.
3.1.12. Alvará Comercial.
3.2. Admissão de propostas variantes: Não
3.3. Exigência de caução provisória: Não
4. Critério de adjudicação: Proposta economicamente mais
vantajosa, tendo em conta os factores enunciados nas peças
do procedimento.
5. Processo
5.1. Condições para obtenção das peças do procedimento:
5.1.1. Prazo para recepção de pedidos das peças do proce-
dimento ou para aceder aos documentos:
Data: 07 de Dezembro de 2018 Hora: 15 horas
5.2. Prazo para apresentação das propostas: 27 de Dezembro
de 2018
Data: 27 de Dezembro de 2018 Hora: 15 Horas
5.3. Valor da caução definitiva: 5% do preço global da pro-
posta

3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas 6. Informações Complementares

3.1. Documentos de habilitação:
3.1.1. Declaração, onde consta indicação do nome, número
de bilhete de identidade e domicílio, Número de Identificação
Fiscal (NIF), tratando-se de pessoas singulares, ou denomi-
nação social, sede, sucursais que devam estar envolvidas na
execução do contrato, nomes dos titulares dos seus órgãos
de administração, direcção ou gerência e de outras pessoas
com poderes para a obrigarem, Registo Comercial ou equiva-
lente, tratando-se de pessoas colectivas.
3.1.2. Certificados de registo criminal dos representantes le-
gais da sociedade.
6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas
as informações adicionais, as peças do procedimento e en-
viadas as propostas: Correspondem aos referenciados no n.º
1 do presente anúncio.
SERVIÇO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMU-
NICAÇÃO DAS FINANÇAS PÚBLICAS, em Luanda, aos
___ de __________________ de 2018.
O DIRECTOR-GERAL
NUNO VAN DEN BRINK
(100.949)
26
Rigor e crescimento garantem prémio à liderança do Banco Sol
PCA do Banco Sol Coutinho Nobre Miguel arrecada o pré-
mio “Gestor do Ano” na noite de distinções da Delloite, pelo
desenvolvimento do Banco, na luta para os “bigfive” da
praça financeira.
O Presidente do Conselho de Administração do Banco Sol
Dr. Coutinho Nobre Miguel foi premiado, entre seis concor-
rentes, como o Gestor do Ano, pelos prémios SIRIUS 2018.
Numa iniciativa promovida pela Delloite, no Hotel Épic
Sana, em Luanda, na sua 8.ª Edição, e que visa reconhecer
as boas práticas na gestão das empresas, instituições e
na actuação dos seus líderes e gestores. O PCA do
Banco Sol foi distinguido com um dos prémios mais co-
biçados da noite.
A Deloitte é líder global na prestação de serviços de audito-
ria e auditoria financeira e é hoje barómetro das melhores
práticas, governação e excelência estando presente em
mais de 150 países.
Neste evento, para além de outras individualidades, e mem-
bros do executivo, estiveram presentes o Ministro de Estado
Manuel Nunes Júnior e empresários de renome nacional e
internacional.
O Banco Sol foi estrategicamente pensado com o foco na in-
clusão financeira económica e social da População Angolana,
tendo tido o microcrédito como baluarte e matriz fundadora
do Banco. O objectivo foi e continua a ser o de apoiar as pes-
soas desfavorecidas e alavancar as micros, pequenas e mé-
dias empresas.
“O nosso compromisso sempre foi o de ajudar as pessoas
mais carenciadas e desfavorecidas”, disse Coutinho
Nobre Miguel.
O Banco Sol trabalha num modelo de desenvolvimento eco-
nómico sustentável em que a prosperidade das famílias e
a rentabilidade económica das empresas constitui um pilar
fundamental, contribuindo assim para um sistema bancário
que promova a igualdade, a justiça, a solidariedade, o de-
senvolvimento do capital humano, resgate da cidadania e a
inclusão social.
Atento à dinâmica do mercado e à exigência cada vez mais
crescente, o Banco Sol, dia apos dia, aliás, como plasmado
no seu pacto social, passou a contemplar na sua grelha de
produtos e serviços outros segmentos de mercado; mor-
mente a banca de retalho, grandes clientes e hoje na banca
privada e na banca de investimento, tendo como objectivo
próximo a internacionalização da instituição.
Assim, este prémio vem também postular a visão de lide-
rança, motivação, dedicação, profissionalismo e alinha-
mento estratégico às melhores práticas mundiais.
”Temos pela frente tarefas árduas, desafiantes e estimulan-
tes. O sucesso é saber estar, saber ser e saber fazer, moti-
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
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(20.157)
vando os trabalhadores com uma gestão rigorosa, com em-
patia e com compaixão, para que os nossos estimados
clientes, que merecem todo o nosso apreço, sintam o im-
pacto dos efeitos da nossa existência no mercado”, disse
Coutinho Nobre Miguel.
Os Prémios SIRIUS têm como objectivo distinguir a exce-
lência, o talento e as boas práticas na governação das em-
presas em Angola. O evento reuniu membros do Executivo,
gestores, empresários e investidores para distinguir os me-
lhores exemplos do mercado empresarial.
“Este Prémio compromete-nos ao mesmo tempo para uma
maior e mais eficiente capacidade de resposta às legítimas
expectativas dos nossos distintos e respeitados clientes,
que interagem connosco e que fazem do Banco Sol uma
referência no mercado. Este facto deve-se a toda uma
equipa que ao longo dos últimos 17 anos de intenso traba-
lho, profissionalismo e dedicação, cresceu comigo no
Banco Sol. E este prémio é também extensivo ao fundador
do banco, mormente Sebastião Bastos Lavrador”,acrescen-
tou o PCA do Banco Sol.
O Banco Sol é hoje uma realidade no Mercado Finan-
ceiro Angolano, a julgar pelas suas capilaridades e a sua
implantação geográfica em todo o país, com uma rede
de mais de 200 Agências, com uma moldura laboral de
1.700 colaboradores e participa activamente em todo o
momento decisivo da Economia Angolana, designada-
mente nos programas de fomento, promoção e consoli-
dação empresarial. (100.954)
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018 27
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REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO Escola de Liderança e Negócios
ANÚNCIO
2.ª e última publicação COMUNICADO
Processo N.º 1598/C - 2017
2.ª SECÇÃO DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO A Omnem Intellegenda, SA Sociedade de Consultoria e Gestão de Projectos, promotora do IMETRO
Acção Declarativa de Condenação, sob a forma de processo ordinário. - Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola, com o objectivo de Capacitar profissionais
Autora: AFRIPERFIL, S.A em gestão do ensino, pesquisa e extensão em Instituições de Ensino Superior;
Ré: PENASOL, LDA.

