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11 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 48
1 CONSTRUCIONISMO SOCIAL
Fonte: ampacabrerapinto.blogspot.com
A tentativa de definir o que vem a ser o construcionismo social tal como presente
na literatura em Psicologia é uma tarefa difícil, seja pelas questões envolvidas, seja pela
crescente produção que tem ocorrido. É possível tentar iniciar esta tarefa afirmando que
não há uma definição única, amplamente, aceita, do que vem a ser o construcionismo
social. Alguns definem o construcionismo como um movimento (Gergen, 1985, 1997),
outros afirmam que os autores considerados construcionistas têm entre si apenas uma
‘semelhança familiar’ (Burr, 1995), e outros ainda afirmam não existir uma psicologia
construcionista social (Potter apud Nightingale & Cromby, 1999).
O surgimento do construcionismo na Psicologia é, segundo alguns autores (Burr,
1995), datado de 1973, com a publicação do artigo de Kenneth Gergen “Social
psychology as history” (Gergen, 1973).
Contudo, este mesmo autor questiona a possibilidade de circunscrever desta
forma o surgimento do construcionismo. Segundo ele, a história do construcionismo
social está inserida no contexto do desenvolvimento da ciência, pautada por três críticas
ao fazer científico que contribuíram para a construção de uma concepção alternativa ao
pressuposto do conhecimento como posse do indivíduo: a crítica social, a ideológica e a
retórico-literária. A crítica social emergiu de autores tais como Marx, Weber, Scheler e
Karl Mannheim, os quais estavam preocupados com a gênese social do pensamento
científico, ou seja, de como o conhecimento é cultural e historicamente situado.
De particular importância para o construcionismo foram os estudos dos processos
micro-sociais presentes na produção científica, seja na construção do fato científico, nas
práticas discursivas de autolegitimação, ou na influência do grupo na forma como os
dados são interpretados Já a crítica ideológica possui uma forte identificação com ‘teoria
crítica’ da Escola de Frankfurt - Horkheimer, Adorno, Marcuse, Benjamim e outros.
Esta crítica, para além de sua orientação marxista original, está presente
atualmente em diversos setores das ciências humanas. Ela busca explicitar os vieses
presentes na construção de determinadas teorias, decorrentes de seu compromisso com
grupos sociais específicos. Dessa forma, a teoria crítica rejeita a ideia de neutralidade na
ciência e sua possibilidade de descrição objetiva e acurada do mundo.
A crítica retórico-literária, por sua vez, busca mostrar como as descrições e
explicações científicas são determinadas pelas regras de apresentação literária, as quais
absorvem o objeto de tais descrições, fazendo-o perder seus status ontológico, sua
independência do processo descritivo.
Em paralelo aos estudos literários, a investigação retórica aponta as formas pelas
quais tais descrições ganham seu poder persuasivo, através do uso de determinadas
metáforas, e formas específicas de apresentação da relação autor/leitor e do objeto
descrito. Ela desloca a investigação do objeto para os meios de sua apresentação. A
partir desta crítica, o texto científico fica então aberto para análise de suas metáforas, as
quais não são derivadas da observação, mas “servem como estruturas retóricas através
das quais o mundo observacional é construído” (Gergen, 1997, p. 41).
Assim, estas três críticas redimensionam as teorias científicas, explicitando seu
caráter comprometido, sua determinação histórico-cultural e enfraquecendo uma visão
da ciência como uma descrição objetiva e acurada da realidade, na qual a linguagem é
sustentadora da verdade. É no bojo do pensamento pautado por estas críticas que
emerge o construcionismo. Para Gergen (1997), buscar uma história da gênese do
construcionismo é remontar à história de cada um destes empreendimento.
O construcionismo social fundamenta-se, dentre outras, por uma noção
sociocultural da mente, muito similar ao que foi proposto pelo pesquisador russo Lev
Vygotsky (1896-1934), para quem o funcionamento mental tem origem nos processos
sociais, ou seja, nas relações que se estabelecem entre as pessoas, e não nas mentes
individuais.
Em outras palavras, o construcionismo social postula que os processos
psicológicos de um paciente são sociais, e somente podem ser compreendidos se forem
contextualizados e entendidos à luz da comunidade e das relações em que o paciente
está inserido. Por exemplo, o significado que uma pessoa dá a uma experiência por que
passou não se origina dentro dela.
É, pelo contrário, resultante da interação social que acontece entre ela e outra pessoa.
Sendo assim, a prática clínica da terapia de base construcionista social privilegia buscar
o processo de construção de um significado não nos funcionamentos psicológicos
intrínsecos de um paciente, mas sim na relação que se constrói entre o paciente e seu
mundo relacional.
