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Florianópolis
setembro 2004
DETECÇÃO DE FALTA À TERRA NO
SERVIÇO AUXILIAR EM CORRENTE
CONTÍNUA DAS SUBESTAÇÕES DE
ENERGIA ELÉTRICA
Fábio Ornellas de Araújo
“MESTRE EM METROLOGIA”
______________________________________
Prof. Hari Bruno Mohr, Dr. Eng.
ORIENTADOR
______________________________________
Prof. Marco Antônio Martins Cavaco, Ph. D.
COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
______________________________
Marco Antonio Martins Cavaco, Ph. D
______________________________
Celso Luiz Nickel Veiga, Dr. Eng.
_____________________________
Jacqueline Gisele Rolim, Dr. Eng.
______________________________
Antônio Carlos Zimmermann, Dr. Eng.
Aos meus pais
e irmãs
Fabíola e Fiorella
ii
AGRADECIMENTOS
agradecimentos:
• Ao INEP-UFSC;
• Aos amigos: Karin Trugillo May, Gustavo Rodrigues, Luiz Henrique Spiller,
Andréa Cristina Konrath, Fabrício Kessler, Silvia Abarca, Gilberto Assen,
Sandro Waltrich, Sandro Figueiredo, Antonio Carlos Xavier, Marly Faust e
Jorge Luis Alves.
iii
"Cogito, ergo sum"
René Descartes
iv
RESUMO
v
ABSTRACT
Thus, the objective of this work is to analyze this problem and to detect the
circuit under missing defect in DC to earth through the metrology since the present
necessity in Brazilian electrical system, showing the functioning of the present
methods used, proposing still a new solution.
vi
ÍNDICE ANALÍTICO
2.1 Características_______________________________________________ 6
2.1.1 Cargas _________________________________________________ 7
2.1.2 Níveis das Tensões _______________________________________ 8
2.2 Configuração ________________________________________________ 9
2.3 Sistema de Média Tensão_____________________________________ 11
2.4 Sistema de Baixa Tensão _____________________________________ 13
2.4.1 Sistema 480V ___________________________________________ 13
2.4.2 Sistema 220 V/127 V _____________________________________ 15
2.5 Sistema em Corrente Contínua _________________________________ 17
2.5.1 Operação do Sistema_____________________________________ 19
2.5.2 Medição e Sinalização ____________________________________ 20
vii
CAPÍTULO 4 TÉCNICAS DE LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE FALTA NO CABO
DE ALIMENTAÇÃO ______________________________________________ 39
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
ix
Figura 25: FDR - Formação da Onda Estacionária ...............................................46
Figura 26: Configuração Básica da Ponte de Wheatstone ....................................47
Figura 27: Aplicação do Ponte de Murray Loop ....................................................48
Figura 28: Sistema de proteção de falta à terra (sem ocorrência de falta)............51
Figura 29: Painel proteção do serviço auxiliar comumente usado nas subestações
elétricas .................................................................................................................52
Figura 30: Circuito equivalente da proteção da SE-PAL totalmente isolado .........53
Figura 31: Transitório da proteção na ocorrência de positiva à terra ...................54
Figura 32: Circuito equivalente da proteção no instante de uma falta positiva......55
Figura 33: Sistema de proteção no instante estável da ocorrência de uma falta
positiva à terra.......................................................................................................56
Figura 34: Circuito equivalente da proteção no instante de uma falta positiva......57
Figura 35: Vista dos painéis de proteção e da conexão da fonte ao relé ..............59
Figura 36: Conexão à bobina do relé ....................................................................60
Figura 37: Medição da corrente de falta à terra por garra de corrente ..................68
Figura 38: Falta à terra pelo pólo positivo do equipamento...................................69
Figura 39: AC/DC Probe Current - modelo 1146A da Agilent................................71
Figura 40: Medições dos desbalanços de correntes dos 25 circuitos ...................72
Figura 41: Transformador 3 da Subestação Florianópolis.....................................74
Figura 42: Vista do topo do Transformador ...........................................................75
Figura 43: Vista das Caixas de Passagem............................................................75
Figura 44: Vista interior da caixa (detalhe marca do nível de água)......................76
Figura 45: Vista interior da caixa (detalhe do eletroduto) ......................................76
x
ÍNDICE DE TABELAS
xi
LISTA DE SIGLAS
BR Botão de Rearme
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
DROP-OUT Desligamento
Industrial
IM Indicação da Medição
RM Resultado da Medição
NA Normalmente Aberto
NF Normalmente Fechado
PICK-UP Atuação
PM Processo de Medição
xii
SAGE Sistema de Gerenciamento da Subestação
TD Tendência
TP Transformador de Potencial
xiii
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Elétrica.
