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Processo de Promoção 2016

Quadro do Magistério

017. Prova Objetiva

Professor de Educação Básica II – língua portuguesa


Professor II – língua portuguesa

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16.12.2018 | Tarde
Formação pedagógica 03. Ao discutir a relação entre a escola e o conhecimento,
Cortella (2011) afirma que o ensino do conhecimento
científico precisa reservar um lugar para falar sobre o
erro. Para o autor,
01. Ao realizar o levantamento do estado da arte das políti-
(A) o erro ocupa um lugar externo ao processo de conhe-
cas docentes no Brasil, Gatti e outros (2001) destacam
cer, pois investigar é receber uma revelação límpida,
que vários analistas do trabalho docente apontam para
transparente e perfeita.
a complexidade atual do papel do educador escolar, que
implica compreensões sobre (B) o erro é parte integrante do conhecer porque nosso
conhecimento sobre o mundo dá-se em uma relação
(A) as ideias pedagógicas discutidas nos centros univer- viva e cambiante com o próprio mundo.
sitários atualmente e a competência para transmitir o (C) a escola, em lugar de desqualificar o erro, atribuindo-
saber aos estudantes. -lhe uma dimensão catastrófica, deve incentivá-lo,
pois mais erros significam a possibilidade de uma
(B) o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das
melhor avaliação.
crianças e dos jovens e a capacidade de lidar com
diferenças. (D) a educação de boa qualidade é aquela que assegura a
eliminação do erro por meio de um método que garanta
(C) o domínio dos conteúdos escolares e a capacidade exatidão na aproximação com a verdade.
de manter os alunos disciplinados em sala de aula. (E) o conhecimento é resultado de um processo isento
de equívocos, isto é, imune aos erros que um método
(D) o aprendizado dos alunos em cada nível de ensino e de pesquisa equivocado poderia acarretar.
a capacidade para estimular o desenvolvimento das
inteligências múltiplas.
04. O ocaso do século XX, de acordo com Morin (2000), deixou
(E) os conhecimentos disciplinares e as metodologias como herança contracorrentes regeneradoras. Frequente-
de ensino e a competência para utilizar as diversas mente, na história, contracorrentes suscitadas em reação
tecnologias digitais de educação. às correntes dominantes podem desenvolver-se e mudar
o curso dos acontecimentos. Entre essas contracorrentes,
está a contracorrente de emancipação em relação à tirania
onipresente do dinheiro, que
02. Segundo Saviani (2010), os ajustes, a metamorfose e a (A) busca se contrabalançar por relações humanas e
ressignificação do lema “aprender a aprender” em relação solidárias, fazendo retroceder o reino do lucro.
à sua elaboração originária no âmbito do escolanovismo
permitem-nos considerar adequada a denominação de (B) se apega à qualidade em todos os campos, a começar
neoescolanovismo a esse forte movimento internacional pela qualidade de vida.
de revigoramento das concepções educacionais calca- (C) nutre éticas de pacificação das almas por meio do
das no referido lema. No entanto, no neoescolanovismo, desprendimento dos bens materiais.
“aprender a aprender” refere-se à
(D) se manifesta pela busca da vida poética, dedicada
(A) capacidade de adaptar-se a uma sociedade entendida ao amor, à admiração, à paixão e à festa.
como um organismo em que cada indivíduo tem um (E) procura impedir o crescimento das degradações e
lugar e cumpre um papel determinado em benefício de das catástrofes técnicas/industriais.
todo o corpo social.
05. Conforme Rios (2011), a relação escola-sociedade deve
(B) valorização dos processos de convivência entre as
ser analisada de modo crítico, para que se evidenciem os
crianças, do relacionamento entre elas e com os
mecanismos determinantes da prática educativa. Para a
adultos de sua adaptação à sociedade organizada.
autora, nessa relação, a escola
(C) capacidade de adquirir novas competências e novos (A) desempenha o papel de alavanca de mudança social,
saberes, pois as novas relações entre conhecimento pois ela é o melhor remédio para os males da socie-
e trabalho exigem capacidades de iniciativa e inova- dade.
ção num processo de educação permanente. (B) está fora da dinâmica social, mas é impulsionadora
dessa dinâmica e “dá o tom” à sociedade por meio
(D) valorização das atuais técnicas de aprendizagem que
do ensino.
permitem ao sujeito uma formação autônoma, desvin-
culada de instituições de ensino e livre da dependên- (C) reproduz os valores sociais em seu espaço, isto é,
cia de docentes. reproduz meramente o que ocorre em nível mais
amplo na sociedade.
(E) capacidade de o indivíduo aprender por meio das (D) funciona como transmissora das regras sociais, mode-
novas mídias digitais e tornar-se um autodidata lando moralmente os alunos e garantindo que a socie-
capaz de selecionar e assimilar as informações dade permaneça estável.
disponíveis nas diversas fontes de conhecimento.
(E) é parte da sociedade e tem com o todo uma relação
dialética – há uma interferência recíproca que atra-
vessa todas as intituições sociais.
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06. De acordo com Freire (2011), ensinar não se esgota no 08. De acordo com o documento Diretrizes do Programa
“tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente Ensino Integral, ao organizarmos nossa prática de
feito. Em conformidade com o autor, é correto afirmar que o ­ensinar e de avaliar tendo como fundamento a crença de
que os alunos são capazes de aprender, o instrumento­
(A) educador tem de exercer a função de formador, sujeito de avaliação utilizado terá finalidade        e
de um processo em que os estudantes assumem a       . Se ao invés disso, a crença está na difi-
posição de objetos em formação. culdade do aluno em assimilar os conhecimentos trans-
mitidos, a avaliação terá o caráter de “      ”,
(B) estudante recebe do educador os conhecimentos- no sentido de comprovar que o aluno teve dificuldade
-conteúdos-acumulados e armazena-os para ter um de aprendizagem.
bom desempenho.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
(C) educador, a fim de promover uma formação emanci- mente, as lacunas do texto.
padora, deve se tornar um intelectual memorizador,
capaz de transmitir as informações teóricas. (A) diagnóstica ... formativa ... teste