Nos autos acima identificados, correm éditos de 20 dias, contados da data da segunda e última publicação do anún- Comunica que tem aberta as inscrições para um curso de capacitação, treinamento e workshop sobre:
cio, citando a ausente PANASOL. LDA.. com última sede conhecida em Luanda, Belas Park Ed. Cunene, piso 1.º,
porta 105, representada pela Sra. Nadine de Almeida, para no prazo de 20 dias finda dilação de 30 dias a contar da 1. Gestão Profissional de Instituições de Ensino Superior
2.ª e última publicação do anúncio, contestar, querendo, a acção supra identificada, que lhe move a Afriperfil, S.A, 2. Gestão da Docência e Desafios da realidade nacional
com sede em Luanda, Kikuxi, Parque industrial Afriperfil em Viana, com a cominação de que a falta de contestação 3. Ensino e Pesquisa como mediação da Formação do Professor Universitário
importa a confissão dos factos articulados pela autora na petição inicial e que em substância o pedido consiste em:
a) Ser a acção, julgada procedente e em consequência: ser a Ré condenada a pagar à autora o valor de AKZ
4. Gestão, Comunidade de Conhecimento, Pesquisa e Formação do Professor do E.S.
4,584,303.00 (Quatro milhões quinhentos e oitenta e quatro mil, trezentos e três Kwanzas) a título de capital
em dívida; e b) Ser a Ré condenada a pagar à autora a quantia de AKZ 585,283.62 (Quinhentos e oitenta e cinco Podem inscrever-se os Reitores, Directores, Decanos, Coordenadores de Departamento, Coorde-
duzentos e oitenta e três e sessenta e dois cêntimos) correspondente a juros de mora, vencidos e vincendos, nadores de Cursos e Docentes Interessados.
calculados até a data do efectivo e integral pagamento; c) Ser condenada no pagamento de todas as despesas e
custas inerentes a presente acção judicial, incluindo as respectivas custas judiciais e procuradoria condigna, tudo
DATA: 14 e 15 de Dezembro de 2018. Carga horária: 12 Horas
como melhor consta do duplicado da petição inicial, cujos duplicados se acham patentes no Cartório do Tribunal
Provincial de Luanda, 2.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo, sito à Rua Amílcar Cabral, n.º 29, 2.º Andar, à Vagas Limitadas - Certificado no final da formação.
disposição do citando.
Para constar, se lavrou o presente edital e mais dois de igual teor para serem afixados. Contacte: 917 031 819 ou 930 932 627, Email: scholbusiness.imetro@gmail.com
IBAN: AO06.0006.0000.3492.0824.3017.1 Depósito: 34920824 (B.F.A.)
Luanda, 22 de Outubro de 2018.
Travessa do Talatona s/n.º (Avenida 21 de Janeiro), Morro Bento, Rua do IMETRO
O JUIZ DE DIREITO O OFICIAL DE JUSTIÇA
Luanda, 3 de Dezembro de 2018.
RUI MOURA HÉLDER CAIUMBA (19.758) (100.950)

ABANDONO DE EMPREGO
A Direcção da empresa Mungongue Comércio In-
dústria Prestação de Serviço, Construção Civil
Lda, vem pela presente comunicar a sua trabalha-
dora Eyala Patrícia Gouveia Aionda, que a
mesma se encontra em situação de abandono de
trabalho, pelo facto de estar ausente há mais de 30
dias do seu local de trabalho sem qualquer justifi-
cativo aparente.
Igualmente, informa, que deverá comparecer na
sede da empresa nos próximos 3 dias úteis após
esta publicação, devendo justificar documental-
mente a razão da sua ausência, sob pena de nos
termos do Art. 229.º da Lei Geral do Trabalho efec-
tivar-se o Abandono de Trabalho.
Luanda, 7 de Dezembro de 2018
A Direcção da Empresa
AULAS AO DOMICÍLIO
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28 Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018

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CULTURA
10 de Dezembro de 2018
“TRAJECTÓRIA” EM VOZ E VIOLÃO COM GARI SINEDIMA
Totó ST em concerto intimista
no Centro Cultural Português
Virtuoso guitarrista e referência incontornável do universo afro-jazz aposta
na fusão vanguardista e na internacionalização da Música Popular Angolana
Jomo Fortunato
O contexto musical angolano
dos últimos vinte anos tem
sido abalado, positivamente,
pelo surgimento de novas
vozes e propostas musicais
que, embora estejam fora do
sucesso comercial de con-
sumo imediato, representam
um importante segmento
que aposta nos benefícios
artísticos da qualidade, pela
renovação estética de clás-
sicos do cancioneiro tradi-
cional e de temas referenciais
da história da Música Popular
Angolana.
Entre os nomes que res-
saltam, actualmente, pelos
padrões de qualidade pas-
síveis de internacionalização,
destacam-se os cantores
Coréon Dú, Sandra Cordeiro,
Africannita, Carlos Lopes,
Gabriel Tchiema, Carlos
Nando, exilado na Bélgica,
Dodó Miranda, Derito, Irina
Vasconcelos, Wyza, Hélder
Mendes, Ndaka Yo Wiñi,
Gari Sinedima, Toty Sa’Med,
Anabela Aya, e, natural-
mente, Totó ST.
Na verdade, muitos des-
tes cantores e compositores
afirmam terem sido influen-
c i a d o s p e l a s p ro p o s ta s
musicais inovadoras de Wal-
demar Bastos, com o LP
“Estamos juntos” (1983),
André Mingas, com o CD
“Coisas da vida” (1987) e
Filipe Mukenga com o álbum
“Novo som” (1991). De facto,
Totó ST, cantor, compositor
e virtuoso guitarrista, esteve
sempre atento às grandes
referências da modernidade
estética da Música Popular
Angolana, do jazz e soul-
music norte-americana.
DUETOS N’AVENIDA
Paulo Flores e Yuri da Cunha fazem plateia vibrar
Francisco Pedro
O espectáculo de Paulo Flo-
res e Yuri da Cunha, pro-
duzido pela Zona Jovem,
entusiasmou a plateia no
fim-de-semana, em três
actuações realizadas na Casa
70, em Luanda.
Os dois artistas apre-
sentaram e sp e ctáculo s
contagiantes, que ultra-
passaram as expectativas dos
espectadores, com destaque
para o Vice-Presidente da
República, Bornito de Sousa,
e outras personalidades.
Segunda-feira
A sua primeira aparição
pública aconteceu no ani-
versário da Escola 28 de
Agosto em Luanda, 1994, oca-
sião em que foi vivamente
aplaudido e interpretou a can-
ção “Feliz aniversário”, acom-
panhado pelo grupo “N’sex
Love” com Bigú Ferreira, voz,
Walter Ananás, voz, teclas,
João Paulo, e Gunza José, nas
teclas e programação. Do
encontro com os “N’sex Love”
resultou uma aproximação
que motivou o guitarrista a
prosseguir, resolutamente,
por uma carreira musical.
Sobre a sua relação com
a música, Totó ST revelou-
nos a sua visão optimista:
“A música exprime senti-
mentos, pode curar doenças
da alma humana, despertar
consciências, transformar
mentalidades de forma posi-
tiva e constitui uma ferra-
menta que pode fazer do
mundo um lugar melhor para
se viver”.