elétrico em tempo real e atua sempre que condições anormais ocorrem. A este
à terra, fecha-se um curto-circuito da fonte CC, via terra. Atualmente estas faltas
indicando qual das polaridades foi à terra, sem indicação do circuito de corrente
contínua das subestações de energia elétrica pelo advento de uma falta à terra, a
computada em seu banco de idéias. Sendo assim, este trabalho trata dos atuais
tratar dos diagnósticos levantado nas ocorrências destas faltas com proposta de
Com isso espera-se minimizar o atual tempo de manutenção deste tipo de falta.
1.1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
utilizados, torna este trabalho uma importante iniciativa para melhorar o atual
2
problema de faltas em cabos e/ou equipamentos, dada a necessidade de manter
segurança.
1.2
PROPOSTA DO TRABALHO
de baterias, este trabalho propõe uma nova forma de medir esta falta, de modo a
3
1.3
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
iniciado com uma visão do sistema auxiliar de corrente contínua e sua localização
capítulo 2.
atuais tipos de análise dos problemas de falta para a terra. Ainda neste capítulo é
metrológicos.
falta.
4
Através desta estrutura busca-se esclarecer o funcionamento do sistema
5
CAPÍTULO 2
energia a uma subestação. Para isso, são considerados como fontes auxiliares os
2.1
CARACTERÍSTICAS
de alimentação.
6
2.1.1
CARGAS
com o grau de segurança necessário para sua alimentação [2]. Sob este critério,
energia ininterrupta, mesmo que ocorra uma falha de curta duração em sua
alimentação. Este tipo de carga esta relacionada ao grupo gerador díesel, e são
essencial;
7
anunciadores e registradores gráficos, o controle do paralelismo, o
2.1.2
NÍVEIS DAS TENSÕES
tensão: média tensão 13,8 kV, e baixa tensão 480 V, 220 V e 127 V. Para o grupo
8
Tabela 1: Variações permissíveis das tensões auxiliares das subestações.
Tensão de Utilização
2.2
CONFIGURAÇÃO
9
Figura 1: Configuração do Serviço Auxiliar
Nesta configuração, verifica-se que a média tensão, 13,8 kV, alimenta o painel de
480 V de tensão auxiliar e também é convertida aos níveis de baixa tensão (220 V
e 127 V).
10
2.3
SISTEMA DE MÉDIA TENSÃO
autotransformadores.
11
b) FONTE PRINCIPAL, FONTE ALTERNATIVA E FONTE DE
medição do valor de tensão e também ilustra que para uma supervisão contra
12
deIta aberto dos TP’s de 13,8 kV e dará alarme no anunciador destinado ao vão
do transformador.
2.4
SISTEMA DE BAIXA TENSÃO
alternada (CA).
2.4.1
SISTEMA 480V
13
Figura 5: Sistema de Baixa Tensão em 480 V
14
Neste sistema, os transformadores de serviços auxiliares são
2.4.2
SISTEMA 220 V/127 V
15
Figura 6: Configuração do Sistema de Baixa Tensão em 220 V/127 V
16
c) 127 V (fase-fase): equipamentos de comunicação, painel de
autotransformador.
barramento.