(D) ensino precisa resultar em um aprendizado em que o (B) formativa ... mediadora ... prova
aprendiz seja capaz de recriar ou de refazer o ensinado.
(C) diagnóstica ... mediadora ... prova
(E) educador democrático pode abrir mão de trabalhar
com os educandos a rigorosidade metódica na apro- (D) formativa ... comparativa ... exame
ximação dos objetos cognoscíveis.
(E) prognóstica ... somativa ... verificação

07. De acordo com o documento Política Nacional de Educa-


ção Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), 09. Conforme Libâneo (2012), os objetivos e os conteúdos
a educação inclusiva constitui um paradigma educacional da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino Fun-
fundamentado na concepção de direitos humanos, que damental e Médio, em geral, assumem três abordagens.
conjuga igualdade e diferença como valores indissociá- Uma dessas abordagens é a legalista e formal, que
veis. Conforme esse documento, é correto afirmar que
(A) acaba por ater-se à letra, às linhas e ao texto legal e/
(A) os estudos sobre educação especial indicam que ou ao documento, tornando o estudo bastante árduo
há mais malefícios que benefícios na convivência e e, às vezes, aversivo.
aprendizagem entre crianças com e sem deficiência
desde os primeiros anos de vida para o seu desen- (B) enfatiza os chamados textos críticos em detrimen-
volvimento. to dos textos legais e/ou documentos, sendo o real
apresentado na forma político-ideológica.
(B) a educação especial organizada de forma paralela à
educação comum é mais apropriada para a apren- (C) utiliza os textos legais e/ou documentos juntamente
dizagem dos alunos que apresentavam deficiência. com os textos críticos para confrontar a situação pro-
clamada (ideal) com a situação real.
(C) as práticas na educação especial devem enfatizar os
aspectos relacionados à deficiência, em contraposi- (D) se atém mais ao contexto, ao espírito e às entreli-
ção à dimensão pedagógica, a fim de que o aluno nhas dos textos legais e/ou documentos do que ao
especial seja atendido em suas necessidades. conteúdo dos documentos legais.

(D) a educação especial apresenta especificidades no (E) parte dos textos legais e/ou documentos como refe-
atendimento às necessidades educacionais espe- rencial para a análise crítica do sistema de ensino e
ciais dos alunos que a impedem de atuar de forma da organização escolar.
articulada com o ensino comum.

(E) as escolas do ensino regular devem educar todos os


alunos, enfrentando a situação de exclusão escolar
das crianças que vivem nas ruas ou que trabalham,
que estão em desvantagem social etc.