Totó ST, de seu nome pró-
prio Serpião Tomás, nasceu
no seio de uma família reli-
giosa. A sua mãe e tias, que
integravam o grupo coral
da igreja, permitiram-lhe
o primeiro contacto com a
música gospel. Depois dessa
experiência, fez uma incur-
são pela Música Popular
Angolana e brasileira e, pos-
teriormente, começou na
música americana e o violão
passou a estar intrinseca-
mente ligado à sua música.
Filho de pai incógnito e
de Maria Domingas Tomás,
Serpião Tomás nasceu no
dia 20 de Março de 1980, em
Luanda, no Bairro da Samba.
Embora a substância e a
destreza na execução da gui-
tarra tenha como origem a
No final do concerto de
sexta-feira, o Vice-Presidente
da República expressou a
sua satisfação à organização
do evento: “Fiquei muito
feliz por ter visto um grande
espectáculo!”
Também assistiram ao
espectáculo os ministros João
Melo, da Comunicação Social,
Carolina Cerqueira, da Cultura,
e Ângela Bragança, da Hote-
laria e Turismo.
Os cantores Paulo Flores
e Yuri da Cunha foram acom-
panhados por Mayo (baixo),
Gobliss (teclas), Pirika Duia
(guitarra ritmo), Chico Santos
Cantor actua sexta-feira no auditório Pepetala, em Luanda
persistência, pelo autodi-
dactismo, Totó ST recordou
como aprendeu, em 1997,
os primeiros acordes de gui-
tarra, tinha então 15 anos:
“A minha curiosidade, a
busca incessante das notas
dissonantes, e o constante
melhoramento, pela auto-
(percussão), Dinho (bateria),
Texas (guitarra solo), Nelo
Paim (teclas) e Raquel e Carla
Moreno (coros).
A produção dos Duetos
N’Avenida já levou ao palco
Patrícia Faria e Puto Portu-
guês, Eduardo Paim e Maya
Cool, Bruna Tatatiana e
Edmázia Mayembe.
Em Agosto, no primeiro
concerto, Patrícia Faria e
Puto Português demonstra-
ram afinidades no universo
do semba. Em Setembro,
houve uma relação de “pai
para filho”, com o encontro
entre Maya Cool e Eduardo
DR
aprendizagem, foram aspec-
tos decisivos para atingir os
meus níveis actuais de exe-
cução. No entanto, não tenho
dúvidas que foi crucial, no
início, o papel desempe-
nhado por Hermenegildo
Salgado, grande amigo e
companheiro da Igreja Maná,
Paim, da geração da kizomba,
revelador de muita intimi-
dade musical.
O concerto de Bruna
Tatiana e Edmázia Mayembe,
realizado em Novembro,
“foi uma noite de roman-
tismo”, na vertente zouk e
kizomba, e o último ficou
marcado por um “encontro
inesquecível entre dois dos
actuais embaixadores do
semba”, ressaltou Marlene
Lopes, da organização.
A procura de bilhetes foi
de tal ordem que a organi-
zação foi obrigada a marcar
três espectáculos.
na aprendizagem das pri-
meiras notas musicais”.
Oriundo de uma família com
profunda devoção religiosa,
Totó ST teve contacto, desde
muito cedo, com a música
gospel, sempre inspirado
pelos primos, um dos quais
tocava piano, igualmente na
Igreja Maná.
Festivais
Totó ST foi figura de cartaz
e presença notável na quarta
edição do “Luanda Interna-
cional Jazz Festival”, em
2012, ocasião em que se apre-
sentou com uma selecção
de instrumentistas consti-
tuída por Nino Jazz, teclas,
Hélio Cruz, bateria, Gato
Bediseyel, percussão, e
Marabú, baixo. Mais recen-
temente, Totó ST foi convi-
dado a participar no FEM,
Festival Fuerte Ventura,
Espanha, 2017, Festival Hei-
necken Canárias Jazz & Más,
NUMES, Festival de Musicas
Mestizas, Festival Banhos
Árabes, Festival Lá Mar de
Música, Festival Ednosur Sur
e Festival Pirineu Sur .
Distinções
Totó ST arrecadou o terceiro
lugar do “Top dos Mais Que-
ridos”, da Rádio Nacional de
Angola, em 2006, ano em que
esteve em primeiro lugar,
durante um mês, no Top da
Rádio Difusão Portuguesa,
RDP África e no Top da Rádio
Praia FM de Cabo-verde.
Recebeu ainda o disco de ouro
da editora portuguesa MPO,
em Maio de 2009, em Luanda,
galardão que foi outorgado
pelas vendas superiores a 15
mil unidades, do CD “Batata
quente”. Em 2016, foi ven-
cedor da categoria “Melhor
Dupla surpreendeu admiradores em três espectáculos na Casa 70
29
Afro-Jazz do ano” no Angola
Music Awards.
Discografia
A trilogia temática, consubs-
tanciada na esperança, paz e
amor, perspectivando a con-
vivência humana em harmo-
nia, atravessa a produção
textual da obra de Totó ST, ini-
ciada com o CD “Vida das Coi-
sas” (2006), “Batata Quente”
(2010), e “Filho da Luz” (2014),
um CD que privilegia as ten-
dências do afro jazz, Soul e
“rhythmand blues”, valori-
zando, sobretudo, o kilapanga.
No CD “Filhos da Luz” estão
alinhadas as canções “Blues
sem Chão”, com um soberbo
contra-baixo, “Meu mundo”,
tema com o qual Totó ST tem
uma relação muito especial,
“Ame nduku sole” (eu te
amo), “Luzingo Malembe”,
com um notável arranjo no
piano, “Por beber”, “Estrela
da minha vida”, “Por amor”,
“ Viv e r ” , “ R e v e l a ç ã o ” ,
“Cicalengo”, “A mulher que
te ama”, e “Filho da luz”,
canção que dá título ao CD.
Múltiplo nas opções esté-
ticas, criativo e cuidadoso
com os arranjos, o CD “Filho
da luz” possui ingredientes
passíveis de integração na
agenda internacional dos
festivais dos discos africanos
de referência.
Concerto
No concerto marcado para
sexta-feira, denominado
“Trajectória”, Totó ST, que se
apresenta de voz e violão, vai
passar em revista os três tra-
balhos discográficos, com
incidência para o CD “Filhos
da Luz”, e terá como convi-
dado o cantor e compositor
Gari Sinedima.
DR
30 DESPORTO
NA ROTA DO MUNDIAL DE ANDEBOL'2019
Sessões de treino são alternadas entre os pavilhões principal e anexo da Cidadela e o ginásio
Aprimoramento de rotinas
tácticas atarefa Guerreiros
Numa semana de dez sessões de treinos programadas
Selecção Nacional estará três vezes ao ginásio para elevar
os índices de força explosiva dos jogadores
Há precisamente um mês
da sua estreia na 26ª edição
do Campeonato do Mundo,
que se realiza na Alemanha
e na Dinamarca, a Selecção
Nacional sénior masculina
de andebol volta esta manhã
ao ginásio, para treinar a
força específica, sob orien-
tação do preparador físico
Fábio Rebelo de Sousa.