Enquanto grande parte dos modelos tradicionais de práticas psicoterapêuticas
diria que o problema é resultante de conflitos internos ou intrapsíquicos inerentes ao
paciente, tendo sua origem no próprio indivíduo, essa proposta privilegia o olhar sobre as
relações e práticas discursivas que se dão em todo o contexto do paciente.
A psicoterapia se configura como um espaço aberto para uma conversa, um diálogo, um
convite à reflexão sobre os padrões que se estabelecem na vida do paciente, sobre os
sentidos que ele dá às crises que enfrenta, ao mundo em que vive e às relações que se
estabelecem entre ele e os outros.
O construtivismo concentrou-se em como os indivíduos criavam sua própria
realidade, mas a terapia familiar sempre enfatizou o poder da interação. Como resultado,
outra psicologia pós-moderna, chamada construcionismo social, agora influencia muitos
terapeutas familiares (p. 287).
2 TERAPIA FAMILIAR
Fonte: arapsicologia.com
Fonte: estrelladigital.es
Fonte: joblinks.etsb.qc.ca
Situar uma definição única do construcionismo social não tem sido objeto de
consenso dentre os autores construcionistas. A própria origem do movimento não possui
contornos precisos, e alguns autores indicam que a publicação, em 1985, do artigo: O
movimento do construcionismo social na psicologia moderna, de Kenneth Gergen, marca
a entrada do movimento na Psicologia.
O movimento construcionista social em ciência, também denominado por Gergen
(1985) como um “corpo de conhecimentos”, um “movimento contemporâneo” ou, ainda,
uma “consciência compartilhada”, é definido pelo autor como uma perspectiva
preocupada em compreender os processos pelos quais as pessoas descrevem, explicam
ou, de alguma forma, dão conta do mundo em que vivem (incluindo a si mesmas).
Busca articular formas compartilhadas de entendimento tal como existem
atualmente, como existiram em períodos históricos anteriores, e como poderão vir a
existir se a atenção criativa se dirigir neste sentido.
Assim, é uma perspectiva sensível à temporalidade – como os discursos foram
produzidos, como eles estão presentes nos intercâmbios sociais atualmente, e como
podem ser problematizados e modificados a partir da análise crítica e reflexiva de suas
implicações.
Constitui-se também em uma concepção crítica ao status quo, pois que, nas
palavras do autor, o construcionismo social “atua como uma espécie de crítica social”
(Gergen, 1985, p. 301) ao colocar em dúvida as concepções do mundo dadas como
certas.
Fonte: gumuskoza.com.tr
Esta epistemologia é o ponto de partida de diversas transformações no campo da
terapia em geral, e da terapia familiar em particular. A partir de agora, nosso interesse
recai na forma como estes entendimentos foram articulados com o campo da terapia
familiar, e como esta aproximação altera a prática e o papel do terapeuta familiar.
Fonte: integratedpsychsolutions.com
Fonte: ubisafe.org
Fonte: radiobuap.com
7.2 O processo
Sentimentos e emoções têm lugar na mediação, mas não constituem foco maior,
mesmo sendo identificadas, esclarecidas e consideradas. Certos clientes trazem estas
emoções, ao passo que outros procuram não se expor muito. O mediador vai lidar com
tais variações de maneira cautelosa para que o objetivo do processo não sofra alteração.
Alguns mediadores alertam as partes para a possibilidade de surgimento de sentimentos
fortes durante o processo. Deve-se levar em conta o fato de a família ter escolhido a
mediação em lugar da terapia, o que já pode servir de parâmetro a respeito de sua
disponibilidade para aprofundar estes temas.
Um mediador – por não explorar muito as manifestações emocionais,
identificando-as e dispondo-as com o objetivo de dar continuidade ao processo – pode
optar por não identificar sentimentos que considere dispensável, enquanto que em
terapia a manifestação dos mesmos sentimentos poderia ser trabalhada.
Fonte: minutopsicologia.com.br
9 CONCEITUAÇÃO DE CONFLITOS
O Enfoque Sistêmico:
Os Estados Unidos, que estão agora na terceira geração de terapeutas familiares,
reclamam para si o pensamento sistêmico no trabalho clínico com famílias.
A partir da teoria geral dos sistemas e da teoria da comunicação surgiram várias
escolas de terapia familiar e vários institutos e centros de atendimento e de formação
foram criados.
Para os teóricos da comunicação, qualquer comportamento verbal ou não verbal,
manifestado por uma pessoa - o emissor -em presença de outra - o receptor - é
comunicação. Ao mesmo tempo que a comunicação transmite uma informação, ela
define a natureza da relação entre os comunicantes.
Estas duas operações constituem, respectivamente, os níveis de relato (digital) e
de ordem (analógico) presentes em qualquer comunicação. Quando estes dois níveis se
contradizem, temos o paradoxo. A comunicação paradoxal está na origem da patologia
familiar.