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10. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais: temas 12. No que tange ao juízo moral, de acordo com La Taille
transversais, transversalidade e interdisciplinaridade (1992), Durkheim afirma que
fundamentam-se na crítica de uma concepção de co-
nhecimento que toma a realidade como um conjunto de (A) o educador precisa fazer uso de sanções, visando a
dados estáveis, sujeitos a um ato de conhecer isento e condicionar as crianças a agirem corretamente por
distanciado. Ambas apontam a complexidade do real e a medo das consequências desagradáveis do castigo.
necessidade de se considerar a teia de relações entre os
(B) a educação moral deve se restringir a uma aula
seus diferentes e contraditórios aspectos.
específica, com professor de formação acadêmica
A tabela a seguir, porém, apresenta algumas diferenças em ciências humanas e sociais.
entre essas duas propostas de trabalho.
(C) o mestre deve impor uma determinada moral, sem
1. transversalidade A. 
questiona a segmentação abrir mão de sua autoridade e sem a necessidade de
entre os diferentes campos explicar as suas razões de ser.
de conhecimento produzida
(D) a sanção mais eficaz é o castigo corporal, que deverá
por uma abordagem que
ser aplicado de maneira fria pelo mestre, mas de forma
não leva em conta a inter-
moderada.
-relação e a influência entre
eles. (E) o mestre deve ensinar uma moral precisa, a de sua
2. interdisciplinaridade B. refere-se a uma abordagem sociedade, com exemplos e modelos, formando a
epistemológica dos objetos criança a partir da moral como ela é ou tende a ser.
de conhecimento.
C. diz respeito principalmente
à dimensão da didática. 13. De acordo com a Proposta Curricular do Estado de São
D. diz respeito à possibilidade Paulo para o Ensino Fundamental Ciclo II e Ensino Médio,
de se estabelecer, na práti- a capacidade de aprender terá de ser trabalhada não ape-
ca educativa, uma relação nas nos alunos, mas na própria escola, enquanto instituição
entre aprender conheci- educativa: tanto as instituições como os docentes terão de
mentos teoricamente siste- aprender. Conforme esse documento, pode-se afirmar cor-
matizados e as questões retamente que
da vida real e de sua trans-
(A) é preciso dissociar cultura e conhecimento, pois a
formação.
cultura é qualquer forma de intervenção do homem
A correta associação entre as duas colunas é a definida no mundo natural.
por:
(B) compete ao educador limitar-se a suprir os alunos
(A) 1CD; 2AB. de saberes, de modo que eles possam ter um bom
(B) 1AC; 2BD. desempenho no mercado de trabalho.

(C) 1BC; 2AD. (C) concerne à educação escolar estar referenciada no


ensino – o plano de trabalho é a indicação do que
(D) 1BA; 2CD.
será ensinado ao aluno.
(E) 1AD; 2BC.
(D) cabe ao professor promover de muitas formas o desejo
de aprender, sobretudo com o exemplo de seu próprio
11. Ao discutir o fenômeno da indisciplina, Aquino (1996) entusiasmo pela cultura artística, literária etc.
apresenta a permeabilidade para a mudança e para a in-
venção como um dos principais requisitos de construção (E) se faz necessário ao Brasil, e é perfeitamente pos-
negociada na relação professor-aluno. Com relação a sível, estabelecer o que deve ser ensinado a todos,
esse requisito, o autor afirma que o professor sem exceção.

(A) precisa adotar correções disciplinares em sala de aula,


principalmente no que tange ao controle e ordenação
do corpo e da fala. 14. De acordo com a Resolução CNE/CEB n o 04/2010,
Art. 44, o diagnóstico da realidade concreta dos sujei-
(B) deve assumir a função de modelar moralmente os tos do processo educativo, contextualizados no espa-
alunos, além de assegurar a observância dos pre- ço e no tempo, deve ser contemplado
ceitos legais.
(A) pelo plano gestor.
(C) é obrigado, considerando o aluno concreto, a sondar
novas estratégias, experimentações de diferentes (B) pelo regimento escolar.
ordens.
(C) pela proposta curricular.
(D) pode assumir a tarefa de estruturação psíquica dos
alunos, sendo ela prévia ao trabalho pedagógico. (D) pelo planejamento anual.
(E) deve comportar-se como um superior hierárquico, (E) pelo projeto político-pedagógico.
autoridade em sala de aula responsável pela manu-
tenção da disciplina.
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15. De acordo com a Resolução CNE/CP no 01/2012, Art. 3o, 17. De acordo com a Resolução CNE/CEB no 04/2010, Art. 24,
a Educação em Direitos Humanos, com a finalidade de os objetivos da formação básica das crianças, definidos
promover a educação para a mudança e a transformação para a Educação Infantil, prolongam-se durante os anos
social, fundamenta-se em alguns princípios. Entre eles, iniciais do Ensino Fundamental, especialmente no primei-
os princípios da ro, e completam-se nos anos finais, ampliando e intensifi-
cando, gradativamente, o processo educativo, mediante,
(A) interdisciplinaridade e da transversalidade na Educa- entre outros:
ção Básica.
(A) a compreensão do ambiente natural e social, do sis-
tema político, da economia, da tecnologia, das artes,
(B) meritocracia na educação e da igualdade de direitos.
da cultura e dos valores em que se fundamenta a
sociedade.
(C) laicidade do Estado e da sustentabilidade socioam-
biental. (B) a preparação básica para a cidadania e o trabalho,
de modo a tornar o aluno capaz de enfrentar novas
(D) formação integral dos sujeitos de direitos e da repa- condições de ocupação e aperfeiçoamento profissio-
ração da desigualdade social. nal posteriores.
(C) a compreensão dos fundamentos científicos e tecnoló-
(E) dignidade humana e da distribuição gratuita de mate-
gicos presentes na sociedade contemporânea, relacio-
riais didáticos e paradidáticos.
nando a teoria com a prática.
(D) a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desen-
16. De acordo com a Lei Estadual no 10.261/1968, aos volvendo atividades educativas em lugares ou tempos
funcionários públicos civis do Estado de São Paulo, é diversos.
permitido:
(E) a oferta de cursos de formação inicial e continua-
da ou qualificação profissional, que se integra aos
(A) a acumulação de férias em caso de absoluta neces- diferentes níveis e modalidades de educação e às
sidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) anos dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.
consecutivos.