2.5
SISTEMA EM CORRENTE CONTÍNUA
8). O não paralelismo desse sistema é garantido pelo circuito de controle, sendo
que todas as cargas podem ser alimentadas por um único conjunto de banco de
disjuntor 72-9.
17
Como proteção, esse sistema apresenta o monitoramento através de
lâmpadas (L1) com referência ao terra e sua proteção é garantida para cada
flutuação;
18
Este sistema apresenta ainda as seguintes características:
barra de carga.
operacionais do sistema.
2.5.1
OPERAÇÃO DO SISTEMA
19
1) Operação normal com carga em flutuação: Neste tipo de operação,
barras de operação. Com isso, cada carregador supre a carga normal e a bateria
2.5.2
MEDIÇÃO E SINALIZAÇÃO
CA, tensão CC, corrente CC, devem ser sinalizadas as seguintes condições:
20
subtensão de CA, falta de fase de CA, perda da saída de CC, defeito interno no
e voltímetros, respectivamente.
21
CAPÍTULO 3
SINALIZACÕES E IDENTIFICAÇÃO
DAS FALTAS EM CORRENTE
CONTÍNUA
manutenção.
3.1
SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO
22
3.1.1
LÂMPADAS
serviço auxiliar com a malha de terra, deve imediatamente sinalizar a falta, para
Essas lâmpadas são ligadas em conjunto com o relé de alarme (Código ASA - 74)
23
luminosa (contato parcial à terra), e a lâmpada “L1” ficará com intensidade maior
que a normal. A corrente fará o relé 74 operar soando um alarme, indicando que
houve contato à terra através do pólo negativo. Para o caso de uma falta à terra
intensidade luminosa das lâmpadas. Portanto, a “terra” será detectada pelo pólo
3.1.2
PORCENTAGEM DE FALTA
ocorrência do pólo para a qual se encontra a falta para malha terra. Assim,
24
positivo e terra quanto a tensão entre o terra e o pólo negativo são tensões
entre o pólo sob falta e à terra, surge um desbalanço das tensões dos pólos à
terra. Esse desbalanço pode ser medido durante a ocorrência e com isso é
possível se ter uma idéia de quanto menor (curto-circuito) ou maior (falta não
se deseja saber qual circuito está com a menor resistência de falta e, com o
desligamento de cada um dos circuitos, tomar a decisão sobre qual deles deve
em uma subestação.
3.1.3
RELÉ DE PROTEÇÃO
terra - 64 (código de proteção ASA) [5], que aciona um sistema auxiliar para
Mas para este tipo de relé tem-se somente a detecção do pólo que se encontra
ocorrência da falta.
25
Dentre os diferentes modelos de relés para detecção de fuga para terra, o
resistências de isolação de cada linha à terra (R1 e R2), conforme a figura 10.
provoca uma circulação de corrente via terra em direção ao ponto comum das
26
tempo em que o relé de saída comutará seus contatos, permanecendo nesta
de isolamento.
faz com que um dispositivo anunciador de alarme indique a falta para terra.
Grandeza Valor
Consumo VA 2
Sensibilidade kΩ 10
Exatidão % ±10
Rearme Automático
27
3.1.3.1
ENSAIO DO RELÉ DE PROTEÇÃO
cada um dos pólos à terra, através de uma década resistiva calibrada. Este
ensaio tem por objetivo medir o valor da resistência que faz atuar o relé de
subestação.
de uma medição (RM) de uma grandeza física leva a uma indicação quantitativa
da qualidade para que aqueles que os utilizam possam avaliar sua confiabilidade
relé MTX-C fabricado pela WARD, o qual será o objeto sob ensaio.