No período da tarde, no
pavilhão principal da Cida-
dela Desportiva, Filipe Cruz
e José Nóbrega dirigem uma
sessão virada especifica-
mente para a optimização
das rotinas de defesa, com
destaque para o sistema 5:1,
principal opção do “sete”
nacional que poderá alter-
nar ainda para as defesas
6:0 e 3:2:1.
Numa semana com 10
sessões de treinos progra-
madas, os Guerreiros estarão
3 vezes no ginásio, hoje,
quarta e sexta de manhã,
com o objectivo de elevar
os índices de força explosiva,
ficando preparados para as
altas exigências físicas da
prova. As outras sete sessões,
nos pavilhões principal e
anexo da Cidadela, vão acen-
tuar a coesão entre jogadores,
nos procedimentos tácticos
de ataque e de defesa.
Sem querer deixar nada
ao sabor do acaso, os técnicos
vão insistir na coordenação
de procedimentos entre os
guarda-redes e os defensores,
nas acções de blocos defen-
sivos. As trocas, compensa-
ções e ajudas defensivas estão
também entre as prioridades,
no plano semanal de treino,
como forma de tornar a defesa
da Selecção Nacional muito
agressiva e pressionante, sem
perder a consistência. No
ataque, os Guerreiros vão
treinar, sobretudo as “toma-
d a s d e d e c i sã o ” , c o m a
equipa técnica a colocar os
jogadores perante situações
típicas de jogo, onde os mes-
mos deverão escolher as
melhores opções, sempre a
um ritmo elevado.
O seleccionador nacional,
Filipe Cruz, explicou ao Jornal
de Angola que a motivação
da equipa técnica e jogadores
é alta, porque “os objectivos
são muito desafiantes, e isso
nos obriga a desafiar os nos-
sos próprios limites”.
As trocas,
compensações
e ajudas defensivas
estão também entre
as prioridades,
no plano semanal
de treino, como
forma de tornar
a defesa da
Selecção Nacional
muito agressiva
e pressionante
Angola disputa a primeira
fase do Mundial em Cope-
nhaga, capital da Dinamarca,
sede do grupo D. O Royal
Arena, com capacidade para
acolher 12.500 espectadores,
será o palco dos jogos da série.
Herning, é a segunda locali-
dade dinamarquesa a albergar
a prova, a par de quatro cida-
des alemãs: Munique, Colónia,
Berlim e Hamburgo.
No grupo preliminar D
competem com Angola, as
selecções do Qatar, Hungria,
Argentina, Suécia e Egipto.
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Um total de vinte e quatro
selecções nacionais dispu-
tam a prova, com a França,
detentora do título, à cabeça
do grupo A (com sede em
Berlim), ao lado da Rússia,
Alemanha, Sérvia, Brasil e
Coreia do Sul.
Actual campeã europeia,
a Espanha encabeça a série
B, em Munique, a par da
Croácia, Macedónia, Islândia,
Bahrein e Japão. A Dina-
marca, co-anfitriã, joga a
primeira etapa da prova em
Herning, no grupo C, com a
Noruega, Áustria, Tunísia,
Chile e Arábia Saudita.
O combinado nacional
ficará alojado no luxuoso
hotel Scandic Sydhavnen,
na capital dinamarquesa,
estreando-se a 11 de Janeiro,
às 15h30, no Royal Arena,
diante do Qatar. Segue-se a
Hungria, às 18h00, no dia 13.
Vinte e quatro horas depois,
os Guerreiros defrontam a
Suécia, antes da segunda
pausa na prova. Nas duas
últimas jornadas da fase pre-
liminar, Angola terá como
oponentes a Argentina, a 16,
e o Egipto a 17 de Janeiro.
Trabalham às ordens do
seleccionador Filipe Cruz
os seguintes andebolistas :
Giovany Muachissengue,
Custódio Gouveia e Edmilson
Gonçalves (guarda-redes),
Adilson Maneco, Elsemar
Pedro, Otoniel Pascoal e
Cláudio Chicola (pontas),
Agnelo Quitongo, Aguinaldo
Tati e Gabriel Teca (pivôs) e
Adelino Pestana, Cláudio
Lopes, Declerk Sibo, Manuel
Nascimento, Romé Hebo,
Francisco Almeida e Edvaldo
Ferreira “Moreno” (meia-
distâncias).
EM BRAZZAVILLE
Ministra leva
apoio moral
para a equipa
Teresa Luís | Brazzaville
Com o objectivo de assistir
aos jogos da meia-final e
final da 23ª edição da Taça
Africana das Nações ( CAN)
de andebol sénior feminino,
a ministra da Juventude e
Desportos, Ana Paula do
Sacramento Neto desem-
barca hoje na cidade de Braz-
zaville, Congo.
A antiga ponta da Selecção
Na c i o n a l e d o P e t ro d e
Luanda, por esta via, pre-
tende emprestar o seu calor
às Pérolas que perseguem a
conquista do décimo terceiro
título continental. A dirigente
em representação do Exe-
cutivo angolano, faz-se
acompanhar de dois mem-
bros do gabinete ligados à
área de Intercâmbio.
Durante a sua estadia, a
ministra poderá manter con-
tactos com as autoridades
desportivas congolesas e
com o Comité Executivo da
Confederação Africana da
modalidade (CAHB).
Recentemente, o funcio-
n á r i o d a E mb a i xa d a d e
Angola no Congo, Etelvino
Miguel garantiu, ao Jornal
de Angola, estarem criadas
as condições de hospedagem
para a delegação ministerial.
As jogadoras da selecção,
segundo Etelvino Miguel,
vão sentir-se mais ampara-
das e motivadas para alcançar
o objectivo traçado, com a
presença de Ana Paula do
Sacramento Neto.
“Paula Silva”, como é
conhecida nas lides do ande-
bol, jogou no clube do Neves
Bendinha, Educação de Ben-
guela e do Namibe. A antiga
andebolista integrou a Selec-
ção Nacional que conquistou
o primeiro título africano
em 1989, na cidade de Argel,
onde as campeãs venceram
na final (22-18) a Costa do
Marfim, às ordens do técnico
Beto Ferreira.
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Fábia Raposo “Mãe do
Zongue”, Chinha Garrido,
Elisa Webba “Lili”, Felisbela
Teixeira,Graça Bandeira,
Palmira Barbosa “Mirita” e
Elisa Peres são as jogadoras
que, na altura, compunham
o “sete” nacional e alinharam
com a ministra na conquista
do troféu inédito para o país,
dando início a uma trajec-
tória dourada do andebol
feminino angolano.
PÉROLAS FOCADAS NA FINAL
Angola e Camarões
reeditam meia-final
Teresa Luís | Brazzaville
A Selecção Nacional sénior
feminina de andebol dis-
puta, hoje às 19h00, a sua
décima quinta meia-final
na Taça de África das Nações
(CAN), quando defrontar a
similar dos Camarões, no
Pavilhão Nicole Oba, na
cidade de Brazzaville.