(B) a utilização ou o emprego de material do serviço pú-


18. A Lei Federal no 9.394/1996 estabelece as competências
blico em serviço particular, desde que seja por um
da União, dos Estados, dos Municípios e dos estabeleci-
curto período e de forma responsável.
mentos de ensino.
(C) entreter-se, durante as horas de trabalho, em pa- A tabela a seguir apresenta essas competências.
lestras ou em leituras, desde que sejam proveitosas
para ele. 1. compete à União A. 
oferecer a educação infantil
em creches e pré-escolas, e,
(D) incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de com prioridade, o ensino fun-
sabotagem contra o serviço público quando se sentir damental.
prejudicado em seus direitos.
2. compete aos B. coletar, analisar e disseminar
(E) exercer comércio entre os companheiros de serviço, Estados informações sobre a educa-
promover ou subscrever listas de donativos dentro da ção.
repartição. 3. compete aos C. 
assegurar o cumprimento
Municípios dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas.
4. compete aos D. elaborar e executar políticas
estabelecimentos e planos educacionais, em
de ensino consonância com as diretri-
zes e planos nacionais de
educação, integrando e coor-
denando as suas ações e as
dos seus Municípios.
A correta associação entre as duas colunas é a definida
por:

(A) 1D; 2B; 3A; 4C.

(B) 1B; 2D; 3A; 4C.

(C) 1C; 2B; 3A; 4D.

(D) 1B; 2C; 3D; 4A.

(E) 1D; 2C; 3A; 4B.

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19. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando formação específica
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para
o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Conforme a Lei Federal no 8.069/1990, Art. 54, o Estado Leia a charge para responder às questões de números
tem o dever de assegurar à criança e ao adolescente: 21 e 22.

(A) atendimento em creche e pré-escola às crianças de


zero a sete anos de idade.

(B) acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pes-


quisa e da criação artística, segundo o desempenho
de cada um comprovado em histórico escolar.

(C) atendimento no ensino fundamental, através de pro-


gramas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde.

(D) oferta de ensino noturno regular, adequando-se o


adolescente trabalhador às condições impostas pelo
estabelecimento de ensino.

(E) atendimento educacional especializado aos porta-


dores de deficiência, preferencialmente em escolas
especializadas no atendimento de alunos com ne-
cessidades especiais.

(www.atarde.uol.com.br)

20. Conforme o Parecer CEE no 67/98, que trata das Nor-


mas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais, 21. A regra de uso dos artigos define que se emprega o defi­
Artigo 9o, para melhor consecução de sua finalidade, a nido em expressões cuja informação determinada já foi
gestão democrática na escola far-se-á mediante a introduzida anteriormente. No título da charge, existe
uma quebra em relação a esse uso, explicada por Koch e
(A) participação obrigatória da direção, dos professores, Elias (2017) com a noção de
dos pais, dos alunos e dos funcionários na elaboração
(A) conhecimento de mundo, ou seja, o conhecimento
da proposta pedagógica.
que reporta o leitor à situação de insatisfação que
(B) autonomia na gestão pedagógica, administrativa e fi- permeia o mundo contemporâneo, mas que, curiosa-
nanceira, respeitadas as diretrizes e normas vigentes. mente, não afeta as personagens.

(B) contexto situacional, que permite ao leitor relacionar


(C) participação exclusiva dos profissionais da escola nos
a informação apresentada na charge a uma situação
processos consultivos e decisórios, através do conselho
mais ampla de informação, para além dos sentidos
de escola e associação de pais e mestres.
nela expressos.
(D) seleção dos membros da equipe gestora por meio do
(C) conhecimento linguístico, ou seja, o conhecimento
voto direto e secreto dos profissionais da educação em
referente às categorias da língua, que permite ao lei-
ambiente escolar.
tor entender que a informação está circunscrita às
personagens da charge.
(E) transparência nos procedimentos pedagógicos e admi-
nistrativos, mantendo-se em sigilo as informações finan- (D) contexto, ou seja, a situação que envolve social e
ceiras para bem da gestão pública. historicamente as personagens, de tal forma que
é possível entender que elas expressam o mesmo
ponto de vista crítico.

(E) conhecimento prévio, ou seja, o conhecimento acu-


mulado pelo leitor e que lhe permite entender a infor-
mação de forma incoerente em relação aos sentidos
veiculados.