A família é vista como um sistema equilibrado e o que mantém este equilíbrio são
as regras do funcionamento familiar. Quando, por algum motivo, estas regras são
quebradas, entram em ação meta-regras para restabelecer o equilíbrio perdido.
A terapia desenvolvida a partir deste enfoque enfatiza a mudança no sistema
familiar, sobretudo pela reorganização da comunicação entre os membros da família. O
passado é abandonado como questão central, pois o foco de atenção é o modo
comunicacional no momento atual. A unidade terapêutica se desloca de duas pessoas
para três ou mais à medida em que a família é concebida como tendo uma organização
e uma estrutura. É dada uma ênfase a analogias de uma parte do sistema com relação a
outras partes, de modo que a comunicação analógica é mais enfatizada que a digital.
Os terapeutas sistêmicos se abstêm de fazer interpretações na medida em que
assumem que novas experiências - no sentido de um novo comportamento que provoque
modificações no sistema familiar - é que geram mudanças. Neste sentido são usadas
prescrições nas sessões terapêuticas para mudar padrões de comunicação, e
prescrições, fora das sessões, com a preocupação de encorajar uma gama mais ampla
de comportamentos comunicacionais no grupo familiar.
Há uma certa concentração no problema presente, mas este não é considerado
apenas como um sintoma. O comportamento sintomático é visto como uma resposta
necessária e apropriada ao comportamento comunicativo que o provocou.
A partir do enfoque sistêmico, várias escolas de terapia familiar se desenvolveram,
entre elas a Escola Estrutural, a Estratégia, a de Milão e, mais recentemente, a Escora
Construtivista.
Então, a família pode ser considerada como um sistema aberto, social e auto
organizado constituído por várias unidades ligadas no conjunto, por regras de
comportamento e por funções dinâmicas em constante interação e com trocas com o
exterior. A família é um sistema entre sistemas, essencial à exploração das relações
interpessoais e das normas que regulam a vida dos grupos significativos a que o indivíduo
pertence para que seja possível compreender o comportamento dos membros e
formulação de interações eficazes. (Andolfi, 1995)
A família é como um sistema ativo regulado: por regras desenvolvidas e
modificáveis no tempo através de tentativas e erros que irão permitir aos vários membros
experimentar o que é permitido na relação e aquilo que não é. Por outras palavras, a
formação de uma unidade sistémica é apoiada em modalidades relacionais peculiares ao
próprio sistema e susceptíveis de novas formulações e adaptações no tempo.
Fonte: julianaorrico.com.br
O papel deste terapeuta relacional será, numa primeira fase, ser o consultor dos
problemas que da família e depois o supervisor dos esforços desenvolvidos por ela no
decorrer da terapia. Para que tal seja possível concretizar há que começar a fazer parte
do sistema familiar, com a sua bagagem técnica de experiência, personalidade, sentido
de humor e capacidade de sentir as emoções dos outros, renunciando à ideia de mágico,
de alguém de “ferro”.
Deve ser capaz de avaliar se a intervenção é correta, negando a terapia quando o
problema é resultante de contradições sociais, mascarado por um sintoma psiquiátrico
ou no caso da família se mostrar constrangida em aceitar uma intervenção imposta por
outrem (escola ou instituição) (Andolfi, 1995).
Assim, o problema daquele que levou ao pedido será considerado, mas o
terapeuta também se interessará pelo problema em termos interacionais, ou seja, saber
como, quando, onde, com quem é porquê do comportamento, ao mesmo tempo que
explora os efeitos desse nos outros membros da família e até fora desta (professores,
vizinhança, parentes, etc.), bem como ver como os comportamentos destes últimos se
repercutem no comportamento da pessoa apresentada como o portador do problema, ou
seja, levar em conta o contexto geral em que estas interações têm lugar (Andolfi, 1995).
a função do terapeuta é, ainda, a de compreender o problema em termos e
interação através do contributo de todos os membros da família, traçando na sua mente
um mapa da estrutura familiar com base nas interações mais significativas intra e
extrafamiliares, ou seja, pode-se pedir a todos os membros da família que definam
objetivos que conduzam a uma mudança estável e à solução do problema Aqui o
terapeuta deve realizar um mapa do tempo decorrido desta família, isto é, realizar o mapa
vital, no qual será realizado uma descrição dos obstáculos com que se podem deparar
na resolução do problema e para passar com êxito para a próxima etapa (Sidelski, D.,
2000). Desta forma, a terapia deixa de ter o seu quê de mistério, passando a revelar um
compromisso de colaboração entre todos (família e terapeuta), em que o terapeuta
apresenta um papel privilegiado: o de ativador e mediador da família. Este pressuposto
aplica-se quer ao contexto familiar, quer ao extrafamiliar, para o qual pode ser necessário
propor soluções e ativar comportamentos. (Andolfi, 1995)
Fonte: portalfloresnoar.com
Por fim, não devemos esquecer o setting: os meios técnicos audiovisuais, como o
espelho unidirecional ou o equipamento de vídeo, que se convertem num importante
instrumento terapêutico ou de suporte de trabalho. Além de sustentarem algumas
técnicas particulares, como reforço da delimitação de subsistemas ou playback, são
ainda utilizadas formalmente no processo terapêutico, quer como auxiliares dos
terapeutas para uma posterior reflexão e estudo do caso, quer como meio de
funcionamento da equipa terapêutica (Relvas, 2000).
