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MARKETING E DESIGN
[Cative o leitor com uma síntese interessante, que normalmente é um pequeno resumo do
documento. Quando estiver pronto para adicionar o conteúdo, clique aqui e comece a
escrever.]
Versão 1
10/12/2018
Ana de Carvalho
ÍNDICE ............................................................................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4
BIBLIOGRAFIA E FONTES..............................................................................................................................19
Neste caso deve ficar a saber-se o que é este documento, a quem se destina (o curso e o manual), o ‘onde’
pode ser substituído, neste caso, pelos objetivos gerais do curso, o ‘como’ pode ser substituído pelos
objetivos específicos do curso, o quando não é preciso porque, neste caso, já se escreveu a data na capa do
documento.
O ‘porquê’ neste caso pode aplicar-se à necessidade identificada de criar o documento e as respetivas
justificações e o ‘quanto’ não será aplicável.
A Gestão pertence à área das Ciências Sociais e Humanas e denomina-se pelo binómio de ação-
efeito de administrar e controlar um determinado negócio, cujo principal objetivo é atingir de forma
eficaz e eficiente todos os objetivos corporativos. Neste sentido, a Gestão deve ter em conta um
conjunto de recursos/ domínios que se dividem em quatro grandes áreas:
Gestão
O Marketing tem sido colocado em prática desde as primeiras trocas comerciais da antiguidade,
todavia, só no início do século XX é que foi reconhecido como uma disciplina académica. Na sua
generalidade, o marketing é das áreas da gestão mais mal compreendidas, tanto ao nível
organizacional como a nível da sociedade em geral, devido à forma subjetiva e abstrata que assume
enquanto “ciência”.
O Marketing é uma área da gestão extremamente abrangente, cujo seu significado continua a gerar
muitas dúvidas: ora para muitos está associado a técnicas de venda agressivas; ora para outros
trata-se de publicidade “pura e dura”. Neste sentido, importa compreender a evolução do seu
significado ao longo do último século.
Tecnicamente conhecido como “Marketing de Massas” e muito popular até meados da Segunda
Grande Guerra, tinha como principal foco a produção massiva de bens com base nas filosofias de
gestão de Henry Ford (designada por Fordismo) e de Frederick Taylor (designada por Taylorismo),
isto é, caracteriza-se pela produção em massa e no ênfase das tarefas operacionais, respetivamente.
Quando Henry Ford desenvolver a sua linha de produção do modelo T da Ford, só existia uma cor
como opção: o preto. Nesta altura, houve uma frase que marcou o mundo do marketing: “O cliente
pode ter o carro pintado da cor que quiser, desde que seja preta.” Nesta altura o Foco no cliente
estava longe de ser alcançado.
Com a necessidade de escoar o produto, foi em plena década de 50 que surgir a nova “era” do
Marketing – o Foco nas Vendas – onde foram criadas técnicas de abordagem agressivas, tais como
a venda porta-a-porta, a venda por catálogo, marketing multinível.
Com o passar do tempo, foram surgindo outros modelos de negócio e começou-se a criar e a
desenvolver a ideia de “Foco no Cliente”. Assim, nos finais da década de 70, começa a surgir uma
nova filosofia no Marketing, onde o cliente é visto como o centro de todas as coisas e o determinar
das suas necessidades e desejos e a construção de uma relação duradoura com o cliente tornam-se
um imperativo para qualquer estratégia de marketing.
Marketing significa identificar oportunidades de mercado para os produtos e/ou serviços que o
consumidor necessita e/ou deseja, coordenando todos os recursos internos e externos da empresa,
por forma a satisfazer o cliente com uma margem de lucro saudável, bem como comunicar com
possíveis clientes-alvo e posicionar-se no seu subconsciente.
1. O desenvolvimento de estratégias;
2. A relação com os clientes;
3. A criação de marcas fortes;
4. O desenvolvimento da oferta de mercado;
5. A entrega e comunicação de valor;
6. A perceção de oportunidades e de desempenho;
7. A criação e cumprimento de um plano de marketing e de comunicação;
8. O crescimento sustentável a longo prazo.
Um dos conceitos mais famosos quando estudamos Publicidade e Marketing é o Mix de Marketing,
criado pelo professor Jerome McCarthy e difundido por Philip Kotler.