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22. Nilce Sant’Anna Martins (2008) explica que “o ponto-final, 23. “Em se tratando dos objetos dos quais o texto fala, a
a vírgula, o ponto e vírgula, o travessão, os parên­teses, informação nova é constituída por aqueles que ainda são
os pontos de interrogação e de exclamação, as reticên- desconhecidos do leitor/ouvinte, ou seja, que não apare-
cias sugerem diferentes inflexões, mas têm em comum a ceram antes no texto, nem estão presentes na situação
indicação de uma pausa, precedida de queda, suspen- comunicativa, nem registrados na sua memória discur­
são ou elevação da voz”. Com base nessas informações, siva. A informação dada, por sua vez, é que vai constituir
conclui-se corretamente que a fala da segunda persona- o suporte sobre o qual vão recair as predicações (aportes)
gem expressa trazidas pelo enunciado em curso ou também pelos que
a ele se seguem”.
(A) intransigência, sendo possivelmente precedida de
(Koch e Elias, 2017)
suspensão da voz.
No editorial, a informação dada e a informação nova são,
(B) indiferença, sendo possivelmente precedida de queda
correta e respectivamente:
da voz.

(C) indignação, sendo possivelmente precedida de eleva- (A) a existência de extremófilos que sobrevivem em
ção da voz. ambientes com altas concentrações de perclorato; a
descoberta desses micro-organismos em Marte.
(D) impertinência, sendo possivelmente precedida de
queda da voz. (B) a localização do planeta Terra no Sistema Solar; a
especulação sobre a possibilidade de a Terra ser um
(E) impaciência, sendo possivelmente precedida de ele- fragmento do planeta Marte.
vação da voz.
(C) a excitação das pessoas com relação às descober-
tas na Terra, como o Vostok na Antártida; e a desco-
Leia o texto para responder às questões de números 23 a 29. berta de vida no planeta Marte.

Olhos e ouvidos para Marte (D) a existência de água e vida na Terra, em locais inós-
pitos; a existência de água em Marte e a especula-
Um século atrás, dizer que se ouviam estrelas levantava ção sobre a possibilidade de vida lá.
suspeita de falta de senso. Hoje, com radares embarcados
em sondas espaciais, pode-se ouvir o eco de um lago sub- (E) a proximidade e o parentesco de Marte com o planeta
merso no polo de Marte – e a notícia cai com mais naturali­ Terra; as intrigantes teorias sobre a origem da vida na
dade, mas não menos admiração. Terra e em Marte.
Lagos assim existem na Terra, com água líquida sob qui-
lômetros de gelo, como o Vostok na Antártida. E também com
vida, em que pese o ambiente inóspito, na forma de microrga-
nismos não sem motivo batizados extremófilos. 24. A sinédoque, cuja inclusão entre os casos de metonímia
A descoberta anunciada na quinta-feira [25.07.2018] por ou cuja distinção da metonímia se discute, é a troca de
pesquisadores italianos na revista Science agrega nova e palavras com significado de diferente extensão, havendo
poderosa razão para apostar na existência de seres vivos entre elas uma relação de inclusão. [...] A parte que na
no planeta vermelho. Não espanta que o reforço à hipótese sinédoque é destacada do todo é, em geral, a que tem
de vida marciana tenha alcançado grande repercussão, no mais relevância no fato expresso.
mundo todo. (Nilce Sant’Anna Martins, 2008)

Há mais relevância científica do que prática no achado, Ilustra a explicação da autora o trecho
por certo. São já séculos, se não milênios, em que seres
humanos anseiam por saber se a Terra constitui um caso (A) “dizer que se ouviam estrelas” (1o parágrafo), no qual
excepcional no Universo de astro habitado ou se há mundos se mostra o devaneio humano frente ao universo.
comparáveis em revolução pelo espaço.
Marte, pela proximidade e pelo parentesco com nosso (B) “com água líquida sob quilômetros de gelo” (2o parágra-
planeta, é o alvo mais disponível para investigação. Ademais, fo), no qual se reforça o interesse humano pela água.
uma das intrigantes teorias sobre a origem da vida na Terra
(C) “o reforço à hipótese de vida marciana” (3o parágra-
propõe que ela tenha chegado aqui em fragmentos do vizi-
fo), no qual a vida alienígena surge em oposição à
nho ejetados para o espaço após o choque de algum corpo
vida humana.
celeste.
Qualquer revelação pertinente ao binômio vida e Marte, (D) “implantar uma colônia terráquea” (6o parágrafo),
portanto, suscita grande interesse entre astrobiólogos. E não no qual se revela a constante busca humana pela
pode deixar de excitar, igualmente, a imaginação de quem exploração.
sonha com lá implantar uma colônia terráquea.
Não é preciso subscrever fantasias de viagens interpla- (E) “manter olhos e ouvidos abertos para o astro vizinho”
netárias para perceber a importância do corpo d’água. Só a (7o parágrafo), no qual se evidencia o interesse
perspectiva de avançar na solução do enigma da fonte da humano pelo planeta vizinho.
vida já justifica manter olhos e ouvidos abertos para o astro
vizinho e o que ele nos tem a dizer.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.07.2018. Adaptado)