A instalação e utilização deste equipamento implica sempre uma organização
adequada do espaço físico: o espaço terapêutico deve ser dividido em duas salas
contíguas (de entrevista e observação), separadas pelo espelho unidirecional e com
comunicação através de um sistema de som. No mobiliário da sala de entrevista não
devem ser esquecidos os brinquedos e jogos para crianças. Aqui, é de salientar que este
setting terapêutico deve ser de imediato apresentado à família, explicando quais as
razões da sua disposição e composição, nunca esquecendo de solicitar à família a
autorização para utilizar o material (sobretudo o de gravação) (Relvas, 2000).
Quanto às implicações terapêuticas da terapia familiar encontramos: razões que
legitimam fazer psicoterapia com a família enquanto totalidade, em que o comportamento
sintomático é entendido como uma mensagem e um comportamento interacional
adequado ao contexto em que se manifesta. Por exemplo, quando na intervenção se
assume que o que está em jogo é o aspeto relacional, é precisamente sobre a relação
que se vai intervir através da implementação da mudança dos processos
comunicacionais nela implicados. Desta forma entende-se que a terapia da família não
tem de ser obrigatoriamente feita com toda a família, pelo que se justifica que se possa
falar de uma intervenção sistémica junto do indivíduo, do casal, da instituição, etc.
(Relvas, 2000)
A própria conceção de mudança acarreta implicações importantes para o processo
terapêutico, bem como para o próprio papel do terapeuta. Por outras palavras, faz com
que a noção de cura adotada pelos modelos causalistas lineares seja substituída pela de
mudança, ou seja, o objetivo não é o retrocesso a um estádio anterior de funcionamento
onde o comportamento problemático era inexistente, mas sim uma evolução para um
novo estádio. Esta evolução para um novo estádio permite uma resolução adequada e
eficaz da situação problemática ou de crise e, obviamente, de novas possibilidades de
evolução (Relvas, 2000).
Tal como Bateson formulou, a terapia é considerada um processo descritivo de
deutero - aprendizagem, ou seja, o organismo “aprende a aprender”, percebe e assimila
um contexto de interações, o que lhe permite ultrapassar o nível de acolhimento puro e
simples de uma informação, acolhendo novos modos relacionais e novos contextos
interacionais por um processo de ensaios e erros, permitindo-lhe corrigir os seus
fracassos.
O objetivo da terapia não é apenas mudar, mas fundamentalmente aprender a
mudar: a mudança é condição dessa aprendizagem, pois é necessário que o sistema
mude para aprender a mudar. O próprio terapeuta faz parte deste processo, no qual ele
próprio se transforma, isto é, incluído no sistema terapêutico, utiliza-se a si próprio não
como um regulador homeostático, mas como um agente ativador da mudança. Cada
terapeuta terá uma representação particular do modo como o fará (Relvas, 2000).
Assim, uma abordagem interativa sistémica requer uma formação séria e
aprofundada, aproximando-se da família e desta forma poderá revelar conflitos que não
pareciam tão evidentes aos olhos desta, ao mesmo tempo que liberta o doente
identificado da sua condição de bode expiatório. Por outras palavras, para aprender uma
abordagem sistémica, o terapeuta em treino deve trabalhar não só com a família, mas
também em contato direto com a comunidade, em que o conhecimento teórico dos
processos interacionais tem de ser implementado pela experiência em campo, ou seja, a
dissolução duma divisão rígida tradicional dos papéis profissionais, ensinando o
terapeuta a lidar com novas responsabilidades, requerendo uma competência genuína e
efetiva (Andolfi, 1995).
Fonte: prezi.com
11 BIBLIOGRAFIA
BUENO, R. K.; Leal, C. F. R.; Souza, S. A. de. (2012). Mediação na Defensoria Pública:
Um relato de experiência. Revista Pensando Famílias, 16(1), 249-258.
Nichols, M. P., & Schwartz, R. C. (2007). Terapia familiar. Conceitos e métodos (7a
ed.) (M. A. V. Veronese, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas (Trabalho original dessa
edição publicado em 2006) Penso, M. A., & Costa, L. F. (2008). A transmissão geracional
em diferentes contextos. Da pesquisa à intervenção. São Paulo: Summus.