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1. Porque Deus é Santo, Ele está inteiramente livre de contaminar-se com o mal;
que Sua natureza aborrece o mal; e que Ele exige perfeição de Suas criaturas.
2. O PADRÃO da santidade de Deus é o próprio Deus e Sua Lei.
3. A natureza humana, por nascimento, está contaminada com o pecado e
impossibilitada de alcançar o PADRÃO divino. Em verdade, está incapacitada
de cumprir qualquer ponto da Lei de Deus perfeitamente. O melhor da raça
humana não passa de “trapos da imundícia”.
4. Se o único caminho para Deus fosse através do cumprimento de Sua Lei, não
haveria salvação. Ninguém se salvaria.
Agora, o que nos resta? Fazermos como Davi. Na continuação do Salmo 5, citado no
encontro anterior, ele disse: “Porém eu entrarei em Tua casa pela grandeza da Tua
misericórdia” (Salmo 5:7). Não nos resta mais nada, senão atentarmos para a graça
redentora de Deus e ver que providência Ele tomou quanto à salvação dos homens.
Recordemos, pois, onde ficamos: “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei
estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não
permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las”
(Gálatas 3:10). O homem está debaixo da MALDIÇÃO DA LEI. Quem está debaixo da
maldição? Todos os homens, sem exceção alguma! “(...) Já dantes demonstramos
que (...) todos estão debaixo do pecado” (Romanos 3:9). “A Escritura encerrou
tudo debaixo do pecado (...)” (Gálatas 3:22).
de Deus são usadas por Ele para tornar evidente a rebeldia da nossa natureza,
sempre disposta a desagradar o Criador.
Os homens estão dispostos a ter uma religião e a confessar e ouvir “coisas bonitas”
sobre Deus. Mas, não suportam suas proibições e mandamentos. O efeito normal da
exigência da Lei de Deus no homem pecador não é levá-lo à obediência, mas
estimulá-lo ao pecado. Não porque haja “problema” na lei! O problema está na
natureza humana. “Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu
não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu
conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás” (Rm 7:7).
A Lei, portanto, não nos é dada porque sejamos capazes de cumpri-la. Muito ao
contrário, ela nos torna réus, por desobedecermos constantemente seus
mandamentos e proibições, e dignos do castigo nela prescrito. Portanto, malditos!
Mas vejamos o que Deus fez, através da vida e da morte do Seu Filho Jesus Cristo. A
vida terrena de Cristo foi marcada pela perfeita obediência à Lei de Deus. “Não
penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim revogar, vim para
cumprir” (Mt 5:17). Em mais de uma ocasião, Ele desafiou os homens à sua volta a
acusar-Lhe de algum pecado, caso encontrassem, ocasião em que se calaram.
“Quem dentre vós me convence do pecado?” (Jo 8:46a). Mesmo acusado pelos
judeus, que pediam a sua crucificação, Pilatos e sua esposa o reconheciam como
“justo” (Mt 27:19,24). O centurião romano que o crucificava reconheceu que
verdadeiramente Ele era o Filho de Deus (Mt 27:54). Em Sua vida, Cristo estava
adquirindo uma santidade humana, uma justiça perfeita, que seria atribuída a
pecadores. “(...) foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas
sem pecado” (Hb 4:15b).
Em Sua morte, "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por
nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro"
(Gálatas 3:13). Neste versículo esclarecedor se encontram muitas informações
preciosas. Nele, temos o Salvador compadecendo-se de pecadores indignos e
malditos e colocando-se no lugar deles.
Pr. Ary Queiroz Vieira Júnior 3
A Justificação Pela Fé Somente
O versículo é inequivocamente claro. Por três vezes se diz que o homem pecador não
será justificado pela obediência à Lei ou pelas boas obras. Semelhantemente, por três
vezes se diz que o homem pecador é justificado pela fé (somente!). A razão única da
salvação de qualquer homem é a morte de Cristo em seu lugar. Ele se fez maldito
para libertar pecadores da maldição da Lei. Mas, atentemos a isto: a instrumentalidade
com que a salvação de Cristo é aplicada ao pecador é a Fé. Assim, "pela graça sois
salvos, por meio da fé (...)" (Efésios 2:8).
1. Nela, a maldição imposta pela Lei aos que a desobedecem (a todos, portanto),
foi dada a Cristo - Ele se fez maldição por pecadores! Ele morreu como todo
pecador deveria morrer: como um malfeitor da Lei. Ele morreu a morte que
deveríamos ter morrido, sob a ira de Deus!
2. Por outro lado, a Sua perfeita obediência à Lei adquirida em sua peregrinação
humana - pois Ele veio “para cumprir a Lei” (Mateus 5:17) e viveu como um
homem “sem pecado” (Hb 4:15) - é imputada a pecadores no tempo oportuno,
pela exclusiva instrumentalidade da fé. Ele viveu como deveríamos ter vivo.
Cristo morreu a nossa morte para nos conceder a Sua vida!
Alguém poderia tentar uma forma de conciliação entre a salvação pelas obras da Lei e
pela graça, mediante a fé. Diriam alguns: "Não creio que 'somente' a fé seja suficiente
para a salvação. A fé, sem dúvida, mas somada à nossa obediência à Lei". Este
parece um argumento razoável, mas só aparência. Tentar acrescentar à pura fé as
obras da Lei seria como duvidar da suficiência da obra de Cristo na cruz. Noutras
palavras, seria uma aniquilação da graça de Deus, pois “se é pela graça, já não é
pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11:6). Foi combatendo este
absurdo que o apóstolo Paulo reagiu: "Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a
justiça provém da Lei, segue-se que Cristo morreu debalde [em vão,
inutilmente]” (Gálatas 3:21).