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25. No Currículo do Estado de São Paulo (2012), afirma- 28. De acordo com Koch e Elias (2017), no trecho do primeiro
-se que “os gêneros textuais são artefatos linguísticos parágrafo – Um século atrás, dizer que se ouviam estre-
construídos histórica e culturamente pelas pessoas para las levantava suspeita de falta de senso. –, identifica-se a
atingir objetivos específicos em situações sociais parti-
(A) dialogia, com remissão ao verso de Carlos Drummond
culares.” Nesse sentido, é correto afirmar que “Olhos e
de Andrade: “Marte humanizado, que lugar quadrado.”
ouvidos para Marte” é um texto que circula no domínio
social de comunicação (B) intertextualidade, com remissão ao verso de Olavo
(A) da transmissão e construção de saberes, com o fim Bilac: “Ora (direis) ouvir estrelas!”
de apresentar dados de experiências científicas con- (C) polifonia, com remissão aos versos de Mário Quin-
temporâneas. tana: “Nós, os marcianos, / Não sabemos nada de
(B) da cultura literária ficcional, com o fim de narrar os nada”.
eventos e enredar o leitor a partir de fatos que des-
(D) intertextualidade, com remissão à música de Guilher-
pertam a curiosidade.
me Arantes, “Planeta Água”: “Terra! Planeta Água”.
(C) da memorização das ações humanas, com o fim de
(E) dialogia, com remissão à música de Cláudia Leitte,
relatar fatos verídicos situados no tempo, remetendo
“Vou a Marte”: “Vou a Marte / Até o fim do mundo,
o leitor a experiências diversas.
eu vou”.
(D) da discussão de questões sociais, com o fim de argu­
mentar para o leitor em detrimento de determinado
ponto de vista sobre tema atual. 29. Com base em Koch (2015) e Koch e Elias (2017), assi-
nale a alternativa em que o enunciado, reescrito a partir
(E) da instrução, com o fim de promover a discussão
das informações textuais, está coerente e coeso.
de tema relevante a partir da descrição dos procedi-
mentos científicos. (A) Há um século atrás, que se dizia que estava ouvindo
estrelas, uma pessoa suspeitava que lhe faltava
senso.
26. Considere as passagens:
(B) Um século atrás, uma pessoa dizia que estava
•  ... e a notícia cai com mais naturalidade... (1o parágrafo);
ouvindo estrelas, era onde certamente viam essa
•  ... agrega nova e poderosa razão para apostar na exis- mesma pessoa como alguém com falta de juízo.
tência de seres vivos no planeta vermelho. (3o pará-
grafo); (C) Há um século, se uma pessoa dissesse estar ouvindo
•  ... para perceber a importância do corpo d’água. (7 o estrelas, viam-na como alguém com falta de senso.
parágrafo). (D) Um século atrás, levantam-se suspeitas aquela
Na organização textual, as expressões em destaque pessoa cuja mesma dissesse estar ouvindo estrelas.
referem-se, correta e respectivamente, (E) Há um século, era comum de que houvesse suspeitas,
(A) ao som do lago descoberto em Marte; ao planeta mas a pessoa dissesse que estava ouvindo estrelas.
Marte; ao lago no planeta Marte.
(B) à publicação da Science; ao planeta Terra; ao lago 30. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais:
Vostok. Língua Portuguesa (1998), “as situações didáticas têm
(C) aos radares embarcados em sondas espaciais; ao como objetivo levar os alunos a pensar sobre a lingua-
planeta Marte; à água da Terra. gem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriada-
mente às situações e aos propósitos definidos.” Esse
(D) à descoberta do lago em Marte; ao planeta Terra; ao objetivo se garante com
lago Vostok.
(A) a cópia contínua de textos pelos alunos, de modo a
(E) ao eco do lago em Marte; ao planeta Marte; à água
garantir a melhoria na caligrafia e o domínio da escrita
existente na Terra e em Marte.
em contexto formal.