Jogar ao mais alto nível é
a meta das campeãs. A pres-
são defensiva aliada à eficácia
ofensiva podem ser os trunfos
das Pérolas, visando a final
da prova continental.
Na outra meia-final, mar-
cada para as 17h00, o Senegal
joga diante do Congo Demo-
crático. O encontro entre
senegalesas e congolesas
democráticas é aguardado
com expectativa, por conta
do equilíbrio competitivo de
ambas, antevendo-se des-
fecho imprevisível.
Às 11h00, na luta pelo
nono lugar da tabela, Mar-
rocos e Costa do Marfim
jogam entre si. Duas horas
depois, a Guiné mede forças
com a Tunísia, nas classifi-
cativas do quinto ao oitavo
posto, ao passo que a Argélia
defronta a selecção anfitriã.
Ontem, na partida dos
quartos-de-final, a Selecção
Nacional cilindrou a Argélia
por 41-17, com o parcial de
Selecção Nacional está imparável na caminhada para o título
ESTREANTE
Claudeth José promete
empenho e dedicação
Dar o máximo ao serviço da
Selecção Nacional de andebol
é a meta da ponta direita
C l au d e t h J o s é , d o 1 º d e
Agosto, a disputar o Africano
do Congo na s ve ste s de
estreante. Com 9 golos mar-
cados na primeira fase da
prova, a jogadora defende
que ainda há muito por fazer.
"Estamos focadas no objec-
tivo. Regressar a casa com
a taça. Da minha parte pro-
meto empenho e dedicação.
Nada é fácil. A forma como
abordarmos os próximos
desafios vai determinar a
revalidação do título ou não".
Relativamente à estreia
no campeonato a atleta afir-
mou que “está a ser boa e
muito marcante. Estou a fazer
de tudo para continuar a
merecer a confiança do trei-
nador Morten Soubak. Feliz-
mente, entrei em todos os
Segunda-feira
10 de Dezembro de 2018
21-6 ao intervalo. Logo nos
primeiros minutos do jogo
as Pérolas impuseram-se,
com uma consistência defen-
siva que obrigou as argelinas
a rematarem distante da linha
dos nove metros.
No reatamento, o com-
binado angolano manteve a
atitude, sem permitir que as
adversárias se aproximassem
do marcador. Morten Soubak
optou por dar mais tempo
de jogo à segunda equipa.
Do lado das magrebinas, o
desgaste físico, a par do ner-
vosismo levaram a melhor.
Por mais que se esforças-
sem, faltou-lhes estofo para
travar o ímpeto ofensivo do
“sete” nacional.
O Senegal também con-
firmou presença na meia-
final, ao derrotar a Guiné
por 23-16, com o parcial de
12-8 ao intervalo. As sene-
galesas precisaram de estar
concentradas para vencer
as guineenses, que entraram
decididas a fazer história.
Ontem, a selecção dos
Camarões teve de suar bas-
tante para vergar o Congo,
por tangenciais 22-21, numa
partida marcada pelo equi-
líbrio. O Congo Democrático
afastou a Tunísia das semi-
finais, com triunfo de 37-
30, com o parcial ao intervalo
de 21-11.
MARTINS MAWETH | EDIÇÕES NOVEMBRO
jogos até aqui disputados.
Dei o meu contributo. Já me
sinto mais segura. Às vezes
dá aquele ‘friozinho’ na bar-
riga, mas no decorrer da par-
tida passa”.
Quanto ao convívio com
as mais experientes, Claudeth
José assegurou que recebe
muito apoio. “Passam-me
uma mensagem de conforto,
força e dedicação, mesmo
quando cometo algum erro
no desafio. Elas apoiam e
dizem 'não te preocupes.
Depois será melhor'. E quando
as coisas saem com perfeição
vibram comigo”, disse.
Na condição de novatas
também estão Joana Costa
(ponta direita), Suzeth Matias
(lateral esquerda), ambas do
Petro de Luanda, Helena
Paulo ( meia-distância cen-
tral) e Helena Sousa (guarda-
redes), do 1º de Agosto.
DESPORTO
10 de Dezembro de 2018
BASQUETEBOL
1º de Agosto
consolida
comando no
campeonato
Armindo Pereira
O 1º de Agosto consolidou a
liderança no Campeonato
Nacional sénior masculino
de basquetebol, agora com
19 pontos, depois de sair
vitorioso da dupla jornada
do final de semana, onde o
destaque recaiu para o triunfo
dos militares sobre os trico-
lores, por 90-86, no clássico
disputado sexta-feira, no
Pavilhão Gimnodesportivo
da Cidadela.
Os campeões nacionais
contaram com a inspiração
do base Hermenegildo San-
tos, que anotou 19 pontos,
sendo o melhor cestinha do
desafio. A partida foi equi-
librada, sobretudo nos dois
últimos períodos. O triplo de
Pedro Bastos colocou termo
às aspirações dos pupilos de
Lazare Adingono.
Domingo, no Multiusos
do Kilamba, para a segunda
jornada da segunda volta, os
militares ultrapassaram os
aviadores, por 66-74. Os 20
pontos de Milton Barros foram
insuficientes para evitar a
derrota dos aviadores, que
continuam sem contar com
os préstimos do extremo-
poste Reggie Moore, que se
lesionou ao serviço da Selec-
ção Nacional.
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Paulo Macedo lidera militares
Refeitos da derrota frente
ao arqui-rival no sábado, o
Petro de Luanda foi ao Pavilhão
Anexo II da Cidadela vencer
a Universidade Lusíada, por
98-90, e deste modo assegurar
a segunda posição na tabela
classificativa, com 18 pontos,
mais três que os aviadores,
no terceiro posto. A surpresa
da dupla ronda foi a derrota
do Interclube, um dos can-
didatos ao título, diante da
Marinha, após igualdade no
tempo regulamentar a 84 pon-
tos. No prolongamento, a
maior consistência ofensiva
dos marinheiros ditou a der-
rota dos polícias (96-91).
O Helmarc Academia,
orientado por Elvino Dias,
consentiu a segunda derrota
consecutiva. Depois de baquear
diante da Marinha (88-58), a
equipa do Kilamba não con-
seguiu travar o Desportivo
Kwanza e perdeu, por 84-78.
A terceira jornada da segunda
volta, disputa-se sexta-feira,
reserva as seguintes partidas:
Helmarc-Vila; Interclube-
Desportivo Kwanza; Mari-
nha-Petro e ASA-Lusíada.
Armindo Pereira
Segunda-feira
CAMPEÕES FIRMES NA LIDERANÇA
Bomba de Mongo quebra
resistência da Académica
Petro de Luanda foge da concorrência no segundo lugar do Girabola
enquanto o Kabuscorp exibiu fraquezas no terreno do Santa Rita
Brasileiro Tiago Azulão “bisou” na vitória sobre a aguerrida equipa do Recreativo da Caála
Honorato Silva
Algo afectado pela extensão
da época passada, por força
da presença nas meias-finais
da Liga dos Clubes Campeões
Africanos de futebol, o 1º de
Agosto quebrou, com uma
bomba de Mongo, a resistência
da Académica do Lobito,
ontem no Estádio de Ombaka,
num dos jogos de destaque
da 5ª jornada do Girabola.