28
3.1.3.2
ENSAIO DO RELÉ
De acordo com a figura 11, tem-se que para a determinação desta zona,
serviço auxiliar em CC), uma fonte de corrente alternada (220 V ou 110 V) e uma
década resistiva calibrada. Vale ressaltar que a variação das alimentações não
29
Medindo-se a atuação do relé através da variação da década resistiva, os
ensaios por pólo, são todos iguais a 9700Ω. Para se chegar a esses valores,
repetição dos resultados, o que torna a média das medições igual ao valor da
R+ = 9700 Ω
R− = 9700 Ω
30
3.1.3.3
AVALIAÇÃO DA INCERTEZA DE MEDIÇÃO
calibração.
distribuição dos valores das medidas. Seu valor é composto pela combinação dos
31
A tabela 3 mostra os valores da tendência e da incerteza expandida para
32
Tabela 4: Balanço de Incertezas da Medição de atuação do relé
Incerteza
Inc1 Potenciômetro +0,08 0,11 Normal 2 0,55 ∞
1
Incerteza
Inc2 Potenciômetro +0,0266 0,0084 Normal 2 0,0042 ∞
2
Correção
Cc Combinada +0,1066
Incerteza
Normal
uc Padrão 28,9267 ∞
Incerteza
normal
U95% Expandida 58
RM+G = IM – Td ± U95%
probabilística de 95% de que este valor varia em 58 Ω para mais ou para menos
em torno da média.
33
Conclui-se, com 95% de certeza, que a resistência de isolamento mínima
para a atuação do relé, indicando falta à terra no serviço auxiliar, está entre 9642
3.2
PROCEDIMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
sob falta à terra. Esses métodos de identificação do circuito, após ser detectada
3. Fugômetro.
3.2.1
DESLIGAMENTO DOS DISJUNTORES
Uma das primeiras técnicas para se descobrir o circuito sob falta à terra, e
alimentados em corrente contínua, até que o alarme não volte a atuar; ou então,
que haja uma diminuição do desbalanço de tensão dos pólos positivo e negativo
34
método, o que torna um pedido de serviço de manutenção complicado, já que
também o método é pouco eficiente para o caso de mais de uma falta à terra,
Figura 13: Exemplo dos circuitos auxiliares de uma subestação (72 circuitos)
35
3.2.2
UTILIZAÇÃO DE FONTE EXTERNA
alimentado pela fonte externa e, caso este se encontre com a falta, o alarme será
Figura 14: Circuitos sob falta: alimentado pela barra com disjuntor fechado e
36
assim, requer um período longo de manutenção, correndo o risco de o disjuntor
não rearmar, fato que acontece em alguns dos mais antigos sistemas [11].
3.2.3
FUGÔMETRO
detecção de falta à terra, pois descobre o circuito sob falta, através de um simples
circuito que utiliza diodos by-pass. Isto se justifica como um avanço na pesquisa,
pois faz com que se descubra o circuito sob falta sem a necessidade da
desenergização de cada um dos circuitos. Porém, este método não abre mão da
Figura 15: Falta positivo à terra Figura 16: Falta negativo à terra
37
Tem-se, pelas figuras, que, para qualquer uma das faltas, o voltímetro irá
medir a tensão total da bateria menos as três quedas de tensão nos diodos (≈ 2,1
V). Caso o circuito não esteja com falta à terra, o voltímetro deverá indicar um
38
CAPÍTULO 4
TÉCNICAS DE LOCALIZAÇÃO DO
PONTO DE FALTA NO CABO DE
ALIMENTAÇÃO
Este capítulo trata das técnicas existentes para se localizar faltas em cabos
localize o circuito sob falha, mas complementa o fato de que após ter sido
localizado o cabo com defeito, estes procedimentos ajudam na análise pela busca
4.1
REFLECTOMETRIA NO DOMÍNIO DO TEMPO - TDR
dos cabos que ficam entre a sala de controle e os equipamentos de pátio das
39
localização. Apesar de as técnicas detectarem o circuito que se encontra sob falta
sob teste e quando este impulso, que se propaga ao longo do condutor com
velocidade VOP, alcança a outra extremidade do cabo (ou uma falta ao longo do
40
Qualquer mudança da impedância (falta) no cabo faz com que alguma
da reflexão.