Denomina-se por marketing mix o conjunto de variáveis controláveis (produto, preço, distribuição
e comunicação) que influenciam a forma como os consumidores respondem ao mercado e consiste
naquilo que a empresa pode realizar no sentido de influenciar a procura de um determinado
produto/ serviço.
Produto (product)
Preço (price)
Esse pilar vai indicar o futuro da sua empresa, já que é a partir da circulação do
dinheiro que será possível pagar funcionários, fornecedores, realizar investimentos
e tirar o seu merecido lucro.
Lembre-se de que o preço estará intimamente ligado, não apenas ao produto, mas
a percepção da marca pelo seu público.
Comunicação (promotion)
Na verdade, ela tem o sentido de Promover a sua marca e soluções, fazer com
que a mensagem de marketing da sua marca chegue aos ouvidos certos.
Distribuição (place)
A localização perfeita para seu negócio pode ser o fator decisivo para a
compra ou não do seu produto. E não estou falando somente de locais
físicos, já que a internet expandiu esse conceito.
Uma empresa pode alcançar o diferencial competitivo quando focar seus esforços na
comunicação estabelecida com seus colaboradores, e conseguir estimular a motivação
destes ao fazer com que se sintam importantes, se sintam partes do processo.
Diante deste contexto, e de um mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão, aos
poucos, percebendo a importância de investir na comunicação interna, e passando a ver seus
colaboradores, não apenas como mão-de-obra, mas também (e acima de tudo) como capital
humano que gera resultados. Qualquer empresa se preocupa com seu futuro, com sua
manutenção no mercado, mas para isso é imprescindível a maior participação e integração da
equipe, para então conquistar os objetivos traçados.
Rosalina Tavares (2005) relata também que a atitude estratégica voltada para o atendimento
a clientes faz com que os funcionários tenham capacidade de responder qualquer dúvida que
surja dentro da companhia, e isso inclui envolvimento, comprometimento, valorização e,
principalmente, qualificação do funcionário, visando assumir responsabilidades e iniciativas,
conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa onde atuam. Afinal, uma informação
errada dada ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o
desenvolvimento de um projeto.
Todas as empresas iniciam seus trabalhos no mercado com o intuito de alcançar a excelência
no seu segmento, mas infelizmente poucas conseguem. A busca pela melhoria da qualidade
dos produtos e serviços oferecidos já não é mais um diferencial, e sim um fator obrigatório. O
diferencial hoje está nas pessoas, na comunicação estabelecida entre elas, e para elas.
As organizações, de um modo geral, não têm estratégia de relacionamento com sua equipe, e
a comprovação disso é o fato de ser comum encontrar empresas em que as pessoas vivem
estressadas e cansadas com o ritmo de trabalho acelerado, acusando falta de informação, ou
demasiada informação, distanciamento das chefias, falta de envolvimento nas decisões que
os afetam, fraca capacidade de fazer valer o seu contributo, entre muitas outras situações.
Ainda sob a visão de Mozota, Klopsch e Costa (2003), o design é uma atividade criativa
cujo objetivo é estabelecer as qualidades multifacetadas de objetos, processos, serviços e
seus sistemas em ciclos de vida completos. Assim o design é o fator central da
humanização inovadora de tecnologias e o fator crucial do intercâmbio cultural e
econômico. Bloch (1995) complementa que a característica principal de um produto é a
sua forma ou o seu design, pois um bom design atrai os consumidores ao produto,
comunica-se e cria-se valor para o produto, podendo aumentar a sua qualidade com as
experiências associadas a ele.