O triunfo (1-0) permitiu
aos militares do Rio Seco,
cuja baliza continua invio-
lada, conservarem o comando
isolado da prova, com 13 pon-
tos, apesar dos sinais de satu-
ração física, numa partida
em que o árbitro João Goma
perdoou uma grande pena-
lidade aos “estudantes”, por
carga sobre Mabululu.
No 11 de Novembro, o Petro
de Luanda recorreu ao faro
de golo de Tiago Azulão para
confirmar o favoritismo
diante do Recreativo da Caála,
adversário que chegou a exibir
algum nervo competitivo,
mas sem fazer mossa na
defesa do crónico candidato
à conquista do título. Os tri-
colores seguem isolados na
ORDEM DE MÉRITO
Rui Baía vence primeira gala
O golfista Rui Baía, com 273
pontos, venceu a primeira Gala
de premiação “Ordem de
Mérito” realizada sábado pelo
Mangais Golf Resort e Banco
Fomento Angola (BFA), na
comuna da Barra do Kwanza.
O evento, em que foram
premiados atletas nacionais
e estrangeiros, marcou o encer-
ramento das competições do
ano de 2018. Em segundo lugar
ficou Sebastião Adão, com 38
pontos, e em terceiro Luís
Alberto Grosso, com 36. O
golfista Rui Baía foi agraciado
31
Classificação 2018/2019
1º
CLUBES PT
1º de Agosto 13
J
05
TOTAL
V
04
E
01
D +G-
00 11-00
PC JC
03 09
CASA
V
03
FORA
E D +G- PF JF V E D +G-
00 00 10- 00 02 04 01 01 00 01-00
2º
3º
4º
5º
Petro
Progresso 09
Interclube 08
B. Maquis 07
11 05
05
05
05
03
02
02
01
02
03
02
04
00 07-02
00 09-04
01 05-03
00 06-05
03 09
03 05
02 02
02 02
03
01
00
00
00 00 06-01 02 02 00 02 00 01-01
02 00 05- 03 02 04 01 01 00 04-01
02 00 01-01 03 06 02 00 01 03-02
02 00 02-02 03 05 01 02 00 04-03
6º Sagrada 07 05 01 04 00 04-03 02 04 01 01 00 02-01 03 03 00 03 00 02-02
7º R. Libolo 06 05 01 03 01 07-05 03 05 01 02 00 04-01 02 01 00 01 01 03-02
EDIÇÕES NOVEMBRO
8º A. Lobito 05 05 01 02 02 04-02 03 04 01 01 01 03-01 02 01 00 01 01 01-02
9º ASA 05 05 01 02 02 03-06 03 04 01 01 01 02-02 02 01 00 01 01 01-04
10º Kabuscorp 05 05 01 02 02 05-06 02 03 01 00 01 02-02 03 02 00 02 01 03-04
11º D. Huíla 05 05 01 03 01 04-05 02 03 01 01 00 03-02 03 02 00 02 01 01- 03
12º Caála 04 05 01 01 02 04-07 02 04 01 01 00 03-02 02 00 00 00 02 01-05
13º Saurimo FC 04 05 01 01 03 03-05 03 03 01 00 02 02-03 02 01 00 01 01 01-02
14º S. Cabinda 04 05 01 01 03 02-10 02 01 00 01 01 00-01 03 03 01 00 02 01-06
15º C. Cubango 04 05 01 02 02 03-06 03 02 00 02 01 01-05 02 03 01 00 01 02-03
16º Santa Rita 04 05 00 01 03 02-09 03 00 00 01 01 02-03 02 00 00 00 02 00-06
05ª Jornada 06ª Jornada
JOGOS Data JOGOS Data
1 Saurimo FC - S. Cabinda 0-1 1 S. Cabinda - C. Cubango 12 de Dezembro
2 Libolo - Sagrada 1-1 2 Caála - Sauirimo FC 12 de Dezembro
3 Progresso - B. Maquis 1-1 3 B. Maquis - Libolo 12 de Dezembro
4 ASA - Interclube 1-1 4 D. Huíla - ASA 12 de Dezembro
5 Santa Rita - Kabuscorp 1-1 5 Interclube - Santa Rita 12 de Dezembro
6 C. Cubango - D. Huíla 0-0 6 Kabuscorp - A. Lobito 12 de Dezembro
7 A. Lobito - 1º de Agosto 0-1 7 Sagrada - Petro 13 de Dezembro
8 Petro - R. Caála 2-0 8 1º de Agosto - Progresso 13 de Dezembro
Melhores marcadores
segunda posição, com 11 pon- talado no clube, que já custou Jogador Clube Golos
tos. Na estreia do regressado a saída do técnico Hélder Tei- 1 Mabululu 1º de Agosto 4 golos
Paulo Saraiva, o Santa Rita xeira, com queixas de salários 2 EtekiamaTaddy Kabuscorp 3 golos
de Cássia lavou a cara da ver- em atraso. 3 Tiago Azulão Petro 3 golos
gonha causada pela goleada Na Lunda-Sul, o Saurimo 4 Job Saurimo FC 2 golos
(0-5) sofrida diante do 1º de FC voltou a ser uma espécie 5 Ari Papel 1º de Agosto 2 golos
Agosto, ao dominar o Kabus- de reserva de pontos dos
corp do Palanca, auto deno- seus visitantes, ao ser der-
minado candidato, que sob rotado (0-1) pelo Sporting
a batuta de Paulo Torres tarda de Cabinda, equipa que ali-
em mostrar competência para viou a pressão na cauda da CRISE NO PROGRESSO
estar no topo da classificação. tabela classificativa.
O empate (1-1) acabou por O Recreativo do Libolo
penalizar os católicos do Uíge,
donos e senhores no desafio.
empatou (1-1), na recepção
ao Sagrada Esperança. O des-
Grevistas exigem diálogo
Intermitente nas exibições
e resultados, o Interclube tra-
vou o crescimento do ASA,
fecho foi ao encontro do
equilíbrio de forças existente
entre as equipas, conside-
com presidente do clube
com a vitória (1-0), num desa- radas pela crítica candidatas António de Brito vedo, coordenador da comis-
fio dominado pelo equilíbrio. ao título de terceiro linha, são dos trabalhadores do Pro-
O técnico Rui Garcia, con- dado o desinvestimento ope- A greve no Progresso Sam- gresso Sambizanga, disse que
tratado para levar os “polícias” rado nos plantéis. bizanga faz hoje uma semana o presidente de direcção tem
ao título, pôde respirar de alí- Focados na permanência e parece estar longe do fim, de dar a cara, para as partes
vio, depois dos sinais de insa- na prova, Cuando Cubango uma vez que a direcção pre- chegarem a um acordo.