O TDR mede o tempo do ensaio, que vai desde a injeção do sinal (o sinal
viaja pelo cabo buscando o defeito), até refletir de volta, viajando novamente de
volta ao TDR. O TDR indica, então, o sinal refletido como uma informação
41
Figura 21: Tipos de ondas refletidas entre TDR e o condutor elétrico avariado
transição ' T ', do meio 1 para um outro meio (meio 2), é refletido, retornando à
fonte (figura 22). A observação feita no ponto 'E' permite mostrar os dois
42
observações são feitas com base num defasamento temporal, daí resulta o nome
A figura 22 mostra o impulso incidente (Ii) que percorre o meio 1 até atingir
a descontinuidade criada pelo meio 2 e que tem características diferentes das que
tem o meio 1. Uma parte da energia é absorvida (ou transmitida para o meio 2),
mas outra é refletida para o meio 1, dando origem a um impulso refletido (Ir), que
sempre as mesmas.
43
Além da aplicação do TDR para detecção da distância do ponto da falta em
cabos, existem outras ainda. Tais aplicações são: o radar utilizado nos aeroportos
4.2
REFLECTOMETRIA NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA - FDR
mínimos. Estes pontos estão fixos no espaço e dão origem a outra onda que se
44
produzindo a oscilação inicial. Fixa-se, assim, o ponto de observação espacial,
gerador esteja operando em uma certa freqüência, tal que o comprimento do meio
á, assim, uma imagem idêntica à da figura 25, na qual o eixo do tempo será
substituído por um eixo de freqüências. Com isso tem-se a distância da falta pelo
45
Figura 24: FDR - Variação da estacionaridade com a freqüência
4.3
MÉTODO DAS PONTES
citam-se: Hillborn Loop, Murray Loop, Murray Loop Two-End, Murray-Fisher Loop,
Open & Closed Loop, Varley Loop e Werren Overlap [13]. Estes métodos
46
Para o caso em estudo, da falta ocorrendo no serviço auxiliar em corrente
contínua dentro das subestações, onde o cabo bipolar utilizado tem o mesmo
com C2.
desconhecida (C1) a partir de outras três resistências (B1, B2 e C2) que devem
ser conhecidas.
47
RB1 .RC 2
RC1 = (3)
RB 2
de falha no cabo sob falta. Para este sistema, as resistências adjacentes RC1 (do
cabo com falta), em loop com RC2 (do cabo sem falta), até o ponto de falta do
RB2 da ponte.
48
R B1
= R C1
(4)
R B2 R
C2
L =2 L R B1
(5)
X
R B2
49
CAPÍTULO 5
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA
DE FALTA NA SUBESTAÇÃO
resistência de falta à terra, positiva ou negativa (Rf+ e Rf-), que aciona o SAGE -
5.1
CIRCUITO DE PROTEÇÃO
deste relé é atuar quando o valor da tensão sobre sua bobina for igual ou maior
características, uma resistência de bobina (Rr) igual a 4,58 kΩ, uma tensão de
existe, em paralelo com a bobina do relé, uma resistência (Rpr) de 4,98 kΩ cujo
50
valor é próximo ao da bobina (Rr). Essa resistência tem a função de diminuir pela
metade a corrente que passa pela bobina do relé. Esse esquema é apresentado
na figura 28.
serviço auxiliar CC, com as indicações dos relés, lâmpadas e do botão de rearme
(BR).