Segundo Neumeier (2010), o uso do design para identidade e comunicação sempre foi muito limitado pelas
empresas, porém trabalhar o design dentro de uma empresa está começando a ter cada vez mais ênfase,
pois os consumidores estão dando mais valor ao design, assim como mostra uma pesquisa feita pela Kelton
Research que mostra que sete entre dez americanos lembravam-se da última vez que haviam reconhecido
um produto através do seu design. O processo de design é um processo de identidade: ele define, portanto,
a empresa, os seus clientes e seus investidores e ainda diferencia uma organização de seus concorrentes,
oferecendo um identificadorchave da empresa para o público (MOZOTA, KLOPSCH E COSTA, 2003).
A definição de design adotada atualmente é mais abrangente e é uma poderosa ferramenta para mudança,
e não mais um simples utilitário para projetos de produtos e comunicações (NEUMEIER, 2010). O design em
uma empresa tem a ver com resolver um problema através de funções e usabilidade para criar uma
conexão emocional com o cliente, desenhando produtos que as pessoas amam (BRUNNER E EMERY, 2010).
Neumeier (2010) destaca que o design vem desempenhando um papel mais significativo dentro das
organizações e acredita que as empresas utilizam o design para gerar alguns materiais que auxiliam no dia a
dia, como comunicados, websites, ambientes de varejo, embalagens, expositores. Além disso, o design
também tem uso em eventos comerciais, publicidade, manuais, entre outros. O autor destaca que tudo isso
leva o design para a experiência com os clientes, através do design de serviços, do treinamento de marcas e
das estratégias de negócios. Portanto, aos poucos a empresa vai se dando conta da precisão de uma gestão
de design associada à organização.
Na visão de Brunner e Emery (2010), é preciso ir além da usabilidade para um design ótimo, o design de um
produto também precisa ser desejável. Um exemplo de um design que se tornou desejável foi o Burj Al
Arab Hotel, em Dubai, que demonstra a experiência na qual o design em si é a própria estratégia de
marketing. Uma empresa impulsiona o crescimento a partir da qualidade da experiência, sendo assim, o
Em certo nível, o marketing necessita de conhecimentos da área do design para atender às demandas dos
usuários e comunicar os valores de uma marca através de elementos importantes, como produtos,
embalagens, identidade corporativa, publicidade e ambientes (BRUCE E DALY, 2007). O design, muitas
vezes, cria elementos fundamentais para o marketing a fim de atrair os consumidores, fazendo com que
tais áreas atuem, muitas vezes, através de uma relação direta e produtiva para a organização. A indústria
do design possui diferentes qualificações, pois, geralmente, possui uma visão de fora da empresa,
permitindo a realização de uma análise mais detalhada do mercado, além da combinação de criatividade
com habilidades na busca de novas soluções e oportunidades. Assim, o design permite resolver problemas
relacionados ao desenvolvimento de produtos e à sua diferenciação competitiva no mercado, auxiliando as
diferentes áreas, como o marketing, na comunicação com os consumidores e com as demais funções para o
trabalho em conjunto dentro da organização (AYRE, 2006). Através de estudos da relação entre essas áreas,
verifica-se que marketing e design possuem muitos objetivos em comum. Ambos procuram solucionar
problemas e atender às diferentes demandas dos consumidores através de novas ofertas no mercado. O
marketing busca focar em seus clientes e criar um relacionamento com eles, e a relação com o design,
permite com que novos caminhos e uma diferenciação faça parte de tal relacionamento. Para Holm e
Johansson (2005), a diferenciação como forma de competição e o foco no desenvolvimento de identidade
da marca são fundamentais tanto para o design quanto para o marketing, através de melhorias nos
produtos, na busca de formas específicas para um mercado e na satisfação das necessidades dos clientes.
Em muitas organizações, essa tem sido a base para uma colaboração efetiva e bem sucedida entre as duas
partes. A partir disto, este artigo tem o intuito de pesquisar a relação da área de marketing com a de design
no âmbito empresarial, analisando pontos de conexão entre as áreas através de diferentes abordagens.
Através da pesquisa realizada, essa interação mostrou-se presente no desenvolvimento de produtos,
serviços, gestão estratégica e inovação, e como a relação da área de marketing e design nessas diferentes