tisfação dados pela direcção FC e Desportivo da Huíla sidida por Paixão Júnior não “Penso que não há razões
presidida por Alves Simões. empataram (0-0), na única dá a cara e furta-se ao diálogo para o presidente não querer
partida sem golos da jornada, com os grevistas. negociar. Continuámos a
Atrasar o Progresso que registou apenas uma vitó- Os funcionários e atletas aguardar pelo pagamento
Mergulhado numa crise finan- ria das equipas que jogaram das modalidades de basque- dos três salários acordados
ceira, o Progresso Sambizanga, em casa, assinada pelo Petro tebol, andebol, voleibol, atle- antes”, lamentou.
saído de uma greve do plantel, de Luanda, enquanto o 1º de tismo e xadrez reclamam o Custódio Azevedo acres-
empatou (1-1) em casa, diante Agosto, Interclube e Sporting pagamento de 18 meses de centou ainda que depois da
do FC Bravos do Maquis, des- os forasteiros vitoriosos. salários em atraso. Nas ins- greve desencadeada, o pre-
fecho que pode ser atribuído Foram marcados 11 tentos, talações do clube ninguém sidente do Progresso Sam-
ao ambiente conturbado ins- contra os 19 da ronda anterior. entra nem sai. Todos os meios bizanga comprou material
estão bloqueados. desportivo, alugou autocarro
A vigília vai continuar à e alojou a equipa numa pen-
entrada do portão principal, são luxuosa.
caso os dirigentes não optem “Se ele tem dinheiro para
pela negociação. No encontro fazer esses pagamentos, por
do dia 8 de Novembro, Paixão
Júnior comprometeu-se a
pagar três salários (Novembro
que é que não honra parte
das nossas dívidas”, ques-
tionou, acrescentando que o
com o título de jogador regular Drive” por Nicolau Mateus dois e Dezembro um), o que assunto pode ser tratado na
durante o campeonato, ini- e o melhor “gross” por não veio a se consumar. Justiça, face à falta de diálogo
ciado em Fevereiro. O prémio “António Marçal”. A melhor Depois de terem realizado entre as partes.
da primeira categoria Net jogadora angolana de 2018 o jogo com o FC Bravos do “Entregámos uma pro-
coube a Kim Hyong Kuk (43 foi Fátima Zampetti. Maquis, que terminou empa- curação ao nosso advogado,
pontos), seguido de Nicolau Foram igualmente dis- tado a uma bola, o plantel do porque não encontrámos
Mateus (42). António Luife tinguidas diversas persona- Progresso Sambizanga pode respaldo da direcção do Pro-
foi terceiro (40). lidades que se destacaram voltar a paralisar os trabalhos, gresso.Vamos também escre-
A segunda categoria Net ao longo deste campeonato para forçar a direcção do clube ver à Federação Angolana
foi conquistada por Francisco de golfe: Jogador “fair play”: a liquidar os pendentes com de Futebol, porque estamos
Domingos (40), secundado António Flor; Jogador reve- os funcionários e atletas. a enfrentar sérios problemas
por Sebastião Adão (38). Luís lação: Nito Gomes; Jogador Aos jogadores da equipa de fórum social”.
Alberto Grosso ocupou o ter- do ano: Rui Baía; Jogador principal de futebol o elenco À frente dos grevistas estão
ceiro posto (36). A categoria mais excêntrico; Choi Max- liderado por Paixão Júnior antigas estrelas do clube,
“Nearest the Pin” foi ganha son e Melhor instituição do deve seis salários. casos de Salviano Magalhães,
por António Luife, o “Longest ano: BFA. Em declarações ao Jornal Ferreira Pinto, Zezinho, Mitó
de Angola, Custódio de Aze- e Chibias.

SEG10DEZ
ISSN 0446-9518
9 770446
ALTO
Construção
Aproveitar material local
O aproveitamento de ma-
terial local é, quase sempre,
uma medida mais barata
para se atingir o mesmo fim.
Ainda bem que o Ministério
do Ordenamento do Terri-
tório deu conta e está agora
a incentivar a utilização de
material local na construção
de equipamentos sociais,
como escolas e centros de
saúde. Estamos mesmo re-
cordados de grandes obras
feitas no passado com re-
curso a tijolos artesanais e
com uma durabilidade su-
perior ao material industrial.
Além da sustentabilidade,
fica também mais barato e
cria mais mão-de-obra local.
O Ministério até já fez contas
e concluiu que é possível
construir habitações e de-
mais equipamentos sociais
a baixo custo.
BAIXO
GPL
Postes destruídos
Quem circula por Luanda
depara-se, quase sempre,
com postes derrubados por
automobilistas. Na centra-
lidade do Sequele, ao longo
dos 10 quilómetros da es-
trada principal, contam-se
quase 20 postos derruba-
dos. Igual cenário pode ser
presenciado na via Expresso.
Ao que se sabe, os automo-
bilistas são responsabiliza-
dos em caso de derrube ou
destruição do património
público. Se assim é, por que
é que os postes não são re-
postos? Quem fica com o
dinheiro cobrado para a re-
posição dos bens destruídos
durante o acidente de via-
ção, quando não resulta em
morte do automobilista?
DIABETES
Cerca de 40 milhões
sem acesso à insulina
Cerca de 40 milhões de
pessoas com diabetes tipo 2
podem ficar sem acesso à
insulina em 2030, alerta um
estudo publicado recente-
mente na publicação Lancet:
951006
BENS CULTURAIS
Angola quer que Portugal
faça entrega de património
O relatório solicitado à
historiadora de arte francesa
Bénédicte Savoy e ao eco-
nomista senegalês Felwine
Sar defende a devolução de
todos os objectos detidos
pelos museus nacionais
franceses, dos quais não
exista um justificativo de
compra consentida.
José Luís Mendonça, jor-
nalista cultural em Angola,
disse ao jornal português
“Diário de Notícias” que as
recomendações são legítimas
e admite que esta decisão vai
permitir às autoridades ango-
lanas dialogarem com Por-
tugal sobre a restituição do
espólio angolano.
E em Portugal? À Direc-
ção-Geral do Património Cul-
t u ra l n ã o c h e g o u a i n d a
qualquer pedido de restituição
dos bens culturais que estão
em museus portugueses, mas
a intenção existe, confirmou
a ministra da Cultura, Carolina
Cerqueira, ao Expresso.
Máscaras, artefactos,
bonecas, objectos e uso quo-
tidiano podem ser recla-
mados por Angola ao Estado
Português. O Museu Nacio-
nal de Arqueologia e Museu
de História Natural e da
Ciência de Portugal são
detentores de alguns destes
bens culturais.
“É imperioso que a diplo-
macia angolana, em colabo-
RAPTOR ERA INQUILINO DOS PAIS
Menor raptada há um ano
devolvida à família na Huíla
Uma criança de quatro anos
raptada em Setembro de 2017,
no município de Caluquembe,
província da Huíla, foi ontem
devolvida à família. O raptor,
de 22 anos, identificado por
Francisco Joaquim Can-
gombe, foi inquilino dos pais
Diabetes and Endocrinology
e divulgado pela revista VEJA.