para terra, duas lâmpadas que de modo on-line mostram o pólo que está com
51
demonstra o nível da resistência de falta (Rf) entre o pólo com falta e a terra a
qual, para um valor mínimo, leva a uma iluminação fraca e, para uma pior
situação (curto do pólo à terra Rf=0 Ω), apresenta sua maior luminosidade. Para o
caso de curto franco do pólo, esta máxima luminosidade é limitada pelo resistor
subestações elétricas
isolado (Rf→∞ Ω), tem-se o circuito da figura 30 como equivalente. Neste circuito
são encontrados os valores das tensões e correntes nos relés de falta positivo
52
Figura 30: Circuito equivalente da proteção da SE-PAL totalmente isolado
Vs.aux. 132
IT = = = 27,7 mA
1 2.2386
2. (6)
1 1
+
Rr R pr
I T = 27,7 mA
I F = 0 mA
V s.aux. 132
Vr = Vrp = = = 66,0V (7)
2 2
53
5.2
FALTA POSITIVA À TERRA
corrente contínua é representada por uma resistência (Rf+). Para esta falta de
atuação do relé, após este ser alimentado por sua tensão de pick-up (Vpick-up), até
a lâmpada de indicação.
54
Figura 32: Circuito equivalente da proteção no instante de uma falta positiva
Vr +
IT =
1
1 1 (10)
+
Rr + R pr +
Vr −
I RF = I T − I r − = I T −
1
1 1 (11)
+
Rr − R pr −
55
Para o cálculo do valor da resistência equivalente de falta tem-se:
Vr − Vr − Vr −
I T = I rF + I r − = + ⇒ RF =
RF 1 Vr −
IT −
1 1 1 (12)
+
Rr − R pr − 1 1
+
Rr − R pr −
positiva à terra
56
O circuito equivalente do instante após o transitório da atuação do relé de
falta positivo 64P pode ser visto na figura 34. Através deste circuito é possível
de falta RF.
Vs.aux.
IT =
1 1
+
1 1 1 1 1 (13)
+ + +
Rr − R pr − R F Rr + .R pr + (R sl + Rl )
R +R
r + pr +
Rr + .R pr + Rr + .R pr + Vs.aux.
Vr + = .I T = .
Rr + + R pr + Rr + + R pr + 1 1
+
1 1 1 1 1 (14)
+ + +
Rr − R pr − R F Rr + .R pr + (Rsl + Rl )
R +R
r+ pr +
57
Vs.aux. = Vr + − Vr − (15)
Então:
Rr + .R pr + Vs.aux.
Vr − = Vs.aux. − Vr + = Vs.aux. − .
Rr + + R pr + 1 1 (16)
+
1 1 1 1 1
+ + +
Rr − R pr − RF Rr + .R pr + (Rsl + Rl )
R +R
r+ pr +
V r − = V RF (17)
Vr −
I RF = (18)
RF
finais em cada relé de proteção e a própria corrente de falta que circulará do pólo
5.3
COMPROVAÇÃO PRÁTICA
valores de resistência de uma das proteções para a estimação dos valores das
correntes de falta (figura 35). O objetivo principal é descobrir que valor de corrente
58
está fluindo para a terra através da resistência de falta (RF), cujo valor comprova
relé de falta positivo (Rr+), resistência em paralelo a este relé (Rrp+), tensão de
valores das resistências (Rr+) e (Rrp+) na escala de 20kΩ com erro máximo de ±
59
Rr + = Rr − = 4,47 kΩ
R pr + = R pr − = 4,33 kΩ
respectivamente.
equipamentos.
60
Para a conclusão sobre a resposta da bobina do relé à injeção de tensão,
(Vdrop-out).