(B) a leitura constante de clássicos da literatura, cuja


27. Com base em Koch (2015), nas passagens “Marte, pela linguagem deve ser entendida e utilizada cotidiana-
proximidade e pelo parentesco com nosso planeta, é o mente pelos alunos.
alvo mais disponível para investigação.” (5o parágrafo) e
“E não pode deixar de excitar, igualmente, a imaginação (C) a eliminação das formas de avaliação dos alunos,
de quem sonha com lá implantar uma colônia terráquea.” que servem apenas como controle e instrumento de
(6o parágrafo), as informações estão organizadas no texto humilhação pública.
de modo a expressar, correta e respectivamente, (D) a liberdade dos alunos para ler e escrever, sendo o
(A) conclusão e comparação. professor um parceiro presente a quem os alunos
recorrem em caso de dúvidas.
(B) modo e oposição.
(E) a promoção de práticas que permitam a efetiva inte­
(C) comparação e consequência.
ração entre os alunos, sujeitos na construção de seus
(D) causa e comparação. conhecimentos.
(E) causa e oposição.
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31. Luiz Carlos Travaglia (em Elias, Lino & Marquesi [orgs.], 33. Em relação ao ensino do texto literário, os Parâmetros
2017), afirma: “Partindo da observação teórica de que to- Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa (1998) asse-
dos os gêneros são compostos por quatro tipos (descri- veram que este
ção, dissertação, injunção e narração) que são conside-
(A) depende da realidade que o circunda, não sendo uma
rados, por isso, fundamentais na composição dos textos
simples fantasia, tampouco puro exercício lúdico do
e que, além disso, a questão da argumentação é inarre-
sujeito sobre as formas e sentidos da linguagem e da
dável na constituição dos textos porque sempre se tem
língua.
um objetivo a conseguir quando se diz algo, cremos ser
pertinente sugerir que se organize o trabalho agrupando (B) traz uma relação entre imagem criada e objeto que,
os gêneros por cinco grupos: descritivos, dissertativos, em seu sentido mais específico, não pode ser ple-
injuntivos, narrativos e argumentativos”. Nessa perspec- namente alcançada pelo leitor, pois a mediação que
tiva, um projeto de ensino que privilegie a biografia e o este estabelece com a literatura é limitada.
artigo de divulgação científica terá foco, respectivamente,
nos grupos: (C) reproduz a observação fatual e as categorias e rela-
ções constitutivas dos padrões dos modos de ver a
(A) argumentativo e descritivo. realidade, com o propósito de criar uma mediação fiel
de sentidos entre o sujeito e o mundo representado.
(B) narrativo e descritivo.
(D) permite ao leitor entender que a ficção e a reinter-
(C) argumentativo e injuntivo.
pretação do mundo atual e dos mundos possíveis
(D) descritivo e dissertativo. acontecem em um processo de leitura marcada pela
homogeneização do sujeito e dos sentidos.
(E) narrativo e dissertativo.
(E) é fechado estruturalmente, não sendo livre para
romper os limites fonológicos, lexicais, sintáticos e
32. Em relação a Mário de Sá-Carneiro, é correto o que afir- semânticos traçados pela língua, já que é forjado
ma Massaud Moisés: pela relevância da sensibilidade e da preocupação
estética.
(A) Faz vibrar másculas e filosóficas notas elegíacas
sem igual no século XX: “A vida é o dia de hoje. / A
vida é ai que mal soa, / A vida é sombra que foge, / A
34. Com relação ao trabalho com o texto literário, é correto
vida é nuvem que voa; / A vida é sonho tão leve / Que
afirmar que o Currículo do Estado de São Paulo (2012)
se desfaz como a neve / E como o fumo se esvai”.
(A) orienta que as aulas de literatura devam promover
(B) É o poeta que foge para o campo, pois sendo poeta
a valorização de interfaces entre o conhecimento
e nada mais, poeta por natureza, deve procurar viver
reflexivo de conteúdos linguísticos e literários e o
simplesmente: “O essencial é saber ver. / Saber ver
cotidiano cultural em que o aluno está inserido, o
sem estar a pensar.”
que implica restringir no contexto escolar a literatura
(C) É o poeta da Dor refinadamente sutilizada e diafani- portuguesa.
zada, a ponto de se tornar ídolo: “Porque a dor, esta
(B) delineia a leitura de uma obra literária como prática
falta d’harmonia (...) / Sem ela o coração é quase
interdependente da escrita, o que permite justificar
nada”.
o estudo das características dos gêneros textuais,
(D) “Rei exilado, / vagabundo dum sonho de sereia...”, desde o lugar do receptor na materialidade escrita da
enerva-se diante da vida, à qual dedica um “desdém linguagem verbal como modelo a ser seguido pelos
Astral”, desejoso de “ficar sempre na cama, nunca alunos.
mexer, criar bolor”.
(C) afirma que o texto literário deve ser objeto de análise
(E) O mundo povoa-se de alegorias e o poeta arcadiza e interpretação nas aulas, sem que se perca o seu
seus sentimentos: “Olha, Marília, as flautas dos pas- viés de prática social, resgatando a dimensão fruitiva
tores / Que bem que soam, como estão cadentes! da literatura que só pode ser alcançada quando se
Olha o Tejo, a sorrir-se! Olha, não sentes / Os Zéfiros pensa nos alunos como sujeitos ativos no processo
brincar por entres as flores?” de leitura.

(D) determina a segmentação das aulas de língua portu­


guesa em três frentes – Literatura, Gramática e Re-
dação –, o que evidencia o espaço propício para o
desenvolvimento da prática de leitura literária pelo
viés da fruição, sem associar a ela estudos que mini-
mizem sua relevância.

(E) expõe a importância de se trabalhar a análise interna


da língua e da literatura como realidades intersemió-
ticas, destacando-se o papel das aulas de literatura
como forma de uniformizar os padrões de leitura lite-
rária, a fim de garantir que os sentidos corretos dos
textos sejam compreendidos.