O motivo para a possível
escassez é o crescimento
mundial da doença, causado
pela crescente epidemia de
Museu Nacional de Etnologia em Portugal tem peças angolanas
ração com o Ministério da
Cultura e outros departamen-
tos ministeriais, possa dar
início a consultas multilaterais
com vista a regularizar a
questão da propriedade e
da posse, por um lado, e,
por outro lado, da exploração
dos bens culturais angolanos
no estrangeiro”, disse Caro-
lina Cerqueira.
Em Portugal, é no Museu
Nacional de Etnologia que
se encontram mais peças
de origem angolana. A maio-
ria resulta das recolhas do
antropólogo Jorge Dias e da
sua equipa no âmbito das
Missões de Estudo das Mino-
rias Étnicas.
O actual director, Paulo
Costa, disse ao “Expresso”
que o critério de devolução
tem “de ser muito bem defi-
da menor por três semanas.
No dia 10 de Setembro de 2017
levou, sem autorização, a
menor para a província do
Cuanza-Norte. Uma inves-
tigação do SIC levou à loca-
lização da criança edo
sequestrador a 5 de Novem-
obesidade. Actualmente o
número de diabéticos tipo
2 é de 405,6 milhões de
p e ss oa s – do s q uai s 3 3
milhões já não têm acesso
ao medicamento – e
estima-se que na próxima
década o número deva subir
para 510,8 milhões.
O problema da insufi-
ciência de insulina afecta
sobretudo os países em vias
de desenvolvimento. De
DR
nido porque pode acabar
com os museus como exis-
tem actualmente”. E mos-
t ra - s e t ra n q u i l o c o m a
origem das peças que se
podem ver na instituição
fundada e dirigida por Jorge
Dias em 1965, albergando o
produto das expedições.
A questão não é nova e foi
levantada há quatro anos pela
Grécia, que reclama a devo-
lução dos mármores do Pár-
tenon que estão no Museu
Britânico. A UNESCO tem
sido mediadora no caso. Os
americanos do Instituto
Smithsonian são os precur-
sores da medida. Em 2010, o
Museu de Washington devol-
veu os esqueletos de mais de
60 pessoas de Arnhem Land,
na Austrália. Todos tinham
menos de 120 anos.
bro, no município de Ambaca.
O director do Gabinete pro-
vincial da Huíla do Instituto
Nacional da Criança, Abel
Chico Joaquim, destacou o
trabalho das autoridades e o
papel da sociedade na denún-
cia de casos semelhantes.
acordo com os especialistas,
a dificuldade global do
acesso ao produto só não é
maior porque muitos
pacientes diagnosticados
com o tipo 2 não necessitam
da insulina, que é essencial
para a sobrevivência de
quem tem o tipo 1.
“O acesso é definido
através da disponibilidade
e acessibilidade. Além dos
preços, também é neces-
ESTRATÉGIA DE DIREITOS HUMANOS
Sistema denuncia abusos
Angola vai ter um sistema
de alerta e fiscalização de
Direitos Humanos para a
denúncia de casos de atentado
e “medir” o grau de satisfação
da sociedade quanto à sua
observância e respeito.
A medida consta da Estra-
tégia Nacional de médio prazo
para os Direitos Humanos,
para o período 2019-2022. O
documento pretende envolver
a sociedade civil para cooperar
na melhoria do desempenho
do Executivo e conquistar a
sua confiança na parceria para
a defesa e promoção dos Direi-
tos Humanos.
A estratégia surge em fun-
ção do ambiente político de
maior abertura democrática,
melhor consciência política
e noção das causas políticas
geradoras das dificuldades e
insuficiências, como corrup-
ção e má governação.
A realidade, de acordo com
o documento, expôs o
Governo a escrutínios internos
e internacionais severos sobre
Direitos Humanos, alguns dos
quais levaram à crítica inter-
nacional e condenações de
organizações internacionais,
com reflexo na avaliação nega-
tiva em relatórios anuais.
O diagnóstico realizado
mostra que a evolução da pro-
moção e defesa dos Direitos
Humanos em Angola conhe-
PEQUIM CHAMOU EMBAIXADOR DO CANADÁ
China exige a libertação
da directora da Huawei
A China aumentou a pres-
são sobre o Canadá para que
liberte a directora financeira
da Huawei, Meng Wangzhou,
e ameaçou com "consequên-
cias graves" pela detenção,
convertendo este caso num
dos piores conflitos diplo-
máticos entre Pequim e Otava.
O v i c e - m i n i s t ro d o s
Assuntos Exteriores da China,
Le Yucheng, convocou, no
sábado à noite, o embaixador
do Canadá, John McCallum,
para lhe apresentar um "forte
sário considerar a distri-
buição segura de um
medicamento que neces-
sita de refrigeração e aces-
s ó r i o s c o m o ag u l h a s e
seringas”, explicou Sanjay
Basu, principal autor do
estudo, à estação televisiva
britânica BBC.
O investigador ressal-
tou que 99 por cento do
mercado global de insu-
lina é controlado por três
PUBLICIDADE
ceu o seu maior incremento
no período de paz, posterior
a 2002. A nível interno, a
estratégia prevê o reforço do
Sistema dos Direitos Humanos
nas províncias, mais articu-
lação e parceria com a socie-
d a d e c iv i l , f o r m a ç ã o e
educação na matéria, pro-
gramas e acções para promo-
ção de uma cultura dos Direitos
Humanos, além do combate
ao tráfico de seres humanos.
A estratégia prevê, a nível
externo, o reforço da presença
de Angola nas principais Ins-
tituições Internacionais de
Direitos Humanos, incremento
das actividades da Comissão
Intersectorial de Elaboração
de Relatórios Nacionais de
Direitos Humanos em Angola,
intensificação do alinhamento
do país com os princípios
internacionais e reforço do
diálogo com a União Europeia
e os Estados Unidos no âmbito
dos Direitos Humanos.
Entretanto, o Executivo vai
atribuir o “Prémio 4 de Abril
de Direitos Humanos”, para
reconhecer o trabalho de pes-
soas singulares e colectivas
que tenham contribuído para
a sua promoção, defesa e apro-
fundamento.
O Jornal de Angola publica,
na quarta-feira, um encarte
com a Estratégia Nacional para
os Direitos Humanos.
protesto" pela detenção de
Meng Wangzhou em Van-
couver e instou Otava a
libertá-la de imediato, de
acordo com um comunicado
daquele gabinete chinês.
"A China pede encareci-
damente ao Canadá que liberte
de imediato a pessoa detida
e proteja seriamente os seus
legítimos direitos, se não o
Canadá deve aceitar a res-
ponsabilidade pelas graves
consequências causadas",
assinala o comunicado.
multinacionais – Novo
No rd i s k , E l i L i l ly a n d
Company e Sanofi –, uma
das razões pelas quais o
valor da medicação per-
manece elevado.
A insulina ajuda a reduzir
o risco de possíveis com-
plicações associadas à dia-
betes como, a cegueira,
amputações, insuficiência
renal e acidentes vasculares
cerebrais (AVC).