1 83,3 12,8
2 83,4 13,2
3 83,1 13,3
resistência de falta (RF) após o período de transitório (≈ 60 ms). Este valor definirá
61
Vr − = Vs.aux. − V pick −up = 132 − 83,3 = 48,7 V (21)
Vr + 83,3
IT = = = 37,9 mA
1 1
1 1 1 1 (22)
+ +
Rr + R pr + 4470 4330
Vr − 48,7
I RF = I T − I r − = I T − = 0,0379 − = 15,8 mA
1 1
1 1 1 1 (23)
+ +
Rr − R pr − 4470 4330
Vr − 48,7
RF = = = 3090 ,5 Ω (24)
I RF 0,0158
62
são os objetos que se procura para comprovação do funcionamento do sistema
de medição do circuito sob falta, através da garra de corrente por efeito Hall.
(NA) do relé de proteção de falta positiva (64P), que adiciona uma resistência
série e uma resistência da própria lâmpada em paralelo com o relé 64P. Portanto,
de corrente de falta (IF) que vai da resistência mínima de isolação equivalente até
Vs.aux.
IT =
1 1
+
1 1 1 1 1 (25)
+ + +
Rr − R pr − R F Rr + .R pr + (R sl + Rl )
R +R
r+ pr +
63
132
IT = = 48,6 mA
1 1
+
1 1 1 1 1
+ + +
4470 4330 3090,5 4470.4330 2820 + 1360
4470 + 4330
Então, a tensão sobre o relé 64P, que está em paralelo com o conjunto
1
Vr + = .I T = 0,0486.1437,4 = 69,8 V
1 1
+ (26)
Rr + .R pr + Rsl + Rl
R +R
r+ pr +
5,76%.
66,2.100
∆V r − % = = 94,24% (29)
66
69,8.100
∆V r + % = = 105,76% (30)
66
64
Com este valor de tensão sobre o relé, este ainda se mantém acionado
devido ao fato do seu sinal de desacionamento, Vdrop-out , ser igual a 13,1 V. Para
rearme (BR), saber se a falta à terra ainda existe, caso o isolamento de pólo à
relé de detecção de falta negativo em paralelo com o resistor RPr tem-se, para o
VrF 66,2
I RF = = = 20,2 mA (32)
RF 3082,5
Vs.aux.
IT =
1
1 1 (33)
+
Rr + .R pr + Rsl + Rl
R +R
r+ pr +
65
132 132
IT = = = 91,9 mA
1 1437,4
1 1
+
4470.4330 2820 + 1360
4470 + 4330
Vr − = 0 V
Vr + = 132,0 V
I RF = I T = 91,9 mA
5.4
CONCLUSÃO PRÁTICA
Portanto, estes valores, medidos na prática, tornam a garra por efeito Hall,
com resolução de 10 mA, um instrumento possível de ser usado para medir esta
serviço auxiliar da subestação, que deve ter um regime permanente em seu pleno
funcionamento.
66
CAPÍTULO 6
de serviço auxiliar CC, esta etapa vem a ser um dos passos iniciais para se
descobrir aquele ponto. Para isso, busca-se descobrir o circuito com falta para
desconexões e desligamentos.
6.1
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
terra, através de uma garra de corrente por efeito Hall [15]. O objetivo dessa garra
ou seja, abraçar de uma só vez os dois fios (positivo e negativo) que alimentam o
circuito.
bem como do voltímetro utilizado, será a diferença dessas duas correntes. Esse
67
desbalanço (diferença) traduz o valor de corrente que está fluindo para a terra
da corrente medida para o circuito “N” é a própria corrente de falta (IF). Assim, é
possível descobrir qual circuito está sob falta à terra, sem a necessidade de
mecânico do disjuntor:
está com a falta, pode-se saber ainda mais sobre o problema que causou esta
falta. Para isso, basta utilizar esta técnica de medição com a garra entre dois
68
falta à terra. Um exemplo desta vantagem pode ser vista na figura 38, segundo a
qual, uma vez descoberto o circuito sob falta (garra 2), obtém-se, pela medição
ocorrendo a falta.
38).
69
Uma segunda vantagem importante e que agrega um valor interessante é a
no serviço auxiliar.
circuito para a falta. Isso significa que cada uma das faltas não francas à terra de
outros circuitos não é detectada e que, com esta nova técnica, é possível se
IF.