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35. ... todos os nossos enunciados se baseiam em formas- 36. Em uma turma de 9o ano do Ensino Fundamental, o
-padrão e relativamente estáveis de estruturação de um objetivo do docente era trabalhar com os gêneros orais
todo. e escritos. Baseado em Koch (2015), ele dividiu a classe
em dois blocos: o grupo I apresentaria textos de gênero
Tais formas constituem os gêneros, “tipos relativa-
primário e o grupo II, textos de gênero secundário. Por-
mente estáveis de enunciados”, marcados sócio-histo-
tanto, é correto afirmar que
ricamente, visto que estão diretamente relacionados às
diferentes situações sociais. [...] Sendo as esferas de uti- (A) o grupo I trabalhou tanto textos orais quanto escritos:
lização da língua extremamente heterogêneas, também recitação e poesia.
os gêneros apresentam grande heterogeneidade.
(B) o grupo II trabalhou com textos orais e escritos, como
(Koch, 2015)
o bilhete e mensagem de WhatsApp.
De acordo com o texto, os gêneros do discurso caracte-
rizam-se como (C) o grupo I explorou as biografias e autobiografias em
seus trabalhos.
(A) tipologias linguísticas estáveis que permitem a comu-
nicação entre os falantes de uma determinada língua. (D) os dois grupos trabalharam com cartas, de diferentes
níveis de complexidade.
(B) eventos sociais de interação cujos enunciados são
constituídos por conteúdo temático, estilo e constru- (E) os dois grupos exploraram textos literários canônicos
ção composicional. do Romantismo.

(C) representações abstratas dos recursos de comuni-


cação dos falantes, como a gramática de sua língua
materna.

(D) categorias autônomas da língua – conteúdo temá-


tico, estilo e construção composicional – eventual-
mente combinadas.

(E) enunciados relativamente estáveis produzidos em


uma língua, a partir de sua gramática normativa.

37. Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 11.08.2018)

De acordo com Koch e Elias (2017), a coerência é um princípio de interpretabilidade. Nesse sentido, é correto afirmar que
o termo “descolados”, que aparece na fala da professora, tem sentido

(A) mais amplo do que o empregado pela aluna, do qual é um hiperônimo, sendo equivalente ao termo utilizado pelo aluno.

(B) equivalente ao do proferido pela aluna, remetendo ambos à ideia de alienação decorrente do uso excessivo da tec-
nologia.

(C) diverso ao do que aparece na fala da aluna, que remete contextualmente à ideia de estar em sintonia com os recursos
tecnológicos.

(D) equivalente ao dos termos utilizados pelos dois alunos, remetendo à ideia de estar desorientado em relação ao uso
da tecnologia.

(E) equivalente ao do termo empregado pela aluna, do qual é um hipônimo, sendo antônimo do termo utilizado pelo aluno.

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38. Em relação aos gêneros digitais na educação, Francisco
Alves Filho, Leonor Werneck dos Santos e Paulo Ramos
(em Elias, Lino & Marquesi [orgs.], 2017) mostram que o
hipertexto
(A) tem um potencial de uso reduzido na educação,
considerando-se a limitação de sua caracterização
como objeto de investigação.
(B) amplia as possibilidades de leitura, decorrentes de
sua construção marcada pela multiplicidade de con-
ceitos e imagens.
(C) apresenta o mesmo padrão de leitura dos textos im-
pressos, por isso sua inserção em sala de aula não
implica mudanças pedagógicas.
(D) precisa ser abordado na educação pela sua pratici-
dade, restringindo questões técnicas a área da inteli-
gência artificial, por exemplo.
(E) possui limitações para uso em educação, uma vez
que a leitura não-linear que o caracteriza desconfi-
gura o trabalho tradicional com o texto.

39. Massaud Moisés (2009) afirma que “o Romantismo é


uma escola de adolescentes, expressando sentimentos
femininamente adolescentes, ou vice-versa” e que o ro-
mântico
(A) volta-se para si mesmo, na sondagem do mundo
interior, onde vegetam sentimentos vagos.
(B) repudia as coisas inúteis e busca a vida simples,
além do permanente culto das virtudes morais.
(C) promove as contradições humanas, expressando
com intensidade seus sonhos e medos.
(D) busca o autoconhecimento pela aplicação dos conhe-
cimentos científicos a que recorre.
(E) recorre à contestação política como forma de subli-
mar os seus sentimentos mais íntimos.

40. De acordo com o Currículo do Estado de São


Paulo (2012), “em todas as séries, no 1o bimestre, o
eixo principal é o estudo de um agrupamento tipológico”.
Assim, as turmas de 9o ano, no início do ano letivo, estu-
darão textos

(A) argumentativos e narrativos, como a carta argumen-


tativa e a crônica.

(B) prescritivos e narrativos, como regras de jogo e con-


tos de assombração.

(C) descritivos e argumentativos, como poesia e artigo


de opinião.

(D) narrativos e expositivos, como o conto fantástico e


o relatório.

(E) argumentativos e expositivos, como o debate e o


artigo de divulgação científica.

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