6.2
ESTUDO DE CASO EM SUBESTAÇÃO DA ELETROSUL
do dia 25/05/2004. Este alarme de falta à terra - relé 64 - atua no desbalanço dos
somente indica o pólo da falta, mas não indica em qual circuito se encontra a
baixa resistência à terra e, portanto, não há indicação do caminho por onde flui a
corrente de falta.
desta falta (capítulo 3). Para isso, foram lidos os valores (às 15 horas) da tensão
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tensão é de 57%, pois estas tensões, em estado normal, teriam que se aproximar
relação à malha de terra tem que se encontrar cerca de 50% da tensão entre os
6.2.1
invasiva, utilizou-se uma garra de corrente com efeito Hall modelo 1146A (figura
39) fabricado pela Agilent [16], a qual possui uma sensibilidade de 100 mV/1A e
resolução de 10 mA.
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obtendo-se os seguintes valores das próprias correntes de falta, na resolução de
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Tabela 6: Valores de Corrente de falta nos circuitos da SE-FLO
CH1 30 mA CH4 10 mA
CH2 10 mA CH6 50 mA
CH3 10 mA CH8 20 mA
falta para terra. Estes circuitos contribuem de modo parcial para geração de
6.2.2
circuito.
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Figura 41: Transformador 3 da Subestação Florianópolis
mesmo (figura 41), foi verificado que não havia sinal de mau contato ou falta para
na figura 43.
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Figura 42: Vista do topo do Transformador
pluvial, devido à rachadura da tampa de uma das caixas de passagem. Por serem
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em número de três e terem vasos comunicantes interconectados via eletroduto,
que foi retirado da caixa nesta manutenção, visto pelas das marcas claras na
lateral.
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6.2.3
Dado que 6 dos 25 circuitos contribuíam para a corrente de falta para terra,
(V+G=91,0 V) e entre o terra e o negativo (VG- =25,0 V). Este desbalanço leva em
consideração a tensão total entre os pólos positivo e negativo (V+-), igual a 116,0
valores das tensões de cada pólo à terra. Os novos valores das tensões,
desbalanço das tensões, o qual, dos 57% encontrados durante a falta, caiu para
10% após a manutenção. Isto pode ser comprovado pelo fato de os novos valores
77
CAPÍTULO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS E
OPORTUNIDADES FUTURAS
sociedade exige, a cada dia, uma melhoria da qualidade dos trabalhos realizados
técnica de medição da corrente de falta à terra, cujo valor total indica o nível de
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efeito Hall e um voltímetro. Com esse conjunto, mediu-se o desbalanço de
de falta individualmente.
seguintes etapas:
a falha;
de efeito Hall.
contínua.
elétrico nacional;
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externa, estável e conhecida, em paralelo ao condutor do mensurando,
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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[11] SILVA, Walter Augusto - Pesquisa de Fuga à terra em Banco de 125VCC
pelo método BY-PASS sem Interrupção de Carga. I Seminário de
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82
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and the T272 high Resistence Cable Fault Locator. Application note.
Disponível em: <http://www.bicotest.co.uk/pdf/an03a.pdf>. Acesso em: 03
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Disponível em: < www.radiodetection.ca/docs/cef.pdf>. Acesso em: 01 de
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sob Condições Adversas: Estratégias e Proposta de Diagnóstico. V
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[31] CHEN, C.; ROEMER, L. The Application of Cepstrum Technique IN Power
Cable Fault Detection.; Acoustics, Speech, and Signal Processing, IEEE
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Applications Magazine, IEEE , Volume: 1, Issue: 6 , Nov.-Dec. 1995 p.18-
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[36] PARKER, Gord W.; C.E.T., BicoTest Time Domain Reflectometer (TDR)
Disponível em: <http://www.radiodetection.com/bicotest/pages/selecting/
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